O apóstolo Paulo escreveu: “todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam” (1Co 10.23). Isso significa que devemos levar em consideração os princípios cristãos ao decidirmos aquilo que devemos ou não fazer. Talvez a nossa consciência não nos culpe por usarmos determinados enfeites em nosso lar, contudo, sabemos que tal enfeite é amplamente considerado um ícone de algum movimento ocultista. O que devemos fazer, então? O apóstolo Paulo, mais uma vez, nos alerta: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso, mais fortes do que ele?” (1Co 10.21,22). É melhor evitarmos produtos que tenham plena e única ligação com o ocultismo.
Além dos produtos magnetizados, encontramos hoje nas prateleiras de nossos supermercados itens básicos (sabonetes, xampus etc) que trazem em sua propaganda informações que atribuem às fragrâncias virtudes tais como: harmonia, alegria, equilíbrio, tranquilidade, energia, intuição, dinamismo. O ocultismo está presente de forma generalizada na mídia. O cristão sabe que tais objetos não podem influenciar o seu bem-estar espiritual, pois nos são essenciais no nosso dia-a-dia.
Portanto, podemos adquirir esses produtos de primeira necessidade. Embora tragam na embalagem um apelo às virtudes supracitadas, podemos simplesmente desprezar os efeitos secundários propostos pelas propagandas. Esse é o princípio encontrado em 1 Coríntios 10.25-27: “Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada perguntardes por motivo de consciência; porque do Senhor é a terra e a sua plenitude. Se algum dentre os incrédulos vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que for posto diante de vós, sem nada perguntardes por motivo de consciência”.
Os produtos que não tenham nenhuma utilidade real, isto é, natural ou cientifica, são apenas objetos representativos. Estes, sim, devem ser evitados. Finalmente, Paulo disse: “Porém, se alguém vos disser: Isto é coisa sacrificada a ídolo, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; consciência, digo, não a tua propriamente, mas a do outro”. (1Co 10.25-29).
Fonte: Revista de Apologética do Instituto Cristão de Pesquisas – ano 7 – n°42 – janeiro de 2002