Ideologia de gênero

A homossexualidade é definida como: atração erótica e/ou “afetiva” de conotação sexual por indivíduos do mesmo sexo.

Temos ainda a necessidade de definir duas questões fundamentais sobre a identidade sexual humana. A primeira é a chamada “identidade de gênero” (a forma como nos identificamos como homens e mulheres), e a segunda “orientação sexual” (a forma como nos relacionamos sexualmente (desejo, atração, prática etc.).

 

  1. Origens & Possíveis Causas do Homossexualismo

Esta talvez seja uma das questões mais polêmicas que envolvem os supostos fatores responsáveis por gerar um comportamento homossexual, pois há mais de um século que se TEORIZA sobre as possíveis causas do comportamento homossexual entre seres humanos. Entre as possíveis causas defendidas por profissionais de várias áreas das ciências (psicologia, psiquiatria, biologia, genética), ainda não se tem um único fator que possa ser considerado como originador do comportamento homossexual em toda a sua totalidade. As possíveis causas aceitáveis por teóricos do comportamento humano se dividem em dois fatores: Naturais (antecedentes biológicos), e “nutricionais” (meio ambiente e fatores psicológicos). Entre as principais causas destacadas estão:

2.1. Algum possível tipo de variação genética;

2.2. Exposição de hormônios durante a gestação;

2.3. Suposta diferenças na estrutura cerebral;

2.4. Abuso sexual na infância;

2.5. Ausência de afeto paterno na infância;

2.6. Influência de um forte caráter dominador feminino na infância;

2.7. Uma personalidade introspectiva somado a mais dois fatores anteriormente mencionado (2.3; 2.4).

(*) Apesar de todas as questões de busca de uma causa genética para explicar a suposta “orientação sexual” humana, ainda não se descobriu algum fator genético que explique por si mesmo qualquer tipo de homossexualidade. Por exemplo, apesar de gêmeos idênticos possuírem o mesmo código genético, se um apresentar um comportamento homossexual necessariamente o outro deveria também ser homossexual. Mas isso não ocorre, sendo que apenas 11% dos homens e 14% das mulheres (outras estatísticas apontam para 7,7% dos homens e 5,3% das mulheres) que são gêmeos de homossexuais possuem o mesmo comportamento.

 

  1. Definindo grupos:

Existem grupo diferenciados que tratam com o fator da sexualidade, e todas as variações de comportamento sexual humano, as definindo como:

3.1. Homossexuais (pessoas que possuem atração sexual por alguém do mesmo sexo);

 

3.2. Transexuais (pessoas que não se identificam sexualmente com o próprio corpo alterando-o fisicamente);

3.4. Intersexuais (pessoas que possuem indefinição dos órgãos sexuais por algum problema de má formação genética);

3.5. Travestis (pessoas que se relacionam sexualmente com pessoas do mesmo sexo, mas travestindo-se como do sexo oposto).

 

  1. Respostas aos principais questionamentos sobre a legitimidade do comportamento homossexual
  2. 1. Pressupostos Biológicos

4.1.1. Pessoas nascem homossexuais?

Em 1991 o Dr. LeVay, um neurologista da Califórnia, afirmou que a partir da pesquisa realizada com 41 cadáveres, levando-se em conta o tamanho dos neurônios encontrados na região do hipotálamo anterior (NIHA3) de cada um, o fez acreditar que, como alguns cadáveres de supostos homossexuais possuíam neurônios menores naquela região, isto seria um fator determinante para a sua homossexualidade inata.

O fato é que as pesquisas realizadas pelo Dr. LeVay destruíram a suposta conclusão que alguns disseram ter ele chegado. Existiam dentre os supostos homossexuais alguns com neurônios maiores aos supostos heterossexuais, o que lançou por terra a fantasiosa ideia de os homossexuais terem neurônios menores na região do hipotálamo, e ser essa a tal prova de sua “homossexualidade inata”. O Dr. LeVay afirmou que, de fato, a imprensa popular tinha distorcido as suas informações (Homosexuals brains, Family Research Report, Junho/Setembro, 1991). Nenhuma pesquisa científica até hoje provou que aquela região específica do cérebro seja de alguma forma responsável por algum fator determinante em nossa sexualidade. Apesar dos esforços de muitos pesquisadores favoráveis ao movimento homossexual, até hoje não se conseguiu provar a homossexualidade de um indivíduo relacionada com o seu nascimento.

