Muitos escreveram lamentando o falecimento de José Wilker. A morte é uma interrupção não natural na comunhão eterna que deveríamos ter com o nosso criador. Nesse sentido, sempre lamentamos a morte. Vivendo em um mundo que subsiste no maligno, todos nós iremos morrer — sofrer essa consequência do pecado. Temos, entretanto a esperança da vida eterna, a comunhão restaurada com o nosso Deus Criador, pelo sacrifício de Cristo, pagando o pecado dos que são seus – dos que, em todas as eras, tocados pelo Espírito Santo, entregam-se a Deus, arrependem-se dos seus pecados, reconhecem a Jesus como Salvador e Senhor. Essa é a boa nova do Evangelho – há restauração, há salvação!
Quanto ao José Wilker, minha mãe, Valderez Portela, conheceu, por algum tempo, a mãe do José Wilker, quando ele ainda estava no início da sua carreira. Minha mãe relata que ela era uma crente muito sincera e fiel. No entanto, tinha muita tristeza porque o Wilker não havia assumido um compromisso com Deus. Ela sempre pedia as orações pela vida espiritual dele. Pelo que sabemos, ele nunca aceitou Jesus como Salvador e Senhor da sua vida. Fez e falou muitas coisas que, de certo, não agradaram ao nosso Criador. Aos 66 (ou 69 anos – existem relatos conflitantes) faleceu “na casa da namorada”, como informam as reportagens.
Assim sendo, nunca conseguimos apreciá-lo completamente, como pessoa, ainda que suas qualidades como ator fossem bem evidentes. Em nossa casa, paramos de assistir novelas quando nosso filho mais velho, David Portela, tinha uns cinco anos. Minha esposa registra que percebeu, na empolgação com as histórias das novelas, que estava falhando como mãe no uso dos momentos antes dele dormir para meditar sobre as histórias bíblicas e orar. Ela continua descrevendo como a qualidade do conteúdo das novelas foi sempre piorando e ela tinha coisas mais importantes para fazer.
Não achamos errado assistir filmes ou novelas em si, exercitando critério. Temos, também, vários atores favoritos e, possivelmente, a grande maioria desses não são crentes. Mas quando constatamos algo negativo na vida desses fora da tela; algo contra Deus ou explicitamente contra princípios bíblicos, perdemos muito de nossa apreciação e desaparece o prazer em vê-los (ou vê-las) novamente.
Nosso sentimento também é de lamento pela perda do José Wilker, mas mais por saber que uma pessoa que teve o privilégio de ouvir a verdade, a rejeitou e agora sofre as consequências da rejeição a Deus eternamente, do que pela perda de um exímio ator.
Solano e Betty Portela via Facebook