“Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora. protetora, medianeira”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 969
“Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira”
Concílio Vaticano II,Lumen Gentium, parágrafo 62
Nas duas transcrições vemos uma das maiores incoerências teológicas já formuladas sobre a pessoa de Maria dentro do Catolicismo. Tanto o Catecismo da Igreja Católica como o Concílio Vaticano II afirmam que Maria é invocada na Igreja Católica sob o título de medianeira.
O apóstolo Paulo responde diretamente às declarações Católicas dizendo que “há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (1Tm 2:5). Existe alguma verdade mais clara do que esta? Entre os homens e Deus há um único Mediador e seu nome é Jesus Cristo.
O clero Católico tenta se esquivar desta vergonha dizendo que o termo “medianeira” deve ser compreendido como “intercessora”. Mas então porque eles escreveram medianeira e não intercessora? Há um abismo de diferença entre mediador e intercessor. Será que eles não sabiam disto?
Na verdade, a Igreja Católica não retira o verdadeiro sentido da palavra “Mediador”. Ensinam eles que a mediação de Maria é “menor” que a de Jesus e una a ela, isto é, a mediação de Maria na verdade é uma “submediação” junta com a de Jesus. O leitor já deve ter percebido que o Catolicismo se esquiva da simplicidade do evangelho usando artimanhas muito mal feitas para tentar validar suas doutrinas errôneas. A Bíblia ensina que há um único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2:5), portanto é necessário que também haja uma única mediação. Onde a Bíblia diz que Maria é mediadora? Onde ela é chamada de mediadora? Somente a Sagrada Tradição do Vaticano é quem diz isto.
A maioria dos Católicos, de forma bem generalizada, citam o episódio das bodas de Caná (leia Jo 2:1-10) para provar que Maria é intercessora. Neste episódio bem conhecido, Maria teria intercedido em favor dos noivos para que Jesus operasse um milagre, o que acabou sendo o primeiro milagre de Jesus, quando este transformou a água em vinho. Muitos apologistas Evangélicos fazer verdadeiros compêndios teológicos para refutar esse argumento Católico, no entanto, isso não é necessário. Abaixo, temos um diálogo fantasioso sobre esse caso:
Católico – Veja aqui em João 2:1-10. Maria não intercedeu em favor dos noivos?
Evangélico – Sim.
Católico – Jesus não operou o milagre?
Evangélico – Sim.
Católico – Maria não fez Jesus adiantar sua hora para operar este milagre?
Evangélico – Sim.
Católico – Então por que Maria não pode interceder por nós?
Evangélico – Porque neste episódio de Caná, Maria estava viva e poderia interceder por qualquer pessoa, assim como fez o centurião em Mateus 8.5-6; o chefe da sinagoga em Mateus 9.18; a mulher Cananéia em Mateus 15:22 e tantos outros. Mas responda-me: onde está escrito que Maria poderia continuar a interceder depois de falecer?
Enquanto Maria estava viva ela poderia interceder por quem quisesse, o próprio apóstolo Paulo pede aos cristãos romanos que orassem por ele: “Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas vossas orações por mim a Deus,” (Rm 15.30). Interceder é bom e traz diversas bênçãos para todos, tanto para quem ora quanto para quem recebe. Porém, não há na Bíblia uma única ordem do tipo “Rogo-vos irmãos que quando partirem para perto de Cristo não cessem de interceder por nós”, simplesmente não existe isso nas Sagradas Escrituras. A Bíblia é clara e objetiva: só os vivos podem interceder por outros vivos.
Se o leitor for Católico, peço que leia os Evangelhos e faça a si mesmo esta pergunta várias vezes: Por que devo acreditar em algo que não está escrito na Palavra de Deus? Creio que o Espírito Santo lhe ajudará a responder esta pergunta!
Extraído do livro “O Catolicismo Romano e a Bíblia” – Rafael Nogueira