Estudos como os realizados por Robert Leopold Spitzer, um dos mais conceituados psicólogos e psiquiatra do século 20, têm demonstrado que terapias de reorientação são possíveis, e que um grande número de pessoas que buscavam tais tratamentos estavam extremamente insatisfeitos, por considerarem o relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo emocionalmente insatisfatório (85% dos homens e 70% das mulheres ). O mais interessante é que o próprio Spitzer foi convencido, após suas pesquisas com 200 pessoas (143 homens e 57 mulheres), que haviam participado de terapias de reorientação mediada por instituições de natureza religiosa, de que de fato uma reorientação é possível. Devemos lembrar que ele foi um dos primeiros proponentes da retirada da homossexualidade da lista de transtornos ou doenças do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. E que mesmo após o término de suas pesquisas continuou sendo favorável ao movimento gay.

Apesar de sua neutralidade profissional na pesquisa, ele foi perseguido por aceitar a possibilidade real de haver reorientação sexual, sendo acusado inclusive de violar o código de Nuremberg, por supostamente gerar sofrimento mental (psicológico) a gays e lésbicas com suas declarações (JONES; YARHOUSE, 2007, p. 92).

Como apenas uma única mudança de comportamento (reorientação) já seria suficiente para destruir toda a teoria da hereditariedade no homossexualismo, sabemos que essa teoria é apenas uma grande farsa.

 

4.1.2. A homossexualidade não é comum a outras espécies animais?

Se formos estabelecer certos conceitos de relação e vida com base no comportamento dos animais, estaremos destruindo muitos princípios eticamente corretos e estabelecidos em nossas mentes como justos. Alguns animais disputam uma parceira através da luta até a morte, matam uns aos outros na tentativa de estabelecerem um novo líder do grupo, praticam o canibalismo, devoram os filhotes, não vivem em núcleos familiares definidos e praticam o incesto. Deveríamos classificar todos estes comportamentos como corretos por serem “naturais” entre algumas espécies animais? Além disso, existem espécies que não toleram o homossexualismo, chegando a agredir os que demonstram este tipo de comportamento (o veado de rabo branco, por exemplo). Deveríamos também defender a homofobia (aversão doentia e psicótica ao homossexualismo) com base neste tipo de comportamento animal? Do ponto de vista da quantidade de espécies que possuem tal comportamento, podemos afirmar que o mesmo é extremamente “raro” entre as espécies animais. A soma de todos os vertebrados que demonstram qualquer tipo de comportamento homossexual não passa de trezentos segundo, o biólogo canadense e pesquisador na área de comportamento animal, Bruce Bagemihl (OLIVEIRA, 2013, p.106).

A Bíblia afirma que toda a natureza está degradada, em conflito e aguardando por sua transformação, sendo restaurada somente no futuro pelo próprio Deus (Rm 8.19-22). Isto em parte é a razão de vários tipos de comportamentos “desnaturais” entre algumas espécies, que somente no futuro serão restabelecidas de acordo com o plano inicial de Deus (Is 11.6-8).

 

4.1.3. Pesquisas biológicas demonstraram alguma relação entre homossexualidade e genética?

George Ebers, da Universidade Western, Ontário, estudou 52 pares de irmãos homossexuais e não conseguiu achar nenhum tipo de vínculo existente entre o homossexualismo e o cromossomo X ou outro. Além disso, o mesmo pesquisador fez um trabalho com quatrocentas famílias com um ou mais homossexuais e não descobriu nenhum vínculo entre o homossexualismo e alguma questão genética (Scientific American, Novembro de 1995, p.26).

