Muito antes de Maomé ter nascido, os árabes já se referiam a Deus como Alá — e milhões de pessoas continuam fazendo isso hoje. Todavia, o Alá do islamismo definitivamente não é o Deus da Bíblia, pois embora os muçulmanos defendam com veemência a unidade de Deus, negam de modo patente sua trindade. Assim, eles rejeitam a noção de Deus como Pai, rejeitam a singular divindade de Jesus Cristo, o Filho, e renunciam a identidade divina do Espírito Santo.
Primeiro, enquanto o Mestre ensinou seus discípulos a orar “Pai nosso, que estás nos céus”, os devotos de Maomé acham essa ideia ofensiva. No seu modo de pensar, chamar Deus de “Pai” e Jesus de “Filho” sugere procriação sexual. De acordo com o Alcorão “não é conveniente para (a majestade de) Alá que ele gere um filho” (Sura 19.35). “Alá não gerou, nem foi gerado” (Sura 112.3). A Bíblia, no entanto, não usa o termo “gerar” com respeito ao Pai e ao Filho, no sentido de reprodução sexual, mas no sentido de relacionamento especial. Portanto, quando o apóstolo João fala de Jesus como “o Unigênito do Pai” (João 1.14), está ressaltando a singular divindade de Cristo. De igual modo, quando o apóstolo Paulo se refere a Jesus como “o primogênito de toda a criação” (Colossenses 1.15), está enfatizando a preeminência de Cristo ou uma posição superior como o Criador de todas as coisas (Colossenses 1.16-19). Os cristãos são filhos de Deus por adoção; Jesus é Filho de Deus por toda a eternidade.
Além disso, os muçulmanos denunciam dogmaticamente a declaração cristã de divindade singular de Cristo como o pecado imperdoável de faltar ao dever. Como diz o Alcorão “Deus não perdoa o pecado de juntar outros deuses com Ele, mas perdoa a quem quer de outros pecados que não esse” (Sura 4.116). Embora os muçulmanos prontamente afirmem a impecabilidade de Cristo, negam de modo inflexível seu sacrifício na cruz e subsequente ressurreição. Ao fazer isso, negam o fato histórico único que demonstra que Jesus não está em uma longa linha de igualdade de Abraão a Maomé, mas é Deus encarnado. A frase do Alcorão “Alá o ressuscitou” (Sura 4.158) quer dizer que Jesus foi arrebatado de modo sobrenatural, e não que ressuscitou dos mortos. Na tradição islâmica, Deus fez alguém se parecer com Jesus, e essa pessoa parecida com Ele foi crucificada em seu lugar. Em anos recentes, o mito de que Judas foi crucificado no lugar de Jesus se popularizou em círculos muçulmanos por causa de uma antiga invenção medieval intitulada O Evangelho de Barnabé. Contra o peso da história e das evidências, o Alcorão declara: “eles não o mataram nem crucificaram, mas foi feito assim para que lhes desse a impressão” (Sura 4.157).
Finalmente, além de rejeitar a divindade de Jesus, o islamismo renuncia a identidade divina do Espírito Santo. Ensina que, longe de ser a terceira pessoa do Deus trino, que inspirou o texto bíblico, o Espírito Santo é o arcanjo Gabriel, que ditou o Alcorão para Maomé ao longo de vinte e três anos. Ironicamente, enquanto se diz que o Espírito Santo que ditou o Alcorão é o arcanjo Gabriel, o islamismo identifica o Espírito Santo prometido por Jesus em João 14 como Maomé. A Bíblia, porém, rejeita totalmente essas deturpações e embustes. Biblicamente, o Espírito Santo não é um anjo nem um simples mortal; Ele é o próprio Deus que nos redime de nossos pecados e que um dia nos ressuscitará para a vida eterna (Atos 5.3-4; Romanos 8.11).
“Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai” (1João 2.23).
- HANK HANEGRAAFF