“E trarei do cativeiro meu povo Israel, e eles reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto. E plantá-los-ei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o SENHOR teu Deus”. (Amós 9:14-15).
Uns 150 anos atrás, o Rei da Suécia tinha sérias dúvidas sobre se a Bíblia seria de fato a legítima Palavra de Deus. Ele pediu ao Conde Zinzendorf, Bispo da Igreja Moraviana, que lhe desse uma prova de que a Bíblia fora, realmente, inspirada por Deus. O Rei lhe concedeu dez horas, um tempo que o Bispo achou excessivo. Ele precisou apenas de uma palavra: “JUDEUS”.
Hoje em dia, poderíamos acrescentar mais uma palavra: “ISRAEL”. No tempo de Zinzendorf, esta pequenina e sitiada nação, nascida em 14/05/1948, não existia, a não ser nos corações dos sionistas, os quais jamais desistiram de aguardar o cumprimento das solenes promessas do “Deus de Israel”. A persistente existência de Israel, nos dias de hoje, rodeada por mais de um bilhão de muçulmanos, os quais juraram exterminá-la e continuamente conspiram, lançando contra ela repetidos ataques, na tentativa de exterminá-la, é um dos mais espantosos milagres dos tempos modernos.
O Deus de Abraão, Isaque e Jacó abençoou o povo judeu com uma glória que geralmente excede à bênção concedida aos seus primos árabes e ao mundo gentílico.
Os árabes têm o petróleo, mas os judeus têm o cérebro. E antes que me acusem de racismo, vamos comparar o número de ganhadores do Prêmio Nobel entre os dois povos. No mundo árabe/muçulmano, com 1,4 bilhões de pessoas, são seis os nobelistas: três para a paz; um para cada uma das disciplinas seguintes: Química, Física e Literatura.
Já numa população de apenas 14 milhões (1/100 do mundo árabe), existem 165 nobelistas: 51 para Medicina; 45 para Física; 27 para Química; 22 para Economia; 11 para Literatura e 5 para a paz.
Não é espantoso?
Apoiando os notáveis fatos que envolvem Israel, existem, literalmente, dúzias de profecias bíblicas, predizendo sua rápida ascensão, no sentido de se tornar o maior poder militar do mundo, os persistentes ataques contra ela, da parte das nações muçulmanas, e o terror do poder de fogo de Israel, que tem acorrentado esses vizinhos hostis. É claro que eles precisam temê-la! Israel poderia, rapidamente, exterminar todos eles, se o desejasse. Em vez disso, ela tem sempre, e muito persistentemente, suportado o ódio, os insultos e as ameaças públicas de extermínio, contínuos bombardeios e ataques terroristas, além dos febris esforços de construírem um aparato nuclear, a fim de destruí-la. A paciência de Israel só termina, quando a ameaça se torna por demais perigosa.
Foi o caso com a Síria e poderá ser, brevemente, o caso com o Irã, o qual espera poder, algum dia, deslanchar um ataque nuclear contra Israel. Neste caso, o Irã iria se tornar o herói do mundo islâmico. Se tal ataque fosse possível, isso, forçosamente, levaria Israel a destruir as instalações nucleares do Irã, do mesmo modo como fez com as da Síria, quando esta desenvolvia o seu programa nuclear.
Durante meses, através de um satélite, Israel seguiu um navio após o outro, quando estes aportavam na Síria, observando os comboios de caminhões, quando estes descarregavam seus carregamentos em um local secreto e deserto. Israel observava, pacientemente, a construção de uma instalação nuclear, disfarçada em “fábrica de cimento” e ridiculamente circundada pelo último modelo de radar e de mísseis russos de baixo alcance. A evidência foi apresentada ao Presidente George W. Bush, com fotos tiradas dentro da própria fábrica, bem como dos mísseis e radares protegendo a estranha “fábrica de cimento” (1). (Condoleeza Rice, cuja “Teologia da Substituição” a impede de ser verdadeira amiga de Israel, não foi consultada. O Departamento de Estado Americano tem sido, há muito, um inimigo de Israel).
