A palavra hebraica sheol, traduzida em algumas versões como inferno, ou transliterada como Seol (R-IBB) ou Xeol (BJ), é traduzida também como “sepultura” (como na ARA, na EC e na SBTB) ou “cova”. Ela significa apenas “o mundo invisível” e pode referir-se tanto à sepultura, onde o corpo fica fora da visão depois do enterro, como ao mundo espiritual, que é invisível aos olhos mortais.
No AT, sheol é usada freqüentemente significando sepultura, já que indica o lugar para onde “ossos” (SI 141:7) e “cãs” (Gn 42:38) vão após a morte. Até mesmo a ressurreição do corpo de Jesus é dita como sendo do “hades” [inferno] (isto é, da sepultura) (At 2:30-31, R-IBB), onde sua carne não viu a corrupção.
Conquanto possa haver no AT algumas alusões ao “inferno” como um mundo espiritual (cf. Pv 9:18; Is 14:9, R-IBB), o “inferno” (em grego: hades) é descrito claramente no NT como um lugar de espíritos que já partiram (almas). Anjos lá estão (2 Pe 2:4), e eles não têm corpos. Seres humanos que não se arrependeram estão lá em conscientes tormentos após sua morte, e os seus corpos estão enterrados (Lc 16:22-25).
No fim aqueles que estiverem no inferno serão lançados no lago de fogo com o diabo, onde “serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Ap 20:10,14-15). Jesus falou muitas vezes do inferno como sendo um lugar de tormentos conscientes e eternos (cf. Mt 10:28; 11:23; 18:9; 23:15; Mc 9:43,45,47; Lc 12:5; 16:23).
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