A denominação parece ter origem na palavra grega kyklos (círculo), à qual se acrescentou klan para efeito de aliteração. (1)
Fundação:
Sua fundação partiu de alguns veteranos confederados que sentiam cansados após o final da Guerra de Secessão, encerada em 1865 nos EUA, e da depressão no Sul do País, o lado derrotado do confronto. A princípio, esses rapazes, de famílias brancas, queriam divertimento, algo parecido com as gangues metropolitanas brasileiras, mas ao perceberem o pavor que causavam nos negros ex-escravos, a maldade ganhou forças ideológicas. A polícia fez pressão resultando em prisões e na parcial diluição da Klan, mas a entidade não morreu totalmente.
No início do século XX houve um renascer dessa ideologia. Tudo começou em 1911, quando Willian Joseph Simmons foi atropelado por um carro, passando quase seis meses no hospital. Dentro do Hospital, esses indivíduo criou uma obsessão por uma visão que tivera aos 20 anos de idade a respeito de uma antiga sociedade secreta que ficou conhecida como Ku Klux Klan (KKK). Desde peque no ele foi influenciado por histórias heróicas dos cavaleiros da KKK.
Hoje, no alvorecer do século XXI a KKK ainda sobrevive forte e influenciadora e de uma maneira sem fronteiras através da Internet arregimentando militantes para sua cruzada de ódio e intolerância.
A Roupagem da KKK
Para imitar outras sociedades secretas, os veteranos da Guerra de Secessão americana, usaram uma idéia criativa e barata para criarem suas roupas ritualísticas, fronhas foram transformadas em capuchos e lençóis em fardas clericais. Com essas vestimentas fantasmagóricas, eles saiam à noite para assustar os transeuntes, na sua maioria negros que, sem qualquer formação cultural, entravam em pânico, graças às muitas superstições em que acreditavam. Hoje, as roupas são muito mais bem confeccionadas e elaboradas, mas a maldade continua a mesma dentro dos corações que, no limiar de um século de tecnologia e aculturação, insiste em permanecer incutido nas mentes de pessoas completamente embotadas!
Ideologia Religiosa
Como a história nos mostra, a KKK é uma instituição impregnada pelo racismo, preconceito e de índole criminosa. Agora, o que poucos sabem é o seu envolvimento com a religião, e não estamos falando de um grupo muçulmanos em um país de pouca cultura no meio da África, mas de uma organização terrorista ocidental, mas precisamente estadunidense e, pasmem, de famílias protestantes!
O sr. Simmons, como já o mencionamos acima, teve uma visão mística, onde via do lado de fora de sua casa hordas de cavaleiros vestidos de branco galopando pelo céu, imediatamente entendeu que Deus lhe estaria dando um sinal. De joelhos dobrados, prometeu a si mesmo que haveria de encontrar uma organização que fosse um monumento vivo da KKK. Esperou quatro anos até que tivesse a oportunidade de dirigir uma estranha cerimônia, em 1915. O evento ocorreu em Stone Mountain, não muito longe de Atlanta, na noite do Dia de Ações de Graça. Simmons e quinze amigos subiram a montanha, construíram apressadamente um altar de pedras e colocou sobre ele uma bandeira Americana, uma Bíblia aberta, uma espada desembainhada e um cantil de água. Ao lado, erigiram uma cruz de madeira e atearam-lhe fogo. Então, sob aquela luz das chamas, todos se ajoelharam e fizeram o sagrado juramento de Fidelidade ao Império do Invisível, Cavaleiros da Ku Klux Klan. Assim que a KKK se reencarnou, Atlanta se tornou sua sede estrutural e Stone Mountain sua sede espiritual. Em três anos conseguiu alistar 1,5 mil homens nos estados de Alabama e Geórgia. Em 7 de junho de 1920 a instituição passa para as mãos do Jornalista E. Y. Clake, o qual recebeu plenos poderes para reconstruir a organização. Conservador e radical, ele fixou nas mentes e corações de seus seguidores quem eram os seus inimigos e projetou idéias para travar a batalha. Ele mobilizou as forças da Klan numa campanha, principalmente, contra os negros, judeus e estrangeiros, também desenvolveu uma antipatia pela Igreja Católica. A idéia deu tão certo que, em 1922, a KKK somou um milhão de membros e se tornou um importante grupo de pressão. (Adaptado de 02).
Ainda hoje, para se tornar membro da KKK é preciso: Não ser Judeu, ser branco, defender a pátria até as últimas conseqüências e seu um bom cristão (diga-se protestante). Existe um site da Klan nos EUA onde eles se intitulam como a Igreja da KKK.
Entretanto, a Bíblia declara veementemente que não há diferença entre os indivíduos, inclusive, até proíbe que se faça discriminação de pessoas: “Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores.” Tiago 2:9 – “pois para com Deus não há acepção de pessoas.” Romanos 2:11. – “Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas” Atos 10:34. Dentro da própria genealogia de Jesus há pessoas etnicamente de origem negra (Mt. 1; Lc. 3), por isso o racismo é injustificável diante da ideologia Bíblica e inconcebível dentro da ótica cristã protestante.
Bibliografia
(01) – Barsa em CD Rom;
(02) – Revista Sociedades Secretas; Nº 12; Editora Escala; São Paulo – SP; 2003.