1. Jesus veio ao mundo para cumprir a lei de Deus. Isso porque, como Jesus mesmo disse, nenhum “jota ou til” poderia ser omitido da lei (Mateus 5.17,18). Jesus quis dizer que Deus exigia que a lei fosse cumprida perfeitamente. Porém, todos os homens por serem imperfeitos, por mais que tentassem, acabavam “tropeçando” em algum ponto da lei. Então, para os homens, cumprir a lei de Deus sem omitir nenhum “jota ou til” era impossível. Mas Deus enviou Seu Filho Jesus, perfeito e nascido sem a mácula do pecado, para que a lei finalmente pudesse ser cumprida com perfeição. Resumindo: Jesus veio para cumprir a lei e não para colocar sobre nós o pesado fardo de cumpri-la, como muitos interpretam. Jesus disse: “O meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11.30).
2. Aqueles que tentam ser salvos mantendo a lei do Antigo Testamento estão presos a regras e formalidades. Mas agora, pelo Espírito Santo, Deus concede a libertação da lei, do pecado e da condenação eterna (2 Coríntios 3.14; Romanos 8.1). Como seria estanho se um prisioneiro recém-liberto voltasse para a cela e se recusasse a abandonar a prisão! Como seria triste se um crente liberto da escravidão da carne voltasse a um rígido sistema de regras e regulamentos! Aquele que verdadeiramente crê em Jesus foi liberto de todas essas coisas ao mesmo tempo! Em vez de retornarmos a alguma forma de escravidão, seja do pecado ou do legalismo, devemos usar da nossa liberdade para viver para Cristo e servi-lo da forma que Ele deseja. Quando confiamos em Jesus para nos salvar, Ele remove o nosso fardo pesado de tentar agradar-lhe pela lei e também a nossa culpa por muitas vezes falharmos em fazê-lo. Por confiarmos em Jesus, somos amados, aceitos, perdoados e livres para viver para Ele. “Onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Coríntios 3.17).
3. Cristo nos libertou da lei, não para que pudéssemos estar livres para pecar, mas para que através do Espírito Santo pudéssemos ser realmente livres para obedecer a Deus (Romanos 6.1-6).
4. Jesus foi enviado por Deus para cumprir a lei em seu corpo livre de pecado, pois nenhum homem, por ser pecador, jamais conseguiu cumprir sem “tropeçar” em algum ponto. Pois a Bíblia diz que aquele que tropeça em um só ponto da lei, tropeça em todos (Tiago 2.10). Mediante isto percebemos claramente que a lei, por si só, nunca poderia nos dar a salvação porque nos era impossível cumpri-la perfeitamente. Foi por isso que Deus resolveu enviar Seu Filho. Cristo cumpriu a lei para nos libertar dela. Os cristãos são o reflexo do corpo de Jesus, por isso eles estão justificados do pecado que opera pela lei, não estando mais sujeitos a condenação, pois agora Jesus vive neles e por eles (Romanos 8.1; Gálatas 2.20).
5. Alguns cristãos relutam para se desprender das velhas tradições judaicas, que são mandamentos cerimoniais dados por Deus somente ao povo Judeu para os conduzir a Cristo (Gálatas 3.24,25). Um dos exemplos disso é a guarda do Sábado (Colossenses 2.14,16,17). No início da igreja, os judeus convertidos a Jesus não poderiam entender o plano de salvação de Cristo, a menos que rompessem com os laços da lei. Hoje vemos que isso ainda acontece, muitos estão presos a lei, achando que a salvação vem por obras e não somente pela fé (Romanos 3.28; 9.30-32; Gálatas 2.16; 3.10). Porque os homens acham tão difícil de entender que nada precisamos fazer para sermos salvos, além de crermos em Jesus? É como diz o ditado popular: “Quando a esmola é demais o santo desconfia”. Somos salvos por aceitarmos o que Deus fez por nós, quando ainda éramos pecadores, e não por aquilo que podemos fazer por Ele (Romanos 5.8). Tudo que precisava ser feito já foi feito, não por nós, mas por Deus (João 3.16).
6. Quando os fariseus perguntaram a Jesus qual o mandamento mais importante da lei, Jesus respondeu citando Deuteronômio 6.5 e Levítico 19.18: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”; e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Jesus disse que, quando uma pessoa obedece a esses dois mandamentos, está obedecendo a todos os demais. Eles resumem os dez mandamentos e todas as outras leis morais do Antigo Testamento (Mateus 22.40). Foram estes os principais mandamentos que Jesus nos ensinou a guardar. Jesus não veio a nós para nos colocar cargas pesadas, e sim para nos aliviar do peso excessivo das leis cerimoniais, que apenas serviram para nos preparar para sua vinda.
7. Jesus repreendia os fariseus por eles colocarem cargas pesadas nas costas das pessoas sendo que eles mesmos não conseguiam cumprir (Lucas 11.46). Não é diferente de hoje, pois alguns líderes “da lei” agem assim, muitas vezes desprezando a lei do amor por entrarem em contendas a respeito da lei. Exatamente da mesma forma que acontecia nos tempos dos primeiros apóstolos. Jesus ensinou que ao invés de nos preocuparmos com o que não devemos fazer, devemos nos preocupar apenas com tudo aquilo que podemos fazer para demonstrar nosso amor a Deus e ao próximo (Mateus 5.8). Jesus também citou que Deus não se agradava de sacrifícios, mas sim da misericórdia (Mateus 12.7).
8. Paulo diz ao jovem pastor Timóteo que o fim do mandamento de Deus é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida (1 Timóteo 1.5). Para os cristãos toda a lei de Deus se cumpre no amor (Gálatas 5.14).
9. Os cristãos devem preocupar-se em cumprir somente aquilo que realmente agrada ao coração de Deus. Não devem preocupar-se com ordenanças impostas por homens, pois as tais para nada servem senão para a satisfação da carne (Colossenses 2.23). Essas regras religiosas não são capazes de mudar o coração de uma pessoa. Somente o Espírito Santo pode fazê-lo. O apóstolo Paulo considerava estas coisas como “fábulas” que produziam vãs contendas e que desviavam as pessoas da verdade (1 Timóteo 1.3,4,6). Paulo ainda diz que aqueles líderes que queriam ser “mestres da lei” não sabiam o que diziam e nem o que afirmavam (v. 7). Infelizmente aqueles mestres estavam enganados.
10. Quem pode saber quais são os mandamentos a serem guardados mais que Jesus? Então veremos o que Ele disse. O próprio Jesus mencionou os mandamentos que devemos guardar, e EXCLUIU a guarda do sábado (Mateus 19.18,19). Talvez o testemunho de Jesus não seja o suficiente para algumas pessoas (isso seria chamar-lhe de mentiroso). Então mostro que o apóstolo Paulo, na epístola escrita aos romanos, também EXCLUI a guarda do sábado (Romanos 13.9). Se a guarda do sábado fosse de fato uma exigência de Jesus aos seus seguidores, será que Ele não a teria mencionado? Mas a verdade é que Ele veio para aperfeiçoar a lei e todo aquele que crer nas palavras de Jesus não será confundido (Romanos 10.11; 1 Pedro 2.6). Todos os mandamentos que Jesus ensinou aos seus seguidores, sendo confirmado posteriormente pelos apóstolos, são aqueles relacionados à lei do amor. Estes são os verdadeiros mandamentos deixados por Jesus Cristo. Contra a verdade não há argumentos (2 Coríntios 13.8). A verdade deve ser a principal arma do filho de Deus (Efésios 6.14).
11. Jesus jamais pregou a exigência da guarda do Sábado. Não há registro algum em TODO o Novo Testamento. Ele mesmo disse que o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado (Marcos 2.27). Com isso Jesus quis dizer que o homem é mais importante que o sábado, e que ele não foi feito para escravizar o homem, pois para Deus o homem vale mais que um simples dia da semana.
12. Cristo é o cumprimento do Sábado, o nosso descanso. Isso é tão verdade que o autor aos Hebreus o confirma: “Porque nós, os que temos crido (em Cristo), entramos no repouso (Sábado/descanso)… Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia” (Hebreus 4:1-4). Ou seja, o autor aos hebreus está dizendo que o nosso descanso ou Sábado é Cristo Jesus, por isso o Senhor se declara Senhor do Sábado (Mt.12). A realidade sabática é viver em Cristo – o nosso descanso- e não ficar “legalistamente” guardando um dia, pois aquele que tem Jesus tem o Sábado.
