Um dos maiores matemáticos do mundo visitou-me em meu quarto de hotel, há pouco tempo. Pude perceber que seus problemas pessoais se tornaram tão pesados que o homem estava à beira de um colapso. A tensão da vida moderna se tornara grande demais, e ele corria o perigo de ser mais um caso na estatística do crescimento alarmante das doenças mentais.
O clima intelectual em que vive o homem moderno constitui um paradoxo. A tecnologia cria milagres, mas deixa de satisfazer-nos as necessidades mais íntimas. Põe rodas sob nossos pés, mas põe também medos e apreensões em nossos corações. Podemos viver mais tempo, mas não melhor. Podemos viver em conforto maior, mas não mais contentes.
De acordo com um relatório do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, oito milhões de pessoas sofrem de alguma doença mental no país. Desse número, um milhão recebe tratamento nos hospitais, todos os anos. Mais de 50% dos leitos de hospital dos Estados Unidos estão ocupados por doentes atacados por alguma forma de problema mental ou psicológico. Em dez crianças nascidas hoje, uma será internada num hospital com algum tipo de doença mental, em alguma época da sua vida.
Muitos dos que são mentalmente doentes estão literalmente doentes do coração e da alma. Os seus males nada têm que ver com cérebros corroídos ou danificados. As pessoas não perdem a sanidade mental ou sofrem esgotamento nervoso nos chamados ataques de nervos – perdem-se a si próprias! Desaparecem em mundos de sua própria criação, numa tentativa de fuga ao mundo real. O fato assustador sobre a doença mental e emocional é que a mesma faz incursões alarmantes na jovem geração atual.
Um recente artigo de revista chama a juventude de hoje de “a geração atormentada”,1 e diz: “Na Universidade de Pennsylvania, 25% dos estudantes precisam de auxílio do serviço de sanidade mental durante os seus anos de estudos. Em Harvard, 25% dos estudantes consultara um psiquiatra ou assistente social.” Essas percentagens não desmerecem as universidades de Pennsylvania e Harvard, e num levantamento recentemente feito junto a 600 psiquiatras universitários ficou revelado que cerca de 15% dos estudantes em seus cursos recorrem ao psiquiatra, ao mesmo tempo que 30% deviam fazer o mesmo.
FUGA
Há milhões de pessoas ocupadas na tarefa de meter a cabeça na areia e fingir que os acontecimentos devastadores de nossos tempos na realidade não estão ocorrendo. Procuram assim desesperadamente fugir às realidades das pressões impostas pela vida moderna.
Em si mesma, a fuga não é estado de doença mental, mas um mecanismo subconsciente de escapar à realidade. É um modo de comportamento adotado a fim de fugir aos fatos e realidades desagradáveis. Pode tomar muitas formas. A dona de casa, perturbada, sai num passeio de compras exageradas, enquanto outro procura abrigo num caso amoroso clandestino ou numa noite de dança Watusi. Um dos modos mais conhecidos de fuga é o alcoolismo, que constitui hoje verdadeira catástrofe nacional.
Em nosso gabinete de Minneapolis recebemos, todas as semanas, milhares de cartas, mais de metade das quais têm relação com problemas domésticos, e metade destas relacionadas com problemas de alcoolismo. Beber é hoje um dos problemas sociais mais sério. Em sua base, é o resultado de uma tentativa de fugir às responsabilidades e realidades da vida. “Todas as vezes que meu marido e eu entramos em desacordo, ele sai para o bar da esquina”, escreve uma mulher do Iowa.
Poderíamos escrever volumes internos sobre os problemas da toxicomania. Milhões de comprimidos de barbitúricos são ingeridos todas as noites para ajudar o país a dormir. Milhões de tranqüilizantes nos mantêm calmos durante o dia. Milhões de pílulas tonificantes nos despertam de manhã, após as ressacas alcoólicas da noite anterior.
A Bíblia avisa que tais fugas à realidade não produzem satisfação duradoura. “O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia; visto que só se preocupam com as coisas terrenas” (Filipenses 8:19).