O livro “Nascido Gay?” do geneticista John S. H. Tay, demonstra uma lista das pesquisas realizadas entre 1991-2009 na tentativa de analisar quais possíveis fatores genéticos ou ambientais seriam responsáveis, ou influenciariam o comportamento homossexual, e tais pesquisas, apesar do seu rigor científico e sua publicação nos melhores jornais e periódicos sobre o tema, apontam para o fato de que fatores genéticos não são suficientes para explicar a homossexualidade. Até o presente momento a teoria da homossexualidade como tendo uma origem genética, tem sido mais um mito do que uma verdade científica.

 

4.2. Pressupostos Psicossociais

4.2.1. Dez por cento da população mundial são homossexuais?

Não existe nenhuma pesquisa científica que comprove que 10% da população do mundo são homossexuais. O que tem havido é uma falsa informação difundida pelo movimento pró-homossexual para fortalecer a sua causa (a porcentagem mais plausível é algo entre 1% a 2% da população mundial).

Em 1948, o pesquisador Alfred Kinsey publicou o resultado de seus estudos. Dos 5.300 homens americanos participantes de sua pesquisa, 10% tinham tido algum tipo de relacionamento homossexual por pelo menos três anos. A afirmação foi distorcida e começaram a declarar que um pesquisador havia “provado” que 10% da população mundial eram homossexuais.

O pesquisador Alfred Kinsey nunca declarou que 10% da população mundial fossem homossexuais, mas que 10% do grupo pesquisado já tinha tido algum tipo de relacionamento homossexual em certo período, não durante toda a sua vida. Além do mais, a Dra. Judith Reisman, que escreveu a mais contundente obra sobre as pesquisas de Alfred Kinsey, conseguiu desacreditá-lo, pois demonstrou algo que ele não fez questão de deixar claro por ocasião de sua pesquisa, a saber: que 25% dos homens pesquisados por ele eram criminosos sexuais, dos quais muitos estavam presos por práticas homossexuais (na década de 1940, pessoas poderiam ser presas nos EUA por conduta homossexual). Além disso hoje se sabe que Alfred Kinsey adulterou grande parte de todas as informações de suas pesquisas, e inclusive praticou e incentivou a pedofilia entre a sua equipe de “pesquisadores”, torturando sexualmente muitas crianças (pré-adolescentes). Este foi o homem que “revolucionou” o comportamento sexual estadunidense e ainda é celebrado por muitos ativistas gays como um dos mais importante personagens da revolução sexual do século 20 (REISMAN, 2010, pp. 24-34)!

 

4.2.2. A homossexualidade é uma questão de opção sexual?

Não podemos encarar o homossexualismo como apenas uma simples questão de “preferência” ou “opção” sexual. A grande maioria das pessoas homossexuais afirma que não o desejaram ser. Se alguém possui um tipo de comportamento que ela própria afirma que não desejaria ter, podemos afirmar que isto é opcional (no mínimo tal prática deveria ser vista como algum tipo de vício escravizador?). Como vários movimentos pró-homossexualismo afirmam que uma pessoa nasce homossexual, quando defendem que o homossexualismo é opcional? Você já viu alguém dizer que nasceu com a pele branca por sua própria opção? Impossível. O grande paradigma do movimento ativista gay é resolver o enorme problema entre reconhecer a homossexualidade como algo “opcional” (quando muitos homossexuais dizem desejar abandonar tal prática e não a conseguem), e defender que pessoas nascem homossexuais (o que derrubaria a tese do comportamento opcional). Na verdade existe uma confusa discussão sobre o que de fato é tal comportamento para a própria comunidade gay.

As Escrituras Sagradas confirmam este tipo de comportamento como uma atitude pecaminosa desenfreada (Rm 1.24-29), pois toda a raça humana está sob o domínio do pecado (Rm 7.19-24).

 

4.2.3. É possível alguém abandonar a prática da homossexualidade?

Não se pode afirmar que um homossexual não possa mudar o seu comportamento para a heterossexualidade. Um Instituto que fez uma pesquisa sobre a orientação sexual nos Estados Unidos (Instituto Kinsey), em 1970, afirmou que 84% dos homossexuais estudados na pesquisa tinham mudado a sua orientação sexual pelo menos uma vez. 32% registraram duas trocas e 13% afirmaram sua mudança de comportamento sexual (Psychoanalytic theory, male and female homosexuality: psychological approache [Teoria psicanalítica, homossexualismo masculino e feminino: abordagem psicológica], 1987, p.84-86).

