OS ENSINAMENTOS MÓRMONS SÃO OS MESMOS QUE OS ENSINOS BÍBLICOS E CRISTÃOS?
De que forma os ensinos mórmons são os mesmos que os ensinos bíblicos e cristãos?
De que forma os ensinos mórmons diferem dos ensinos bíblicos e cristãos?
Como a teologia é mórmon, e não cristã, torna-se fácil comparar as crenças do Mormonismo com as do Cristianismo. Oferecemos aqui a seguinte tabela, contrastando os ensinos mórmons com os ensinamentos cristãos básicos:
MORMONISMO | CRISTIANISMO |
Bíblia | Bíblia |
Não confiável | Confiável |
Incompleta como se apresenta | Completa como se apresenta |
Acrescenta novas revelações à Palavra de Deus | Rejeita novas revelações à Palavra de Deus |
Pressupostos teológicos não bíblicos são empregados na interpretação | Hermenêutica normal é utilizada na interpretação |
Deus | Deus |
Triteísmo/politeísta | Trindade/monoteísta |
Físico (homem evoluído) | Espírito |
Finito | Infinito |
Moralmente questionável | Santo |
Organizador da matéria eterna | Criador da matéria a partir do nada |
Polígamo sexual | Assexuado |
Jesus | Jesus |
Um Deus | Deus |
Criado | Eterno |
Ganhou a salvação e exaltação à divindade | Como é Deus, não precisa nem de salvação nem de exaltação |
Não nascido de virgem | Nascido de virgem |
Polígamo | Não casado |
Salvação | Salvação |
Por obras | Pela graça |
Nega a expiação bíblica | Confirma a expiação |
Possível após a morte | Impossível após a morte |
Morte | Morte |
Purgatório, três reinos celestiais, quase universalista | Céu ou inferno eternos, não há purgatório, não universalista |
Afirmar que o mormonismo e o cristianismo ensinam a mesma coisa é uma posição indefensável do ponto de vista lógico, histórico e doutrinário. Iremos documentar agora algumas das principais doutrinas do mormonismo e mostrar porque não constituem ensinamentos bíblicos.
Primariamente, mas não exclusivamente, conforme os ensinos mórmons iniciais:
1 – Como o mormonismo considera a religião cristã?
A igreja mórmon ensina que logo depois da época dos discípulos, a igreja cristã desviou-se e não foi restaurada senão depois da “primeira visão” de Joseph Smith, em 1820 (veja a pergunta 14). O mormonismo considera o cristianismo como um inimigo, por acreditar que se trata de uma religião apóstata, ensinando doutrinas falsas. Em vista do mormonismo acreditar que as doutrinas cristãs desviam espiritualmente os homens, a igreja mórmon considera o cristianismo uma religião condenável e os cristãos como pessoas iludidas. Apresentamos abaixo citações escolhidas e documentadas.
Brigham Young ensinou que os cristãos eram incrédulos; eles podem fingir que têm fé em Cristo, mas a verdade é que “nenhum deles crê realmente nEle. Além disso, o próprio Smith enfatizou que os pastores cristãos “são do seu pai, o diabo” e “tanto eles como os seus seguidores, sem exceção, receberão a sua recompensa com o diabo e seus anjos”. Smith declarou que eles “serão conjuntamente condenados”.
No Journal o f Discourses (Jornal de Discursos), coleção de 27 volumes de discursos escritos pelos primeiros presidentes e líderes mórmons, encontramos sentimentos como os seguintes.
O segundo presidente, Brigham Young, ensinou que, em relação à verdadeira teologia, “nunca houve um povo tão ignorante quanto o chamado mundo cristão atual”. Além do mais, ele acreditava que os cristãos eram ‘pagãos’ quanto ao seu conhecimento de Deus.
John Taylor, o terceiro presidente da igreja, acreditava que o cristianismo era uma “completa coleção de absurdos… tão corruptos quanto o inferno” e uma invenção do diabo. Ele ensinou igualmente que os mórmons eram os “salvadores do mundo”, mas que o mundo cristão como um todo não conhecia a Deus, e no que se refere às coisas de Deus, eles são perfeitos insensatos.