ANSIEDADE
No futuro, os historiadores poderão rotular os tempos de hoje como sendo “A Idade da Ansiedade”. Embora, de certo modo, tenhamos menos com que nos preocupar do que as gerações anteriores, parecemos mais preocupados do que elas. Embora tenhamos vida mais fácil do que os nossos ancestrais, temos também mais inquietação do que eles. Embora tenhamos menos causa de ansiedade, mostramo-nos mais ansiosos. As mãos calosas foram a marca dos pioneiros deste país, ao passo que os sulcos das rugas se apresentam como distintivo no rosto do homem moderno.
Os pioneiros queixavam-se de estarem “esgotados” pela exaustão física, mas o problema conosco é que estamos “supercarregados” pela hipertensão. Grande parte disso se deve a uma modificação dos interesses. Há um século, a preocupação principal do homem era sua vida espiritual; hoje são as questões físicas e temporais que o preocupam. Grande número de pessoas acredita, na verdade, que, se dermos bastante comida, abrigo, roupas, educação e divertimentos ao homem, teremos chegado à Utopia.
O psicanalista Erich Fromm assevera que a vida moderna transforma os homens em sombras ansiosas e desprovidas de amor. Diz ele: “A maioria dos norte-americanos acredita que estejamos numa sociedade de consumo… de gente feliz, que gosta de se divertir, que viaja em aviões a jato, e cria o máximo de felicidade para todos. Contrariamente a essa opinião, acredito que a nossa vida anual conduz á ansiedade, à vulnerabilidade e, mais tarde, à desintegração de nossa cultura. Poderia suceder que nosso sonho – de que o bem-estar material, por si só, conduz à felicidade – seja uma esperança ilusória?”
LAZER
Outro problema com que lutam milhões de pessoas no mundo ocidental é o do lazer. Podemos não encarar isso como problema, mas os psicólogos, psiquiatras e sociólogos estão começando a compreender que a questão poderá ser o principal problema psicológico da próxima geração. Compreendendo a importância das perspectivas e conseqüências crescentes do lazer em virtude da automatização, a revista Life dedicou uma série de artigos ao assunto.
Nas sociedades onde o lazer já constitui realidade, o tédio e o aborrecimento constituem o grande problema. Há algum tempo atrás, estive visitando um país incluído na categoria de estado de bem-estar, onde um dos dirigentes da igreja me disse:
– Na igreja, temos lutado por melhores condições de vida e um padrão de vida mais elevado. Neste país, temos agora segurança e previdência social desde que nascemos até que morremos, mas estamos também diante de problemas psicológicos tais como o tédio e a monotonia, que se mostram tão grandes e devastadores quanto os antigos problemas sociais de um século antes.
Quando se dispõe de mais lazer e menos responsabilidade, o problema do que fazer assume proporções dramáticas. A proposta de semana de trabalho de vinte horas e férias anuais de dez semanas, juntamente com a automatização acelerada que fará aumentar o número dos que não têm o que fazer, vêm sendo as causas dos maiores problemas sociais de nosso século. O crescimento rápido do lazer poderia produzir mais crime, mais destruição de lares, mais problemas psicológicos do que poderíamos ter capacidade de enfrentar. Poderia, também, criar descontentamento e inquietação, o que levaria a uma infelicidade ainda maior do que aquela na qual vivemos hoje, com toda a nossa grande prosperidade.
Já é possível ver o potencial de crime entre nós, ao examinarmos o vandalismo da juventude desocupada, nos salões de coquetel, onde os entediados e inquietos vão passando as horas monótonas de lazer, nos clubes noturnos, onde homens de negócio esfalfados e frustrados observam artistas sensuais executando números rotineiros e frenéticos, deixando a platéia vazia, frustrada e saciada. Todos nós já lemos narrativas sobre o tédio que impera no coquetel comum. Diversas pessoas ricas já me disseram: “Se eu tiver de ir a mais um cocktail party, darei um tiro nos miolos.”
Certo senador confidenciou-me que a maior necessidade em Washington era a eliminação desse tipo de festas ou acontecimento social, e comentou:
– Isso consome parte tão grande de nosso tempo que não nos resta muito para tratar das questões de Estado.
No curso de uma entrevista, indagaram a Arnold Toynbee:
– A abolição da pobreza pode garantir que a civilização da América continue a crescer e a ser dinâmica?
