Mordomia das palavras

falsidade 103

Numa visão abrangente da mordomia cristã, é inevitável incluir a responsabilidade com as palavras que saem de nossa boca. Conforme Colossenses 3.17, o fazer do cristão consiste também em palavras. Como se pode conceituar isso à luz da Bíblia?

Como as palavras têm a língua por veículo ou instrumento, Tiago lembra que a boca pode soltar fogo, veneno e maldição (Tiago 3.6,8-10). Ele trata a língua como indomável (Tiago 3.8). E recomenda que sejamos tardios para falar (Tiago 1.19).

A palavra branda, que desvia o furor, faz contraste com a palavra dura, que provoca a ira (Provérbios 15.1). A palavra torpe, que corrompe, opõe-se à palavra boa, que santifica (Efésios 4.29). A mesma língua é capaz de bendizer a Deus e amaldiçoar os homens (Tiago 3.9). “A morte e a vida estão no poder da língua” (Provérbios 18.21). Vale recordar também que “os lábios dos justos apascentam a muitos” (Provérbios 10.21). E ainda: “A doçura no falar aumenta o saber” (Provérbios 16.21).

Porque somos todos mordomos das palavras que usamos, é bom fazer esta oportuna oração do salmista: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” (Salmo 141.3).

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Pr. Francisco Mancebo Reis

Capelão do Colégio Batista Mineiro

Prof. do Seminário Teológico Batista Mineiro

Nota: Artigo publicado no boletim semanal O Jornal Batista.

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