13. Jesus mostrou para os fariseus que eles não interpretavam as Escrituras Sagradas corretamente, pois eles não a liam com o coração em Deus, mas para mostrar que eram sábios em si mesmos. Devemos ler a Bíblia pedindo ajuda ao Espírito Santo para nos mostrar a vontade de Deus, e não para nos gabarmos diante dos homens. Devemos nos render ao conhecimento revelado quando buscamos a verdade pelo Espírito Santo e não por nossa sabedoria “carnal”. Muitos hoje são orgulhosos em si, com isso caem no engano e tornam-se cegos para as coisas que realmente importam para Deus. Por isso hoje muitos ainda estão presos pela lei do Antigo Testamento, pois aparentam mostrar sabedoria. “Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia” (1 Coríntios 3.19).
14. Repito que Jesus disse: “O meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11.30). É triste que algumas pessoas insistem em transtornar o evangelho de Jesus, falo com pesar. Paulo sempre lutou contra os tais e até insistiu tentando mostrar somente a verdade (Gálatas 2.14; Atos 2.26). A Bíblia diz que nem todos obedecem ao evangelho (Romanos 10.16). Não meus irmãos em Cristo, nós não estamos mais debaixo do jugo da escravidão da lei (Gálatas 5.1).
15. A lei foi dada por Deus a Moisés somente para o povo hebreu, que posteriormente passou a ser chamado judeu. Hoje não devemos ser julgados pela guarda do sábado, festas cerimoniais, alimentação, e nenhuma outra ordenança dada ao povo hebreu (Colossenses 2.16). O apóstolo Paulo ensina que o cristão está livre dessas obrigações legais e cerimoniais (Gálatas 5.1). Tais ordenanças são apenas sombras do corpo de Cristo, que agora tudo já foi cumprido Nele e aperfeiçoado por Ele (Hebreus 10.1).
16. Jesus nos livrou da lei dada a Moisés (Romanos 7.4-6). Já não dependemos da lei com seus sacrifícios e cerimoniais – incluindo a guarda do Sábado – para sermos salvos e aceitos diante de Deus. Os cristãos foram alienados da antiga aliança da lei e unidos a Cristo para a salvação.
17. Os cristãos independem da lei para servir a Deus. Os cristãos servem a Deus através do Espírito Santo de Deus que habita neles, produzindo para o PAI os frutos do Espírito (Gálatas 5.22). Logo a lei tornou-se rudimentar, ou seja, inútil (Gálatas 4.9). Ora, se os cristãos já possuem o Espírito Santo para produzir frutos de justiça para Deus, então para que lhes serviria a lei? Tornou-se assim inútil para eles. Os cristãos servem a Deus pelo Espírito e não mais pela letra da lei (Filipenses 2.13).
18. Agora já não dependemos mais da lei, pois Cristo nos resgatou da maldição da lei para que recebêssemos a promessa dada a Abraão, que é a promessa do Espírito Santo (Gálatas 3.13,14).
19. Os cristãos não estão obrigados a cumprir a lei como Moisés, porquanto a lei foi abolida por Cristo (2 Coríntios 3.13-16). Por isso o entendimento de muitos está endurecido hoje, estando eles presos ao Antido Testamento. Precisamos tirar o “véu” dos olhos. Quando nos convertemos a Jesus, esse mesmo “véu” é tirado de nossos olhos (v. 16). Mediante a salvação em Cristo o Espírito Santo concede vida e poder espiritual ao cristão para que este faça a vontade de Deus. Nossa “cara” é descoberta e somos então transformados pelo Espírito do Senhor (v.18).
20. Os cristãos são ministros de um novo testamento, não da lei, mas do Espírito. De acordo com o apóstolo Paulo, a letra da lei traz a morte, mas o Espírito Santo traz a vida. Os cristãos servem a Deus pelo Espírito e já não mais pela letra, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica (2 Coríntios 3.6). Mediante o Espírito Santo, a letra da lei já não mata, isto é, não condena. A pessoa que buscam na lei a obtenção da salvação, não recebe o Espírito nem a vida, porque a lei em si mesma não pode outorgar a vida.
