CRISTÃO, CUIDADO – HALLOWEEN: ESSA FESTA NÃO É NOSSA!
Apesar de não ser uma data originalmente brasileira, o dia 31 de outubro vem sendo comemorado em nosso país. O que muitos desconhecem é que essa proposta de diversão esconde origens nebulosas, baseadas no ocultismo e em crenças demoníacas. Neste texto você vai conhecer um pouco da história e terá base para dizer NÃO ao Hallween.
“Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti” (Deuteronômio 18.10-13).
Durante muito tempo, os brasileiros sabiam da existência do Halloween por meio de filmes americanos. A cena mais comum era a de crianças e jovens fantasiados, dedicando o dia ao pedido de “gostosuras ou travessuras” pela vizinhança. Na tela de TV a data até parecia ter uma temática divertida. Mas da mesma maneira que os filmes escondiam a origem pagã dessa comemoração, hoje vivenciamos aqui no Brasil um incentivo sutil a essa cultura, que não revela o real significado dela.
ORIGEM
A primeira prática que remete ao Halloween, registrada na história, acontecia na Antiguidade entre o povo celta (2000 a.C e 400 d.C). O dia 31 de outubro era o último dia do calendário e por isso todos se reuniam para celebrar e preparar alimentos para o inverno que chegava. Eles também acreditavam que na véspera do ano novo os mortos vinham à terra buscar os humanos. Para afastar a maldição, os celtas se vestiam de trajes feitos de cabeça e pele de animais. Os sacrifícios de animais e humanos em fogueiras também eram praticados com o objetivo de agradar supostas divindades. Era o momento dos sacerdotes proferirem as previsões.
Esta tradição dos celtas foi levada para a Ásia e para o continente Europeu. Mais adiante, com o avanço do Cristianismo através da igreja católica, a comemoração pagã foi institucionalizada pelo Dia de Finados, no dia 2 de novembro. Mesmo assim, a Irlanda e a Escócia mantiveram a tradição do Halloween. Sendo os imigrantes Irlandeses os introdutores do Dia das Bruxas nos Estados Unidos em 1840.
Procurando demover os pagãos dessas superstições, a Igreja Católica fez mais uma tentativa, criou o Dia de Todos os Santos, em inglês “All Hallows Eve”, de onde se origina a palavra Halloween. Não obstante, como se pode observar claramente, essa festa propagou-se por todo o mundo ocidental, contaminando inclusive os evangélicos.
MODERNIDADE
Atualmente os Estados Unidos da América são os mais conhecidos pelas comemorações ao Halloween. Comumente, a data é mais destacada que outras festividades do ano americano. Por essa razão, há uma corrente de pensamento no Brasil que considera a introdução recente do Dia das Bruxas um processo de americanização da cultura nacional. Escolas de idiomas e clubes lideram o incentivo a essa prática entre os brasileiros. Dentro dessa temática, o comércio também decora as vitrines sombriamente, com destaque para o preto e roxo, que dão um tom fúnebre.
ALGUNS SÍMBOLOS
TRICK OR TREAT? É uma prática muito comum no Halloween americano, e ao pé da letra significa “Travessura ou Trato”. A frase é dita por crianças fantasiadas de monstros, que batem de porta em porta querendo receber doces como um trato. Caso contrário, estão prontas para executar a travessura, que pode ser um xingamento ou outras peraltices como estragar a grama, atirar ovos na casa. O que poucos sabem é que as crianças fantasiadas representam os espíritos malignos que visitavam o povo celta na antiguidade. Segundo aquela crença, era necessário deixar alimentos do lado de fora da casa para agradar esses demônios.
THE JACK O’LAHTERN: É como chamam a abóbora esculpida com uma face tenebrosa e iluminação interna. Na tradução para o português fica A Lanterna de Jack. Conta-se a história sobre o irlandês Jack, que gostava de aprontar com todo mundo, e chegou a enganar até o próprio Satanás. Quando Jack morreu, não foi permitida sua entrada no céu, nem no inferno. Satanás entregou a ele uma vela para iluminar seu caminho pela terra. Jack acendeu a vela e a colocou dentro de um nabo, fazendo uma lanterna para si. Quando os irlandeses chegaram aos Estados Unidos, encontram uma carência de nabos e uma abundância de abóboras. Para manter a tradição, durante o Halloween passaram a fazer uso de abóboras no lugar de nabos.
CONHECIMENTO
A Palavra de Deus mostra que o conhecimento é fundamental para que andemos corretamente. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Oseias 4.6).
Podemos considerar que conhecemos as origens nebulosas dessa data, que tem entrado sutilmente no mundo de crianças e jovens brasileiros. Cabe a nós a orientação para aqueles que nos cercam e a resistência a essa ação demoníaca. Porque o diabo veio senão para roubar, matar, destruir.
Débora Pedroso
Fonte: Jornal Oportunidades, nº 179, outubro de 2010.