Com a tácita aprovação do Presidente Bush, os aviões de Israel entraram e destruíram as instalações nucleares, junto com a proteção russa que a circundava. Como os aviões israelenses penetraram com estas sofisticadas armas de defesa? Os israelenses não compartilham este segredo com pessoa alguma, muito menos com o Departamento de Estado Americano.
Estes eventos atuais, bem como tantos outros, foram profetizados na Bíblia. Apesar de sua exatidão, os críticos negam sua relevância. Alguns afirmam ser ex-cristãos. Só podemos imaginar que tipo de cristãos eles foram, continuando nesta completa ignorância da Bíblia, conquanto pretendendo conhecê-la tão bem.
Gary Lenaire, por exemplo, afirma que “passou 15 anos na igreja… publicou nove álbuns de música contemporânea cristã, tendo sido nomeado para seis prêmios de música gospel… pregou o evangelho… no mundo inteiro [e] serviu como capelão voluntário no Departamento Militar” (2). Vejamos o que ele escreveu em seu “An Infidel Manifesto” (Um Manifesto Infiel):
“A profecia bíblica é talvez a mais poderosa ferramenta de engodo religioso… Vejamos as chamadas profecias [sic] na Escritura. O palavreado é tão generalizado que se poderia anexar cada evento e dizer: ‘vejam, isto é o cumprimento de uma profecia’. E, exatamente por isso, é que existem tantas pessoas, hoje em dia, dizendo que estão testemunhando profecias sendo cumpridas em nossa geração. A maioria das assim chamadas profecias jamais pretendeu… como profética, em primeiro lugar… as palavras são tão generalizadas que alguém poderia fazê-las significar quase tudo. Dêem uma olhada nelas, sem o dogma do seu pregador local” (3).
Isso é tão lamentável que chega a ser embaraçoso. Este “perito em profecia bíblica” demonstra apenas uma inescusável ignorância e preconceito. Ele diz: “assim chamadas profecias”. Conquanto algumas profecias sejam de difícil compreensão, existem centenas delas que têm sido cumpridas, literalmente, enquanto algumas ainda estão em processo de cumprimento. Ele diz também: “Alguém poderia fazê-las significar quase tudo”. A verdade é que elas são tão específicas que as declarações de Lenaire seriam ridículas, caso não estivessem influenciando tantas pessoas a se afastarem de Deus.
Vejamos algumas das numerosas profecias (de cerca de 600 a .C.), cuja especificação não pode ser negada: “Portanto, eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que nunca mais se dirá: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito. Mas: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, a qual dei a seus pais. “Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que nunca mais dirão: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito” (Jeremias 16:14-15).
“Mas: Vive o SENHOR, que fez subir, e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra” (Jeremias 23:7-8).
Observem os detalhes proféticos. Com o livramento da terra do Egito, predito no Livro de Êxodo, o qual era para os judeus, que o esperaram e aguardaram, cada ano, a celebração da Páscoa se tornou uma celebração do amor e do poder de Deus, um evento que iria empalidecer em importância nas suas mentes, caso fosse substituído por outro mais recente.
A profecia tem duas partes distintas: 1) uma confirmação de muitas profecias anteriores de que os judeus seriam levados cativos para “todas as nações” (Lucas 21:24); 2) Seu eventual livramento e regresso a Israel iria eclipsar da memória nacional o seu livramento do Egito. Pois é isto que tem acontecido.
A grande prova que a Bíblia oferece, constantemente, de sua veracidade é o fato de que Deus, através dos seus profetas, diz o que vai acontecer, séculos e até milênios, antecipadamente. Não existe argumento algum contra os detalhes e exatidão de qualquer uma das centenas de profecias bíblicas. Mesmo assim, Lenaire, comportando-se como um ateu, declara que a maioria das profecias foi tão generalizada que se poderia fazer com que elas significassem qualquer coisa. Mas isto não é verdade!
