PARIS — A França elevou ao máximo seu nível de alerta terrorista depois de um ataque à revista satírica “Charlie Hebdo”, em Paris, classificado de barbárie pelo presidente François Hollande. Dois homens mascarados e armados invadiram a sede da publicação por volta de 11h30m (hora local) e mataram ao menos 12 pessoas. Cerca de 20 teriam ficado feridas, incluindo três policiais. Quatro estariam em estado crítico. Em 2011, a revista publicou charges do profeta Maomé, o que despertou a ira de alas muçulmanas radicais, e acabou sofrendo um atentado a bomba.
Hollande, que foi ao local do ataque, convou uma reunião de emergência do gabinete.
— É uma barbárie expepcional. Os atiradores serão perseguidos durante o tempo que for necessário para que sejam levados à justiça. A França está em choque. É um ataque terrorista, não há dúvida — disse o presidente, que revelou que várias tentativas de ataque foram fracassadas em Paris ao longo das últimas semanas. — Temos que mostrar que somos um país unido.
Os dois suspeitos teriam fugindo para o nordeste de Paris e roubado um carro. Se confirmado um ataque de cunho terrorista, seria o episódio do tipo mais mortal na França desde 1945.
— Dois homens armados e com roupas pretas entraram no prédio com Kalashnikovs. Minutos depois, ouvimos muitos tiros — disse a testemunha Benoit Bringer, acrescentando que os homens foram vistos fugindo do prédio.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e a prefeita parisiense, Anna Hidalgo, chegaram no local pouco após o início dos trabalhos de resgate.
Um usuário mostrou marcas deixadas pelas balas no vidro de um prédio próximo. “Dois tiros atravessaram o prédio”, relata.
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Extraído do site de OGlobo em 07/01/2014
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