O batismo na água e sua observância Bíblica

Todo aquele que tem se arrepen­dido sinceramente e considera a Cris­to como seu Senhor e Salvador, deve submeter-se ao mandamento do batis­mo na água por imersão, de acordo com as Sagradas Escrituras. Ao cum­prir este sacramento, o crente lava seu corpo em água pura como símbolo ex­terior de limpeza, enquanto que seu coração tem sido lavado com o sangue de Cristo como limpeza interior. Me­diante o batismo o crente declara an­te o mundo que morreu com Jesus e que também com ele ressuscitou a fim de andar em novidade de vida.

Mateus 28:19, Atos 10:47, 48; Romanos 6:4; Atos 20:21; Atos 10:22.

Há quatro perguntas que frequentemente se ou­vem com respeito à ordenança do batismo na água, a saber: 1- Qual era a forma de batismo na época dos apóstolos? 2- Que significa ou simboliza o batismo na água? 3- Qual é a fórmula que corresponde ao administrar-se esta ordenança? e 4- Quem reúne as condi­ções, do ponto de vista bíblico, para batizar-se? Estudaremos todas estas perguntas na ordem formulada.

A FORMA

Existem muitas teorias contraditórias com respeito à forma de batismo, e isto se deve ao fato de que o ho­mem tem seguido a tradição e não os preceitos bíblicos.

As nossas igrejas praticam quase por unanimidade a imersão em água no nome do Pai, do Filho e do Es­pirito Santo, e consideram antibíblicas as demais for­mas de batismo. O fato de que exista tal harmonia de parecer entre as mencionadas igrejas com respeito ao batismo em água é em algo transcendental, si se tem em conta que grande parte de seus membros procediam de denominações religiosas que praticavam o ba­tismo por aspersão e o batismo das criancinhas. So­mente podemos explicar esta verdade dizendo que o batismo no Espirito Santo nos tem feito tão dóceis à voz divina, que havendo-nos libertado das cadeias da tradição que nos prendiam, recorremos agora direta­mente à palavra de Deus, a qual tem se constituído na norma de nossa vida.

Imaginemos que os nativos de certa ilha remota, jamais visitada por missionário algum, encontrassem uma Bíblia. Suponhamos que dita Bíblia fosse lida c compreendida, e que alguns se convertessem e desejassem fazer a vontade do Senhor. A leitura diligente do Novo Testamento lhes demonstraria que lhes era necessário batizar-se. Desde que nunca haviam assis­tido a um batismo, deviam guiar-se pela Bíblia. Median­te a leitura das páginas sagradas, os nativos descobririam o seguinte:

O SIMBOLISMO

Por seu simbolismo, o batismo na água é tão ma­ravilhoso como belo. Simboliza a morte, sepultura e ressurreição de Cristo e do crente que está em comu­nhão com ele. “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressus­citado dentre os mortos pela glória do Pai, assim tam­bém andemos nós em novidade de vida. Porque se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição”. Romanos 6: 4, 5. “Tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”. Colossenses 2: 12.

Como o confirma a maioria dos grandes eruditos no estudo das Sagradas Escrituras, ainda aqueles que praticam o batismo das criancinhas por aspersão re­conhecem que a forma original do batismo foi por imer­são, significado que se expressa com toda a clareza no vocábulo grego que tem sido traduzido batismo na ver­são portuguesa. Além disso, quase todas as tradições aos idiomas modernos proporcionam dito significado.

Se queremos ser fiéis a Cristo devemos fazer exatamente o que nos diz sua Palavra, e não adotar ne­nhuma forma estranha. Como ato de lealdade ao Se­nhor devemos cumprir as ordenanças tal como nos foram entregues pelos apóstolos.

A FÓRMULA

O Senhor mesmo deu a seus apóstolos a fórmula em Mateus 28: 19, onde disse o seguinte: “Ide, portan­to, fazei discípulos de todas as nações batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinan­do-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordena­do. E eis que estou convosco todos os dias até a con­sumação do século”. E fazemos isto no nome de Jesus Cristo, isto é, em virtude do mandamento do Senhor Jesus e da autoridade que nos tem conferido.

OS CANDIDATOS

Antes de abandonar este estudo fascinador, dedi­quemos uns momentos às pessoas que reúnem as con­dições necessárias para serem batizadas. A ordem di­vina é muito simples. O pecador deve arrepender-se e crer primeiro, Marcos 1: 15; Atos 2: 38. Somente os crentes devem ser batizados, Mateus 28: 19; Marcos 16: 16. Esta verdade exclui o batismo das crianças que são ainda muito pequenas para arrepender-se e crer, e invalida o “batismo” daqueles que não estão regenera­dos quando se submetem a ele. Explica isto a razão dos doze homens em Éfeso serem batizados novamente por Paulo? Atos 19: 1-7.

Alguns afirmam que o batismo no Espirito Santo exime o crente da necessidade de submeter-se à or­denança do batismo na água. Esta atitude está em con­flito com a declaração de Pedro em Atos 10: 47, 48.

Se alguém ler o Novo Testamento com o propósito de ver a importância que se dá ao batismo na água, descobrirá a rapidez com que os crentes eram batiza­dos na água depois da conversão, e a extraordinária ênfase que tanto Cristo como os apóstolos deram a este sacramento.

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LIVRO DOUTRINAS BÍBLICAS, P.C.NELSON

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