O Egito

Com uma área de pouco mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, o Egito desfruta de apenas uns 40000 para a agricultura e habitações. Esse oásis longo e estreito situa-se no trecho setentrional do vale do Nilo , entre a segunda catarata e o delta, na costa do Mediterrâneo. A oeste dessas terras férteis, o território estende-se pelo deserto libico; a leste, pelo deserto Arábico ate o mar Vermelho, continuando na outra margem do golfo de Suez – a península do Sinai. Exceto litoral mediterrâneo, o clima é quente e muito árido. O rio Nilo, com seus 6 671 quilômetros percorre o território egípcio de sul para norte, pôr cerca de 1500 quilômetros. O volume de água varia com as estações, e as enchentes periódicas são um fator indispensável à agricultura, pois garantem umidade às lavouras ao longo de suas margens. Desde muitos milhares de anos atrás, o Egito havia dependido totalmente dessas cheias; só a partir de 1835 é que começaram a ser construídas grandes represas, e, em 1961, iniciou-se uma das maiores do mundo – a de Assuã, com 111 metros de altura e capacidade para 157 milhões de metros cúbicos de água. Ocupando dois terços da superfície do país, o deserto Líbico ou Ocidental é uma das regiões mais secas da Terra; caracteriza-se também pêlos oásis e pela sucessão de dunas. O deserto Arábico ou Oriental situa-se entre o Nilo e o mar Vermelho; seus poços artesianos e fontes naturais dependem quase que totalmente das chuvas. A península do Sinai é formada pôr altas cadeias de montanhas e apresenta um índice pluviométrico superior ao dos outros desertos.

O povo egípcio é predominantemente hamita, com minorias de núbios e beduínos, e 90% da população adota a religião islâmica. Pela estimativa de 1971, a população é demais de 34 milhões de habitantes, concentrados principalmente no delta e no vale do Nilo, onde se localiza a cidade do Cairo (capital), com mais de 4 milhões de habitantes e centro político do Mundo Árabe. Outras cidades importantes são Alexandria, principal porto do país, e Gizé, famosa por suas pirâmides. A história moderna do Egito se inicia em 1805, com o término da dominação otomana e o princípio de sua modernização com Mohammed Ali. A construção do Canal de Suez, terminada em 1869, deu ao Egito importante papel estratégico, o que provocou a intervenção européia. Em 1882, a pretexto de dívidas não saldadas, a Inglaterra bombardeou Alexandria e estabeleceu seu protetorado no Egito. Isso levou o povo à revolta, sufocada as ingleses e franceses. A Inglaterra passou a controlar diretamente o governo egípcio até 1922, época em que instalou a monarquia do rei Fuad. Após várias insurreições nacionalistas, o Movimento dos Oficias Livres conseguiu depor o rei Faruk, em 1952.

Partidários do socialismo árabe”, os revolucionário decretaram a reforma agrária, nacionalizaram os setores econômicos básicos e impuseram um governo forte em 1954, com Gamal Abdel Nasser à frente. Em 1956 Nasser nacionalizou a Companhia do Canal de Suez que pertencia aos ingleses e franceses desde 1869, e declarou que utilizaria as rendas do Canal para construir a represa de Assuã. Esse fato provocou a invasão do Sinai por israelenses apoiados, pela França e Inglaterra que pretendiam voltar a explorar o Canal. Em 1958, o Egito passou a ser conhecido como república Árabe Unida (RAÚ). Em março de 1967 quando Nasser ordenou a retirada das tropas da ONU que controlavam o Sinai e sua ocupação por tropas da RAU, repetiu-se a guerra egípcio-israelense (Guerra dos Seis dias), quando o Egito perdeu o Sinai. Essa derrota levou Nasser a obstruir o Canal em represália a Israel. Com a morte de Nasser em 1971, assume a presidência Anuar Sadat que continuou política de seu antecessor no sentido de recuperar os territórios perdidos para Israel e na unificação do Mundo Árabe. Nesse ano, a RAU uniu-se à Líbia e à Síria formando a Federação das Repúblicas Árabes (FRA). Em 1973, mais bem preparados e apoiados pelos países árabes que dispunham do petróleo, nova e poderosa arma, os egípcios iniciaram Guerra de Yom Kippur, cruzaram o Canal, de reconquistando vários pontos. Em junho de 75 Sadat efetiva a abertura do canal de Suez que passa a ser palco de confrontação militar entre EUA e URSS


