O fatalismo assassino

FOGUEIRA

Além do ateísmo Europeu, podemos acusar o fatalismo de corroborar com as maiores crueldades da cristandade:

AGOSTINHO (354 – 430), O primeiro a ensinar o predestinacionista fatalista, antes dele ninguém mais havia elaborado tal cosmovisão – resultado: milhares de donatistas (cristãos do norte da África) mortos com requinte de crueldade – o tal “sando” de santo teve muito pouco… Confira na Biografia de Santo Agostinho, Peter Brown.

TOMÁS DE AQUINO (1225 – 1274), predestinacionista fatalista – resultado: Teólogo da Santa Inquisição corroborou com a morte de milhares de pessoas e do pior jeito… Confira em “História da Inquisição”, de Luiz Roberto Lopez.

LUTERO (1483 – 1546), no início, predestinacionista fatalista – Em seu escrito “Contra os bandos rapaces de camponeses”, Lutero exortou os príncipes a matarem dos lavradores COMO CÃES DANADOS. O conselho foi seguido em toda a parte, de modo que a sublevação só foi dominada em 1525, após verdadeiros massacres em massa, sem misericórdia e sem julgamento.

CALVINO (1509 – 1564), predestinacionista fatalista – resultado: só na sua gestão em Genebra, fora as demais crueldades, 58 assassinatos – incluindo a injustificável morte de Miguel Servet… Já o calvinismo em si vitimou 18 mil arminianos… Confira em várias obras, como: “O Unitário” da Editora Jorge Zahar; “Uma Consciência contra a Violência: Castellion contra Calvino”, de Stefan Sweig; “Contra Libellum Calvini”, Sébastien de Castellion, 1554; “História da Civilização Ocidental”, Burns; “O Outro Lado do Calvinismo, Vance – Etc…

Só o fatalismo pode promover as reflexões que segue:  “Deus provoca adultério, blasfêmias, mentiras.” (Piscat. Responsio ad Apologiam Bertii.) “Ele fornece aos homens maus oportunidades para pecar, e inclina seus corações para isso. Ele cega-os, engana-os, seduze-os. Ele, trabalhando em seus corações, inclina-os e incita-os a praticarem o mal.” (Pet. Martyr. Ver. Comment. in Rom. pp. 36, 413.) Assim, “ladrões, assassinos, e outros malfeitores são instrumentos de Deus, que ele usa para executar o que decretou em si mesmo.” (As Institutas de Calvino, 1.17.5.)

Ou seja, a predestinação fatalista, além de condenada em Orange em 529 como uma heresia que afronta a santidade de Deus devido a sua malignidade, trouxe um rastro de sangue junto e uma teologia doente. Lamentável!

João Wesley endereçou a seguinte mensagem aos predestinacionistas: “Ah! pobre predestinacionista! Se você. é sincero para com a sua doutrina – a eleição, ela não pode confortá-lo! Pois, quem sabe se você pertence ou não ao número dos eleitos? Se não, você também está no sumidouro. Qual é a sua esperança? Onde está o seu socorro? Deus não representa socorro para você. O seu Deus! Não, ele não é seu, nunca foi e nunca será. Ele que o fez, o criou, não tem piedade de você. Ele o fez para este fim: condená-lo; para atirá-lo de cabeça para bai- xo no lago que arde com fogo e enxofre! Este foi preparado para você desde que o mundo começou a existir! Para este você está reservado em cadeias de trevas até que o decreto se cumpra, até que, de acordo com a sua vontade eterna, imutável e irresistível, você gema, uive e se contorça nas ondas de fogo e diga blasfêmias contra o seu desejo!” “Ó Deus! até quando esta doutrina existirá!”. Coletânea da Teologia de João Wesley – Compiladores Burtner e Chiles, Setor de Publicações da Pastoral Bennett. 2a. Edição, 1995, página 51. Extraído de “Um pensamento sobre a necessidade”, VI, 6 (X,480).

Bem, por isso, por ter uma Bíblia em casa e ser livre a minha opinião – NÃO SOU UM CALVINISTA FATALISTA, graças a Deus!!!

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