Como acontece com outras organizações religiosas que não querem assumir seu caráter de religião, o espiritismo, a princípio, nega essa sua condição de entidade religiosa:
O espiritismo é, antes de tudo, uma ciência, e não cuida de questões dogmáticas.
Melhor observado depois que se generalizou, o espiritismo vem derramar luz sobre um grande número de questões, até hoje insolúveis ou mal compreendidas. Seu verdadeiro caráter é, portanto, o de uma ciência e não de uma religião (“O Que É o Espiritismo”, p. 294, Opus Editora Ltda., 2ª edição especial, 1985).
Em lugares novos, onde os espíritas começam a penetrar, a primeira coisa que propagam é dizer que o espiritismo não é religião.
Depois, tiram a máscara e identificam-se como religião:
O espiritismo foi chamado a desempenhar um papel imenso na Terra. Reformará a legislação tantas vezes contrária às leis divinas; retificará os erros da História; restaurará a religião do Cristo, que nas mãos dos clérigos se transformou em comércio e tráfico vil; instituirá a verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai direto a Deus, sem se deter às abas de uma sotaina ou nos degraus de um altar (“Obras Póstumas. Obras Completas.” Editora Opus, p. 1206, 2ª edição especial).
Aproxima-se a hora em que terás de declarar abertamente o que é o espiritismo e mostrar a todos onde está a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. A hora em que, à face do Céu e da Terra, deverás proclamar o espiritismo como única tradição realmente cristã, a única instituição verdadeiramente divina e humana (“Obras Póstumas. Obras Completas.” Editora Opus, 2ª edição especial, p. 1210) (destaques nossos).
O espiritismo reivindica ser uma religião. Afirma ser a verdadeira religião, superior a todas as outras, ainda que alguns de seus adeptos aleguem que o espiritismo seja uma filosofia ou ciência.
O Cristianismo tem seus fundamentos históricos e doutrinários baseados na Bíblia. Qualquer movimento religioso que alegue ser cristão deve ter seus ensinos confrontados com a Palavra de Deus para se verificar a veracidade dos mesmos e se, de fato, podem ser chamados cristãos.
Extraído da Série Apologética Vol 2, ICP