Governo denigre TCU para evitar impeachment

Governo alega impedimento de relator e tenta adiar análise de contas no TCU

Brasilia,DF,Brasil 04.10.2015 Os ministros Luis Inacio Adams (Advocacia-Geral da Uniao) Nelson Barbosa (Planejamento) e Jose Eduardo Cardozo (Justica) concedem entrevista coletiva para falar sobre o julgamento das contas de Governo pelo Tribunal de Contas da Uniao. Foto: Alan Marques/Folhapress cod0619 *** Local Caption *** e
Luis Inácio Adams, Nelson Barbosa e José Eduardo Cardozo em entrevista sobre julgamento das contas

Sob ameaça de ter as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014 rejeitadas pela TCU (Tribunal de Contas da União), o governo decidiu reagir neste domingo (4) e colocar em suspeição a atuação do relator do caso, ministro Augusto Nardes, que propôs a recusa do balanço.

O Planalto acusa o relator de ter agido com parcialidade no processo e vai pedir que o plenário do TCU avalie se o relator não deveria ser impedido de analisar o caso.

O questionamento será feito na Corregedoria do tribunal nesta segunda (5) e pode levar a mais um adiamento da sessão que analisará o processo. Se o TCU negar a suspeição do ministro, o Planalto deve ir à Justiça, eventualmente ao STF (Supremo Tribunal Federal) para discutir a situação.

O julgamento das contas de Dilma está previsto para a próxima quarta-feira (7). Doze irregularidades que contrariam a Constituição, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária levarão o TCU (Tribunal de Contas da União) a recomendar ao Congresso, pela primeira vez em 80 anos, a rejeição das contas de um presidente da República.

O deputado Bruno Araújo argumentou o seguinte sobre a temáticaO governo de Dilma Rousseff mostra a pior face de seu autoritarismo e intolerância ao exigir o afastamento do ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes. Por trás dessa ação vergonhosa está apenas o temor do governo em ver as contas de Dilma serem rejeitadas devido às chamadas pedaladas fiscais – o fato de as finanças públicas do País terem sido fraudadas no ano passado apenas para tentar garantir a reeleição de Dilma. A ação bolivariana ora em curso abre um precedente grave e representa um retrocesso nas relações entre as instituições da República. Estamos diante de uma sombria agressão à democracia.

Com informações do site da Folha e do Facebook do Deputado Bruno Araújo em 04/10/2015

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