O comunismo marxista

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Um dicionário comum definiria o marxismo como o conjunto das doutrinas filosóficas, políticas e econômicas de Karl Marx e seus continuadores, que, reagindo às filosofias idealistas e dualistas, pregam o advento do socialismo alcançado através da luta de classes e da ditadura do proletariado, o mesmo que materi-alismo dialético.

Porém, à luz das Escrituras e das ciências que tratam do com­portamento humano, haveremos de notar que o marxismo é bem diferente daquilo que os marxistas ou comunistas dizem ser. Se não, vejamos.

  1. PRIMÓRDIOS DO MARXISMO

Karl Friedrich Marx, pai intelectual do marxismo, nasceu em Treves, na Alemanha, em 1818, e morreu em 1883. Seus pais eram judeus, convertidos ao Cristianismo. Marx mesmo, quando criança, fora batizado numa igreja protestante na Alemanha. Após se formar em Filosofia, ingressou no jornalismo e na política.

1.1. Formação Religiosa de Marx

Quando muito jovem, Marx se confessava cristão. Nessa épo­ca, em sua tese: “O Jovem e a Escolha de Sua Carreira”, advertia a juventude a tomar em consideração a vontade de Deus, antes de cada um se decidir sobre a grande obra de sua vida. Escreveu ele: “A própria religião ensina-nos que o Ideal que todos lutam para alcançar, sacrificou-se a si próprio pela humanidade, e quem ou­sará contradizer tal afirmação? Se escolhermos a posição na qual podemos realizar o máximo por ele, então não poderemos nunca ser esmagados pelas responsabilidades, porque elas são apenas sacrifícios feitos em favor de todos”.

A certa altura do seu curso ginasial, respondendo à prova: “Sobre a União dos Crentes com Cristo”, ele escreveu:

“… o zelo pela virtude é abafado pela voz tentadora do peca­do, e se transforma em escárnio, assim que sentimos o pleno im­pacto da vida. A luta pelo entendimento é posta de lado por uma vulgar concupiscência pelos bens terrenos.

“O anseio pela verdade é amortecido pela força doce e lisonjeadora da mentira. E assim o homem permanece como a única criatura, em toda a natureza, que não cumpre o seu propósito, o único membro do Universo que é indigno do Deus que o fez.

“Todavia, o gracioso Criador é incapaz de odiar a obra de suas mãos. Deseja erguê-la até onde Ele mesmo está, e, assim sendo, enviou o seu Filho, e agora nos chama através destas palavras: ‘Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós…’ (Jo 15.3,4).

“E onde Cristo expressa com maior clareza a necessidade de união com Ele do que na bela parábola da vinha e seus ramos, na qual Ele se compara com a vinha e a nós com os ramos?

“Os nossos corações, a razão, a história, a Palavra de Deus, tudo nos faz apelos em altas vozes, convincentemente, dizendo-nos que a união com Ele é absolutamente necessária; que sem Ele serí­amos rejeitados por Deus; que somente Ele é capaz de libertar-nos… “Uma vez que um homem tenha atingido essa virtude, essa união com Cristo esperará calma e tranqüilamente os golpes da desventura. Opor-se-á bravamente às tempestades da paixão e re­sistirá impavidamente aos rugidos dos iníquos; pois quem poderia arrebatá-lo de seu Redentor?”

Karl Marx, pai do comunismo ateísta e materialista

1.2. A Radical Mudança

Aconteceu em 1835. Haviam-se passado apenas dois anos depois de ter escrito tão belo depoimento, quando Karl Marx de­clarou-se um ateu convicto. Oito anos mais tarde, diz: “O homem é que faz a religião; a religião não faz o homem… a religião é o ópio do povo… o povo não poderá sentir-se realmente feliz en­quanto não for privado da felicidade ilusória mediante a supers­tição da religião!”

Por essa época, num de seus poemas, Marx escreveu o seguin­te: “Desejo vingar-me daquele que governa lá em cima”.

Mas o que aconteceu na vida de Karl Marx, para que, da noite para o dia, se transformasse num declarado inimigo de Deus e do Cristianismo? No seu livro Era Karl Marx um Satanista?, Richard Wurmbrand não descarta a possibilidade de um envolvimento de Marx com o satanismo, forma de culto muito em voga hoje em dia.

