Maçonaria: Incompatível à Fé Cristã

A maioria dos maçons afir­ma que a Maçonaria não é religião e que não entra em conflito com o cristianis­mo. Muitos acreditam que se trata de uma confraria e o vulgo a define como sociedade secreta. Qualquer que seja o conceito sobre a Maçonaria, o peso maior para qualquer conclusão está no que ela ensina e pratica.

Qual a fonte de autoridade na Maçonaria? Quando se apresentam elementos, na sua própria literatura, que comprovam a incoerência de seu pensamento sobre o assunto aqui em tela, os maçons costumam dizer que se trata de opinião pessoal do autor e tais elementos não representam o pensamento da Maçonaria. John Ankerberg, em seu opúsculo intitula­do Os fatos sobre a Maçonaria, afirma que em 1985 escreveu para as 50 Gran­des Lojas dos 50 Estados dos Estados Unidos, cartas endereçadas ao Vene­rando Mestre, maior autoridade do Estado, perguntando quais obras e autores seriam recomendados como autoridades em relação ao tema da Maçonaria.

A metade delas não respondeu, mas as Lojas que responderam colo­caram Henry Wilson Coil e sua obra Coil’s Masonic Encyclopedia (Enciclopé­dia Maçônica de Coil) em primeiro lu­gar, com 44%; Joseph Fort Newton e sua obra The Buiders (Os construtores) em segundo lugar; Albert G. Mackey e sua obra Mackey‘s Revised Encyclope­dia of Freemasonrr (Enciclopédia Recusa­da da Franco Maçonaria de Mackey) em terceiro lugar, com 36%.¹ Por isso são citados aqui. Das fontes em português são citados Joaquim Gervásio de Fi­gueiredo e Rizzardo da Camina.

Afirmar que as declarações são mera opiniões pessoais e que não re­presentam o pensamento da Maçona­ria é simplesmente querer fugir da realidade. Henry Wilson Coil e Albert G. Mackey afirmam que a Maçonaria é religião, mas há outros que afirmam o contrário. Porém, o que faz da Ma­çonaria religião não são as declarações de seus proeminentes líderes, mas suas crenças, práticas, símbolos ocultistas e rituais.

Origem

A exata origem da Maçonaria é desconhecida, diz o Dicionário da Ma­çonaria de Joaquim Gervásio de Fi­gueiredo: “As origens reais da Maço­naria se perdem nas brumas da Anti­guidade”.2 A origem da Maçonaria está ligada às lendas de Ísis e Osíris, no Egito, e ao culto a Mitra vindo até a Ordem dos Templários e a Fraterni­dade Rosa Cruz. Os maçons acredi­tam que sua história retrocede ao rei Salomão. Afirmam que começou com o Templo de Jerusalém, que Salomão mandou construir, por isso dão des­taque especial a Hirão-Abi, chamado na Maçonaria de Hiram Abiff, que foi o construtor do Templo enviado por Hirão, rei de Tiro, a pedido do rei Salomão (2Cr 2.13).

A Maçonaria, como a conhecemos hoje, segundo o já citado dicionário, “foi fundada em 24 de junho de 1717, em Londres”. Jesus Hortal, em sua obra Maçonaria e Igreja: conciliáveis ou inconciliáveis, diz que a maçonaria é um desdobramento das antigas corporações de pedreiros surgidas na Idade Média. Com o passar do tem­po, essas corporações chegaram a mo­nopolizar a arte gótica, pois construí­ram uma multinacional de arquitetu­ra. Seus artistas e pedreiros trabalha­vam a “pedra franca” ou arenito, cujas marcas podem ser vistas nas grandes catedrais da Espanha, França, Ingla­terra e Alemanha.3

Foi em 1717, data reconhecida pela própria Maçonaria como a da sua fun­dação, que quatro lojas maçônicas de Londres se unificaram dando origem à Grande Loja da Inglaterra, conhecida como Maçonaria Especulativa ou Franco-Maçonaria. James Anderson, presbiteriano, e John Desagulliers, huguenote, lideraram esse movimento.

Em 1723, James Anderson publi­cou as constituições da Maçonaria, sendo ainda hoje um documento uni­versalmente aceito como base de to­das as lojas maçônicas. Essas constituições foram levemente revisadas 15 anos depois de sua publicação. Em abril de 1738, o papa Clemente XII promulgou a primeira condenação católica à Maçonaria, na bula In Eminenti Apostulatus Specula.

