Quem quiser estudar a Bíblia terá que seguir uma regra básica de interpretação que é: “A Bíblia interpreta a própria Bíblia”. Portanto, somos impedidos de laçar mão de interpretações subjetivas para consubstanciar as nossas próprias idéias. Os Espíritas, como eles mesmos afirmam, interpretam a Bíblia a seu bel-prazer e de acordo com convicções pré-concebidas. Entretanto, não é assim que se faz para se tirar uma real interpretação. É preciso analisar o texto e o seu contexto, de Gênesis a Apocalipse e depois concluir o que realmente diz a Bíblia. Se você quer entender sobre o tema referido pegue uma Bíblia e nos acompanhe em nessa explicação, pois para os evangélicos toda a Bíblia é inspirada e não usamos somente o que interessa como fazem os espíritas.
Sobre João Batista, diz Lucas 1.17: E irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado. Isto não quer dizer, de forma nenhuma, que João fosse Elias, mas que no seu ministério profético, haveria peculiaridades do ministério de Elias. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens tão parecidos como João Batista e Elias. Lembra o refrão popular: Tal pai, tal filho. Isto não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que seja a reencarnação do outro, mas sim, que existem hábitos comuns a ambos.
PONTOS A CONSIDERAR
Dentre as muitas razões porque cremos que João Batista não era Elias, queremos citar os seguintes:
1) – Os judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lucas 9.7,8).
2) – Se a reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existência com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que não morreu. Fica claro assim que João não era Elias já que este não morreu, tendo sido arrebatado vivo para Deus (II Reis 2.11).
3) – João Batista disse abertamente, sobre essa questão, quando lhe perguntaram: “És tu Elias?”, ele respondeu desembaraçadamente: “Não sou” (João 1.21). Parece que, se a reencarnação existe, João Batista foi um dos que nunca creu nela.
4) Se João Batista fosse Elias, no momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João (que já era morto também) e não Moisés e Elias (Mateus 17.1-8).
Fica mostrado, portanto, que a Bíblia não apóia a absurda teoria espiritista da reencarnação. Até mesmo os chamados “fatos comprovados” de reencarnação apresentada pelos defensores do Espiritismo, não provam coisa alguma.