Lenaire está falando deliberadamente no sentido de desviar os seus leitores ou então está demonstrando uma abissal ignorância bíblica. A maior parte das profecias é, realmente, tão específica que ninguém poderia argumentar contra a sua significação.
Em Joel 3:2 (cerca de 800 a .C.), Deus declarou que chegaria um tempo em que a terra de Israel seria dividida:
“Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra”.
Isto é admirável! Em todos os seus 3.000 anos de história, a terra de Israel jamais havia sido dividida. Ela foi conquistada por várias nações; porém, mesmo quando os turcos a mantiveram como parte do Império Otomano, durante 400 anos, não a dividiram. Geralmente, um conquistador conservava intacta para si mesmo a terra conquistada. Por que dividi-la? Essa divisão aconteceu apenas em nosso tempo. A Grã Bretanha, que ficou encarregada da “Palestina” pelas forças aliadas, após a I Guerra Mundial, recebeu o mandato da Liga das Nações, para que esta terra continuasse como refúgio dos judeus, os quais haviam sido espalhados por toda parte.
Em vez de cumprir esse mandato, a Grã Bretanha entregou 75% da terra aos árabes muçulmanos, em troca do petróleo. Em 1947, a ONU, através da Resolução 181, cumprindo Joel 3:2, formalizou essa partilha. Isto agora é história. A Grã Bretanha e a ONU, sem o saber e de maneira infame, cumpriram Joel 3:2, repartindo a terra de Deus.
O próprio Cristo fez uma porção de profecias, antes de Sua crucificação e ascensão. Como tantos outros profetas hebreus, Cristo profetizou a dispersão dos judeus por todas as terras e a vinda da Grande Tribulação (Lucas 21:24-26). Também em Lucas 21:24 existe uma notável e muito específica profecia referente à própria Jerusalém:
“E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem”.
Quando iria acontecer a profecia de Jerusalém ser pisada pelos gentios?
De fato, isto tem acontecido, tendo começado com a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor (2 Reis 24:10-11), em 587- 586 a .C. Esta profecia nos fala sobre o que Cristo chamou “tempos dos gentios”.
Como sempre tem acontecido, a existência da ONU desempenhou um papel fundamental. Em parcial cumprimento da profecia de Cristo, uma parte vital da Resolução 181 da ONU foi a declaração de que Jerusalém seria um “corpus separatus”, nunca parte de Israel e nunca sob o controle dos judeus.
Considerem quão específica é a profecia de Zacarias 12:2-3:
“Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela todo o povo da terra”.
Dois grupos são aqui distinguidos pelo profeta: “todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém”. Estes grupos serão identificados por duas profecias distintas. Ao primeiro grupo Jerusalém será “um copo de tremor” e ao segundo, “uma pedra pesada”. O primeiro grupo é também identificado como estando “unido em um cerco” contra Jerusalém e o segundo como “se unindo contra ela”.
Por que seria Israel [ou Jerusalém] “um copo de tremor” para os seus vizinhos? Como já antes mostramos, Israel é o primeiro poder militar do mundo e poderia aniquilar, rapidamente, os seus vizinhos árabes; porém, tem evitado agir desse modo. Quanto a ser uma “pedra pesada”, como será possível mostrar o cumprimento desta profecia específica a não ser pelo fato de que, a partir de 1967-1989, dentre as 865 resoluções do Concelho de Segurança e Assembléia Geral da ONU, 526 foram contra Israel.
Como já mostramos, esta foi a primeira vez que Israel foi dividida. Agora, vemos, também, pela primeira vez, que todas as nações ao redor de Israel têm se unido, num objetivo comum. Tradicionalmente, estas nações tinham sido inimigas. O que as tem unido hoje? Elas são todas muçulmanas e o Islã (que nem existia no tempo da profecia) é que as tem unido no desejo de destruir Israel.
