Lucas 20.38 e a resposta aos Adventistas

“3º – Ora. Deus não é Deus de mortos, porém de vivos: “Porque para Ele vivem todos” S.Luc. 20:38. Quer o oponente que isto prove a imortalidade do homem, e para isso foge da realidade dos fatos. Aos saduceus, que negavam a ressurreição, Jesus diz: “E acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou….” S. Mat. 22:31 e conclui: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos ” Cristo de modo algum se referia à continuação da vida após a morte, mas à ressurreição, significando claramente ser a ressurreição a única porta pela qual os mortos poderão voltar à vida. Para que torcer o que está claro?” (Subtilezas do Erro, p. 251).

Refutação: Na passagem paralela de Mt 22:32 lemos, “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”. O que diria Jesus se o espírito de Abraão houvesse deixado de existir ? Diria “Eu era o Deus de Abraão”. Fora de dúvida que, por Lc. 20:37-38, Jesus nos ensina, que ainda que para nós nossos mortos sejam considerados mortos, para Deus, inobstante, todos eles vivem. Um exemplo: sou empregado de alguém e num certo tempo venho a falecer. Depois de morto, meu patrão pode referir-se a mim dizendo “meu empregado morreu, era um bom empregado”. Deve ter-se presente também que os saduceus não apenas não criam na ressurreição, mas também não criam em espírito: “Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjos, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa” (At. 23:8). E Jesus lhes faz saber: “Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt. 22:29) Quem está torcendo o que está claro, citando a Bíblia parcialmente ??? Por que os adventistas omitiram do texto de At. 23:8, tudo aquilo que doutrinariamente constituía o credo dos saduceus, citando apenas a ressurreição por eles negada? Deve ter-se em mente ainda que Paulo declarou-se fariseu (At. 23:6) isto é, crendo, nesse particular, como eles criam.

O que dizem os Adventistas sobre os fariseus, e em que situação incômoda eles colocam Paulo, quando se declara fariseus em At. 23:6 :

“Os fariseus ensinavam a existência de espíritos, tanto bons como maus… opinião que recebeu grande impulso das ideias pérsicas. Acreditavam (os fariseus) no galardão e suplício eterno, ideias que tiveram grande desenvolvimento nos dois séculos antes de Cristo. Os discípulos de Cristo saíram da camada religiosa imbuída destas ideias” (Subtilezas do Erro p. 250).

Paulo se julgava um escritor bíblico inspirado (1Co. 14:37) e como tal cria como os fariseus (At. 26:5-6): “Sabendo de mim desde o princípio (se o quiserem testificar), que conforme a mais severa seita da nossa religião vivi fariseu. E agora, pela esperança da promessa feita a nossos pais, estou aqui e sou julgado”.

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