21. O apóstolo Paulo escreveu na sua carta a Timóteo que a lei não foi feita para os cristãos (justos), mas para os que ainda não foram justificados pela fé em Jesus (injustos), ou seja, os cristãos não precisam da lei para justificá-los, pois eles crêem em Jesus que os justificam diante de Deus (1 Timóteo 1.9,10). E pelo fato de eles crêem em Jesus já tinham recebido o Espírito Santo para assim produzir frutos de justiça para Deus.
22. Sob o novo concerto estabelecido pelo sangue de Cristo, o Espírito Santo escreve a lei de Deus, não em tábuas de pedra, conforme ocorreu no Monte Sinai, mas nas “tábuas do coração” (2 Coríntios 3.3). No novo concerto a lei de Deus é a lei do amor. Por isso o verdadeiro cristão possui a lei de Deus no coração e, pelo poder do Espírito, consegue guardá-la. A lei do amor está escrita em seus corações. Essa lei interior consiste em amar a Deus e ao próximo. O amor é a única coisa que devemos uns aos outro. O amor é o cumprimento da lei (Romanos 13.8-10).
23. O Espírito Santo é concedido gratuitamente pela fé em Jesus. Através do Espírito Santo passamos a ter a plena consciência da presença de Divina e a verdadeira convicção para chamarmos Deus de PAI (Gálatas 4.6; Romanos 8.15).
24. Devemos crer em Jesus, receber o Seu Espírito e a Sua graça, e assim, receber o perdão, ser regenerados e capacitados para produzir frutos para Deus (Romanos 8.4; Efésios 2.10; Gálatas 5.22,23; Colossenses 1.5,6).
25. A lei serviu de “tutor” para conduzir o povo hebreu a Cristo. Depois da vinda de Jesus os cristãos não estão mais debaixo desse “tutor” (Gálatas 3.23,24,25). De acordo com a Bíblia, os cristãos não são mais “meninos”, não estão mais debaixo de “tutores” e “curadores” (a lei), não sendo mais servos, mas filhos (Gálatas 4.1-5).
26. Deus ao enviar Cristo nos libertou da lei tornando todos os cristãos, pela fé em Jesus, Seus próprios filhos (Gálatas 4.6,7).
27. Se a lei pudesse nos justificar diante de Deus, então Cristo teria morrido em vão (Gálatas 2.21).
28. O apóstolo Paulo, em uma de suas epístolas, faz uma pergunta aos insensatos que tentam ser justificados pela lei: “Vocês receberam o Espírito Santo pelo cumprimento da lei ou através da pregação da fé?” (Gálatas 3.2,5). Obviamente que todos recebem o Espírito através da fé em Jesus, que ocorre através da pregação do evangelho (Romanos 10.17).
29. O apóstolo Paulo diz também que muitos cristãos da galácia (os gálatas), por falta de bom-senso, começaram a caminhada com Cristo pela fé, mas logo depois se deixaram escravizar pela carne, ou seja, voltaram a servir lei de Moisés (Gálatas 3.3).
30. Nos dias de hoje não é diferente porque muitos começam pela fé, crendo no evangelho de Cristo, mas depois por insensatez não compreendem a verdade, e por fim terminam servindo a lei e não a Cristo (Gálatas 3.1).
31. Deus nos prometeu a salvação (herança do Espírito) através de Abraão, pela obediência da fé. Não é difícil constatarmos que a promessa da salvação não foi dada através da lei, mas pela fé de Abraão em Deus. Porquanto a lei somente foi estabelecida por Deus, através de Moisés, mais de quatrocentos anos depois de Deus ter dado a promessa a Abraão (Gálatas 3.17,18). Abraão nem mesmo poderia obedecer à lei, visto que ainda não havia sido dada. Então vemos que Abrão foi justificado pela obediência a Deus, isto é, pela fé. Resumindo: a salvação é dada pela obediência a fé e não pela obediência a lei.
32. Todos os cristãos são filhos de Deus em Cristo e descendentes de Abraão pela fé (Gálatas 3.29).
33. Os cristãos são o povo eleito de Deus, que alcançou misericórdia através da fé em Cristo Jesus (1 Pedro 2.9,10).
34. Cristo veio buscar para Deus um povo unificado (Romanos 3.22,29; 9.24-26). Jesus veio remover a “parede” que separava judeus de não-judeus (chamados gentios). Isso para que através da crença Nele, isto é, da fé, fossem unidos para Deus todos os povos, formando um só povo dentre muitos (Colossenses 2.15; Efésios 2.14-16).