Para que todas as nações estejam unidas contra Israel deveria existir uma organização englobando “todas as nações”. A ONU começou a existir em 1945, exatamente a tempo de se tornar um meio de cumprir a profecia.
Esta profecia de 2.500 anos é tão específica em seus detalhes como na fluidez de sua exatidão.
Outra profecia admirável é a que se refere ao anti-semitismo. Não existe qualquer explicação racional para que um ódio tão implacável [N.T.: contra os judeus] tenha persistido por milhares de anos. O que alimenta esta obsessão é a determinação de exterminar os judeus. Nenhum outro povo do mundo tem sido alvo do ódio por tanto tempo. Na obra “The Secret War Against the Jews”, Mark Aarons e John Loftus escrevem:
“Durante mais de 20 séculos [os judeus] têm… sido perseguidos, desarraigados e aniquilados. [Sim], muitos [outros] grupos têm sofrido gravemente nas mãos dos tiranos, mas existe uma crucial diferença…
Em cada um destes casos o genocídio foi dirigido e com um propósito mais profundo – conquista de território, aquisição de riqueza, aumento de poder político… Por outro lado, o genocídio do povo judeu não foi … executado a fim de realizar um propósito mais específico. É isto que torna único o holocausto nazista” (4).
Sim, muitos grupos de pessoas têm sofrido bastante. Os muçulmanos dizimaram mais de um bilhão de armênios, bem como um milhão de outros povos, através da história. Milhares de negros foram transportados da África para se tornarem escravos, num comércio iniciado pelos árabes e assistido pelos africanos. Contudo, a citação supra não indica que houvesse a intenção de exterminar esse povo, conforme tem sido (e continua sendo) o objetivo dos muçulmanos em relação aos judeus.
Inacreditavelmente, persiste a mentira dos líderes políticos e religiosos, bem como dos papas recentes, dos ex-líderes, do ex-presidente Bush, do Primeiro Ministro Tony Blair, e agora do presidente Obama, de que o Islã é uma religião de paz, o qual tem sido injustiçado pelos críticos. A verdade é que os muçulmanos têm assassinado milhões, em seu persistente desejo de dominar o mundo, cometendo assassinatos que prosseguem até o dia de hoje, na Indonésia, Sudão, Nigéria e em toda parte [N.T.: Será que o mundo inteiro vai continuar na cegueira de não se dar conta disto?].
Ao contrário do persistente louvor ao Irã, como sendo uma “força de paz no mundo”, Israel, que jamais propalou verbalmente ameaça alguma contra outras nações e tem agido apenas em defesa própria, tem sido constantemente acusada pela ONU de agressão contra os seus vizinhos “inocentes”.
As profecias bíblicas cumpridas permanecem como uma prova inegável de que o Deus da Bíblia existe. Além disso, estas muitas profecias, das quais, se Deus permitir, teremos mais a falar, no próximo mês, permanecem como uma admoestação ao mundo sobre o julgamento vindouro. Também devemos rever as profecias de bênçãos para todos os que consideram a Palavra de Deus com respeito a Israel.
Bibliografia:
1.http://www.nysun.com/foreign/israel-north-korea-helped-syria-build-nuclear/64545/;also http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/09/20/AR2007092002701.html.
2. Gary Lenaire, An Infidel Manifesto: why sincere believers lose faith ( Baltimore : PublishAmerica, 2006), back cover.
3. Lenaire, Infidel,120-21.
4. John Loftus and Mark Aarons, The Secret War Against the Jews: How Western Espionage Betrayed the Jewish People (New York: St. Martin’s Press, 1994).
TBC, Maio 2009 – Israel and Prophetic Proof – Part I Dave Hunt
Traduzido por Mary Schultze, em 03/06/2009.