PR. NATANAEL: Por que essa notícia para ser comentada se os jovens evangélicos – admito – não têm envolvimento com o problema de freqüentar baladas noturnas até ao amanhecer e muito menos ingerir bebidas alcoólicas e se envolver com drogas?
Quem é que lhe disse que os nossos jovens não têm qualquer envolvimento com essas ‘baladas’ como nova forma de se divertir? Infelizmente, isso não corresponde à realidade. É verdade que a Bíblia recomenda aos nossos jovens o afastamento do mundo, isto é, da forma adotada pelos jovens sem compromisso com Deus, e que se envolvem nessas práticas imorais, mas o cristão já deve ter lido na Bíblia I João 5:19 – “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.” E somos de Deus e o mundo, isto é, a sociedade dos nossos dias está no maligno, então qual deve ser nossa atitude? I João 2:15-17 – “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 – Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 17 – E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.”
Poderia então o irmão afirmar que os nossos jovens também freqüentam baladas de sábado para domingo?
Sim. A informação foi publicada na Revista ISTOÉ de 21 de fevereiro de 2007, nos seguintes termos: “É uma tendência comportamental de jovens religiosos que, agora, em vez de sair à noite para festas regadas a bebidas alcoólicas e drogas, praticam o que está sendo chamado de balada cristã. Os locais, conhecidos também como Cristotecas, abrem suas portas perto da meia-noite em uma sexta-feira, por exemplo, e ali jovens ouvem rock, pop, reggae e até axé com alguns dizeres cristãos segundo a reportagem. Alguns encontros em São Paulo já registraram a presença de mais de três mil pessoas. Sabe que essa é uma questão até controvertida. Muitas denominações religiosas caminham hoje na tentativa de realizar a popularização de suas crenças.”
Mas essa informação é deixa claro que nessas baladas de jovens cristãos não há envolvimento de bebidas alcoólicas e nem de drogas. Isso não seria uma grande diferença entre os jovens do mundo com suas baladas regadas a bebidas alcoólicas e drogas?
Mas, está escrito na Bíblia e devemos levar a sério essas advertências sobre o perigo das más companhias. Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu, I Corintios 15:33 – “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” Então eu pergunto: Até quando muitos desses jovens se satisfarão em passar a noite em uma, abre aspas, festa de igreja e não retornarão às baladas tradicionais? Afinal, são muitíssimo parecidas. A essência, no final das contas, é a mesma: diversão. Só que é sem álcool e drogas. Mas será que os jovens precisam apenas de diversão ou de Deus?
Quer dizer que o irmão discorda dessa maneira de jovens cristãos freqüentar o tipo de baladas sem bebidas e drogas?
Sim. Imagine um jovem cristão que fica até alta madrugada se envolvendo com pessoas do sexo oposto em danças com ritmos mundanos, isso não se torna abominável diante de Deus. Se ele passou a noite inteira até a madrugada numa balada, que ânimo ele terá para no domingo pela manhã freqüentar as escolas bíblicas dominicais? Logo, logo eles estarão participando do ‘vale tudo’ das baladas tradicionais de pessoas sem compromisso com Deus. Salmos 42:7 – “Um abismo chama outro abismo,…”
Que palavras finais diria o irmão para os jovens evangélicos que nos ouvem?
Que Jesus falou com muita exatidão que Mateus 6:24 – “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” E nossos jovens deveriam tomar, por exemplo, jovens do passado segundo registro bíblico que escolheram agir de modo a agradar a Deus como Moisés. Diz a Bíblia sobre ele: Hebreus 11:24-26 – “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 – Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; 26 – Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.”
Os jovens cativos de Judá que levados para o palácio do rei Nabucodonosor recusaram participar dos banquetes da mesa do rei. Daniel 1: 5 – E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei. 6 – E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias; 7 – E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abede-Nego. “8 – E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.”
* O jornal A TRIBUNA de 15 de agosto de 2011