Governo celebra “momento melhor”, enquanto brasileiros vivem momento cada vez pior – Só o que importa à tropa de Dilma é a perspectiva de permanência no poder
“Não é hora de soltar foguetes. Mas apenas de celebrar um momento melhor do que aquele em que estávamos há algum tempo”.
A frase é do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que, graças ao golpe do STF, celebra o “momento melhor” relativo à única coisa que interessa aos integrantes do governo Dilma: a perspectiva de permanência no poder.
Já a população brasileira nada tem a celebrar. Para ela, o momento está cada vez pior. E tende a piorar se não houver impeachment.
Eis os índices do noticiário desta terça-feira, colhidos pelo blog:
Novembro*
– A taxa média de juros do cartão de crédito subiu para 415,3% ao ano, segundo o Banco Central, a maior já registrada na série histórica do BC iniciada em março de 2011;
– Juros do cheque especial também subiram em novembro a 284,8% ao ano, o maior patamar desde junho de 1995;
– A dívida pública teve alta de 2,66% e atingiu R$ 2,7 trilhões, o maior patamar desde que o governo começou a registrar os dados em 2000.
– A dívida interna aumentou 2,84%, atingindo R$ 2,57 trilhões;
– A dívida externa fechou em R$ 141,6 bilhões.
(* Dados não levam em consideração o efeito Nelson Barbosa na Fazenda. Nada é tão ruim que ele não possa piorar.)
Dezembro
– Os casos suspeitos de microcefalia no país subiram para 2.782, segundo o Ministério da Saúde, um aumento de 15,8% em apenas uma semana;
– 61,1% das famílias brasileiras estão endividadas, segundo a Confederação Nacional do Comércio.
Previsões para 2017
– Aumento contínuo da inflação;
– Aumento contínuo do desemprego;
– Queda do PIB.
E aí, pessoal? Vamos celebrar o “momento melhor”?
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil