Conforme o Islamismo, Alá enviou 124,000 profetas ao mundo, apesar de unicamente trinta estarem relacionados no Alcorão. Os seis principais foram:
- · Profeta Adão, o escolhido de Alá.
- · Profeta Noé, o pregador de Alá.
- · Profeta Abraão, o amigo de Alá
- · Profeta Moisés, o porta-voz de Alá
- · Profeta Jesus, a palavra de Alá
- · Profeta Maomé, o apóstolo de Alá
Dizem os muçulmanos que havia muitas profecias a respeito da chegada de Maomé na Bíblia, mas, após ele ter vindo, judeus e cristãos apagaram tudo quanto foi possível. Ora, já que nossas traduções são baseadas em cópias manuscritas de séculos antes de Maomé, isso não pode ser verdade, mas o mito persiste. Mas, e o que dizer das “profecias” que não foram apagadas? A Surata 61,6 diz: “Jesus, filho de Maria disse: ‘Eu sou verdadeiramente o Mensageiro de Deus para vós, confirmando o Torá que veio antes de mim e dou as boas novas de um mensageiro que virá após mim, cujo nome será Maomé'”. Mas em nenhum lugar na Bíblia Jesus falou sobre essa pessoa! E, antes que se pergunte sobre Jo 14,16 (“Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará um outro Consolador para permanecer convosco…”), posso dizer: a palavra grega para Consolador é “parakletos” (literalmente: alguém que permanecerá como advogado numa corte legal). Os muçulmanos dizem que João originalmente escreveu “periklytos” que aparentemente é a palavra grega para Um Bendito. Contudo, nem em Jo 14,16 ou 14,26 (onde parakletos é novamente usada) há periklytos e é de se espantar como uma mentira tão baixa veio a ser inventada. No contexto de Jo 14, o Parakletos estará com os discípulos para sempre (v. 16). Ele é o Espírito da Verdade (v. 17) que nem é visto nem conhecido pelo mundo, mas é aquele que vive no interior dos crentes; e Ele é o Santo Espírito que relembrará aos Cristãos tudo o que Jesus lhes ensinou (v. 26). Poderia alguma dessas coisas se referir a um ser humano, a Maomé?
“O Senhor veio do Sinai e amanheceu sobre eles vindo de Seir; ele brilhou no Monte Paran com dezenas de milhares de santos” (Dt 33,2) e “Deus veio de Teman, o Santo veio do Monte Paran” (Hab 3,3). Os muçulmanos reclamam que Moisés veio do Sinai; Jesus, de Seir; Maomé, do Monte Paran; e as dezenas de milhares se referem a uma de suas batalhas em que lutaram com dez mil soldados! Não somente o contexto se refere claramente a Deus e a ninguém mais, como tal absurda interpretação está baseada sobre um geógrafo do século XIX que, aparentemente, identificou Paran com Meca e Teman com Medina. Paran está, atualmente, a 1.000 km de Meca e pode ser constatado isso pelos cronistas dos Israelitas errantes (Ex; Dt 1,1; Nm 13). Como podiam os vinte espiões deixar Paran (v. 3), ir diretamente para Canaan e explorar todo o país (v. 21-22), cortar algumas uvas (v. 23) e levá-las de volta, frescas, a Paran (v. 27), em apenas 40 dias, se tivessem viajado um total de 2.000 km?
“(Os judeus) perguntaram: ‘Sois o Profeta?’ Ele respondeu: ‘Não'”. Embora os muçulmanos rejeitem o testemunho de Jo 1, de que Jesus era divino (vv. 1-2.14.18.34.49), sustentam que o Profeta em questão é Maomé. A origem deste Profeta procede de Dt 18,15 (“O Senhor vosso Deus lhes fará surgir um Profeta como eu dentre vossos irmãos”), que claramente se identifica com Jesus em At 3,22. Diferença entre Moisés e Maomé, é que Maomé não era judeu e contudo o Profeta viria dentre seus próprios irmãos (o que exclui descendentes de Ismael, meio irmão de Isaac – Gn 16,12 cfr. 17,19). Moisés é – de longe – mais comparável a Jesus do que Maomé: ambos nascidos na pobreza e sujeitos a tentativas para matá-los na infância. (Ex 1,15-6,22 cfr. Mt 2,13); contudo ambos foram salvos (Ex 2,2-10 cfr. Mt 2,13); ambos foram preparados por um período de 40 dias (quarenta é uma unidade bíblica para indicar preparação; Ex 7,7 cfr. Mt 4,1); ambos libertaram seu povo da escravidão (Ex 5 cfr. Jo 8,32-36); a água foi o instrumento para ambos: o Mar Vermelho (Ex 14,21) e o Mar da Galiléia (Mt 8,26); ambos falaram com Deus face a face (Ex 33,11 cfr. Mt 17,3); a face de ambos brilhou (Ex 34,29 cfr. Mt 17,2); ambos morreram por causa do pecado do povo (Nm 20,12; Is 53 cfr. Jo 1,29; 10,15).