1.3. Vítima da Falsa Teologia

Antes de se ligar à Economia e tornar-se um comunista de renome, Marx foi um humanista. Hoje, cerca de um terço do mun­do é marxista. Nesse meio estão muitos pseudo-cristãos, que, sem a experiência genuína e sobrenatural da conversão e sem a orien­tação da Bíblia, caem vítimas das doutrinas infames do marxismo ateu e materialista. É aqui que se enquadram os teólogos da Liber­tação como “tolos úteis”, a serviço do marxismo.

Apesar da decisão marxista de destruir a religião e de opor-se a tudo quanto tem relação com Deus, desde o princípio o mar­xismo tem encontrado fiéis aliados nos teólogos modernistas e liberais. Por exemplo, foi lendo um livro do teólogo liberal Bru­no Bauer, que Engels, na época um cristão professo, passou a descrer dos valores eternos registrados na Bíblia, vindo a se aliar a Marx logo depois. E que tipo de pessoa era Bruno Bauer, que contribuiu decisivamente na destruição da fé de Engels e apoiou Marx em seus intentos anticristãos? É possível conhecê-lo um pouco lendo parte de uma carta que ele encaminhou ao seu ami­go Arnould Ruge, também amigo pessoal de Karl Marx e Engels:

“Faço conferências aqui na Universidade ante um grande au­ditório… Não me reconheço a mim mesmo, quando pronuncio minhas blasfêmias do púlpito. Elas são tão grandes, que estas cri­anças, a quem ninguém deveria escandalizar, ficam com os cabe­los em pé. Enquanto profiro as blasfêmias, lembro-me de como trabalho piedosamente em casa, escrevendo uma apologia das Sa­gradas Escrituras e do Apocalipse. De qualquer modo, é um de­mônio muito cruel que se apossa de mim, sempre que subo ao púlpito, e sou forçado a render-me a ele… Meu espírito de blasfê­mia somente será saciado se estiver autorizado a pregar aberta­mente como professor do sistema ateísta”.

  1. O QUE PREGA O MARXISMO

Em síntese, o marxismo prega os seguintes temas:

2.1. A Guerra de Classes

Segundo o marxismo, há no Universo inteiro um estado de oposição, de sorte que tudo o que há no mundo é fruto de forças que se opõem. Exemplo: a morte se opõe à vida, o bem ao mal, etc. É este conflito que dá dinamismo à vida. Em tudo há sempre duas forças que se opõem; a força principal chama-se “tese”, e a secundária que reage chama-se “antítese”. Na luta entre as duas, a tese prevalece e vence a antítese. A isto o marxismo chama “ponto crítico”. O ponto crítico transforma a quantidade em qualidade, resultando daí a “síntese”.

O marxismo aplica a guerra de classes à humanidade, observando o seguinte raciocínio: A humanidade está dividida em duas forças que se opõem: operários e patrões ou chefes e subordina­dos. O operário é a força chamada “tese”; enquanto os patrões são a força reacionária, a “antítese”. Há guerra eterna entre estas duas classes. O resultado final será a tese vencer a antítese, isto é, a classe trabalhista destruir o sistema capitalista.

2.2. O Conceito de Paz

Os marxistas sempre falam em paz. Mas o que entendem eles por paz? Para o marxismo a paz só é possível com a destruição do povo capitalista pelo operariado, ou como dizem eles: “A vitória do proletariado sobre a burguesia”.

Quando um marxista fala em paz, refere-se à vitória total do comunismo. Deste modo, o que chamamos de “paz” é para o mar­xismo um ato de guerra.

2.3. Proletariado e Capitalismo

Na dialética materialista do marxismo, a classe operária é cha­mada proletariado; todos os demais compõem a burguesia ou ca­pitalismo. O que o marxismo chama capitalismo não são somente os ricos, comerciantes e industriais, mas o sistema democrático, todas as religiões, igrejas e organizações religiosas.