Uma obra publicada em 2007 (Ex-gay? – A Longitudinal Study of Religiously Mediated Change in Sexual Orientation) aponta dados muito promissores acerca da possibilidade de mudanças substanciais de comportamento sexual por parte de homossexuais que fizeram parte do tratamento proposto pelos psicoterapeutas (terapia de reorientação), derrubando o mito de que tratamentos de cunho religioso não auxiliam na mudança de orientação sexual, e que podem ser inclusive prejudiciais psicologicamente. A pesquisa de Stanton L. Jones e Mark A. Yarhouse demonstra que tais métodos terapêuticos são possíveis, bem sucedidos, e não trazem sequelas psicológicas aos homossexuais. Os dados são promissores: 38% abandonaram a prática da homossexualidade (esse número inclui tanto os que se consideram totalmente reorientados [15%] como os que possuem ainda algum tipo de pensamento eventual sobre homossexualidade, o que não os têm levado a prática [23%]; 29% desejaram continuar com o tratamento por perceberem uma diminuição na atração homossexual; 15% não experimentaram qualquer mudança comportamental, mas não desistiram do tratamento; 4% pararam  o tratamento, mas não se reconhecem mais como possuidores de uma “identidade gay”; e apenas 8% voltaram à prática homossexual, assumindo uma “identidade gay” (p. 369).

O grande problema com relação à possibilidade de haver ou não “terapias de reorientação” repousa sobre a filosofia prevalecente do “essencialismo” entre os psicólogos, que afirma que pessoas são homossexuais, assim como existem heterossexuais, não sendo portanto a sua condição uma questão de estado, mas de natureza (o indivíduo não está gay, mas é gay). A rejeição a qualquer tipo de terapia psicológica com homossexuais repousa apenas sobre uma filosofia seguida por grande parte dos psicólogos modernos, e não sobre dados empíricos (experimentais) que deveriam prevalecer quando se procura estabelecer algum tipo de parâmetro para qualquer tipo de teoria comportamental.

A seriedade da pesquisa de Jones e Yarhouse é demonstrada ao reconhecerem a dificuldade do abandono da prática homossexual nos seguintes termos: “Não há indicação que tal mudança seja fácil (de fato há numerosas indicações de que o processo de mudança é consideravelmente desafiador), ou que uma alta porcentagem de indivíduos consiga a mudança. Também não há indicação de que a mudança ou modificação da orientação sexual é possível para todos os que buscam tal mudança. Mas também não existe nenhuma evidência empírica [experimental] positiva de qualquer natureza de que a mudança é impossível” (p.94). Portanto não se tenta banalizar a grande luta enfrentada por aqueles que desejam vencer a homossexualidade. Porém a Bíblia também é enfática ao afirma de forma clara ser este tipo de mudança possível. Pois a igreja de Corinto possuía também ex-gays (1Co 6.9-11).

 

4.3. Pressupostos Histórico-sociais

4.3.1. A homossexualidade era uma prática comum na Grécia antiga e em Roma?

Gostaria de antes de responder a esse que é um dos maiores equívocos frequentemente defendidos pelos ativistas do “estilo gay”. Principalmente no meio acadêmico, onde profissionais mal informados declaram que o cristianismo é o responsável pela “diabolização” da conduta homossexual no mundo ocidental. Demonstrar sobre esse pressuposto, baseado na visão unilateral dos fatos, que a conduta homossexual era completamente tolerada nas culturas antigas mais desenvolvidas é um erro grosseiro. Em defesa desse erro, o psicólogo e psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli   , em seu artigo na Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, declarou: “Ao sustentar a existência de uma “sexualidade natural” no ser humano, o imaginário judaico-cristão dominante no Ocidente cristalizou e isolou as expressões da sexualidade, como se tais manifestações possuíssem realidades concretas. O passo seguinte foi a criação de nomenclaturas para descrever, classificar e etiquetar as práticas sexuais. Foi também em referência à sexualidade natural que surgiu a noção de normal, que como toda norma, é um construto teórico, logo ideológico, tributário do imaginário sociocultural no qual ela emerge. A partir daí, toda forma de sexualidade que não se encaixe nesse imaginário é tida como desviante ou patológica (Ceccarelli, 2000).

