Grupos islâmicos fuzilam acusado de crime em praça pública no Mali
Um jovem tuaregue acusado de assassinato, condenado conforme a aplicação estrita da “sharia” (lei islâmica) e fuzilado em praça pública nesta terça-feira na cidade de Tombuctu (Mali), relataram testemunhas. Grupos islâmicos extremistas armados, alguns ligados à rede terrorista Al Qaeda, controlam dois terços do território do Mali, principalmente o norte, desde abril passado.
Esses grupos tomaram conta de uma rebelião iniciada por separatistas tuaregues.
Um morador de Tombuctu, identificado como Yattara, garantiu à agência de notícias Efe que, nas últimas semanas, a situação piorou e a atitude “dos radicais se tornou mais cruel”.
Em 26 de setembro passado, o governo de Mali pediu ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução para autorizar a intervenção de uma força militar internacional no norte do país. O pedido estava contido na carta enviada pelo presidente do Mali, Dioncounda Traoré, ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, porém só foi oficializado numa reunião de alto nível na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Omar Hamaha, membro do Ansar al Din e próximo do movimento terrorista Monoteísta e pela Jihad na África Ocidental, disse à Efe que os “mujahedins [guerreiros santos] estão preparados para tudo”.
O governo do Mali e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) concordaram com um plano que inclui o envio de uma força militar desta organização regional antes da aprovação do Conselho de Segurança da ONU.
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Fonte: http://www1.folha.uol.com.br