“Grampeia o presidente dos EUA e veja o que acontece com o grampeador”.

A frase cínica de Dilma Rousseff dias atrás omitia o óbvio: ela não foi grampeada; caiu na escuta telefônica de Lula.

Mas já que ela usou o exemplo dos Estados Unidos para se defender, este blog a parafraseia:

– Explique nos EUA que nomeou um investigado como ministro para ajudar o país a sair da crise e veja o que acontece com quem explicou.

Acontece o seguinte, Dilma sapiens:

O New York Times chama de “desafinada e ridícula” a explicação, como fez no editorial deste sábado “A crise política no Brasil se aprofunda”.

O texto destaca que Lula é acusado de enriquecimento ilícito por ter recebido dinheiro de construtoras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras e foi levado recentemente a depor pela Polícia Federal.

Até o Times, ‘bíblia’ do esquerdismo americano, aponta que Lula e Dilma querem atrasar, “por tanto tempo quanto possível”, um eventual julgamento do ex-presidente ao tentar abrigá-lo no Planalto, com foro privilegiado.

“Surpreendentemente, ela parece ter sentido que ainda tinha capital político para gastar”, diz o jornal.

Os americanos, surpreendentemente ou não, ainda se surpreendem com o ridículo de Dilma Rousseff.

Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil