Ao concluir a leitura do livreto “O SINAL DA BESTA E AS SETE PRAGAS DO APOCALIPSE” cheguei à conclusão que o seu arrazoado não foge aos pontos peculiares sustentados pelos Adventistas do 7º Dia (daqui para frente apontados pela sigla ASD) na sua ânsia incontida de impor a guarda do sábado, ponto central do todas as suas conversações e escritos. Para os ASD a guarda do sábado parece ser assunto tão óbvio na Bíblia, que só por teimosia é que podem alguns deixar de guardá-lo.
Acrescente-se a isso o peso da autoridade de Ellen Gould White para os ASD, pois ela possui uma das características da Igreja Remanescente, “o espírito de profecia”, e sobre o sábado diz ela:
“Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol. III p. 23, 2ª edição, 1956).
E nesse tom de importância para a guarda do sábado, o escritor faz um pedido aos seus leitores:
“Se você vier a guardar o sábado por intermédio desta leitura, gostaria que me comunicasse, escrevendo-me” (p.44).
Não é o meu caso. Não vim a guardar o sábado como resultado da leitura do livreto . Mas há uma segunda hipótese na qual o escritor pede que lhe escreva:
“Se você deseja conhecer mais sobre a Verdade, escreva-me” (p.44).
Também não é o meu caso. Não encontro verdade no arrazoado expendido pelo escritor, que procura despachar as “7 PRAGAS DO APOCALIPSE” a quem não vier a guardar o sábado como decorrência da leitura feita.
Pelo contrário, desejo argumentar com o escritor, fazendo algumas observações sobre os pontos alinhavados através do seu livreto, que me parecem sem fundamento bíblico, e mais firmados em teorias e interpretações especulativas dos livros de Daniel e Apocalipse.
1ª OBSERVAÇÃO – Misticismo para que o livreto seja aceito:
“O SONHO DA DÉBORA
Na noite de 12 para 13 de abril de 1982, a minha filhinha Débora, que contava então com três anos de idade, teve um sonho, que assim foi-me relatado por ela: “Papai, esta noite eu sonhei com você. Sonhei que você estava lendo o livrinho do “SINAL DA BESTA”e o livrinho estava brilhando como uma luz e havia um anjo do seu lado…” (p.2).
Comentário: Seria o caso uma repetição do que ocorreu com Ellen Gould White, que afirmava ter um anjo ao seu lado ao escrever as revelações e visões constantes dos seus livros? Ellen White conseguiu impor-se como escritora inspirada. Quererá o escritor ter a mesma autoridade que ela, desde que foi visto também “uma luz e havia um anjo do seu lado”? Não seria esse realmente o caso descrito em Jr. 14:14: “E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa e adivinhação, e vaidade e o engano do seu coração, é o que eles vos profetizam”.
2ª OBSERVAÇÃO – Interpretação do Apocalipse:
“O APOCALIPSEexplica o significado dos acontecimentos da nossa época e nos mostra como devemos nos preparar para as coisas que em breve devem acontecer. Como o seu próprio título nos explica, esse livro pode e deve ser perfeitamente compreendido. APOCALIPSE vem da palavra grega ‘apokalupsis’ que quer dizer REVELAÇÃO”.
Comentário: Nada disse o escritor sobre o livro de Daniel, restringindo-se apenas ao Apocalipse, embora não deixe de mencionar os dois livros, proféticos por excelência, da Bíblia. Segue ele na mesma trilha do seu predecessor, William Miller, que especulando sobre os mesmos livros, anunciou a segunda vinda de Cristo para 22 de março de 1843, e posteriormente mudou para 22 de outubro de 1844. Parecia a Miller tão fácil interpretar os referidos livros, que não titubeou em marcar data para a vinda de Cristo, contrariando Mt. 24:36: “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho , mas unicamente meu Pai”.
Embora os ASD afirmem nada ter com Miller, estão umbilicalmente ligados a Miller por duas doutrinas centrais do Adventismo do 7º Dia: JUÍZO INVESTIGATIVO e SATANÁS – PROTÓTIPO DO BODE EMISSÁRIO, ambas baseadas no erro profético de Miller que foi reinterpetrado por Hiran Edson, reiterado por Ellen Gould White, e hoje aceito como pontos doutrinários fundamentais dos ASD! Mostrou-se não tão “perfeitamente compreendido” o Apocalipse, que ainda hoje essas mesmas “heresias de perdição” (2Pe. 2:1-2) são aceitas e pregadas pelos ASD.
3ª OBSERVAÇÃO – O Sinal da Besta:
“Declara-nos o Apocalipse que pouco antes da segunda vinda do Cristo, por força de lei, será imposto a “todos, pequenos e grandes, rico e pobres, livres e servos, um sinal da besta”. Ninguém poderá comprar ou vender qualquercoisa, se não tiver esse sinal da besta. Ap. 13:16-17” (p.3).
Comentário: Éo espantalho dos ASD. Com essa conversa de sinal da besta, e de interpretes do livro de Apocalipse, não se vexam de afirmar aos quatro cantos da terra, pelo rádio, televisão, livros, folhetos e púlpitos uma das maiores mentiras religiosas: que a guarda do Domingo como dia de adoração a Deus é o sinal da besta.
Como chegaram a esse resultado? Sempre dentro da sua interpretação dos livros de Daniel e Apocalipse, que para os ASD é tão “perfeitamente compreendido” que não há meio de se errar. Então:
a) a besta (Ap. 13:1), significa animal (Gn. 1:24-25);
b) o mar (Ap. 13:1), significa “povos, multidões, nações e línguas” (Ap. 17:13);
c) o leão (Ap. 13:2-3), significa Babilônia (Dn. 7:17);
d) o urso (Ap. 12:2-3), significa o reino Medo-Persa;
e) o leopardo (Ap 13:2–3) significa a Grécia;
f) o animal espantoso com 1O chifres, significa Roma.
Até que a interpretação é razoável, mas depois pergunta:
Qual o significado dos dez chifres que o quarto animal, que era Roma, possuía?
RESPOSTA: “E QUANTO AOS DEZ CHIFRES, DAQUELE MESMO REINO SE LEVANTARÃO DEZ REIS… Daniel 7:24”. (p.9).
E começa a interpretação dizendo que entre os anos 351 a 476 A.D. Roma foi invadida por uma série de povos bárbaros, que se fixaram em seu território, e relaciona os povos bárbaros que deram origem aos 1O reinos.
“Entre os anos de 351 a 476 A.D., Roma Ocidentalfoi invadida por uma série de povos bárbaros que se fixaram em seu território Damos a seguir uma lista desses dez reinos:
1 – Os FRANCOS, que vieram a ser a FRANÇA;
2 – Os ANGLO-SAXÕES,que vieram a ser a INGLATERRA;
3 – Os ALAMANOS, a ALEMANHA;
4 – Os SUEVOS, mais tarde PORTUGAL;
5 – Os VISIGODOS, a ESPANHA;
6 – Os BURGUNDOS, a SUÍÇA;
7 – Os LOMBARDOS, o norte da ITÁLIA;
8 – Os VÂNDALOS;
9 – Os HÉRULOS;
10 – Os OSTROGODOS
Ora, se o escritor reconhece que foram povos bárbaros que se fixaram em Roma Ocidental, essa interpretação não se coaduna com o texto de Dn. 7:24, pois o texto diz: “E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis”.
A linguagem de Dn. 7:24 acima é paralela ao que se diz em Dn 8.22: “O ter sido quebrada, levantando-se quatro em lugar dela, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a mesma força”.
É digno de nota que tanto em Dn. 7:24, como em Dn. 8:22, se veem expressões análogas:
Dn. 7:24: “…daquele mesmo reino se levantarão dez reis…”
Dn. 8:22: “quatro reinos se levantarão da mesma nação”.
No caso de Dn. 8:22 reconhecem os ASD que da Grécia se levantaram 4 reinos, como segue:
a) reino (Grécia) de Alexandre, o Grande (331-168 A.C.);
b) 4- cabeças: os 4 generais de Alexandre: Cassando, Lisímaco, Ptolomeu e Selêuco.
Já em Dn. 7:24, interpetra o escritor que “Roma Ocidental foi invadida por uma série de povos bárbaros”. Logo, não se trata de povos “daquele mesmo reino”, mas de povos bárbaros distantes que não pertenciam a Roma Ocidental.
Ademais, não foram somente 1O os povos que invadiram Roma Ocidental, mas foram muito mais povos. Foram omitidos os seguintes povos ou tribos que invadiram Roma Ocidental:
a) os lituanos;
b) os noruegueses;
c) os finezes;
d) os sálios;
e) tribos bárbaras da Arábia;
f) tribos persas.
Como encaixar esses reinos dentro dos 10 reinos de Dn. 7:24?
Então surge a pergunta: Quem são os 10 reinos?
Os 10 reinos surgirão de uma confederação de 10 países da Europa, que começou com o Mercado Comum Europeu, esperando-se para o futuro a formação de um governo semelhante aos Estados Unidos, como Estados Unidos da Europa, englobando 10 nações da mesma Europa, com os mesmos ideais políticos, econômicos e religiosos, surgindo daí o novo Império Romano.
4ª OBSERVAÇÃO – O chifre pequeno
“…o que representa então esse CHIFRE PEQUENOque subiu no meio dos dez e derrubou três? RESPOSTA: “E QUANTO AOS DEZ CHIFRES, DAQUELE MESMO REINO SE LEVANTARÃO DEZ REIS E DEPOIS DELES SE LEVANTARÁ OUTRO, O QUAL SERÁ DIFERENTE DOS PRIMEIROS, E ABATERÁ A TRÊS. Dn. 7:24.
Que tipo de rei ou reinado é esse, representado aqui pelo chifre pequeno?
Pelas suas características, apresentadas com tanta clareza pela profecia bíblica, e o seu inconfundível cumprimento na História, dizemos sem medo de errar: Esse “CHIFRE PEQUENO” é o PAPADO, representado aqui pelo PAPA, o chefe da IGREJA CATÓLICA ROMANA” (p.10).
Comentário: O escritor não tem dúvida: “Esse “chifre pequeno” é o Papado, representado aqui pelo Papa, o chefe da Igreja Católica Romana”. Etudo como dizem os ASD: “inconfundível cumprimento na História”, de tal modo que “dizemos sem medo de errar”.
Mas será mesmo? Perguntamos: Se o “chifre pequeno” de Dn. 7:24 vai surgir dos 10 reinos e os 10 reinos ainda não surgiram, mas surgirão no novo Império Romano, como dizer-se “sem medo de errar” que se trata do Papa, que segundo ainda os ASD, surgiu em 538 A.D. e que durou até 1798 A.D., num total de 1260 anos?
5ª OBSERVAÇÃO – Os 1260 anos de Supremacia Papal
“126O ANOS DE SUPREMACIA PAPAL
Conforme você já leu, ROMAse dividiu em dez reinos e o Papado, simbolizado por um chifre pequeno, surgiu no meio dos dez, como um poder político-religioso. Daniel 7:25 diz que o Papado haveria de ter nas mãos o poder durante “um tempo, tempos e metade de um tempo”.
De acordo com Daniel 11:13, a palavra tempo, referindo-se a períodos proféticos, significa anos. Em Daniel 7:25 a palavra “tempos”, está em sua forma dual, no original aramaico iddanim, significando pois “dois anos”.
Um tempo ………………………. um ano …………… 360 dias
Dois tempos ……………………. dois anos …………. 720 dias
Metade de um tempo ………. meio ano………….. 180 dias
────────
1260 dias
Em termos proféticos, cada dia representa o período de um ano. Ex.: ler Ezequiel 4:7 e Números 14:34. Portanto, os 1.260 dias significam 1.260 anos.
Falando também do período da supremacia da besta, que é o Papado, Apocalipse 13:5 diz: “e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses”.
42 x 30 – 1.260 dias ou anos.
Esse período, conforme já vimos, começou em 538. Para completar 1.260 anos, deveria estender-se até 1.798. Mais adiante o leitor saberá como terminaram os 1.260 anos de supremacia Papal” (p.18-19).
Comentário: O que o escritor fez foi nada mais do que chegar a 1798 A.D., ocasião em que o Papa Pio VI foi aprisionado e levado para a França e deduzir 1.260 anos para chegar a 538 A.D. e justificar esta data com algum acontecimento que desse margem à sustentação dessa teoria como cumprimento da profecia bíblica.
As razões que apresentamos para assim afirmar são as seguintes:
a) Se “um tempo, tempos e metade de um tempo” significam 1260 anos, como explicar Dn. 4:16-25, onde lemos de Nabucodonosor ter permanecido por sete tempos afastado do convívio dos homens, como uma fera do mato, comendo ervas e molhando o seu corpo com orvalho do céu? Teríamos, dentro do raciocínio do escritor, o seguinte:
1 tempo + 2 tempos + meio tempos = 3 tempos e meio ou 3 anos e meio: 42 meses ou 1260 dias = 1260 anos. Logo, 7 tempos seriam o dobro: 1.260 x 2 = 2.520 dias ou anos proféticos.
