Teólogo presbiteriano da Teologia da Missão Integral ocupa importante função estratégica, com salário elevado, na Secretaria-Geral da Presidência da República
Nota: Esta é uma versão reduzida do artigo “A sombra ‘evangélica’ da sombra ‘católica’ na Presidência da República: Alexandre Brasil e Gilberto Carvalho,” que denuncia o evangélico estratégico de Gilberto de Carvalho, que, segundo o Dep. Aroldo de Oliveira, é comunista de carteirinha, o segundo homem mais forte do PT e responsável por um projeto perigoso que visa transformar o Brasil numa Venezuela ou União Soviética. Vários aliados da sombra evangélica, inclusive Ariovaldo Ramos, assinaram manifesto público de apoio a esse projeto comunista. Todos esses evangélicos têm um elo em comum: a promoção da Teologia da Missão Integral. O propósito deste artigo reduzido é facilitar a divulgação e distribuição dessa denúncia ao maior número possível de líderes evangélicos.
O governo do PT tem um “agente” muito bem pago para iludir os evangélicos. Poderia se dizer até que era um agente de certo modo secreto, pois no ano passado quando fiz perguntas sobre ele para a Frente Parlamentar Evangélica, ninguém o conhecia.
Seu nome é Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca, também conhecido como Alexandre Brasil Fonseca, ou simplesmente Alexandre Brasil. Ele é um teólogo presbiteriano.Como é que o PT chegou a essa posição de ter um representante evangélico que sabe alcançar a população evangélica fora do radar e atenção de importantes líderes evangélicos no Congresso Nacional?
A primeira vez que ouvi esse nome foi no ano passado, de uma fonte que circula livremente no movimento de Teologia da Missão Integral, que é de acordo com Ariovaldo Ramos a versão protestante da Teologia da Libertação. A fonte me informou que a função de Alexandre Brasil na Secretaria-Geral da Presidência da República é se comunicar e viajar pelo Brasil se encontrando com lideranças evangélicas e fortalecendo a “comunhão” entre governo do PT e evangélicos.
Para que Alexandre Brasil pudesse se qualificar para tal importante posto no governo, ele teria no mínimo de ter afinidade com a Teologia da Libertação defendida por Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil. Ele conseguiu preencher esses requisitos?
Sim, e isso é comprovado pelo seu histórico.
Ele tem um livro publicado pela Editora Ultimato, que é referência da Teologia da Missão Integral no Brasil.
Em 2010, juntamente com Frei Betto e Leonardo Boff (e uma multidão deslumbrada de idiotas úteis de várias igrejas), Alexandre assinou, como teólogo presbiteriano, o “Manifesto dos Cristãos pela eleição de Dilma.” No documento, os assinantes proclamavam:
Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como contrárias à moral.
A própria candidata negou a veracidade destas afirmações. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé… Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso… em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff.
Quatro anos de inúmeras evidências depois, quem mentiu? Os que disseram que Dilma não apoia o aborto ou os que disseram o contrário?
Juntamente com o esquerdista Paul Freston, que já foi membro de carteirinha do PT, Alexandre Brasil tem sido citado como referência, com sua credencial de sociólogo, sobre o perfil evangélico brasileiro, embora ambos estejam distantes da predominante espiritualidade pentecostal, neopentecostal e conservadora do Brasil.
Paul e Alexandre já foram citados elogiosamente pela BBC, uma mídia secular esquerdista, e também pela revista Christianity Today, numa matéria que estranhamente chamou Ariovaldo Ramos de “conservador moderado” — o mesmo Ariovaldo que disse que Hugo Chavez deixou o mundo melhor.
Foi uma escolha muito infeliz da Christianity Today, mas sua tendência para com a esquerda vem se manifestando. Recentemente, a versão brasileira dessa revista americana retuitou uma matéria do Christian Post em favor de uma escritora evangélica americana que apoia o chamado “casamento” gay. A denúncia está aqui: “Por que o Christian Post adota o esquerdismo no Brasil?”
A denúncia também mostra como a escritora esquerdista americana foi escolhida como uma das principais palestrantes na famosa Faculdade Calvino (Calvin College) nos EUA. Essa faculdade, conforme informação de sua página, teve também Alexandre Brasil como líder de um de seus seminários. Tudo a ver, pois Alexandre também é presbiteriano.
Essas ligações progressistas me fazem lembrar a declaração do próprio Alexandre em seu Twitter: “‘Tamo junto e misturado!’ #tudoquenaopresta.” Não conheço verdade mais realista do que essa.
