Genealogias

O verdadeiro propósito de todo o trabalho genealógico dos mórmons é prover informação para o batismo pelos mortos; ordenanças seladas por procuração (ordenança pela qual marido e esposa são selados no casamento para o tempo e a eternidade), e ordenação e doações para parentes mortos a fim de ajudar a salvá-los ou exaltá-los. Desta forma os mórmons procuram os nomes dos mortos mediante pesquisa genealógica e então são batizados em seu lugar. O presidente Joseph Fielding Smith disse: “O maior mandamento dado a nós que é obrigatório, é o trabalho do templo por amor de nós mesmos e por amor de nossos mortos.”[4]

A igreja mórmon guarda o microfilme de toda esta obra genealógica em grandes túneis cavados numa montanha de granito em Little Cottonwood Canyon, ao sudeste de Salt Lake City. Estas genealogias são traçadas até séculos atrás. Quarenta e cinco milhões de pessoas já foram batizadas por procuração. Somente em 1975 mais de três milhões foram batizados em 16 templos mórmons. Treze equipes de televisão nos Estados Unidos e outras 67 equipes ao redor do mundo trabalham para acrescentar informação microfilmada acerca dos mortos à que já existe. Mais de 120 milhões de dólares já foram gastos com este fim.

Em 1966 “A carga total de microfilme incluía 579,679.800 páginas de documentos. Havia mais de 5 bilhões de nomes nos arquivos – a igreja gasta cerca de 4 milhões de dólares por ano com a Sociedade Genealógica. Esta tem 575 empregados e é dirigida por uma junta da qual fazem parte dois apóstolos.”[5]

Amigos, todos vocês que estão presos por sacerdotes e genealogias, leiam com cuidado e alegria. Tenho boas-novas para vocês!

Adeus Sacrifícios, Sacerdotes e Genealogias Boas-novas! Maravilhosas novas! Não é mais preciso oferecer sacrifício por nossos pecados. Jesus ofereceu “para sempre, um único sacrifício pelos pecados” (Hebreus 10:12), e assim desfez a necessidade de qualquer outro sacrifício.

Os sacerdotes do Antigo Testamento tinham como função principal oferecer sacrifícios de sangue como propiciação pelo pecado (Veja Levítico 9:1,2). Todos os seus sacrifícios simbolizavam o dia quando Cristo, o Cordeiro de Deus, derramaria seu sangue por nossos pecados. Quando Jesus morreu na cruz a figura foi cumprida, logo a necessidade de sacrifícios, e também a necessidade de sacerdotes, foram desfeitas.

Quando meu amigo John falava comigo da doutrina mórmon, freqüentemente alegava que todas as outras igrejas eram falsas, exceto a igreja mórmon. Uma das razões para isto é que não tínhamos autoridade por não termos sacerdócio oficial, apóstolos nem profetas. O que diz Deus acerca disso?
Todo cristão agora é declarado sacerdote. “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9). “João, às sete igrejas que se encontram na Ásia: Graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono, e da parte de Jesus Cristo, a fiel testemunha, o primogênito dos mortos, e o soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e pelo seu sanque nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, e ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém” (Apocalipse 1:4-6).

A morte de Cristo elimina o sacerdócio formal judaico. O véu do Templo que simboliza a separação da humanidade de Deus, foi “rasgado de alto a baixo” quando Ele morreu e tornou-se nosso sumo sacerdote dando-nos acesso direto a Deus (Hebreus 10:18-21). Agora podemos chegar à presença de Deus mediante seu sacrifício. Jesus é nosso Sumo Sacerdote, nosso Sacrifício e nosso Mediador. Não precisamos de nenhum outro.

Todo aquele que aceita o Cordeiro de Deus sacrificial como propiciação por seu pecado, todo aquele que se torna cristão passa a fazer parte dessa geração escolhida e é incluído nesse sacerdócio real, tanto as mulheres como os negros. Temos a autoridade da Palavra de Deus, e a habitação do Espírito Santo que prometeu guir-nos na verdade, a Palavra de Deus. Todos nós fomos nomeados seus embaixadores, o que nos dá imensa e certa autoridade (veja 2 Coríntios 5:17-21). Isto não é verdade com relação ao “sacerdócio” mórmon.