Ritos e graus

O rito na Maçonaria é um conjun­to de regras e preceitos de práticas ce­rimoniais e com as quais se comuni­cam as instruções secretas, toques, si­nais e palavras. Há vários ritos na Ma­çonaria. O Dicionário Maçônico de Rizzardo da Camina traz uma lista de 117 ritos, e afirma que no Brasil as lo­jas trabalham nos ritos Escocês Anti­go e Aceito, Adoniramita, Moderno ou Francês, York, Schroeder, Brasilei­ro e Adoção (págs. 332 a 350).

Os graus são etapas ou estágios pelos quais passam o maçom. A Ma­çonaria foi buscar na construção do Templo de Salomão a base para a sua instituição. A palavra “maçom” vem do francês maçon, que significa “pe­dreiro”. No começo, a Maçonaria era operativa, isto é, dedicada ao traba­lho manual, depois passou para os co­nhecimentos de forma intelectual, isto é, Simbólica ou Especulativa. O ser­vente ou aprendiz, o pedreiro e car­pinteiro e o mestre de obra são cargos que representam os três degraus na construção maçônica e deram origem aos graus Aprendiz, Companheiro e Mestre, chamados de graus da Loja Azul, que são comuns a qualquer rito maçônico. Outros graus foram se es­tabelecendo de acordo com cada rito, que varia de sete a noventa e nove.4

É considerado maçom todo aque­le que passar pelos três primeiros graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. A maçonaria do Rito Escocês tem 32 graus, desde Aprendiz ao Grau do Sublime Príncipe do Real Segredo. O Grau 33 é honorário. Os dois ritos mais conhecidos são o Rito Escocês e o Rito de York.

Os graus do Rito Escocês estão divididos em quatro séries: graus sim­bólicos – 1o ao 3°; graus capitulares – 4o ao 18°; graus filosóficos -19° ao 30°; e os graus superiores – 31” até o 33.

Graus do Rito Escocês

Loja Azul ou Graus Simbólicos: (1) Aprendiz, (2) Companheiro e (3) Mes­tre. Graus capitulares: (4) Mestre Se­creto, (5) Mestre Perfeito, (6) Secretá­rio íntimo, (7) Chefe e Juiz, (8) Supe­rintendente do Edifício, (9) Mestre Eleito dos Nove, (10) Ilustre Eleito dos Quinze, (11) Sublime Mestre Eleito, (12) Grande Mestre Arquiteto, (13) Mestre do Arco Real de Salomão, (14) Grande Eleito Maçom, (15) Cavaleiro do Oriente ou da Espada, (16) Prínci­pe de Jerusalém, (17) Cavaleiro do Leste e Oeste e (18) Cavaleiro da Or­dem Rosa Cruz.

Graus filosóficos: (19) Gran­de Pontífice, (20) Grande Ad-Vitam, (21) Patriarca Noachita ou Prussiano, (22) Cavaleiro do Ma­chado Real (Prínci­pe do Líbano), (23) Chefe do Tabernáculo, (24) Príncipe do Tabernáculo, (25) Cavaleiro da Serpente de Bronze, (26) Príncipe da Misericórdia, (27) Comandante do Templo, (28) Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto, (29) Cavaleiro de Santo André e (30) Cavaleiro Cadosh.

Graus superiores: (31) Inspetor Inquisidor, (32) Mestre do Segredo Real e (33) Grande Soberano Inspetor Geral.

Teologia e Bíblia

As crenças e práticas maçônicas são um sincretismo religioso, com ele­mentos oriundos de várias religiões opostas ao cristianismo, de seitas ocultistas e esotéricas, que estão presentes nos seus rituais e símbolos. Seu conceito sobre a Bíblia e Deus é sincrético e eclético.

A Maçonaria afirma que a Bíblia é a “grande luz da Maçonaria”, reco­mendando aos maçons que a estudem regularmente. Diz ainda que as três grandes luzes são: a luz da Bíblia, a luz do esquadro e a luz do compasso. Ela aceita a Bíblia como um mero sím­bolo da vontade de Deus e não como fonte de ensinamento divino. Disse Coil: “A opinião maçônica prevalecente é que a Bíblia constitui apenas um símbolo da vontade, lei ou revelação divina, e não que seu con­teúdo é lei divi­na, inspirada ou revelada”.5 Na decoração da loja maçônica estão “Volume da Ciência Sagrada, o Esquadro e o Com­passo”.6 Nisso a Bíblia é posta no mesmo patamar do Alcorão, da Tripitaka, dos Vedas, do Livro de Mórmon etc.