Segundo Marx, a religião é uma espécie de travesseiro sobre o qual o crente está a dormir, a fim de não se engajar na luta contra os exploradores, na esperança de ter uma vida num além, que nun­ca chegará. Portanto, é ensino básico do marxismo que o homem, para viver bem e dirigir seus destinos, precisa destruir primeira­mente a religião e a propriedade privada.

2.4. O Conceito de Propriedade

O marxismo caracteriza-se pela sistemática oposição à pro­priedade privada, à liberdade econômica, e à livre iniciativa. Marx e Engels declararam em 1848 aquilo que hoje é um diapasão do marxismo: “Os Comunistas podem resumir sua teoria nesta única expressão: ‘abolição da propriedade privada'”. Para o marxismo, “a propriedade privada é um roubo”. Deste modo, o alvo do mar­xismo é que toda propriedade seja administrada pelo Estado (pelo Estado comunista, evidentemente), inclusive no que diz respeito às necessidades individuais. Isto acarreta um totalitarismo absolu­to em que o indivíduo fica absorvido pela coletividade.

III. O MARXISMO E O PROBLEMA DA LIBERDADE

Um dos sinais de enfraquecimento da fé e da democracia em nosso país é o entusiasmo simplista de alguns cristãos pelas teses marxistas. Para tanto aventam as mais estranhas interpretações dos textos bíblicos na vã esperança de uma legitimação de atitudes inaceitáveis a um autêntico seguidor de Jesus Cristo.

3.1. Os Riscos do Comprometimento

Aos ouvidos de cristãos incautos, soam, com doçura angelical, as seguintes palavras:

“Os cristãos devem optar definitivamente pela revolução, e es­pecialmente no nosso continente, onde a fé cristã é tão importante entre a massa popular. Quando os cristãos se atreverem a dar um testemunho revolucionário integral, a revolução latino-americana será invencível, já que até agora os cristãos permitiram que sua dou­trina fosse instrumentalizada pelos reacionários” (Che Guevara).

“Sugerimos uma aliança entre o Cristianismo e o marxismo. Os objetivos humanos de Cristo e Marx, cada qual com sua pró­pria filosofia, são os mesmos. Não podemos falar sobre o outro mundo, mas neste mundo podemos ter completa concordância, com fraternidade e solidariedade” (Fidel Castro).

Ao receber uma Bíblia, no Chile, Fidel observou: “Aqui le­mos muitos exemplos de conduta tipicamente comunista… Cristo, multiplicando os peixes e os pães para alimentar o povo, é um belo exemplo… Nós não temos a resposta de Cristo. Mas, basea­dos na sua doutrina, tentamos fazer a mesma coisa: dar pães e peixes a todos!”

Mausoléu de Lenin na praça Vermelha, em Moscou: culto à criatura em lugar do Criador

3.2. Marxismo versus Igreja

O marxismo considera a Igreja, na melhor das hipóteses, irrelevante, e, na pior, como instituição econômica e, politicamen­te, opressora. Descreve a concepção cristã do mundo e da vida como algo anquilosado nas esferas de uma hierarquia estática, em uma concepção medieval do mundo que se esforça por impor como válida.

O marxismo é uma filosofia do homem que, conforme diz H. Bass, “pretende oferecer-nos uma resposta ao problema do ho­mem…, sua origem…, seu destino histórico…; uma resposta ao pro­blema da existência e da possibilidade de exercício de uma liber­dade do homem”. O marxismo, que pretende ser uma doutrina de salvação, só se satisfaz quando exerce um controle sobre todo o homem, em seu ser e seu operar, num delírio de universalidade dominante.

Bardiaeff, profundo conhecedor do marxismo, em cujas filei­ras formou durante vários anos, escreve: “Pretende o marxismo ser universal, quer impor-se sobre toda a experiência, e não só sobre alguns de seus movimentos”. Por isso, o marxismo é uma filosofia do homem, totalitária em sua ambição. Nos poucos paí­ses ainda sob governo marxista ou comunista, o Estado exerce controle sobre tudo. O cidadão é vigiado e a delação é uma tradi­ção, quase um dever. O Estado comunista, assim como “O Grande Irmão”, principal personagem do livro 1984, de George Orwell, a todos vê, patrulha e controla.