Os registros genealógicos foram completamente destruídos pelos romanos. Esse registros genealógicos eram guardados cuidadosamente pelos judeus por causa de linhagens familiares e heranças tribais. Tanto Mateus como Lucas registram a genealogia de Cristo. Deus permitiu que isso fosse incluído em sua Palavra para que a messianidade de Jesus Cristo pudesse ser provada. Centenas de anos antes de Jesus Cristo, os profetas disseram que ele viria de um certo povo, de uma certa tribo, de uma certa linhagem, de um certo indivíduo dentro dessa família. Isto foi parte da prova magnífica de Deus de que Jesus Cristo foi Deus na carne como dizia ser.

Depois de Jesus ter sido crucificado, Tito, no ano 70 A.D. destruiu todos os registros genealógicos de Jerusalém. Tudo o que restou foram os que estão registrados na Palavra de Deus. Deus estava dizendo: “O Messias já veio e sua genealogia já foi provada. Está terminado.”

Os registros genealógicos eram um meio pelo qual se provavam as qualificações dos sacerdotes. Sua linhagem podia ser traçada até Arão. Ao instituir o sacerdócio judaico Deus escolheu somente uma das 12 tribos de Israel, os levitas, para serem sacerdotes. Da tribo de Levi ele escolheu um homem, Arão, como sumo sacerdote. Todos os sacerdotes verdadeiros descendiam de Arão (veja Exôdo 28:1;31:10; Levítico 8:2;9;Números 3:1-4). Qualquer pessoa que não fosse descendente de sangue de Arão, e afirmasse ser sacerdote, era sacerdote falso, a despeito de quantas vozes pudesse ouvir ou visões que pudesse ter reivindicado que Deus lhe havia dado a autoridade de sacerdote. A descendência de Arão devia ser comprovada.

Ao permitir Deus que estes registros genealógicos fossem destruídos, depois de tê-los preservado miraculosamente por séculos, tornou impossível que qualquer pessoa traçasse sua descêndencia de Arão e assim reivindicasse ser sacerdote aarônico! Qualquer homem que alega ser sacerdote segundo Arão hoje é falso sacerdote.

Além disso, Deus admoesta que as pessoas “não se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que antes promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé” (1 Timóteo 1:4). De novo sua palavra diz: “Evita discussões insensatas, genealogias, e contendas, e debates sobre a lei” (Tito 3:9). Nesta era da graça o sistema judaico foi deixado de lado por Deus. Somente os que gostariam de ser mais hebreus que os próprios hebreus, apegar-se-iam ao sistema há muito rejeitado por Deus. É por isso que não temos lista de sacerdócio – aarônico, segundo a ordem de Melquisedeque ou de qualquer outra espécie – na igreja estabelecida de Jesus Cristo! Não há tal ofício hoje. A igreja do Novo Testamento não tinha necessidade deles e qualquer igreja que tiver uma ordem oficial de sacerdotes não é igreja neotestamentária.Pode ser tudo, menos igreja cristã.

Os Santos dos Últimos Dias dão muitas importâncias ao sacerdócio aarônico e de Melquisedeque. No amor de Cristo, lhe imploramos que reconsiderem. Não construam o que Deus destruiu. Não há, não pode haver sacerdotes hoje. Não duvidamos da integridade e sinceridade de muitos que afirmam ser sacerdotes e daqueles que crêem que sejam. Mas tentar restaurar o que Deus já desfez e colocar os homems, pelo menos em parte, de volta às obras em vez de deixá-los inteiramente sob o sangue de Cristo para salvação completa e inteira é trágico, tanto agora como na eternidade, para eles e para os que os seguem.
Nem Paulo nem Pedro afirmaram ser sacerdotes, a não ser no sentido em que todo o cristão o é. Como sacerdotes, os que aceitamos o Cristo bíblico, podemos chegar a Deus por nós mesmos mediante o sangue do Senhor Jesus Cristo. Tornamo-nos sacerdotes ao obtermos sua salvação completa, grátis e eterna.

Não muito tempo atrás um mórmon dedicado assegurou-me que dependia somente de Jesus para sua salvação. Eu disse: “Suponha que alguém que não pertence à igreja mórmon aceitasse Cristo e dependesse somente dele para chegar ao céu mais alto. Essa pessoa conseguiria? “O mórmon, de repente ficou silencioso, evindência muda de que consciente ou inconscientemente ele depende de Cristo e da igreja mórmon. Segundo a Escritura o único meio de salvação é aceitar Jesus Cristo como todo-suficiente, mais nada (ver Efésios 2:8,9).

