Góticos em risco de doenças psiquiátricas

Jovens góticos correm maior risco de sofrer de doenças psiquiátricas

De acordo com estudo inglês, adolescentes que seguem o estilo gótico correm maior risco de sofrer de problemas, como depressão e autoflagelação.

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O movimento gótico teve início na Inglaterra na década de 1980 e é caracterizado por roupas pretas, maquiagem escura pesada e música sombria, com letras melancólicas(Thinkstock/VEJA)

Jovens que seguem o estilo gótico correm maior risco de sofrer de problemas como depressão e autoflagelação. É o que diz um estudo publicado nesta sexta-feira na revista científica Lancet Psychiatry. O movimento gótico teve início na Inglaterra na década de 1980 e é caracterizado por roupas pretas, maquiagem escura pesada e música sombria, com letras melancólicas.

A pesquisa acompanhou 3.694 adolescentes de 15 anos, moradores da cidade de Bristol, na Grã-Bretanha, entre 2007 e 2010. Inicialmente, os participantes foram convidados a identificar-se com uma variedade de “estilos”, como esportivo, popular, skatista, solitário e gótico. Três anos mais tarde, eles foram reavaliados para sintomas de depressão e autoflagelação.

Os resultados mostraram que os jovens que se identificaram fortemente com a cultura gótica eram três vezes mais propensos à depressão e cinco vezes mais propensos à autoflagelação, em comparação com os outros jovens. Os skatistas e solitários também corriam um risco elevado, enquanto os esportivos foram os menos propensos a sofrer estes problemas.

Embora não tenham conseguido esclarecer os motivos dessa relação, os autores sugerem que a inclinação destes grupos a se afastar da sociedade possa estar por trás dessa associação. Outros fatores podem ser o fato de as pessoas já se sentirem excluídas.

“Nosso estudo não mostra que ser gótico causa depressão ou automutilação, mas, sim, que alguns jovens que seguem este estilo são mais vulneráveis a desenvolver tais afecções,” Lucy Bowes, pesquisadora da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, e principal autora do estudo.

Extraído do site da REVISTA VEJA em 30/08/2015

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