3-3- Patrulhamento Ideológico

A revista Veja, de 25 de junho de 1986, mostrou que durante uma recente estada no Ocidente, Yelena Bonner, mulher do físico e dissidente soviético Andrei Sakharov, declarou que se sentia como um micróbio numa lâmina sob um microscópio, tal a vigilância a que ela e seu marido eram submetidos na cidade de Gorki, a 400 quilômetros de Moscou, para onde foram banidos por suas críticas ao regime comunista.

Prosseguindo na sua matéria, diz a Veja: “No apartamento de Gorki, o casal vive em completo isolamento dos amigos e impedi­do de ouvir rádio, por causa de interferências provocadas pela po­lícia. Para sintonizar estações ocidentais, Yelena revelou, recente­mente, que eles vão até o cemitério local, onde a recepção é me­lhor. Para ambos, parece haver poucas esperanças de libertação a curto prazo”.

Durante o regime comunista na extinta União Soviética, ao manter Sakharov confinado, os soviéticos exerciam uma prerro­gativa típica das tiranias — a de libertar os adversários a seu crité­rio, como fez o Kremlin, ao autorizar, em 1986, a emigração de Anatoly Sharansky para Israel, mas mantendo sempre um preso notável como símbolo de resistência a pressões externas e uma advertência interna para a força da repressão.

3.4. Marxismo, o Apogeu do Humanismo

O marxismo não se dá por satisfeito em formular uma deter­minada crença sobre o homem, mas procura impô-la, fazendo uma sondagem nas profundidades do homem para obrigá-lo a tomar consciência de suas potencialidades inimagináveis; induz o ho­mem à crença de poder ser um deus antes mesmo de atingir a dignidade que o faça humano; quer dirigir, como um fanal seguro, o desenvolvimento, a realização do homem em seu caminho pelo mundo. Tudo isso não é alguma coisa que o marxismo murmura debilmente e oferece como opção; é um urgente “imperativo categórico” que brada dos lábios do seu fundador. O marxismo se pro­põe transformar o homem, o grande sol do Universo, em torno do qual tudo gravita.

Como pode uma filosofia arrogar-se um império sobre o ho­mem? Como pode pretender ter prerrogativas que incidem sobre toda a dimensão humana, cujo santuário não se abria a não ser para a potestade da religião e da fé? A resposta é a seguinte: O marxismo é uma religião, uma religião do homem. Afirmá-lo não é imprudência nossa, mas declaração de Marx: “A religião dos trabalhadores é sem Deus, porque procura restaurar a divindade do homem”.

Com razão disse Bochenski: “O conceito de valor absoluto do comunismo é um valor religioso. A dialética é o infinito e a infini­ta plenitude de valores. A atitude diante dela, e em conseqüência, ante o partido, é uma postura sacral…” Ignácio Leep, convertido do marxismo, apresenta a mesma opinião a partir da sua própria experiência: “O marxismo não se contenta em combater as igre­jas. Quer desempenhar, na vida social e na consciência do indiví­duo, o papel que anteriormente se atribuía às religiões”.

  1. OPÇÃO PELA DEMOCRACIA E PELA LIBERDADE

Dizer aqui que a Igreja é perseguida nos países comunistas, para alguns simpatizantes do marxismo, não passa de sensacionalismo e mentira veiculados pela imprensa ocidental, principalmente a imprensa norte-americana. Note, porém, que não eram jornalis­tas ocidentais que afirmavam haver perseguição por motivos reli­giosos na extinta União Soviética. Há mais de quinze anos o dissidente russo Alexander Solgnytzem, no seu famoso livro Arquipé­lago Gulag, descreve a Rússia como uma grande prisão. Anatoly Sharansky, outro dissidente russo, em depoimento no Congresso Americano em 1986, disse existir na época nada menos que qua­trocentos mil prisioneiros na extinta União Soviética, por dissidência política ou por perseguição religiosa.

4.1. A Democracia Garante a Liberdade de Culto

A garantia democrática da liberdade de culto não pertence à ordem das concessões, mas à dos reconhecimentos. E o reconhe­cimento, pelo Estado, de que o espírito se eleva às regiões do Infi­nito, regiões que se acham muito acima daquela em que vegetam os cobradores de impostos. Como disse Tomas Paine, um dos gran­des propugnadores da liberdade americana, o Estado não tem au­toridade alguma para determinar ou conceder ao homem a liber­dade de adorar a Deus, assim como não poderia conceder a Deus a liberdade de aceitar essa adoração.