A Maçonaria usa o reconheci­mento de várias escrituras para ob­ter o juramento de fidelidade à Ma­çonaria sob a autoridade do livro que o maçom considera sagrado e com o qual se compromete a obede­cer o que manda a Maçonaria. Em suma, para a Maçonaria, a Bíblia é apenas um símbolo, uma peça de­corativa e que não deve ser crida, pois não é reconhecida como a lite­ral vontade de Deus.

Isso contraria os princípios cris­tãos que têm a Bíblia como a única revelação escrita de Deus para a hu­manidade e a única regra de fé e prá­tica para a vida e conduta do cristão. A Bíblia é para o cristianismo sua au­toridade máxima. O próprio Senhor Jesus Cristo reconheceu isso e chamou as Escrituras Sagradas de “a Palavra de Deus” (Mc 7.13).

A Maçonaria coloca todos os livros considerados sagrados em um mes­mo patamar, mas a mensagem dos li­vros que reivindicam inspiração divi­na, como O Livro de Mórmon, o Alcorão etc, não é a mesma mensagem que traz a Bíblia. É bom que se saiba que não pode haver duas verdades quando uma não está de acordo com a outra. Diante disso, qual livro deve ser aceito? A Bíblia.

A Bíblia já apresentou à humani­dade as suas credenciais, provas de sua origem divina. E uma coleção de livros inspirados por Deus (2Tm 3.16- 17 e 2Pd 1.19-21). O Senhor Jesus dis­se: “A tua Palavra é a verdade”, Jo 17.17. Isso constitui a Bíblia um livro sui generis e a única revelação escrita de Deus à humanidade.

Colocar outro livro no mesmo ní­vel da Bíblia é perigoso: “A lei e ao testemunho! Se eles não falarem con­forme esta palavra, nunca verão a alva”, Is 8.20. No entanto, ela não é usada na Maçonaria como regra de fé e prática.

O conceito de Deus

Um dos requisitos da Maçonaria é “crer num Ser Supremo”7, mas isso não significa necessariamente ser essa crença no Deus verdadeiro, revelado na Bíblia. O hinduísmo é uma religião que absorve todos os sistemas religi­osos e permite diversos conceitos so­bre Deus e nem exige que seus adep­tos abandonem a religião de origem. Esse sistema eclético e sincrético do hinduísmo e da Nova Era está presen­te também na Maçonaria.

Na Maçonaria, até ao grau 17, Deus é conhecido como o Grande Ar­quiteto do Universo, identificado pela sigla G.A.D.U.: “Nome pelo qual na maçonaria se designa Allah, Logos, Osíris, Brahma etc, dos diferentes po­vos, já que ali se considera o Univer­so como uma Loja ou Oficina em sua máxima perfeição”.8

Coil afirma que o monoteísmo “viola os princípios maçônicos, pois exige a crença num tipo específico de Divindade Suprema”.9 Diz ainda que “o teste maçônico é um Ser Supremo, e qualquer qualificação acrescentada é uma inovação e distorção”.10 Isso contraria o ensino bíblico e o cristia­nismo histórico.

O deus maçônico não é identifi­cável, pode ser aceito pelos cristãos, hindus, budistas, islamitas, judeus etc. O deus do bramanismo é Brahma, que é impessoal, monístico (nem unitário nem trinitário) ou politeísta. O budismo é politeísta (crendo em Buda como deus e há cen­tenas de outros deuses bons e maus) ou simplesmente ateísta, afirmando que não há Deus. O deus do mormonismo é um homem exaltado, entronizado nos mais altos céus e que partiu da condição de homem (Adão) até atingir à divindade. Alá, a divin­dade dos muçulmanos, que aparece no Alcorão, não é o mesmo Deus re­velado na Bíblia, nem os patriarcas hebreus, nem os reis, nem os profe­tas do Antigo Testamento e nem os apóstolos jamais conheceram a divin­dade islâmica Alá.

Outro problema é que no grau do Real Arco do Rito de York o maçom reconhece que o verdadeiro nome de Deus é Jabulon, conhecido nos graus anteriores como G.A.D.U. Nesse mes­mo Arco Rito de York a maçonaria une Yahweh com divindades pagãs como Baal, On e Osíris. Cada sílaba da pa­lavra Jabulon representa um deus. Segundo Coil, é uma associação de Javeh, Baal ou Bel e Om (Osíris, o deus-sol do Egito).11 “Já” representa Javé; “Bul” ou “Baal” representa o antigo deus cananita, deus nacional dos fenícios, terra de Hirão, rei de Tiro (1 Rs 5.1-12); e “On” representa Osíris, o misterioso deus egípcio.

