Um dos maiores mitos modernos é a afirmação de que a ciência anula a fé. Richard Dawkins, no livro Deus, um Delírio afirmou que a fé é uma “confiança cega, na ausência de evidências, ou mesmo diante delas […] um mal exatamente porque não existe justificação e não tolera nenhuma argumentação” (p. 64 e 394). Dawkins afirma que a ciência tem destruído a fé em Deus. Os Neo Ateus advogam basicamente que o conhecimento científico leva as pessoas para longe de Deus. Seria mesmo verdade? Isto se deve a crise do uso do método científico, esquecendo que a ciência tem a capacidade de abordar apenas o que é material e tentar utilizar a ciência para negar a fé é fazer mal uso do método científico além de demonstrar uma ignorância histórica sem precedentes. De fato, se você voltar na história, por exemplo, aos séculos 11 e 12, você descobrirá que o ambiente para a ciência moderna foi construído por três pensadores religiosos, Maimônides, Averroes e Tomas de Aquino. Quando Scott Stephens moderou o debate entre William Lane Craig e o ateu Lawrence Krauss, com o tema Has Science Buried God? (A Ciência Sepultou Deus?) ele disse que somos constantemente lembrados em nossos dias que nos séculos 17 e 18, os grandes cientistas eram também teólogos, pensadores políticos, e filósofos. Em outras palavras, esta ideia de que a ciência e a religião são grandes inimigos históricos é falsa, e ele cita o grande historiador da ciência Peter Harrison, que disse: “Aqueles que têm enfatizado as controvérsias recentes sobre a relação entre ciência e religião e que afirmaram que esta controvérsia é histórica, estão simplesmente perpetuando um mito histórico. O mito de um conflito perene entre ciência e religião é algo que nenhum historiador da ciência subscreveria”. No mesmo debate Craig afirmou que “o empreendimento científico como um todo está baseado em certas pressuposições que não podem ser provadas cientificamente, mas que são parte e parcelas da Cosmovisão Cristã. Por exemplo: as leis da lógica; a estrutura ordenada do mundo físico; a confiabilidade das nossas faculdades cognitivas enquanto conhecemos o mundo; a validade do raciocínio indutivo; a objetividade dos valores morais usados na ciência”. Ele ainda enfatiza que nem a ciência existiria sem estas pressuposições, nem estas suposições podem ser provadas cientificamente.
Paul Copan, no livro Is God a Moral Monster? (Deus é um Monstro Moral?) prova historicamente que a ciência moderna foi estabelecida por pensadores cristãos, ele diz que “a ciência moderna tem as suas raízes na convicção bíblica que o mundo foi criado por um Deus racional. Por esta razão o mundo era ordenado e previsível e poderia ser estudado e entendido pela mente humana. Poderíamos mencionar Isaac Newton, Galileo Galilei, Nicholas Copernicus, Johannes Kepler, Michel Faraday, William T. Kelvin, Robert Boyle, Anton Lavoisier e muitos outros”. Alguns podem dizer, mas estes são cientistas do passado. Sendo assim, temos um grande problema: Muitos Cientistas Crêem Em Deus Hoje! Alister McGrath menciona que em 2006, quando “Deus, um Delírio” foi lançado na Inglaterra, três livros de importantes cientistas foram lançados. Francis Collins – evolucionista que chefia o projeto “Genoma” – publicou “A Linguagem de Deus”, onde assevera que “a ordem e beleza no universo aponta para um criador”. Collins era ateu e hoje é cristão. Owen Gingerich – notável astrônomo de Harvard – publicou “O Universo de Deus”, onde declara que o universo foi criado com intenção e propósito e que tal crença não interfere na ciência. O Cosmólogo Paul Davies publicou “Goldilocks Enigma” no qual argumenta em favor da existência de uma sintonia fina no universo. Para Davies, “existe algo divino lá fora, ou talvez lá dentro”. O ateu fanático pensa que ser cristão e ser racional são antíteses. Eles não sabem que os pais da ciência moderna como Copérnico, Galileu, Kepler, Newton e Boyle eram todos cristãos?
Segundo os 100 anos do Prêmio Nobel, uma revisão dos vencedores do Prêmio Nobel entre 1901 e 2000 revela que 65.4% dos Laureados com o Prêmio Nobel, identificaram o Cristianismo, em suas várias formas, como suas preferências religiosas. No geral, os cristãos venceram um total de 78.3% de todos os prêmios Nobel de Paz; 72.5% em Química; 63.3% em Física; 62% em Medicina; 54% em Economia; e 49.5% de todos os prêmios de Literatura. Sendo assim, qual é mesmo a resposta para pergunta inicial?
Por Walson Sales