EUA desconfia do acordo nuclear com o Irã

Pesquisas: maioria da população dos EUA desconfia de sucesso do acordo nuclear

RIO – A maioria dos americanos que já ouviram falar sobre o acordo nuclear alcançado com o Irã desaprovam o acerto, mostra um novo levantamento do Centro de Pesquisas Pew. Um dia antes, o “Washington Post” apresentou os termos do acordo em outra pesquisa, que mostrou 56% de aprovação. Em comum, as enquetes mostram desconfiança com o sucesso do pacto.

No levantamento do “Washington Post”, os entrevistados foram apresentados ao tema antes de opinarem. 37% deles foram o acordo. No entanto, 42% duvidam plenamente de que o acordo seja efetivo, e 22% mantém ceticismos. 64% acreditam que o acerto não funcionará.

Enquanto 41% dos republicanos aprovam o acordo e 54% rejeitam, 69% dos democratas aprovam (e 25% são contra).

DESCONFIANÇA COM O IRÃ

Dos pouco mais de dois mil adultos ouvidos pelo instituto Pew, 79% disseram ter alguma noção sobre o acordo. Dentro deles, 48% desaprovam, enquanto 38% aprovam e 14% não se pronunciaram.

Uma quantia considerável dos descontentes é de inclinação republicana. Deles, 75% são críticos do acordo, e apenas 14% dizem aprová-lo. Já 59% dos democratas dizem dar aval ao pacto nuclear.

O tom levantado na pesquisa mostra ceticismo: a maior parte dos que têm contato com o assunto têm desconfiança de que o Irã cumprirá o acordo. 35% dos ouvidos dizem duvidar, enquanto 38% afirmam não ter qualquer confiança de que Teerã seguirá os termos acertados para regulamentar e reduzir seu programa nuclear.

Grau de instrução também foi um fator levantado. Os que têm pós-graduação aprovam o pacto com fatia de 55%, os formados se dividem meio a meio e os que não alcançam o superior completo todos têm maior fatia de desaprovação.

A maioria dos ouvidos também acredita que as negociações não vão resultar em mudanças diplomáticas firmes entre EUA e Irã. 42% acreditam que mudanças serão ínfimas, enquanto 28% acham que as relações piorarão e 25% creem que ela melhorarão. Dos que são contrários ao acordo, metade acha que as relações piorarão, e 42% acreditam que elas se manterão como estão.

Sobre a diplomacia, a maioria dos entrevistados avaliou que um bom trabalho de relações exteriores é mais efetivo que estratégias militares: 58%. Uma fatia de 30% prefere a segunda opção. Enquanto os jovens e os democratas são grupos que mais aprovam a diplomacia como tática ideal para a política externa, republicanos e pesquisados acima dos 50 anos acreditam mais no militarismo.

Extraído do site do Jornal O Globo em 21/07/2015

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