A Bíblia diz que não há deuses se­melhantes ao Deus de Israel (SI 86.8). Não há semelhantes a Ele nem no Céu e nem na Terra (2Cr 6.14). A veracida­de judaico-cristã revelada na Bíblia é de que existe um só Deus e Deus é um só (Is 44.6,8; 45.5), e esse Deus é o Deus Jeová de Israel (Dt 6.4 e Mc 12.28). O politeísmo é condenado na Bíblia e isso consta no Decálogo: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura. Não te encurvarás a elas nem as servirás; por­que Eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso”, Ex 20.3-5.

É verdade que encontramos inú­meras vezes na Bíblia a palavra “deus”, mas com letras minúsculas em nossas versões, para designar os objetos de cultos dos pagãos, como Baal, deus dos fenícios; Quemós ou Camós, deus nacional dos moabitas; Malcam ou Milcom, deus dos amonitas, identificado, às vezes, com Moloque (2Rs 23.10,13 e Jr 32.35); Astarote, deusa dos sidônios; Dagon, divindade nacional dos filisteus; Baal-Zebube, deus de Ecron, Filístia; Adrã-Meleque e Nisroque, deuses dos assírios. Esses são deuses apenas na mente de seus adoradores. Na re­alidade, não passam de ídolos. A Bí­blia diz que eles não são de fato deu­ses: “Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses”, G1 4.8. São os de­mônios que estão por trás desses ído­los (1Co 10.19-21).

Jesus Cristo

O Senhor Jesus Cristo é irrelevante na Maçonaria. Sua literatura dá aten­ção especial a Maomé, Pitágoras, Buda, Confúcio, Orfeu, Zoroastro E. Swedenborg, Annie Besant, Helena Blavatsky e outros, mas muito pouco se vê sobre Jesus. E proibido orar em nome de Jesus. A oração é para ser dirigida ao G.A.D.U.

A maçonaria retira o nome de Cris­to de diversos trechos da Bíblia cita­dos em rituais maçônicos. Em 1 Pedro 2.5, no Ritual maçônico, diz: “…para ofe­recer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus…”, enquanto que o texto sagra­do, ipsis litteris, diz: “…para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (o grifo é nosso).12

O Juramento Iniciático

No primeiro grau da maçonaria, o candidato admite que é profano, que está nas trevas em busca de luz, pois a maçonaria afirma que todos os que não são maçons estão em trevas.13 Em cada grau o maçom é submetido a um juramento. As paredes da câmara são completamente negras e têm como decoração alguns esqueletos, cabeças de mortos e lágrimas.

A Câmara é lugar de purificação, tomada dos antigos mistérios, por meio do elemento terra. O iniciando diz: “Eu (cita o seu nome), juro e pro­meto, de minha livre vontade e por minha honra e pela minha fé, em pre­sença do Grande Arquiteto do Univer­so e perante esta assembléia de maçons, solene e sinceramente, nun­ca revelar qualquer dos mistérios da maçonaria que me vão ser confiados, senão a um legítimo irmão ou em loja regularmente constituída; nunca os escrever, gravar, imprimir ou empre­gar outros meios pelos quais possa divulgá-los. Se violar esse juramento, seja-me arrancada a língua, o pesco­ço cortado e meu corpo enterrado na areia do mar, onde o fluxo e o refluxo das ondas me mergulhem em perpétuo esquecimento, sendo declarado sacrilégio para com Deus e desonra­do para os homens. Amém.”14

O Senhor Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não an­dará em trevas, mas terá a luz da vida”, Jo 8.12. Como pode um cristão admitir quê está nas trevas em busca da luz da Maçonaria? Outro ponto grave é quanto ao juramento, que o Senhor Jesus condenou (Mt 5.34-37). O cristão faz voto solene de fidelida­de quando se casa, numa cerimônia de colação de grau, mas não um jura­mento. A situação é ainda mais críti­ca quando se trata de um juramento sob algo que o cristão ainda não sabe. A Bíblia condena tal prática (Lv 5.4).

