Métodos apologéticos e sua aplicabilidade

Métodos apologéticos e sua aplicabilidade

A presente palestra é apenas uma introdução ao tema proposto. Ela não pretende esgotar o assunto.

Por que Apologética?

Para que estudar Apologética? A Apologética tem alguma utilidade para a igreja evangélica? E se tem qual seria?

Choque de Cosmovisões

A Apologética é necessária porque estamos em um choque de cosmovisões. Cosmovisão é o modo de enxergar a realidade ao seu redor. Para isso temos diversas visões competidoras no mercado das ideias, tais como: Ateísmo, Naturalismo, Secularismo, Materialismo, Politeísmo, Cientificismo, Agnosticismo e Panteísmo.

Definindo Conceitos

Qual a diferença entre apologia e Apologética? Apologia é simplesmente a “defesa de” alguma coisa. Por exemplo: apologia ao crime, às drogas etc., enquanto Apologética diz respeito à religião, especificamente ao Cristianismo, é a ciência da apologia.

O que é um Método?

“O caminho a seguir para chegar à verdade nas ciências” (Cogito, Ergo Sum).

“Método Apologético é o conjunto de processos que os apologistas empregam, para defender a veracidade da fé cristã, ante as visões de mundo competidoras com o Cristianismo”.

Antes porém… Um problema a Não Ser resolvido Aqui

“Enquanto há concordância entre os apologetas, quanto ao uso da apologética, há entretanto, discordância quanto a qual método utilizar no debate”. Há diversos métodos: Clássico, Evidencialista, Pressuposicionalista, Histórico, Racionalista, Místico, Verificacionalista e Cumulativo.

A Estrutura do Método

Um método apologético precisa apresentar pelo menos quatro pontos fundamentais para ser sustentável, forte e coerente:

  1. Definição de pressupostos;
  2. Um ponto de partida lógico;
  3. Um ponto de contato com o descrente e;
  4. Provas da verdade.

ATENÇÃO

Todo método apologético precisa responder e lidar com questões ligadas às áreas da:

  1. Epistemologia;
  2. Antropologia;
  3. Hamartiologia e;
  4. Graça Comum.

O Método Clássico

O método clássico é uma abordagem que começa empregando a teologia natural para estabelecer o teísmo como a cosmovisão correta. Após a existência de Deus ter sido assim demonstrada, o método clássico passa para uma apresentação das evidências históricas:

Argumento Cosmológico

Argumento teleológico

Argumento Ontologógico

Argumento da Moral

O Método Evidencialista

Esse método é bastante eclético em seu uso das várias evidências positivas, e críticas negativas, utilizando tanto argumentos filosóficos como históricos. Todavia, ele tende a se focar primariamente na legitimidade de acumular vários argumentos históricos, e outros indutivos, em favor da verdade do Cristianismo.

O Método Pressuposicionalista

O apologista deve simplesmente pressupor a verdade do Cristianismo, como o ponto de partida apropriado na Apologética. Aqui a revelação cristã nas Escrituras é o quadro através do qual toda a experiência é interpretada e toda a verdade é conhecida.

Um Estudo de Caso Em Atos 17

Apologética Paulina

1º) Com os rabinos judeus Paulo usava a Apologética pressuposicionalista e evidencialista (Atos 17.1,3,17 – 28.23)

2º) Com os crentes usava a Apologética experimental (I Co. 15.5-8).

3º) Com os filósofos gregos usavam a Apologética clássica (filosófica) At. 17.18-34.

Criou uma ponte dialética em sua oratória v. 23-24 (o deus dos filósofos)

Paulo usou argumentos: cosmológico v. 24; teleológico v.28.

Epicureus

Doutrina central: O prazer é o maior bem. Acreditavam na ataraxia e aponia, não há vida após a morte, eram deístas, acreditavam na abiogênese.

Enquanto somos, a morte não existe, e quando ela passa a existir, nós deixamos de ser“ (Epícuro).

Estóicos

Doutrina central: O segredo de uma vida aprazível exigia que os estóicos eliminassem toda emoção de suas vidas (apatia) e aceitassem todo destino enviado em seus caminhos (fatalismo).

Paulo citou os estóicos Epimênides de Creta e Arato v. 28 (obra Diosemia – cf. Tito 1.12).

Frase de Epimênides

“Modelaram um túmulo para ti, ó santo e elevado,

Os Cretenses, sempre mentirosos, bestas ruins, ventre preguiçosos!

Porém Tu não estás morto; para sempre te erguestes e vives, pois em Ti vivemos, e nos movemos, e existimos”.

Conclusão

Os métodos apologéticos são ferramentas que ajudam o cristão não apenas contra as heresias de dentro e de fora da igreja. É uma ferramenta de pré-evangelização: antes, durante e até depois da mesma. Assim como cada situação exige uma ferramenta de trabalho, também os métodos apologéticos, dependendo da crítica recebida, assim o exige.

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