Uma nota divulgada pela Science no domingo afirma que outros dois estudos independentes analisaram as descobertas de Felisa. As novas pesquisas, ao contrário da original, indicam que a GFAJ-1 não pode substituir um elemento pelo outro para sobreviver.
Felisa e sua equipe encontraram pequenas quantidades de fósforo nas suas amostras e concluíram que era insuficiente para a bactéria se desenvolver. Já os novos estudos indicam exatamente o contrário. Eles acreditam que o extremófilo (como são chamados os seres vivos que vivem em condições em que a maioria não conseguiria) sobrevive exatamente por conseguir fósforo em um ambiente tão hostil.
A revista afirma que o processo é natural na ciência: novos estudos tentam replicar o resultado de um para indicar que eles são verdadeiros. Apesar da negativa, a Science afirma que a descoberta de GFAJ-1 deve ser de interesse de novos estudos, principalmente os que pesquisam mecanismos de tolerância ao arsênio.
(Fonte: Site do Terra)
Nota: Pelo menos duas lições ficam desse episódio: (1) os cientistas e a mídia devem ter humildade para admitir seus erros (isso aconteceu, em parte); (2) os cientistas e a mídia devem ser mais cautelosos, antes de fazer alarde baseados em “descobertas” sensacionais (isso ainda falta aprender). Detalhe: a Science apenas publicou os artigos contrários, mas não deu nenhuma nota de retract (o que seria correto) da pesquisa da Nasa e emitiu uma nota promissória epistemológica.[MB]