O apóstolo Orson Pratt, outro líder da primeira igreja, declarou que “a cristandade inteira é tão destituída do cristianismo bíblico quanto os pagãos idólatras”. Em seu artigo de 1854, “Arrependimento”, ele perguntou: “Por quanto tempo os céus suportarão que tal perversidade continue impune?” Segundo Pratt, os cristãos irão, cada um deles, a não ser que se arrependam dessas falsas doutrinas, ser lançados no inferno, cada um será, com toda certeza, condenado.
O décimo presidente da igreja mórmon, Joseph Fielding Smith, afirmou que a suposta apostasia da cristandade a levou a tornar-se uma “abominação” pagã.
O mormonismo moderno também não mudou de opinião. O conhecido teólogo mórmon Bruce McConkie se refere às igrejas cristãs como “igrejas do diabo”. Em outro livro, McConkie afirma que os cristãos são inimigos de Deus, porque o plano de Deus para a salvação “foi modificado e pervertido por uma cristandade apóstata. Os cristãos modernos não só ignoram os verdadeiros propósitos de Deus, como também as suas doutrinas são “doutrinas de demônios”, e a igreja cristã faz parte da “grande e abominável igreja do diabo que prepara os homens para serem condenados”.
Tudo isso prova que a igreja mórmon considera a fé cristã como inimiga e os cristãos como indivíduos espiritualmente enganados.
2 – O que o mormonismo ensina sobre Deus?
Os mórmons enfatizam que acreditam no Deus bíblico e “na Santíssima Trindade”. Essa afirmação é manifestamente falsa. Podemos comparar e contrastar o conceito mórmon de divindade com o conceito cristão na seguinte tabela:
Deus Mórmon Deus Cristão
Muitos (politeísta) Um (monoteísta)
Evoluindo (mudando) Imutável (não muda)
Material (físico) Imaterial (espírito)
Sexual Assexuado
Polígamo Celibatário
Moralmente imperfeito (exigindo salvação) Eternamente santo
Vamos examinar agora brevemente esses conceitos mórmons de divindade. Primeiro, a igreja mórmon aceita e ensina o que é chamado de politeísmo, crença em muitos deuses. Isso contrasta com o ensino cristão histórico e ortodoxo, asseverando a existência de um só Deus. Os mórmons irão afirmar frequentemente que só creem num único Deus e que não são politeístas, mas as suas afirmativas são falsas.
Em suas próprias palavras, Joseph Smith, fundador do mormonismo, enfatizou: “Quero declarar que sempre, e em todas as congregações onde abordei o assunto da divindade, preguei sobre a pluralidade de Deuses”. Na obra A Doutrina Mórmon, McConkie afirma: “Existem três Deuses – o Pai, o Filho e o Espírito Santo”. McConkie confessa ainda: para nós, falando no tempo finito adequado, esses três são os únicos deuses que adoramos. Mas, além disso, há um número infinito de personagens santos, procedentes de inumeráveis mundos, que passaram para a exaltação e são portanto Deuses. Essa doutrina da pluralidade dos Deuses é tão abrangente e gloriosa que se amplia e envolve cada personagem exaltado. Os que alcançam a exaltação são Deuses.
Em outras palavras, não só há três deuses principais para esta terra, e não só um número infinito de deuses em todos os mundos infinitos, como cada mórmon que vier a ser “exaltado” se tornará ele mesmo um deus – no sentido mais amplo desse termo.
Esse não é, porém, claramente o ensino da Bíblia. O próprio Deus diz: “Antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá’. Ele diz igualmente: “Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus. Há outro Deus além de mim? Não há outra Rocha que eu conheça” (Isaías 44.6-8). Ele finalmente declara: “Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus… não há outro Deus senão eu”(Is.45.5,21). O que pode ser mais claro do que isso?