O que é de doer é: Como os modernos filhos de Calvino — que é considerado o pai do capitalismo — conseguem ser diabolicamente anticapitalistas e pró-marxismo?
Podridão evangélica esquerdista: para alegria de uns e tristeza de outros
As ligações esquerdistas de Alexandre são extensas.
Gustavo Abadie, que era pastor tradicional, se converteu ao catolicismo depois de só ver pastores e igrejas protestantes tradicionais se entregando ao esquerdismo. Ele escreveu o artigo “A árvore podre da Missão Integral,” que aponta as principais figuras da Teologia da Missão Integral, mencionando inclusive Alexandre Brasil.
No artigo, o ex-pastor Gustavo revela declaração do bispo assassinado Robinson Cavalcanti confirmando que a “Teologia da Missão Integral é a versão evangélica da Teologia da Libertação.”
Cavalcanti, que foi o fundador do Movimento Evangélico Progressista (o maior movimento evangélico esquerdista da história do Brasil), era louvado por Alexandre Brasil.
O PT só escuta seus ventríloquos evangélicos
Como integrante da Secretaria-Geral da Presidência da República, quando houve as grandes manifestações populares no Brasil no ano passado e Dilma Rousseff queria “escutar” o povo, Alexandre não teve dúvida: trouxe até o Planalto o desconhecido grupo evangélico progressista “Rede Fale” para representar a voz dos evangélicos, como se todos os evangélicos do Brasil fossem esquerdistas. A Rede Fale tem uma afinidade especial com a Teologia da Missão Integral e seu “apóstolo” Ariovaldo Ramos.
Pastores na mira
Em 8 de março de 2014, Alexandre esteve reunido com pastores de Aracaju para promover uma iniciativa manobrada por ele e seu patrão: o Movimento Paz & Proteção. Esse movimento visa unificar as igrejas em torno de uma suposta proteção aos direitos das crianças e adolescentes. A liderança desse movimento, que é estrategicamente manobrada por Gilberto Carvalho e por sua sombra evangélica, está com o UNICEF, CONIC, Koinonia Presença Ecumênica e Serviços, RENAFRO e Visão Mundial, conforme documentação que os pastores de Aracaju me enviaram. A maioria desses grupos assinou manifesto de apoio a um decreto de Dilma Rousseff comandado por Carvalho — um decreto que, sorrateiramente, visa implantar uma ditadura comunista no Brasil.
Como não poderia deixar de ser, a CNBB está representada nessa parceria através de sua Pastoral da Criança. O CONIC, que abrange a CNBB, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e a Igreja Presbiteriana Unida, sempre opta pelo esquerdismo. O CONIC apoiava o PLC 122 e se opunha a Marco Feliciano.
Missão Integral e o núcleo fechado do PT
Mas quem é Alexandre Brasil, o homem que se tornou o principal instrumento do ministro Gilberto Carvalho em suas comunicações com os evangélicos?
De acordo com entrevista dele ao programa progressista Papo na Rede postado em 27 setembro de 2013, ele foi um dos pioneiros da Rede Fale, cuja atuação tem sido marcadamente política e esquerdista.
Aos 7:15 da entrevista, Alexandre revela que, na sua função ligada à Secretaria-Geral da Presidência da República, ele tem comunicação regular com a Visão Mundial, que está hoje sob a presidência de Ariovaldo Ramos, um “apóstolo” da TMI e apoiador de Lula na sua eleição e reeleição.
Aos 10:30, o entrevistador diz que Gilberto Carvalho é “um dos homens mais influentes do núcleo mais fechado da Presidência da República.”
Aos 37:35, Alexandre ressalta que sua experiência e caminhada foram na Rede Fale, Visão Mundial e Teologia da Missão Integral e movimento ecumênico.
A caminhada de Gilberto e Alexandre é muito semelhante. Gilberto, na Teologia da Libertação. Alexandre, na Teologia da Missão Integral. Essas ligações progressistas me fazem lembrar a declaração do próprio Alexandre em seu Twitter: “‘Tamo junto e misturado!’ #tudoquenaopresta.”
Neopentecostalismo: o inimigo comum dos cristãos esquerdistas
A afinidade de Alexandre Brasil com Gilberto Carvalho é então imensa. Se em 2012 Carvalho disse que os televangelistas neopentecostais são uma ameaça para a hegemonia do PT (por causa de suas posturas radicais contra o aborto e homossexualismo), a única resposta de Alexandre seria concordar. Afinal, ele tem um documento basicamente chamando o movimento neopentecostal de Nova Era Evangélica.