Examine a parábola que Jesus contou acerca do fariseu e do publicano em Lucas 18:9-14. O fariseu, inegavelmente, pertencia à “única igreja verdadeira” no sentido de pertencer ao sistema de adoração que Deus havia estabelecido no Antigo Testamento. Seu sistema ainda retinha sacerdotes, homens como Caifás, e eram legítmos pois isto veio antes da cruz. Portanto, o fariseu podia gabar-se de pertencer à única igreja verdadeira establecida por Deus, e que ela possuía o único sacerdócio autorizado. Ele era muito religioso, e aparentemente, pelos padrões humanos, muito bom. Ele orou: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (Lucas 18:11,12). Ele era fiel à igreja, cria em Deus, dava o dízimo de tudo quanto ganhava, era justo nos negócios, e não tomava dinheiro à força ou por meios desonestos. Tratava o próximo com justiça, pagava suas dívidas e era fiel à esposa.
O publicano, por outro lado, era uma confusão. Era um judeu que os outros consideravam ter se vendido aos conquistadores romanos. Ele cobrava impostos dos judeus para os romanos. Uma das maneiras pelas quais estes publicanos desprezíveis conseguiam levar vantagem era cobrar mais imposto do que os romanos exigiam e embolsar a diferença. Alguns, por meio disto, tornavam-se ricos. O publicano não tinha boas obras algumas que o recomendassem a Deus. É significativo que ele nada tenha dito a Deus acerca de orações, dízimos, ou não ser adúltero. Ele era um pecador miserável, desonesto e sem esperança. Amigos mórmons, qual destes dois homens vocês deixariam entrar no céu?

O publicano orou, nem mesmo levantando os olhos para os céus, batendo no peito na agonia da necessidade e convicção do pecado: “Ó Deus, sê propício a mim pecador!”

Qual dos homems foi para casa “justificado”, livre do pecado, salvo? Disse Deus a respeito do publicano: “Este desceu justificado para sua casa, [salvo, perdoado, justificado com Deus], e não aquele.”Muitos amigos mórmons dizem-me com grande veemência: “Você quer dizer que um homem que ia à igreja, tinha uma vida correta, pagava as dívidas, etc., podia morrer e não ir para o céu, e que um homem que mentia, roubava, trapaceava e levava uma vida má, podia dizer: ‘Jesus, salva-me’, e ser salvo nos últimos dias ou horas de sua vida? Besteira!” Sim, é exatamente isto que quero dizer e a Bíblia o prova (veja o encontro de Jesus com o ladrão na cruz em Lucas 23:39-43; também a parábola dos trabalhadores da vinha, em Mateus 20:1-16).

Os mórmons não podem compreender como se pode aplicar a graça de Deus aos que não trabalharam pela salvação, que não a ganharam.
Todos nós temos uma natureza pecaminosa. Quantidade alguma de obras jamais poderá mudar essa natureza, somente Jesus pode. Em qualquer ponto da vida que aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal, é aí que a pessoa se torna nova criatura em Cristo. Então as boas obras fluirão dela, não para comprar a salvação, mas em amor e gratidão, prova de que foi salva. O sangue do Senhor Jesus Cristo pode lavar qualquer pessoa quando vier, honestamente, com todo o seu coração, a ele. Nada mais satisfará a Deus.

Meu bom amigo Marvin Cowan, por muitos anos mórmon dedicado e conquistador de outros para o mormonismo, disse-me pungentemente com que fervor cria na igreja mórmon e o quanto por ela trabalhou antes de encontrar o Senhor Jesus Cristo e ser libertado desse sistema. Hoje ele é missionário Batista aos mórmons a quem ama e por quem seu coração se condói. Ele é um dentre muitos que já disserem alô a Jesus e adeus aos sacerdotes. O desejo do coração dele, e do meu, é ganhar mórmons, qualquer coração faminto que esteja lendo estas páginas, não deseja você dizer alô, de uma vez e para sempre, a Jesus neste instante?

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo” (Apocalipse 3:20).

* Postada e revisada pelo Prof° João Flávio Martinez
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Notas
[1] Talmage, Articles of Faith, pp. 204-211.
[2] B.H. Roberts, A Comprehensive History of The Chruch of Jesus Christ of Latter-day Saints (Salt Lake City: Deseret News Press, 1930), vol.1, p.40.
[3] Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine (Salt Lake City: Bookcraft Inc., 1966), p.477.
[4] Joseph Fielding Smith, Doctrines of Salvation, vol.2, p.149.
[5] Wallace Turner, The Mormon Establishment (Boston: Houghton Mifflin Co., 1966), pp.81,82.
A Ilusâo Mórmon – Parte 6 (Capítulos 11 e 12)

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