Quando o mormonismo declara que há vários deuses – de fato, um número infinito deles — nega o que o próprio Deus ensina na Sua Palavra. O mormonismo também afirma que cada deus está evoluindo. Embora o próprio Deus tivesse dito: “Porque eu, o Senhor, não mudo” (Ml.3.6; Tg 1.17; Nm.23.19). O mormonismo ensina que Deus foi antes homem, tendo sido criado por outro deus. Mas, pelo auto-aperfeiçoamento, esse homem finalmente evoluiu e alcançou a Divindade perfeita. McConkie confessa a crença mórmon quando ensina: “Deus é um homem santo”. Joseph Smith também ensinou que “Deus, o Pai de todos nós, foi anteriormente homem como nós”. Ele tornou isso claro para nós: Deus foi anteriormente como somos agora, é um homem exaltado e senta em seu trono nos céus lá em cima! Esse é o grande segredo… Se o visse hoje, iria vê-lo na forma de homem… Vou contar-lhe como Deus veio a ser Deus. Imaginamos e supusemos que Deus era Deus desde a eternidade. Rejeito essa ideia e removerei o véu… Essa é então a vida eterna — conhecer o único Deus sábio e verdadeiro; vocês têm de aprender a ser também deuses.
Não obstante, a Bíblia é bastante clara em sua afirmação de que Deus é um ser imutável, infinito, que existe desde a eternidade, e não um homem finito que de alguma forma evoluiu para a divindade (Jó 9.32; Nm.23.19). “Porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti” (Os.11.9).
Embora a Bíblia afirme que “Deus é espírito” (Jo.4.24), a igreja mórmon nega o que a Bíblia ensina e diz a seus membros que Deus não é espírito, mas um ser físico. Joseph Smith declarou: “Não há outro Deus no céu, mas Deus que é feito de carne e ossos”. Em Doutrina e Convênios lemos: “O Pai tem um corpo de carne e ossos tão tangível quanto o do homem…” McConkie chama Deus de “um Personagem glorificado, ressurreto, com um corpo tangível de carne e ossos”. Mas, o próprio Jesus ensinou que “um espírito não tem carne nem ossos” (Lc.24.39) e, portanto, se “Deus é espírito”, conforme alegam os mórmons, Ele não pode ter um corpo físico tangível como o dos homens.
Não obstante, em vista do mormonismo ensinar que os seus deuses são localizados e físicos, não é de admirar que tenham intercurso sexual. O mormonismo ensina que os deuses são sexualmente ativos. Durante toda a eternidade, os homens vão evoluindo até se tornarem deuses. Uma vez alcançado o estado de divindade, eles geram filhos espirituais sexualmente, com as suas mulheres celestiais.
Esses filhos espirituais têm então oportunidade de habitar um corpo físico e uma terra física para alcançar sua própria divindade e continuar o processo. McConkie ensina: “Somos geração de Deus. Ele é nosso Pai eterno; temos também uma mãe eterna. Não existe pai sem haver mãe, nem pode haver filhos se não houver pais. Nascemos como filhos espirituais de pais celestiais muito antes dos fundamentos da terra terem sido lançados.
Uma razão para os primeiros mórmons favorecerem a poligamia, é vista no fato dos mórmons estarem apenas imitando os seus deuses. Novamente, esses deuses produzem filhos espirituais que requerem corpos físicos. Assim sendo, “terras” são criadas (organizadas materialmente) e povoadas com corpos físicos, para que os filhos espirituais possam ter a oportunidade de progredir para a divindade como os seus pais fizeram: Assim como os homens nasceram pela primeira vez como filhos espirituais e companheiros do Pai Eterno, os filhos nascidos dos seres ressurretos são seres espirituais e devem ser enviados, por sua vez, para outra terra, a fim de passarem pelas experiências da mortalidade e obterem um corpo físico.
Vemos aqui uma das racionalizações teológicas aparentes do mormonismo para a primitiva doutrina da poligamia. Se uma mulher pudesse produzir dez corpos para os filhos espirituais habitarem e terem assim a oportunidade de se tornarem deuses, então 20 mulheres poderiam produzir 200 corpos para esses espíritos; quanto mais corpos melhor; portanto, quanto mais esposas melhor.
Brigham Young assegurou: “O Senhor criou você e eu com o propósito de nos tornarmos Deus como Ele… Fomos criados… para nos tornarmos deuses como o Pai do Céu, de maneira que possamos criar então “mundos sobre mundos”. Milton R. Hunter, membro do Primeiro Conselho dos Setenta, ensinou que: “o Deus Pai, Eterno, foi antes um homem mortal… Ele tornou-se Deus… Cresceu em experiência e continuou a crescer até chegar à posição de divindade.
