Quando Cristo instituiu sua igreja, Ele tinha em mente um organismo vivo, um corpo que seria o Seu Corpo, formado por todos nós que somos os membros, sendo Ele próprio a Cabeça. Esse corpo foi criado à sua imagem e semelhança, com o objetivo de se desenvolver, atingir a maturidade e chegar à “estatura de varão perfeito, à medida da plenitude de Cristo…” (Efésios 4:13).
Como organismo é que a igreja local nasce, cresce e se multiplica em outras igrejas, assim como uma célula fecundada se transforma em embrião, em feto e depois em recém-nascido pronto para encarar a vida.
Como organismo, cada membro é um discípulo que gera outros discípulos, cada um fazendo a sua parte, seja pregando, ensinando, acompanhando, exortando, orando e corrigindo quando necessário.
Como organismo é que existe comunhão e relacionamento entre os membros, exigindo mutualidade de sentimentos e atitudes. É assim que os membros devem amar uns aos outros, suportar uns aos outros, levar as cargas uns dos outros, ajudar uns aos outros, enfim edificar uns aos outros, pois nesse corpo somos membros uns dos outros.
Como organismo, a igreja é a noiva, a lavoura e o edifício santo.
A igreja primitiva retratada em Atos 2-6 é o exemplo perfeito de um organismo vivo. Os irmãos socorriam os mais necessitados, repartindo bens e alimentos, ninguém considerando como seu aquilo que possuísse. É pena que aquele modelo não se perpetuou através dos tempos, mas foi imprescindível para aquela época e ficou registrado para as futuras gerações.
Mas a igreja também é uma organização, uma vez que, perante a lei dos homens tem que ser organizada em pessoa jurídica, com estatutos, sede, diretoria e outras exigências legais. Tem uma denominação, patrimônio, regimento interno e existência física.
Como organização é visível, local, humana, imperfeita (tem defeitos, problemas e pode até cometer erros), é temporária (pode vir a desaparecer).
Como organismo é invisível, universal, divina, perfeita (sem ruga, sem mácula) e nunca poderá desaparecer nem ser vencida pelas portas do inferno. Só desaparecerá da face da Terra quando for arrebatada na volta de Cristo.
Alguns pensam que o aspecto organizacional é um mal necessário. Na realidade, é uma condição sine qua non para existir e sobreviver no contexto onde está inserida. Por outro lado, Jesus não fundou sua igreja para ser um império político-financeiro, com poder temporal. Não estava em seus planos que um líder cristão se transformasse em chefe político, magnata gospel ou missionário milionário, como alguns pastores, nossos conhecidos, que até figuram na lista dos 10 mais da Forbes.
Mas é como organismo que Jesus deseja que sua igreja se destaque. Lá no céu não haverá organizações, denominações, templos, nem eleição de diretoria. Somente uma família na festa das bodas do Cordeiro.
Pedro Carbone Filho – Profº Seminário CACP
Obrigado pelo belo estudo.
Deus vos abençoe em Nome daquEle que Vive e Reina pra todo o sempre, amem!
Glória à Deus!
Bem esclarecedor???