EGITO ANTIGO. 

O Egito é o berço da mais antiga civilização, a egípcia. O estudo dessa civilização tornou-e possível após 1822 guando da decifração dos hieróglifos.

Inicialmente a região achava-se dividida em cidades-estados, “nomos”, independentes politicamente. Em torno de 4000 a.C. esses “nomos” uniram-se em dois reinos: Reino do Baixo Egito (Norte) e Reino do Alto Egito (Sul). A unificação desses reinos ocorreu por volta de 3 200 a.C., com Menés, que se tornou o primeiro faraó da primeira dinastia e deu início à história dinastia do Antigo Egito que vai até o século X1 a.C., quando termina a dinastia Ramsés e inicia a decadência. Essa decadência se acentua com o aparecimento do novos reinos no Oriente Médio, com o enfraquecimento do Governo dos faraós, com o empobrecimento do país causado pela desorganização interna e pelas sucessivas dominações estrangeiras. inicialmente, a dominação assíria, seguida da dominação persa, macedonia, romana e árabe, sendo esta última responsável pela religião islâmica do Egito atual.

OS egípcios foram grandes construtores, erguendo casas e palácios com Tijolos e madeira. Recursos técnicos que talvez tenham trazido à Mesopotâmia. As pedras eram reservadas para a construção de túmulos. Eram hábeis na arte de esculpir em pedras, fabricavam jóias de ouro, pedras semipreciosas e esmalte, e descobriram o papiro, que servia para a escrita. Desenvolveram conhecimentos e medicina e iniciaram investigações matemáticas, mais tarde desenvolvidas pelos gregos. Porem, onde os egípcios mais se destacaram foi na construção de túmulos, as pirâmides em geral em honra dos faraós. Contando com materiais rudimentares, porém com fartura de mão-de-obra, construíram verdadeiros monumentos de arquitetura, como as pirâmides de Quéfren, Quéops e Miquerinos que ficam na cidade de Gizé. A arte egípcia em sua maior parte homenageava os mortos, sepultadas com os objetos julgados necessários paia a vida no além. Muitos faraós eram enterrados em túmulos escavados em rochas, outros tinham o corpo conservado pelo embasamento. os egípcios eram politeístas. Osíris, deus dos mortos, segundo eles desposara sua irmã, Íris, sendo morto por Seth; seu filho Horus, porém, ressuscitou-o. Horus, deus do firmamento e da chuva, reinava sobre os viventes, representado por um falcão. Havia o costume de representar o deus sob a forma antropozoomorfa (corpo de animal e cabeça humana)., Ra era o deus sol de Heliópolis; quando Tebas se tornou a capital (11.~ dinastia), Amon, o deus da cidade ficou sendo Amon-Ra, o rei dos deuses. Em 1340 a.C., o faraó Akhenaton, instituiu o culto a um só deus – Aton – o ‘sol, e mandou construir a nova Capital em Telel Anarna.

Tutankhamon, seu sucessor, restabeleceu os antigos deuses, e seu túmulo foi o que abrigou a maior quantidade de tesouros no Egito. O último faraó egípcio, Nectanebo morreu em 341 a.C.

Bibliografia.

Enciclopédia do Estudante 2, COM – IND

Grolier Multimedia Encyclopedia

Extraído via internet:

http://www.historia.com.br/egito.htm

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