O Islã e a violência

Um muçulmano (supostamente) moderado não questiona Maomé nem rejeita ou revisa textos do Alcorão. Talvez o muçulmano moderado não pratique o islã da mesma maneira praticada por um muçulmano fundamentalista – cobrindo-se com véus, por exemplo, ou recusando a apertar a mão de uma mulher -, mas tanto o fundamentalistas como os chamados moderados concordam quanto à autenticidade, ao caráter verdadeiro e ao valor das escrituras muçulmanas. É por isso que os fundamentalistas conseguem, sem grande dificuldade, convencer muçulmanos pouco praticantes a começar seu envolvimento na luta interna, a jihad íntima.

Ordens são claras no Alcorão como “bata nas mulheres” e “mate os infiéis” se tornaram obscuras, e muitas cercas são construídas ao seu redor… O islã não é apenas uma crença, um modo de vida, um modo violento de viver. O islã está embebido na violência e encoraja a prática da violência (no mundo).

O deus dos fundamentalistas é todo-poderoso; ele ditou o Alcorão, e precisamos viver como viveu o Profeta Maomé. Trata-se de uma posição clara. São teólogos ocidentalizados que estão presos na confusão, pois querem sustentar que o profeta Maomé era um ser humano perfeito, cujo exemplo deve ser seguido, que o Alcorão é uma escritura perfeita, e que todos os seus mandamentos principais – mate os infiéis, prepare emboscadas, tome a propriedade deles, obrigue-os a se converterem, mate os homossexuais e os adúlteros, condene os judeus, trate as mulheres como gado (Cf. Surata 4 e 9) – são misteriosos erros de tradução.  (Que pena que não são!)

Nos últimos anos, os americanos (ocidentais) que escutaram meus alertas quanto ao impacto cada vez mais perigoso do islã nas sociedades ocidentais me perguntaram repetidas vezes: O que pode ser feito? (O jeito é encararmos os fatos e vermos o islã como ele é – perigoso, nocivo e destrutivo à nossa sociedade)

A mente muçulmana precisa ser aberta. Acima de tudo, a atitude acrítica dos muçulmanos em relação ao Alcorão precisa mudar, pois representa uma ameaça a paz mundial.

Eis aqui algo que aprendi do modo mais difícil, mas que muitas pessoas bem-intencionadas no ocidente têm dificuldade em aceitar: Todos os seres humanos são iguais, mas há diferenças entre todas as culturas e religiões. Uma cultura que celebra a feminilidade é considera as mulheres senhoras de sua própria vida é melhor do que uma cultura que mutila a genitália das meninas e as confina atrás de paredes e véus ou as açoita e apedreja quando se apaixonam. Uma cultura que protege os direitos da mulher com lei é melhor do que uma cultura na qual é permitido a um homem ter quatro esposas ao mesmo tempo (fora as concubinas) enquanto às mulheres é negada a pensão alimentícia e metade da herança. Uma cultura que nomeia mulheres para a Suprema Corte é melhor do que uma cultura que declara que o depoimento de uma mulher tem metade do peso do testemunho de um homem. Oprimir as mulheres faz parte da cultura muçulmana.

Pensem nisso!

Texto extraído do livro “Nômade” de Ayaan Hirsi Ali, Ed. Cia das Letras. Os parênteses são nossos.

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