I Pedro 3.18 – Uma análise

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Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus.” E ainda: “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados” (lPe 2.24). Esses e muitos outros textos da Escritura (v. 2Co 5.21) indicam uma expiação substitutiva (v. Is 53). Todavia, muitos advogados da expiação limitada insistem em que, se Cristo substituiu todos, todos tem de ser salvos. Visto que, naturalmente, todos os calvinistas creem que somente alguns, e não todos, serão salvos, segue-se que, para os calvinistas extremados, Cristo deve ter morrido unicamente pelos eleitos. Eles frequentemente apontam para a obra de John McCleod Campbell, The Nature ofthe Atonement [A Natureza da Expiação] (1856), como demonstração da incompatibilidade da expiação universal com a expiação substitutiva.

 

Resposta

A primeira coisa a ser observada e que essa objeção e uma forma de discurso especial de defesa, baseada numa concepção diferente de substituição.

Naturalmente, se a substituição é automática, cada pessoa de quem Cristo é substituto automaticamente será salva. Mas a substituição não precisa ser automática; uma penalidade pode ser paga sem que seja automaticamente efetivada. Aqueles, iguais a mim, que aceitam a expiação substitutiva, mas rejeitam a expiação limitada simplesmente creem que o pagamento que Cristo fez pelos pecados de toda a humanidade não a salva automaticamente; apenas a tornou passível de ser salva.

Ela não aplicou automaticamente a graça salvadora de Deus à vida das pessoas; apenas satisfez a Deus, tornando-o favorável (propicio) a eles (lJo 2.2), a espera da fé da parte deles para poderem receber a salvação como dom incondicional de Deus, o que foi tornado possível pela expiação de Cristo.

Extraído do livro “Eleitos, mas Livres” – Editora Vida – P. 98

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