Por reconhecermos a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, esperamos que o Estado assegure a seus cidadãos o direito de viver livres de toda e qualquer coação, ou acepção, em matéria de religião. Este e qualquer outro direito inerente à dignidade do homem devem ser cuidadosamente res­guardados, porque, uma vez feridos, todas as liberdades sofrem agravo.

Toda interpretação da liberdade religiosa inclui o direito de render culto a Deus conforme a consciência individual, de criar os filhos na crença de seus pais; de mudar de religião, de publicar literatura e fazer obra missionária, de associar-se a outras pessoas, de adquirir e possuir bens de raiz para estes fins.

Para salvaguardar a ordem pública e fomentar o bem-estar do povo, tanto o Estado, ao reconhecer a liberdade religiosa, como o povo, no usufruto deste direito que se lhe reconhece, devem cum­prir com obrigações recíprocas. O Estado deve proteger todos os grupos, tanto as minorias como as maiorias, jamais permitindo qualquer limitação de direitos legais por motivos religiosos. O povo, por sua vez, deve exercer seus direitos sentindo plenamente sua responsabilidade e vivendo numa atitude de respeito aos direitos dos outros. Estas são peculiaridades exclusivas dos Estados de­mocráticos.

4.2. Por que Preferir a Democracia

O povo brasileiro, principalmente o cristão, deve precaver-se diante do perigo de se deixar enfeitiçar pelo canto da sereia do comunismo. As soluções dos nossos problemas políticos e sociais não dependem da adoção do modelo político cubano em nosso país. Um modelo político que falhou em Cuba e que também fra­cassou na Nicarágua jamais terá melhor sorte no Brasil. Parte das soluções de nossos problemas sociais depende fundamentalmente do fortalecimento e aperfeiçoamento das instituições democráti­cas em nosso país.

A democracia é preferível ao marxismo comunista, por vários motivos, dentre os quais se destacam os seguintes:

1) O comunismo tem como bandeira a decisão de desarraigar o sentimento divino do coração dos homens, transformando ho­mens como Marx, Lenin, Stalin, Fidel Castro, etc, em deuses.

2) O comunismo se propõe não apenas a abolir a fé e a crença em Deus, mas também persegue a Igreja, enquanto prega o ateís-mo como forma de religião do Estado.

3) A pretexto de distribuir a riqueza em parcelas iguais a to­dos, o que o comunismo tem feito mesmo é distribuir equitativamente a pobreza.

4)  O comunismo anula a posse da propriedade privada, en­quanto tolhe o sonho dos que nada têm de algum dia possuírem alguma coisa mais.

5) A tese do “Novo Homem” (do qual Che Guevara é aponta­do como modelo), propugnado pelo comunismo como resultado da manipulação feita pela dialética marxista e pelas lutas de clas­se, constitui-se num anti-evangelho, uma vez que, de acordo com a mensagem do Evangelho, o único meio através do qual o homem pode ser feito uma nova criatura é através da aceitação do senho­rio de Jesus Cristo sobre sua vida (Jo 3.1-8).

4.3. Conclusão

O cristão deve opor-se ao marxismo comunista não do ponto de vista do capitalismo, seja ele de que linha for, mas do ponto de vista do Reino de Deus que, ao contrário do marxismo, prega o amor entre os homens, a compreensão e a solidariedade entre os povos, pontifica a necessidade da conversão do pecado a um esta­do de graça diante de Deus, e enfatiza o senhorio de Cristo e o governo divino sobre o homem e a História.

Como bem disse Rui Barbosa: “O comunismo não é fraternidade, é a invasão do ódio entre as classes. Não é reconcili­ação dos homens, é a sua exterminação mútua. Não arvora a ban­deira do Evangelho; bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cris­tã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador”.

 Extraído do livro “SEITAS E HERESIAS”, RAIMUNDO DE OLIVEIRA, Ed. CPAD

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