Eis a resposta do grande historiador:
– Não. Há mais do que isso na era da automatização. Acredito que a questão essencial está em saber o que os americanos faraó com o seu tempo de folga. As pessoas acabarão tendo de trabalhar apenas algumas horas por dia, e disporão cada vez mais de lazer. Se passarem esse tempo vendo televisão ou disputando jogos mecânicos, o futuro da civilização americana não será muito sadio.2
O rumo futuro da civilização americana dependerá, ao menos em parte, de seu povo utilizar ou não o lazer de modo construtivo. Este passou a ser um dos maiores desafios com que nos defrontamos. A perspectiva futura de lazer poderá mostrar-se maior do que o problema atual de trabalho. Já disse um psiquiatra: “A grande maioria de nosso povo não está emocional ou psicologicamente pronta para dispor de tempo livre.” Um economista afirmou que à altura do ano 2000 poderá ser possível a 2% de nossa população, trabalhando em fábricas e fazendas, produzir todos os bens e gêneros alimentícios que bastem para os demais 98%.
Se tais previsões e cálculos vierem a efetivar-se na prática, a vida logo se tornará, virtualmente, uma seqüência só de divertimentos sem qualquer trabalho. Que faremos, então, com todo esse tempo disponível? Foi Shakespeare quem afirmou: “Se todos os anos fossem de férias, divertir-se passaria a ser tão aborrecido quanto trabalhar.” Carlyle dizia: “Uma vida fácil não é para homem algum, ou para deus algum.” E afirma a Bíblia: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gênesis 2:15).
O plano de Deus para a raça humana era que nos mantivéssemos ocupados, e isso para nosso próprio bem psicológico, fisiológico e espiritual. Se, por intermédio de nosso progresso tecnológico, conseguirmos arredar esse princípio, será com risco para nós. Já se pode antever o perigo que isso acarretará.
“PENSAMENTO DUPLO”
Como é que uma sociedade forma o tipo de psicose que nos assalta hoje? É o produto de muitas coisas, inclusive da perda da fé religiosa, da educação defeituosa e da demasiada facilidade. Em seu livro 1984, George Orwell descreve aquilo a que chama “pensamento duplo”. Não se trata de idéia original, pois encontramos na Bíblia: “O homem de ânimo doble é inconstante em todos os seus caminhos” (Tiago 1:8). No âmbito nacional, estamos no estado de mente dupla que pode pôr em perigo nossa própria sobrevivência. O “pensamento duplo”, ou mente dupla, significa a faculdade de manter duas arengas contraditórias na mente, e aceitá-las, ás duas. Todo o mundo já se familiarizou com a fala comunista, de duplo sentido. Quando os comunistas se referem á paz, querem dizer “paz sob as nossas condições”. Mas nós também falamos pelos dois cantos da boca ao mesmo tempo. Dizemos ser uma nação cristã, mas grande parte de nossa literatura, de nossas práticas e costumes sociais, nossos interesses profundos, não são absolutamente cristãos e se mostram de todo seculares.
Hn seu livro Will Man Prevail? (O Homem Prevalecerá?), Erich Fromm afirma: “Embora as pessoas acreditem em Deus, não se preocupam com Ele, isto é, não se preocupam, nem perdem o sono em virtude dos problemas religiosos ou espirituais. A maioria das pessoas no Ocidente diz acreditar em Deus e, portanto, nos princípios divinos de amor, justiça, verdade e humildade. Tais idéias têm, porém, pouca influência em nosso comportamento. A maioria é motivada pelo desejo de maior conforto material, segurança e prestígio.”
Dizemos crer na igreja, e ainda assim muitos entre nós, privados de consciência, passam por eta sem se deterem di, em seu caminho para o golfe, passeios de barco, natação ou mesmo para os clubes noturnos.
Os ideais podem ser facilmente transformados em simples palavras. Tornam-se alheios a nós, deixam de ser uma experiência autêntica, passando a ser um ídolo, estranho ao íntimo de cada qual, a que rendemos homenagem mas que utilizamos para encobrir a desonestidade e a imoralidade.
Freud aprendeu o que ensina a Bíblia, que uma pessoa pode ser plenamente sincera e, ao mesmo tempo, estar errada. A sinceridade pode, até, ser uma capa, um disfarce para o impulso real que motiva a pessoa. Isso também pode acontecer a uma nação. Podemos estar empregando o “pensamento duplo” e não nos apercebermos de que erramos ao fazer isso.