Mas, o mormonismo ensina igualmente que os seus deuses eram antes imperfeitos, inclusive Deus Pai e Deus Filho. É por isso que tanto Deus Pai como Jesus Cristo (dois dos deuses desta terra) precisavam da salvação. Se todo deus foi antes um homem imperfeito, salvo mediante suas boas obras, que o exaltaram à divindade, então o próprio Deus um dia teve necessidade da salvação. Marion G. Romney, membro da Primeira Presidência, observou: “Deus é uma alma salva e aperfeiçoada que goza da vida eterna”. Tudo isso contribui para concluirmos que o conceito mórmon de Deus não pode ser absolutamente considerado cristão. A igreja mórmon costuma alegar que os cristãos se encontram em estado de apostasia e perderam o verdadeiro conhecimento de Deus, mas um exame cuidadoso dos ensinamentos mórmons sobre Deus revela outra coisa. Em resumo, o mormonismo é uma religião de politeísmo pagão. O conceito da procriação de deuses físicos e sexuais, defendido pela igreja mórmon, coincide com a crença pagã e ocultista e não com a fé cristã. A crença mórmon é tecnicamente henoteísta – um sistema politeísta, enfatizando uma divindade central (“Elohim”, o principal deus desta terra).
3 – O que o mormonismo ensina sobre Jesus Cristo?
O mormonismo afirma que acredita no Jesus Cristo verdadeiro e bíblico. Um folheto publicitário ensina: “Cristo é nosso Redentor e Salvador. Se não fosse ele, não haveria nem salvação nem redenção…” Declarações desse tipo confundiram alguns cristãos. Por exemplo, Frank Morley da Grace Presbyterian Church em Alberta, Canadá, permitiu que a igreja mórmon publicasse e promovesse uma conferência dele apoiando o mormonismo. Nesse livreto ele diz: “Foi-me dito que os mórmons não creem em Jesus Cristo. Tais superstições e mal-entendidos que temos com relação a eles [é que] precisam ser esclarecidas.
Considere, no entanto, a tabela seguinte, contrastando o Cristo mórmon (que confundem com o Jeová do Antigo Testamento), com o Cristo bíblico.
O Jesus Cristo Mórmon |
O Jesus Cristo Bíblico |
Um ser criado, irmão de Lúcifer | Deus não criado |
Conseguiu sua própria salvação | Não necessitou de salvação |
Comum (um dentre muitos deuses) e de menor importância na cosmologia mórmon mais ampla | Único (a Segunda Pessoa da Divindade), de suprema importância através da eternidade e em toda a criação |
Concebido pelo ato sexual físico do Pai (Adão ou Elohim) e Maria | Concebido pelo Espírito Santo que cobriu com Sua sombra a Maria, uma virgem autêntica |
Polígamo casado | Monógamo solteiro |
As seguintes declarações, bastante claras, feitas pelos líderes mórmons, revelam as verdadeiras crenças da igreja mórmon a respeito de Cristo. Em essência, a doutrina do Cristo mórmon (como acontece com muitas outras das suas doutrinas) se compara às encontradas no mundo do ocultismo.
Primeiro, o mormonismo ensina que Jesus Cristo foi um ser criado, e não o Deus eterno como declarado claramente na Bíblia (Jo.1.1-3; Tt.2.13), e que Ele foi o primeiro e principal de bilhões de filhos espirituais subsequentes, criados mediante o intercurso sexual entre deuses terrenos masculinos e femininos. O livro Doutrinas e Convênios 93:21-23 ensina que “Cristo, o Primogênito, foi o mais poderoso de todos os filhos espirituais do Pai. James Talmage afirma, num trabalho padronizado da igreja mórmon, Os Artigos de Fé: “Entre os filhos espirituais de Elohim, o primeiro a nascer é Jeová, ou Jesus Cristo, a quem todos os demais se seguiram.