Essa posição de ataque ao neopentecostalismo em nada difere da posição de outros líderes protestantes da Teologia da Missão Integral. Ariovaldo Ramos e Ricardo Bitun, que são expoentes proeminentes dessa ideologia esquerdista, têm um livro intitulado “Uma Visão sobre a Igreja, hoje, no Brasil,” que ataca o neopentecostalismo. Esses ataques mais parecem cortinas de fumaça para acobertar o trabalho sujo da promoção da Teologia da Missão Integral.
Claro que nem todo neopentecostal merece ser isento de críticas. A Igreja Universal do Reino de Deus,cujo fundador defende descaradamente o aborto, é um exemplo. Mas nem a sombra católica nem a sombra evangélica ousariam criticar o poderoso chefão da IURD, que é um importante aliado do governo do PT. Só as igrejas neopentecostais contrárias ao aborto e ao homossexualismo é que merecem fogo cerrado das hostes esquerdistas.
O que torna o neopentecostalismo uma ameaça aos cristãos de esquerda, tanto católicos quanto evangélicos? O filósofo Luiz Felipe Pondé responde. Ele lembra que já na década de 1960 Nelson Rodrigues combatia os “padres de passeata” que teriam introduzido o materialismo mais vil na teologia, tentando transformar a Igreja Católica em um aparelho da esquerda.
Em seu livro “Contra um Mundo Melhor” (Editora Leya), Pondé escreveu: “A igreja católica de esquerda fez a opção pelos pobres, mas os pobres fizeram a opção pelo neopentecostalismo.”
A Teologia da Missão Integral, predominante durante décadas em igrejas protestantes tradicionais, também fez a opção pelos pobres, mas seu público-alvo fez a opção neopentecostal pelo sucesso material. Ao invés de se juntar à esquerda messiânica e lutar por “outro mundo possível,” os pobres preferem a busca individual da prosperidade. Certos ou errados em sua busca da prosperidade, o fato é que os neopentecostais arruinaram os planos dos eruditos, teólogos e filósofos evangélicos e católicos que defendem eloquentemente a Teologia da Missão Integral e a Teologia da Libertação. Essa é a principal razão do ódio mal disfarçado que os teólogos de ambas as ideologias têm do neopentecostalismo.
As sombras em importante reunião evangélica
E como tem sido a atuação de Alexandre Brasil como “ponte” entre governo do PT e evangélicos progressistas? Graças a ele, Carvalho participou de importante reunião promovida pela Aliança Evangélica (AE) em 28 de fevereiro de 2013 na Igreja Presbiteriana de Brasília, DF. Recebido por cerca de 70 líderes evangélicos, Carvalho ouviu de Ariovaldo Ramos, representante da AE, o compromisso de apoio. “Vamos apoiar as ações do Governo que favorecem o pequeno, o pobre… Queremos ser um instrumento de parceria”, disse Ariovaldo, que também declarou que irá fazer “cobranças” quando o governo se desviar do direcionamento socialista em suas políticas.
Ladeado por Ariovaldo e por sua sombra evangélica (o progressista mais gordo à esquerda, na foto), Carvalho agradeceu as palavras de Ariovaldo e confirmou o desejo do governo do PT de caminhar em diálogo e parceria com a AE. “Ai das igrejas que perdem o caráter de profecia. Ai do governo que se fecha”, afirmou ele, em palavras que em muito recordaram Robinson Cavalcanti, que igualmente atrelava o caráter profético das igrejas ao ativismo socialista.
Mas tanto Gilberto quanto Alexandre, com suas respectivas teologias católica e evangélica esquerdistas, poderiam garantir que fazem tudo por amor aos pobres. No entanto, quanto custa trabalhar “pelos pobres”?
Quanto se ganha para “optar pelos pobres”?
O site Portal da Transparência, que é ligado ao governo federal, informa publicamente que Gilberto Carvalho recebe um salário mensal de 26.723,13, possivelmente sem contar as ajudas de custo para aluguel e outras despesas.
Quanto ao Alexandre Brasil, seu salário não fica muito atrás do salário de seu patrão. De acordo com informação pública disponível no site Portal da Transparência, ele recebe um salário mensal de 15.957,60, possivelmente também sem contar as ajudas de custo para aluguel e outras despesas…
Fonte: www.juliosevero.com