“PENSAMENTO DE GRUPO”
A par com o “pensamento duplo”, vemo-nos invadidos por um novo método de pensamento, chamado “pensamento de grupo”. A atração exercida pelo sentimento de identificação, segurança e aceitação por parte dos outros leva-nos a cenas configurações de pensamento, atos e comportamento. Procuramos pensar, agir e falar como o fazem aqueles em torno de nós e um de nossos temores mais arraigados é que nos considerem “estranhos”, gente “de fora” do grupo.
Esse medo levou-nos pela estrada do conformismo, imprimindo em nossas almas o selo de “homem de organização”,* privando-nos da originalidade de pensamentos, individualidade e ação construtiva, tendo invadido não só nossa vida secular, mas também a religiosa.
É Vance Packard quem observa, em sua obra The Status Seekers (“Os Que Buscam Posição Social”): “Para a vasta maioria dos cristãos norte-americanos, ir à igreja é a coisa mais direita que as pessoas podem fazer aos domingos. Isso torna pública a sua respeitabilidade, proporciona-lhes o sentimento cálido de que se estão comportando de um modo que mereceria a aprovação de seus ancestrais tementes a Deus, e adiciona alguns milímetros à sua estatura própria, situando-os num grupo social com o qual desejam identificar-se. E até aqueles que levam a sério a sua vida religiosa preferem realizá-la cercados por pessoas de sua espécie.”
Não é fácil nos livrarmos do “pensamento de grupo” de nossos tempos, quando os propagandistas da televisão rebaixam o mérito da marca de aspirina que preferimos e pintam, com cores dramáticas, seus efeitos devastadores em nosso estômago, secundados por ruídos estridentes e sons fantasmagóricos em meio aos quais nossas “tripas” se desintegram, só porque não saímos correndo na mesma hora para comprar a aspirina da marca por eles recomendada.
A pressão do “pensamento de grupo” afeta nossa votação nas urnas, as marcas de gêneros alimentícios que compramos e comemos, dos automóveis que dirigimos, da gasolina que usamos, bem como os nossos padrões de crença religiosa.
É quase apavorante notar o modo pelo qual as massas humanas podem ser levadas a crer, praticamente, em qualquer coisa, desde que o “ensinamento” seja transmitido numa forma que transite pelos caminhos por intermédio dos quais estão acostumadas a receber seus conhecimentos, verdadeiros ou falsos. Como exemplo, em determinado filme cinematográfico, certo ator pediu champanha cor-de-rosa, e com isso deu início a uma pequena revolução na indústria vinícola. Os restaurantes em todo o país se viram imediatamente assoberbados pelos pedidos de gente que queria tomar a bebida exótica. De um ao outro extremo da nação, as estrelas e astros de cinema e televisão determinam a lei da moda, do vestuário, da maneira de talar e até do comportamento moral. O banheiro elegante e complexo, o telefone em peça única e as venezianas, tudo isso foi inspirado pelo cinema de Hollywood e mais tarde se transformou em condição essencial de quase todos os lares americanos. No entanto, esses são apenas os sintomas superficiais do poder de sugestão exercido pela Madison Avenue e Hollywood.
Com igual facilidade, o cinema e a televisão orientam e modificam os pensamentos da nação em matéria de política, moralidade e questões sociais de grande importância. Na penumbra de uma sala de estar ou de cinema, onde as pessoas se sentam repousadas para prestar atenção integral aos quadros que passam, as condições psicológicas são perfeitas para insinuar idéias. Em provas reiteradas, feitas entre estudantes de ginásio e universidade, ficou evidenciado que um filme cinematográfico ou um programa de televisão podem representar uma lavagem de cérebro.
A MENTIRA
Estamos vivendo em mero a uma geração cujas mentes foram preparadas para a MENTIRA. A Bíblia fala, na segunda Epístola aos Tessalonicenses, da vinda do grande Anticristo: “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem” (2:9, 10). O cinema, a televisão, o rádio, o romance sensual, a revista barata, tudo isso se combina para tornar quase impossível às massas dedicar-se a qualquer pensamento individual verdadeiro. Em vista da ruptura da disciplina no lar e da instilação de veneno por todas as fontes de diversão e instrução em nossa vida diária, não é para admirar que a mente do povo já esteja pronta a receber qualquer coisa, menos a verdade, e que esteja disposta a acreditar em mentiras e, finalmente, na MENTIRA.