35. Através do sangue de Jesus foi selado um novo pacto, que é O NOVO TESTAMENTO. É a nova aliança com Deus em que todos os cristãos estão inseridos (Mateus 26.28).
36. Os cristãos não são justificados diante de Deus pela lei, mas somente pela fé em Cristo Jesus (Gálatas 2.16). Jesus cravou na cruz as ordenanças da lei (Colossenses 2.14).
37. Hoje os cristãos possuem a lei de Deus escrita em seus corações (Hebreus 8.10).
38. Jesus nos deixou o Espírito Santo (João 20.22), que é o nosso intercessor pessoal (Romanos 8.26,27), para que através do Espírito pudéssemos cumprir a lei de Deus. Antes era impossível cumprir a lei porque o nosso corpo estava “doente” por causa do pecado (Romanos 7.22,23; 8.3).
39. Por Sua infinita misericórdia Deus se propôs a enviar Jesus para nos libertar da escravidão do pecado e da condenação da lei, para que assim fossemos justificados diante Dele (João 3.16,17; Romanos 3.23,24).
40. A lei não foi dada para justificar o homem diante de Deus, mas para criar nele a consciência do pecado (Romanos 5.20a). Conclui-se que a lei foi dada por Deus não para salvar, mas para nos mostrar que somos pecadores (Romanos 7.7-11). A lei, uma vez conhecida, traz inconscientemente o pecado para a consciência e assim o indivíduo passa a ser realmente um transgressor da lei. O pecado se torna seu senhor embora ele se esforce para resistir-lhe (Romanos 7.13-20). O apóstolo Paulo revela o desespero da pessoa que, à medida que toma conhecimento do poder do pecado que o reduz à miséria espiritual, até que certo ponto a alma é impelida a clamar grandemente por salvação (Romanos 7.21-24).
41. No capitulo 15 do livro dos Atos, os apóstolos de Cristo se reúnem para decidir uma questão importante. Tal questão envolvia a decisão se os cristãos teriam ou não que guardar toda a lei de Moisés, através da circuncisão e das tradições cerimoniais da lei. Pedro levanta-se e diz que não se deve impor aos gentios (cristãos não-judeus) um fardo que nem mesmo o povo hebreu pôde suportar, e diz em seguida que a salvação vem pela fé (Atos 15.10,11). Isso porque todos já haviam recebido o Espírito Santo (Atos 15.8,12). Logo depois Tiago toma a palavra dizendo que não se deve perturbar os gentios que se convertem a Jesus, mas que apenas os ensinem a guardar os mandamentos dados por inspiração do Espírito Santo (Atos 15.19,28,29).
42. Certa vez, o apóstolo Paulo repreendeu Pedro, que também era apóstolo, por ele compactuar na dissimulação com os que ensinavam e exigiam que os gentios cristãos vivessem como judeus, pela guarda dos rituais judaicos, sendo que Jesus já os libertara das ordenanças da lei (Gálatas 2.14,16).
43. O apóstolo Paulo sabia que alguns falsos irmãos, por ignorância ou mesmo intencionalmente, distorciam o evangelho de Cristo, pregando falsas doutrinas e exigindo que os cristãos cumprissem as ordenanças da lei (Gálatas 1.6,7; 2.4, 1 Timóteo 1.3,7).
44. O apóstolo Paulo advertiu que se algum outro, ele mesmo, ou até um anjo descido do céu anunciasse um evangelho diferente daquele que foi por ele pregado, deveria ser amaldiçoado (Gálatas 1.8,9). Não deveria ser aceito. Paulo sabia que jamais um anjo de Deus modificaria a Sua Palavra. Paulo também sabia o perigo que pregar um evangelho diferente representa para as ovelhas de Cristo (Atos 20.29,30; 2 Timóteo 4.3). Pregar um evangelho modificado é um pecado terrível segundo as Escrituras, pois tal ato é considerado heresia, e excluía o culpado do reino de Deus (Gálatas 5.20).
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32)
“Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (2 Coríntios 13.8)
por Igor Chastinet
Colaboração: Prof° João Flávio Martinez