No mormonismo, Jesus é também considerado irmão de Satanás. Desde que Satanás era igualmente uma criação pré-existente dos deuses terrenos masculinos e femininos, Cristo deve ser então considerado seu parente. Em outras palavras, Cristo e o diabo são irmãos de “sangue”. Se o diabo e os seus demônios tiverem sido todos filhos espirituais do deus terreno mórmon Elohim, segue-se então que eles também são irmãos de Jesus, da mesma forma que são irmãos de todos os homens. Um escritor mórmon declara: “Quanto ao diabo e seus espíritos companheiros, são irmãos do homem e também de Jesus e filhos e filhas de Deus, no mesmo sentido que nós”. Em resumo, portanto, a diferença entre Cristo e o diabo no mormonismo não é de espécie, mas apenas de grau.
Segundo, o mormonismo ensina que Jesus é um ser salvo. Em vista de Jesus ter sido apenas mais um filho espiritual dos deuses terrenos masculinos e femininos (como todos os homens e mulheres). Ele também teve de obter a sua salvação: “Jesus Cristo é o Filho de Deus… Ele veio à terra para ganhar a Sua salvação… Depois de ressuscitado, obteve todo o poder no céu. Pela obediência e dedicação à verdade, Ele (Jesus) alcançou aquele pináculo de inteligência que O elevou à categoria de Deus. É por isso que McConkie enfatiza “Cristo é um ente salvo”.
Terceiro, nos ensinamentos mórmons, Jesus Cristo não é único, pelo menos em natureza. A sua divindade não é única, pois todo homem exaltado irá alcançar a mesma divindade que Cristo experimenta agora. A Sua encarnação também não é única, pois Cristo, como todo ser humano, é apenas um homem espiritual encarnado, que num estado pré-existente, foi concebido pela união sexual entre deuses terrenos masculinos e femininos.
Os mórmons se referem a Cristo como um ser “maior” do que os outros filhos espirituais dos deuses terrenos masculinos e femininos, mas apenas nesta terra. Além disso, Cristo só está acima deles por causa da sua prioridade e posição, e não em natureza ou essência. De fato, como filho espiritual dos deuses terrenos, ele tem natureza idêntica a todos os homens e todos os demônios; essa é uma das razões pelas quais os mórmons se referem a ele como “irmão mais velho”. E assim “Jesus é irmão espiritual do homem. Habitamos com Ele no mundo espiritual como membros dessa sociedade maior de intelectos eternos, que inclui nossos Pais Celestiais”.
De fato, Cristo só teria sido único em natureza de um modo — pelo Seu nascimento físico. Em lugar de ter um pai simplesmente humano como o resto de nós nesta terra, Sua mãe teria praticado sexo físico com Deus (Elohim).
Quarto, como notado acima, os mórmons aceitam o nascimento de Jesus Cristo mediante o intercurso sexual entre Deus (Elohim) e Maria. Isso porque “a sexualidade… é realmente um atributo de Deus… Deus é um ser procriador de carne e osso” e “o Espírito Santo não foi pai de Jesus”. Na obra Doutrinas da Salvação, Joseph Fielding Smith assevera: “Cristo foi gerado por Deus. Ele não nasceu sem a ajuda do Homem e esse Homem era Deus. McConkie declara: “Cristo foi gerado por um Pai Imortal, da mesma forma que os homens mortais são gerados por homens mortais”.
Em outras palavras, Maria foi aparentemente bígama — casada tanto com seu marido terreno, José, como com o próprio Deus. Brigham Young confessou: “O homem José, marido de Maria, não teve, ao que sabemos, mais do que uma esposa; mas, Maria, esposa de José, teve outro marido (isto é, Deus)”.
Quinto, alguns mórmons também ensinaram que Jesus Cristo era um polígamo com várias esposas, outra doutrina não bíblica. O primeiro apóstolo mórmon, Orson Pratt, afirmou que Jesus Cristo casou-se em Caná da Galileia, que Maria e Marta (e outras) eram suas mulheres, e que ele teve filhos. Desse modo, Jesus “foi polígamo” e provou isso “casando-se com muitas mulheres honradas”.
Esse é, portanto, o Jesus Cristo mórmon — um espírito criado sexualmente, irmão de Lúcifer, provável polígamo, e um dos muitos deuses que ganhou a sua salvação, imortalidade e divindade.
Mas, biblicamente, tudo isso é f a l s o . Jesus Cristo é
Mas, biblicamente, tudo isso é falso. Jesus Cristo é Deus. Ele é eterno e, portanto, nunca foi criado (Jo.1.1-3; Cl.1.16-17; Is.9.6; Mq.5.2). Além do mais, Jesus Cristo não é irmão do diabo; Ele veio para destruir as obras do diabo (1Jo.3.8). Não foi um homem que conquistou a sua salvação; era Deus e (mediante a encarnação) morreu na cruz para a salvação de outros homens (1Pe.2.24). Jamais se casou, nem nasceu do intercurso sexual entre um deus pagão e a virgem Maria (Jo.1).
Na verdade, nenhuma passagem bíblica pode ser apresentada pelos mórmons em defesa de qualquer dos seus ensinamentos sobre Jesus Cristo. Mesmo assim, os missionários mórmons batem em nossa porta e dizem com toda a sinceridade que são cristãos, que creem no Jesus Cristo bíblico.
4 – O que os mórmons ensinam sobre a salvação e a vida após a morte?
Os ensinamentos mórmons sobre a salvação apresentam tipos diferentes de salvação levando a tipos diferentes de céu.
Primeiro, há uma salvação geral que os mórmons chamam de “salvação pela graça”. O mormonismo afirma que isto ocorre a todos os homens. Mas, esta salvação geral fica restrita à ressurreição dos mortos e à imortalidade; ela não decide a residência específica da pessoa ou o grau de glória na vida futura. Isto é decidido pela segunda categoria da salvação mórmon, a salvação individual. Esta salvação determina para qual dos três céus o indivíduo vai e se obtém ou não a verdadeira “vida eterna” (divindade). A salvação geral é tida como sendo baseada na graça, enquanto a salvação pessoal é confessadamente pelas boas obras. Portanto, os mórmons podem alegar que acreditam que a salvação é pela graça; todavia, querem dizer com isso apenas que toda pessoa será ressuscitada dentre os mortos. O verdadeiro destino dessa pessoa é determinado pela retidão pessoal (veja a Pergunta 12).
Assim sendo, as boas obras e o mérito pessoal determinam que “reino de glória” ele ou ela herdará após a morte. O menor reino da glória é chamado de reino telestial. É o lugar dos perversos, onde a maior parte da humanidade irá residir. Tais pessoas serão excluídas da presença de Deus e de Cristo. O reino acima deste é chamado de reino terrestrial da glória. É para onde vão os mórmons indiferentes, os não-mórmons bons, e os que aceitarem o mormonismo depois da morte.
O mais elevado reino da glória é o reino celestial e esse é alcançado pela “completa obediência à lei do evangelho”. Esse reino tem três partes, mas é só na parte superior do reino celestial que se encontra a salvação em seu sentido completo. Salvação no seu sentido mais verdadeiro é alcançar a absoluta divindade e o progresso sexual eterno.
Em conclusão, os mórmons merecedores alcançam a exaltação ou deificação no céu superior do reino celestial. Todos os outros são “condenados”, o que é, com efeito, herdar uma posição restrita e servil nos reinos subalternos — mas, mesmo assim, reinos.
5 – Os mórmons ensinam que a verdadeira salvação só ocorre pelas boas obras e retidão pessoal?
Desde o seu início, a igreja mórmon tem rejeitado, consistente e inflexivelmente, o claro ensino bíblico da justificação pela graça, através da fé apenas (Ef.2.8-9; Fp.3.9). De fato, poucas religiões são mais hostis ao ensino bíblico da salvação pela graça do que o mormonismo. Talmage se refere a “uma doutrina muito perniciosa — a da justificação somente pela fé”. Joseph Fielding Smith enfatizou que “a humanidade está condenada pela doutrina da fé” somente. McConkie reclama: “Inúmeros protestantes concluem erradamente que os homens são salvos pela fé somente, não havendo necessidade das obras de justiça” Em vista da salvação pela graça ser absolutamente rejeitada, o mormonismo praticamente impõe um sistema de salvação por obras de justiça e mérito pessoais. Tanto o Livro de Mórmon como o Doutrina e Convênios ensinam a “salvação pelas obras”. Além disso, todas as autoridades mórmons do passado e do presente enfatizaram a absoluta necessidade da salvação pelas obras e retidão pessoal.