É possível que o “pensamento de grupo” tenha tornado a ação individual uma coisa fora de moda em nosso país. Estar-nos-emos transformando numa civilização mecânica, manipulada pelos meios de comunicação em massa, pressionada pelo conformismo e impelida pelas manobras políticas? Teremos formado mentalidade tipo “grande loja comercial”, onde fazemos nossas compras de fé, política e novo modo de vida exigindo as marcas registradas sob que tais “produtos” estejam enlatados? Estaremos coletivizando a mentalidade da América?
Nas eleições de 1964, os especialistas em “prévias” predisseram até à fração percentual o que o povo norte-americano iria fazer nas urnas, e menos de uma hora antes de estas terem sido fechadas, os computadores já prediziam quem venceria e qual seria a maioria. Mais tarde, um colunista comentava: “No futuro, poderíamos muito bem deixar que os especialistas em prévias eleitorais nos digam a favor de quem está o povo norte-americano, e isso nos economizaria todas as despesas de uma campanha política.”
Parece que, como nação, estamos correndo o fisco de perder nossa individualidade e nossa identidade pessoal. O estudante foi transformado em mero cartão de máquina IBM. É uma estatística. A relação pessoal entre mestres e alunos, que costumava prevalecer, já se desfez. Agora, o estudante é apenas uma parte da “massa”.
Quando procuramos um remédio para tal estado, que produz uma psicose nacional, devemos lembrar-nos do que Bernard Iddings Bell afirmou: “Todos os transes humanos não podem ser resolvidos com o simples tratamento dos sintomas, pois nossos distúrbios não são de simples domesticidade. É todo o sistema de esgotos que está desarranjado”.
Nos ocasiões de problemas nacionais, deveríamos estar ouvindo a voz de Deus em Seu esforço por que pensemos os Seus pensamentos, de acordo com Ele. Muitas vezes deixamos de perceber o propósito ou explicação das catástrofes nacionais. É Charles C. West quem diz: “Voltamo-nos para Deus procurando ajuda quando os nossos alicerces estão estremecendo, para então descobrirmos que é Ele quem os faz estremecer.”
Talvez seja por meio de tudo isso que Deus está falando à nação e ao indivíduo. Não somos feitos para o vácuo, não somos feitos para o tédio. Não fomos criados para viver acovardados no medo. Nossa ansiedade, nossa angústia mental, nossa preocupação, tudo isso se dirige para cima, procurando um propósito e uma realização satisfatória. Os sinais já estão nos céus, e augurara uma vida melhor, um caminho melhor, um dia melhor.
Você e eu tomos feitos para as alturas. A Bíblia diz, referindo-se ao homem: “Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus, e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão, e sob seus pés ludo lhe puseste” (Salmos 8:5,6).
É Jesus Cristo quem confere dignidade e valor ao indivíduo. É Ele quem diz: “Que aproveita ao homem, ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8:36). Cristo ensinou que, à vista de Deus, uma alma vale todo o mundo material! À vista de Deus o indivíduo é de importância máxima. Quando Cristo chama um homem para que O siga, Ele o chama para que “seja” do “grupo”. Cristo pode preencher os vácuos, restaurar-lhe a identidade pessoal. Ele pode tornar-Se a VERDADE para a nossa geração.
A questão está em saber: Onde podemos encontrar Cristo?. Onde podemos encontrar essa vida nova? Como podemos ser os homens e mulheres que Deus desejou que fôssemos?
* Organization man no original. O autor faz referência ao tipo humano, que para poder empregar-se junto às grandes e médias organizações comerciais e industriais, ou manter mu emprego netas, tem de se amoldar ao feitio, padrão ou “modelo” de pensamento, comportamento e até mesmo vida familiar e social que, direta ou indiretamente, é o “aprovado” ou “bem visto” por essas organizações, bom número das quais mantém a seu serviço sociólogos, psicólogos e demais “especialistas” da natureza humana cuja função “profissional” torna-se bem clara. – N. do T.