MALAQUIAS 3.6 – DEUS SEMPRE NOS DARÁ NOVAS REVELAÇÕES, PORQUE ELE NÃO MUDA?
- Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.
Deus afirmou: “Porque eu, o Senhor, não mudo”. Os mórmons argumentam que pelo fato de Deus não mudar, Ele sempre se comunicará com as pessoas através de novas revelações e novas escrituras. Pelo fato de Deus uma vez ter dado Escrituras, Ele deverá sempre dar outras.
RESPOSTA APOLOGÉTICA
Tudo o que se tem a fazer é consultar o contexto imediato de Malaquias 3, e o amplo contexto das Escrituras como um todo, para que se perceba que essa visão é errada. Malaquias 3.6 mostra que Deus é imutável em sua natureza e em seus soberanos propósitos e promessas para com o seu povo. Observe a segunda parte de Malaquias 3.6, que os mórmons tipicamente ignoram: “por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”. No contexto, esse verso está simplesmente dizendo que os descendentes de Jacó não seriam destruídos por causa das promessas do concerto de Deus para com Israel. As imutáveis promessas de Deus para com Israel são tão confiáveis e certas quanto a sua imutável pessoa. As promessas de Deus, como Ele próprio, são imutáveis. Claramente o verso não tem nada a ver com o assunto da continuidade das revelações.
Outros versos nas Escrituras tratam do assunto. Por exemplo, Judas 3 nos instrui: “Tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”. No texto escrito em grego, o termo “pela” que precede a palavra “fé” aponta para uma e única fé que foi passada à Igreja; não existe outra “fé” verdadeira.
O termo traduzido como “uma vez” (do grego hapax) refere-se a algo que foi feito para sempre, e não necessita mais ser repetido. O processo de revelação foi concluído após a entrega dessa fé. Portanto, não é mais necessária nenhuma revelação a respeito da natureza de Deus, da pessoa de Cristo, do plano da salvação ou de qualquer outra doutrina. É significativo que a palavra “dada” (ou “entregue”) nesse verso seja um particípio aoristo passivo, que indica uma ação que foi concluída de uma vez por todas. Não haveria nenhuma nova “fé” ou corpo da verdade comunicado através de Joseph Smith, ou qualquer outro presidente mórmon, ou através de livros tais como A Pérola de Grande Valor. Mesmo que alguém hipoteticamente assegurasse que Deus gostaria de revelar verdades fundamentais adicionais hoje, qualquer revelação nos dias atuais teria que ser obrigatoriamente consistente com as revelações anteriores (Gl. 1.8). Qualquer ensino que contradiga o ensino prévio e autoritativo de Deus é anátema. Paulo falou da importância de garantir que novos clamores a respeito da verdade sejam medidos, contra aquilo que através das Escrituras sabemos ser verdadeiro (At. 17.11; IITm. 3.16). Utilizando esse critério único, as “revelações” mórmons devem ser rejeitadas, pois apresentam um Jesus diferente, um Deus diferente e um Evangelho diferente.
———-
Fonte:
Resposta Às Seitas, Norman L. Geisler e Ron Rhodes, CPAD, 2000 – Texto compilado e adaptado pelo Pr. Edison Miranda da Silva.
Bíblia Apologética, ICP, 2000.