LUCAS 24.31a – Depois de uma aparição, Jesus desaparecia repentinamente diante de seus discípulos, desmaterializando-se?
PROBLEMA: Jesus podia não apenas aparecer de repente depois de sua ressurreição (cf. Jo 20:19), como também desaparecer instantaneamente. Será isso uma evidência, como alguns críticos alegam, de que Jesus se desmaterializava nessas ocasiões?
SOLUÇÃO: Jesus ressuscitou com o mesmo corpo físico, embora glorificado, com o qual morrera. Tal corpo é uma importante característica de sua permanente humanidade tanto antes (cf. Jo 1:18) como depois (Lc 24:39; 1 Jo 4:2) de sua ressurreição.
Primeiro, o fato de que ele podia aparecer e desaparecer rapidamente não diminui a sua humanidade, mas a intensifica. Isso revela que, tendo o corpo ressurreto mais poderes do que o corpo anterior à ressurreição, ele não era nada menos do que físico. Isto é, não deixou de ser um corpo material, muito embora pela ressurreição tenha ganho poderes além dos que têm os meros corpos físicos.
Segundo, é da própria natureza do milagre ser imediato, em oposição ao processo gradual natural. Quando Jesus tocou a mão de um certo homem, “imediatamente ele ficou limpo da sua lepra” (Mt 8:3). Da mesma forma, com o comando de Jesus, o paralítico “no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos” (Mc 2:10-12). Quando Pedro proclamou que o coxo de nascença fosse curado, “imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de um salto se pôs em pé, passou a andar …”(At 3:7-8).
Terceiro, Filipe foi imediatamente trasladado da presença do eunuco etíope, com o seu corpo físico, ainda não ressurreto. O texto diz que, depois de batizar o eunuco, “o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco”(At 8:39). Num momento Filipe foi visto com o eunuco; no momento seguinte ele de repente e miraculosamente desapareceu e veio a aparecer noutra cidade (At 8:40). Tal fenômeno não necessita de um corpo imaterial. Portanto, as aparições e os desaparecimentos repentinos não são provas do imaterial, mas sim do sobrenatural.
Fonte: MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia