Matthew Henry e o adventista Leandro Quadros

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Matthew Henry – mais uma adulteração de Leandro Quadros

Quero aqui, na elucidação deste texto, usar propositadamente e primariamente Matthew Henry. Antes, quero explicar o porquê de minha escolha. O fato é que Leandro Quadros usa, maliciosamente, em seu e-book (sobre a ressurreição de Moisés) a crença de Henry na aparição de Moisés em Mateus 17. Esclareço, Henry entedia que o patriarca ressuscitou para aparecer exclusivamente no monte da transfiguração (Mt 17) e só:

“O conceito que têm alguns dos judeus de que Moisés foi levado ao céu, como Elias, é infundado, pois está expressamente escrito que ele morreu e foi sepultado; mas é provável que ele tenha sido ressuscitado para encontrar Elias, para presenciar a solenidade da transfiguração de Cristo” (Matthew Henry, Comentário Bíblico Antigo Testamento: Gênesis a Deuteronômio [Rio de Janeiro: CPAD, 2012]), p. 682.

“O corpo de Moisés nunca foi encontrado. Possivelmente estava preservado da degradação, e reservado para essa aparição” (Henry, Comentário Bíblico Novo Testamento: Mateus a João [Rio de Janeiro: CPAD, 2012], p. 216, 217).

            Apesar de ser uma posição controversa, Henry não explicita ou deixa claro que Moisés ressuscitou pra nunca mais morrer – afinal de contas outras nove ressurreições são registadas na Bíblia e todas essas pessoas voltaram a morrer. Henry ainda esclarece que o único e primeiro ressurreto na ressurreição gloriosa de I Coríntios 15 é Jesus:

“Haverá uma ordem na ressurreição. O mesmo Cristo foi a primícia; em sua vinda ressuscitará seu povo redimido antes que os outros; afinal, também os ímpios serão ressuscitados. Então, será o fim do estado presente das coisas” (Comentário Bíblico de Mathew Henry, Pág. 965, ed CPAD, edição de 2003)

            Então, de novo, Quadros adultera o pensamento de mais um teólogo protestante. Tanto que neste texto de Judas 9, Henry explica:

“Quanto à disputa pelo corpo de Moisés, parece que Satanás desejava dar a conhecer o lugar de seu sepulcro aos israelitas para tentá-los a adorá-lo, porém lhe foi impedido e descarregou seu furor com blasfêmias desesperadas”.  (Comentário Bíblico de Mathew Henry, Pág. 1091, ed CPAD, edição de 2003).

Ou seja, ainda que Henry acreditasse que o patriarca fora ressurreto por um momento para aparecer no monte da transfiguração, não seria aqui em Judas 6 que isso teria se dado, como ensina a controvertida EG White:

“Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe deu vida antes que seu corpo visse a corrupção… e levou-o ao céu…” (Primeiros Escritos, EG White, Editora Casa, Pg 164).

            Afirmar que a teologia de Mathew Henry corrobora com EG White é, no mínimo, muita presunção. Na verdade é uma tentativa de forçar alguém de credibilidade a alinhar-se com a falsa profetisa do movimento adventista!

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