Entendendo por que Jesus fugiu do messianismo do bolsa-família
“Hugo Chavez foi a melhor coisa que aconteceu à Venezuela,” disse um pastor venezuelano. Milhares de líderes evangélicos venezuelanos aprenderam a ver Chavez como uma espécie de grande pai generoso, depois de o apoiarem politicamente e receberem em troca materiais que suas igrejas precisavam.
O socialismo do passado destruía materialmente as igrejas, ou o corpo dos cristãos, mas nunca sua alma.
O socialismo ocidental não destrói materialmente as igrejas nem mata o corpo dos cristãos, mas lhes seca a alma, lhes dando coisas materiais.
O socialismo latino-americano, exemplificado pela Venezuela, compra os líderes das igrejas. Talvez não muito diferente do que ocorre no Brasil, onde, coincidência ou não, os donos das grandes estações de TV e rádios evangélicas são conhecidos apoiadores do governo que concede suas concessões.
Na Venezuela, se o líder evangélico fala o que o governo quer ouvir, tudo fica mais fácil para ele.
No Brasil, o mesmo acontece para o dono da Record e outros empresários evangélicos.
Para o povão, que quer apenas promessas de provisão, o messias socialista ganha o coração dos pobres com bolsas-família e outras migalhas, ainda que os sustente à custa de pilhagem no bolso dos outros.
Jesus teve oportunidade de ser um socialista. Quando o povo, depois de seguir e ouvir a pregação dele durante alguns dias, ficou cansado e teve fome, Jesus fez o milagre da multiplicação dos pães. Era o que o povo de todas as épocas sempre quis: alguém que lhes desse tudo de comer.
Ei, mas Jesus não era político. “Não tem problema,” pensava o povo. “O importante é que ele nos dê comida todo dia!”
Outros queriam pegar Jesus e transformá-lo, à força, em rei, isto é, em governante.
Bastava que para isso ele desse comida. Jesus teve a primeira grande oportunidade da história de dar bolsas-famílias e garantir para si um prospero governo político. Mas a única reação dele foi fugir da multidão e desse caminho de ganhar corações através de comida.
Os messias socialistas teriam inveja da oportunidade perdida: “Ah, se eu estivesse no lugar de Jesus! Multiplicaria pães todos os dias e garantiria um governo a vida inteira nas minhas mãos!”
Se Jesus tivesse feito diariamente a vontade do povo alimentando-o, ele não só garantiria posição de rei, mas o povo jamais permitiria que ele fosse crucificado.
Contudo, Jesus fugiu dos caminhos socialistas. Ele fugiu dos anseios do povo de transformá-lo num político alimentador de pobres.
Provavelmente, porque nessa questão, o ensino da Palavra de Deus já era bem claro para o povo. 1. Ganha-se o alimento diário trabalhando. 2. Quem passa por necessidade deve depender da misericórdia de outros trabalhadores e da misericórdia divina.
A missão de Jesus era amor. Acolher o amor dEle é o princípio das provisões materiais e espirituais.
Jesus fugiu dos anseios do povo de transformá-lo em político alimentador. Mas mesmo que Ele atendesse, Ele faria multiplicação de pães mediante milagres, não mediante o suor do trabalho alheio.
Hoje, certamente Jesus teria muito mais razões para fugir dos anseios do povo, pois a forma socialista de “alimentar” o povo nada tem a ver com milagres, mas com roubos mediante impostos.
Jesus jamais se aliaria a um governo ladrão do trabalhador.
Ele está de braços abertos para abençoar o pobre e dar-lhe mudança de vida, depois da aceitação da suprema Boa Notícia. Há milhares de pobres que entraram em igrejas pentecostais e neopentecostais, ouviram o Evangelho e hoje têm um emprego decente para sustentar suas famílias.
O negócio de Jesus nunca foi substituir o trabalho por bolsas-famílias, ou substituir milagres por impostos altos. E ele provou isso: fugiu de um povo que o queria como político alimentador dos pobres. Essa não é a missão dele, e essa não é a resposta certa para as necessidades dos pobres.
Espero que os líderes evangélicos que se deixam comprar por messias políticos vejam os pobres como Jesus os vê e não vejam a política como instrumento de controle sobre os pobres por meio de bolsas-famílias.
Bolsa-família não é o caminho de Jesus.
Impostos altos não é o caminho de Jesus.
Socialismo não é o caminho de Jesus.
Os evangélicos socialistas, como Ariovaldo Ramos que via Chavez como uma espécie de messias político dos pobres, deveriam defender suas bandeiras de alimentação aos pobres unicamente por meio de milagres divinos, não de elevadas cargas de impostos do governo.
Mas seja qual for o caminho que escolherem, não é o caminho que Jesus escolheria. Jesus fugiu desses caminhos e dos hipócritas que distorcem as Escrituras para defender o que Jesus nunca defendeu: um político que ganha o coração dos pobres mediante comida.
Jesus não deixou esse exemplo. Jesus fugiu desse exemplo.
Os políticos socialistas precisam de estratégias e enganação para ganhar o coração das pessoas. Da mesma forma, não se pode esperar, jamais, que Satanás chegue até às pessoas com sua forma horripilante dizendo: “Sou Satanás e vim para matar, roubar e destruir.” Para enganar, ele se disfarça até de anjo de bondade e inocência, como diz a Bíblia. Ele se disfarça facilmente de presenteador de pães. Ele se camufla como político.
De forma semelhante, o pedófilo chega com seu doce atraente e delicioso até a inocente criança. O doce do socialismo é sua propaganda mentirosa de ajuda aos pobres. Os estupros chegam depois: aborto, homossexualismo, carga abusiva de impostos, etc.
É possível Satanás, o autor do socialismo e de todo disfarce de anjo inocente, enganar os cristãos e fazer deles seus servidores? A Bíblia não deixa dúvida disso: “E isso não é de admirar, pois até Satanás pode se disfarçar e ficar parecendo um anjo de luz. Portanto, não é nada demais que os servidores dele se disfarcem, apresentando-se como pessoas que fazem o bem. Mas no fim eles receberão exatamente o que as suas ações merecem.” (2 Coríntios 11:14-15 BLH)
O perfil do político socialista é satânico e pedófilo. Ele se faz de anjo de bondade, oferece comida e doces aos pobres, mas sem nunca dizer que vai estuprar os bolsos da nação através de impostos, estuprar a inocência das crianças através de educação sexual pornográfica, fazer campanhas para que as crianças sejam mortas por meio do aborto ou, se sobreviverem, para que tenham o “direito” e a “liberdade” de matar, sob a proteção do ECA.
Tudo isso em troca de um pão. O inferno em troca de comida na mesa.
Entende agora por que Jesus fugiu do messianismo do bolsa-família?
Fonte: www.juliosevero.com