É assustador para um cristão de­clarar num ritual que está disposto a entregar o seu corpo para ser mutila­do por uma sociedade secreta. O nos­so corpo pertence a Deus e não estamos autorizados a entregá-lo a uma sociedade de rituais comprome­tedores (1Co 6.19-20). Um juramento terrível estabelece mais do que ami­zade entre o fiel e o infiel. Estabelece fraternidade indissolúvel (2Co 6.14- 17). O segredo organizado e sistemá­tico é contrário ao ensino bíblico. O Senhor Jesus disse que são os que pra­ticam o mal que se escondem e não os que praticam o bem (Jo 3.20-21).

Ocultismo

A Maçonaria é potencialmente uma religião ocultista e esotérica que abre a porta para o mundo do ocul­tismo. Ela aceita as premissas da Nova Era e o conceito da moderna parapsicologia quanto aos poderes latentes dos homens (poderes psíqui­cos – PSI). Também apresenta artes mágicas semelhantes a outras entida­des.

A Maçonaria incentiva o maçom a procurar “verdades esotéricas”, e está integrada no misticismo e incen­tiva o desenvolvimento do estado “al­terado da consciência”. Muitos maçons estão trabalhando para o de­senvolvimento e o despertamento do que se pode denominar “Maçonaria Oculta”.15

O ocultismo, segundo a Maçona­ria, “é o estudo dos mundos superio­res ao físico: o astral, o mental e ou­tros; é o conjunto de métodos ou dis­ciplina da educação individual”. A Maçonaria também possui seu lado oculto que uns sistemas e ritos real­çam mais que outros, porém todos têm o mesmo objetivo de aperfeiçoa­mento moral, intelectual e espiritual do homem, do que decorre direitos e deveres inalienáveis.16

Muitos maçons que participam dos rituais não entendem o sentido ocultista dos mesmos. O fato de que muitos maçons não entendem o sen­tido oculto dos símbolos é lamentado por Albert G. Mackey, ao dizer: “Mui­tos dos escritores de grande nomea­da entre os maçons desconhecem o conhecimento esotérico da maçona­ria”.17 Muitos maçons admitem que praticam o ocultismo, práticas que segundo a Bíblia são abomináveis aos olhos de Deus (Dt 18.9-12).

Uma última coisa ainda deve ser dita. O trabalho de apologia cristã deve ser feito com responsabilidade e amor, num tom respeitoso. Ainda mais quando se trata de uma institui­ção que já prestou relevantes serviços à nossa nação.18 Discordar das cren­ças e práticas opostas ao ensino bíbli­co não se constitui um desrespeito, pois o objetivo não é depreciar e nem desilustrar o nome da instituição, mas mostrar pela Bíblia que essas práticas não agradam a Deus, e por isso são incompatíveis com a fé cristã.

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¹ ANKERBERG, John e WELDON, John. Os fatos Sobre a Maçonaria, Obra Missio­nária Chamada da Meia-Noite, Porto Ale­gre, RS, 1989, pp. 13-15.

² Op. cit., p.239

³ HORTAL, Jesus. Maçonaria e Igreja: Conciliáveis ou inconciliáveis? Estudos da CNBB 66, Ed. Paulinas, S. Paulo, 1993.

4 CAMINA, Rizzardo. Dicionário Maçônico, Madras, S. Paulo, 2001, p. 187.

5 COIL , Henry Wilson. Coil’s Masonic Encyciopedia, p.520.

6 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio. Op. cit., p.122.

7 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio. Op. cit., p. 365.

8 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio. Op. cit., p.52.

9 COIL , Henry Wilson. Op. cit., p. 517.

10 COIL , Henry Wilson. Op. cit., p. 517.

11 COIL , Henry Wilson. Op. Cit., ,p. 516. Ver J. Scott Horrel, revista Vox Scripturae, março de 1993, p. 87.

12 The Secret Teachings of the Masonic Lodge, 1990, 127.

13 Ritual e Instruções de Aprendiz Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito, 1984, p.9

14 Ritual do Simbolismo Aprendiz Maçom, 2S edição – Rito Escocês Antigo e Aceito, julho de 1979, pp. 51,54).

15 The Secret Teachings of Masonic Lodge, 1990, p. 216.

16 FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio. Op. cit., p.302.

17 The Secret Teachings of The Masonic Lodge, 1990 p. 216.

18 O Cruzeiro, 26/7/1972, p. 54.

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Pr. ESEQUIAS SOARES – FONTE: REVISTA “RESPOSTA FIEL” ANO 4 – N° 12

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