A afirmação de que a sociedade grega, e também a romana, eram completamente tolerantes e acolhiam a prática homossexual, como se acolhe naturalmente a heterossexualidade em nossa cultura, é um grande mito usado por vários intelectuais gays ou defensores do mito da “plena liberdade sexual”, para produzir a falsa impressão de que tal rejeição só surgiu a partir da influência da moralidade judaico-cristã no ocidente cristianizado. Ou seja, o grande culpado da rejeição da homossexualidade, como vivida em sociedades avançadas intelectualmente, foi o cristianismo, que impôs sua rígida moralidade religiosa negando todo tipo de moralidade que não fosse a sua.

O professor de obras clássicas da Universidade do Texas , e pesquisador de todas as mais relevantes obras primárias que mencionam a homossexualidade a partir de textos gregos e romanos (a pesquisa abrange todas as obras desde o 7º século a.C. até o 4º século d.C.), Thomas K. Hubbard, desfaz esse mito ao declarar: “O comportamento sexual na Grécia e em Roma era irredutível a qualquer paradigma único, julgamentos morais acerca dos vários tipos de relação entre pessoas do mesmo sexo não era uniforme. A noção muito difundida, de que uma “aceitação geral” da homossexualidade era prevalecente, é um excesso de simplificação de uma complexa mistura de pontos de vista acerca da extensão de diferentes práticas, como é um dogma a declaração de que um detalhado regime de protocolos e convenções distinguiam o comportamento homossexual “aceitável” do “não aceitável”. Havia de fato não mais consenso acerca da homossexualidade na antiga Grécia e Roma do que há atualmente. Nestas culturas de discursos profundamente orientados, como em nossa própria, dissidência sexual era um ponto de inflamação de disputas ideológicas. Embora não haja dúvida de que injúrias de forma cômica mantinham [como tema], em sua maior parte, desprezo aos efeminados e ou aos parceiros sexuais passivos, adultos efeminados eram apenas vistos como a manifestação de uma instituição (pederastia) que, até quando praticado de um modo “normativo”, feminilizava, prostituia e corrompia adolescentes que eram um dia destinados a tornar-se os líderes da cidade… Portanto, ativos jovens amantes eram em si mesmo alvo de sátira tão [frequentemente] como um homem que possui um papel passivo [numa relação homossexual]… Até o envolvimento pederástico, se ativo ou passivo, que não envolvia prostituição, prejudicaria um julgamento contra um oponente, e [estes comportamentos] eram trazidos à tona até quando eram irrelevantes ao caso. …A oratória romana, em contrapartida com os gregos, se expressa a uma audiência que é geralmente hostil a toda forma de homossexualidade, tanto ativa quanto passiva. Apesar das expressões libertárias de alguns antigos estoicos, a filosofia Estoica dos romanos era profundamente negativa acerca de qualquer forma de sexo que pudesse ser considerada “contra a natureza”, a objeção filosófica estoicas [a homossexualidade] vai até as fontes do período grego…. Autores masculinos, desde o período helenístico passando por [todo] o período romano, na imensa maioria das vezes possuem uma extrema hostilidade para com o homoerotismo feminino, vendo-o como a pior perversão da ordem natural. A estória de Ovídio sobre Iphis e Ianthes trata de forma favorável a atração entre garotas, mas nega a possibilidade de um verdadeiro relacionamento lesbiano por transformar uma das garotas num garoto, no final” (HUBBARD, 2003, pp.7-10,17). Portanto, à luz das fontes primárias greco-romanas, os fatos são contrários às afirmações dos defensores da homossexualidade como uma prática aceitável nestas culturas antigas.

Além disso, se os gregos tiveram grande influência na formação cultural do mundo ocidental, devemos nos lembrar que o segundo pilar desta mesma formação social foi o pensamento judaico-cristão, que enfaticamente é contrário a tal comportamento sexual (Lv 18.22; 20.13; Rm 1.26-27). Por que a sociedade grega deveria ser o padrão comportamental a ser seguido pelas sociedades modernas do século 21 e não a judaico-cristã?