Heber C. Kimball ensinou: “Tenho o poder de salvar a mim mesmo e, se eu não me salvar, quem me salvará? Todos têm esse privilégio e nada pode nos salvar, exceto a obediência aos mandamentos de Deus”. Talmage se refere “à necessidade absoluta da obediência individual às leis e ordenanças do seu (de Jesus) evangelho, pelo qual pode ser obtida a salvação”. Joseph Fielding Smith enfatizou que “o novo nascimento é também uma questão de obediência à lei”. Bruce McConkie pensa que o grande defensor da justificação pela fé somente, o apóstolo Paulo, é “o apóstolo das boas obras, da justiça pessoal, da obediência aos mandamentos, de avançar firmado em Cristo, de ganhar o direito à vida eterna pela obediência às leis e ordenanças do evangelho”.
Mas, nada disso é bíblico. Desde o Antigo Testamento até os Evangelhos e o Livro de Atos; desde os escritos do apóstolo Paulo até os do apóstolo João, a Bíblia só ensina um caminho da salvação — pela graça através da fé. Todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo o que nele crê recebe remissão de pecados” (At.10.43).
O próprio Jesus ensinou que a salvação era assegurada pela fé somente. Por exemplo: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo.5.24). “Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê, tem a vida eterna” (Jo.6.47). “Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo.6.29).
Note o testemunho destas outras Escrituras: já em Gênesis lemos: “Ele (Abraão) creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gn.15.6). O apóstolo Paulo comenta sobre esse versículo quando afirma: “Pois, que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça” (Rm.4.3). Paulo jamais ensinou que a salvação era obtida pelas boas obras e justiça pessoal, como os mórmons afirmam. Declarar isso é interpretar erradamente e distorcer o ensino de Paulo. Em suas próprias palavras, Paulo confessou que embora fosse um homem justo segundo a lei, ele considerava isso como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor; por amor do qual, perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo, e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de Deus, baseada na fé” (Fp.3.8-9).
Isso indica que Paulo era um grande defensor da salvação pelas boas obras e de “alcançar o direito à salvação” pela obediência à lei do evangelho? Pelo contrário, Paulo enfatizou repetidamente que a salvação era assegurada pela graça, mediante a fé em Cristo apenas, como provam as seguintes Escrituras: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Rm.3.28). “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2.8-9). “E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm.11.6). “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (Gl.2.21; veja Rm.4.5-6; 10.4; Gl.3.11; Tt.3.5). “Porque primeiro vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co.15.3). “No qual temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef.1.7). “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos nos pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas fostes sarados” (1Pe.2.24).
Em essência, o mormonismo se opõe completamente ao valor salvador da morte de Cristo na cruz. Ele diz aos homens que suas boas obras irão salvá-los, perdoar os seus pecados e levá-los ao céu. Mas, ao fazer isso, rejeita o ensino mais fundamental da Bíblia e de toda a fé cristã. Quando o mormonismo ensina aos homens a confiarem num falso evangelho, este ensinamento fica sob o juízo de Deus (Gl.1.6-8).
De acordo com a discussão acima das crenças mórmons, fica evidente que a fé mórmon e a fé cristã diferem. O mormonismo rejeita e se opõe ao claro ensino bíblico sobre Deus, Jesus Cristo, salvação, a morte de Cristo, etc. Ele nega o ensino bíblico sobre o homem, a fé, a queda, a morte e a vida futura, a Bíblia, o Espírito Santo, e muitas outras doutrinas.
Em conclusão, as pessoas que afirmam que os mórmons são irmãos e irmãs em Cristo, ou que o mormonismo é uma religião cristã, estão simplesmente erradas. O mormonismo se opõe a quase toda doutrina bíblica e, portanto, não pode ser considerado cristão.