 

4.4. Pressupostos ideológicos

4.4.1. Usar a expressão “homossexualismo” é uma forma de identificar o comportamento gay como algo patológico?

Esta tentativa de desvincular a prática da homossexualidade a qualquer possível patologia mental, ou comportamental, é relativamente nova, pois a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou o homossexualismo da lista de doenças, ou distúrbios mentais somente em 1990. A partir daí, o ativismo homossexual tem revisado e criado novos termos para redefinir, segundo eles, tal comportamento.

Criar qualquer tipo de debate em torno do uso do sufixo “ismo”, como pretendem os ativistas gays, se mostra totalmente infundado gramaticalmente, e na verdade demonstra um grande desespero de tentar colocar a grande maioria do público, que não compreende estas questões, contra aqueles que os chamam de homossexuais, como se o termo fosse uma prova de que tais pessoas são preconceituosas e consideram os gays como doentes mentais, ou possuidores de algum distúrbio psíquico. Portanto, o que está por trás de tais debates é apenas a manipulação das pessoas em prol do movimento gay.

O sufixo “ismo” possui amplo significado em nosso idioma português (doutrina, escola, teoria [filosófica, política, religiosa], ação, conduta, hábito, qualidade característica), não possuindo apenas o sentido de patologia como defendem tais ativistas. Os termos esoterismo, budismo, patriotismo e lirismo fazem referência a alguma patologia em nosso idioma? As palavras desonestidade, calamidade, crueldade não possuem conotações negativas em nosso idioma? Isso então demonstraria algum tipo de preconceito para com aqueles que praticam a “homossexualidade”?

 

4.4.2. Todos os críticos do comportamento homossexual são homofóbicos?

As chamadas “fobias” não são caracterizadas por um simples ato de reprovação à determinada conduta. Reprovar o comportamento de um usuário de drogas não faz daquele que reprova tal ato um portador de alguma fobia. Segundo o dicionário Aurélio, “fobia” é um “medo mórbido”, uma “aversão”. Se todas as pessoas contrárias ao homossexualismo fossem “homofóbicas”, elas deveriam se comportar diante de um homossexual dentro das características definidas por fobia, mas isso não ocorre. Devemos, sem dúvida, respeitar a todas as pessoas, não por serem ou não homossexuais, mas porque Jesus nos ensinou a amar ao nosso próximo como a nós mesmos (Mt 22.39), todavia esse amor demonstrado não implica em concordar com todos os atos de quem amamos, pois nem o próprio Jesus Cristo, o nosso padrão de conduta e modelo, deixou de reprovar de forma dura os atos de muitos (Mt 23.13-36).

Toda “fobia” é reconhecida como sendo algum tipo de transtorno ou distúrbio psicológico, que necessita de tratamento médico especializado, para que haja um auxílio na conversão do comportamento do paciente, gerando superação da fobia e a cura de tal transtorno. Por que muitos homossexuais acusam os críticos do estilo e comportamento gay de “doentes” (homofobia como todo tipo de fobia é um transtorno psicológico) quando eles mesmos não admitem que a homossexualidade seja algum tipo de transtorno comportamental? Podemos perceber a grande farsa estabelecida em nossa sociedade com relação a esta questão, quando tentam calar os críticos rotulando-os de “doentes”, mas não aceitando o mesmo rotulo que dão. Os críticos do comportamento gay geralmente são os mesmos críticos de outros comportamentos sexuais como: adultério, pedofilia, zoofilia, estupro etc. O que faria da homossexualidade um comportamento tão intocável, se TODOS os outros comportamentos sexuais são criticados, sem nenhuma objeção?

O movimento pró-homossexualidade tem feito aplicação distorcida e errônea da terminologia “homofobia”, simplesmente para intimidar os que não concordam com a prática homossexual e iludir o público em geral, que frequentemente não está familiarizado com o significado de tais terminologias.

Pr. Paulo Sérgio Rodrigues Batista

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