É possível admitir que Nabucodonosor ficasse doente por tanto tempo? E não esqueçamos que, em termos proféticos, cada dia representa um ano (Nm. 14:34)! É certo pois considerar que tanto Nabucodonosor esteve 7 anos literais doente e o Anti-Cristo (2Ts. 2:7-11) reinará apenas 3 anos e meio e não 1.260 anos, como quer o escritor.
b) diz mais, que o termo aramaico “idanim” significa dois anos, mas anos proféticos, ou seja: 2 x 360 = 720 dias mais 1 = (360) + metade (180 dias) com o total de 1260 dias ou anos. Contrariando tal raciocínio, o insigne escritor Arnaldo Christianini no seu livro “Radiografia do Jeovismo”, p. 131, 3ª edição, 1986) diz:
“Os mais autorizados intérpretes antigos e modernos em sua quase totalidade dão á palavra iddan no verso 16, que se traduz por “tempo”, o sentido de “ano”. A própria tradução da LXX, tão citada pelos jeovistas, traduz exatamente por “sete anos”. São, portanto, anos literais mesmo. E dentre os mais antigos expositores que sustentam esta interpretação, citamos, entre muitos, Josefo (Antiquities, X, 10.6, Jerônimo e os rabinos Rashi, Iben, Esdras e Jephet.
c) lê-se mais:
“Nessa época terrível, o sangue dos cristãos corria como água. Os cristãos eram caçados como se fossem feras selvagens, mesmo nos recessos de densas florestas” (p. 19).
Perguntamos: Quem eram esses cristãos martirizados?
O escritor responde:
“O responsável direto por toda a carnificina na França, na Revolução, fora o Papado, pois ele envenenara a mente dos reis contra a Reforma e os protestantes, cujo único delito era procurar adorar e obedecer a DEUS, conforme ensinamentos da Bíblia” (p. 23).
Logo, os cristãos perseguidos eram os “protestantes”, que por sua vez eram os “santos do Altíssimo” e que guardavam o domingo e, segundo a interpretação dos ASD, a guarda do domingo é o sinal da besta. Como podem ao mesmo tempo serem “os santos do Altíssimo” e ter o sinal da besta porque guardavam o domingo? Que dilema, srs. ASD!
d) a profecia descreve que, quando chegar esse período terrível quando os moradores da terra estarão tomando em verdade a marca da besta, que os que recusarem haverão de ser mortos (Ap. 13:12). Se é certo que a guarda do domingo é o sinal da besta, por que é que não estão morrendo os mártires adventistas? Talvez possam alegar que o tempo ainda não chegou para essa perseguição; mas não diz a profecia que os santos (que devem ser os ASD) hão de ser entregues nas mãos do Papado por um tempo, tempos e metade de um tempo, e que isto começou em 538 A.D. e que terminou era 1798 A.D.?
Ademais, Dn. 7:25-27 diz que ao final de 3 anos e melo (ou 3 tempos e meio), Cristo voltará para tomar o reino e destruirá besta. O mesmo se lê em Ap. 19:19-20. E não nos esqueçamos de que a ferida mortal da besta deveria ser curada durante esse período que durou até 1798 A.D., conforme se lê em Ap. 13:5: “E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses”.
Neste período, ou melhor dizendo, dentro dele, é que “a sua chaga mortal foi curada”.
6ª OBSERVAÇÃO – O Sinal da Besta ou o n° 666
“O NÚMERO 666
Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. Ap. 13:18. Como podemos calcular esse número da besta? Apocalipse 13:17 fala sobre o “número do nome da besta”. Sim, no nome, ou nomes da besta, é que encontramos esse número. Não pode ser o seu nome próprio; uma vez que cada Papa tem o seu, diferente. Devemos, pois, encontrá-lo em algum título, que é conferido a todos os Papa indistintamente.
Tem sido dado ao Papa vários títulos espirituais em latim:
VlCARIVS FILII DEI; VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS; LATINVS REX SACERDOS…
Somando-se as letras que têm valor numérico, em algarismos romanos, obtêm-se exatamente 666.
V = 5;1 =- 1; C = 100; L = 50; D=500; X = 10
GUARDA DO DOMINGO, SINAL DA AUTORIDADE PAPAL” (p.23-24).
Comentário: Se isso fosse gozação, ainda poderíamos admitir como que por brincadeira. Mas, como admitimos que os ASD não estão brincando, só podemos admitir coisa de mente doentia. Esta é uma maneira de especular com a Palavra de Deus e é perigosa essa forma de especular, porque com pouco esforço de imaginação podemos aplicar esse nº 666 a qualquer pessoa.
Por exemplo :
1. MUSSOLINI, quando estava com prestígio político, era identificado como a besta do Apocalipse:
“VV IL DUCE sendo VV= 10; IL = 51; D=500; V=5; C=100. Então 10+51+500+100 = 666
2. ELLEN GOULD WHITE, a própria profetisa dos ASD pode ser identificada com a besta do Apocalipse, pois a soma das letras do seu nome dá esse número:
ELLEN GOULD WHITE= L=50; L0=50; V=5; L=50; D=500; W=5+5; I=1 = 666
Mas, perguntamos, o que é o Papado? Segundo sabemos o Papado é um poder religioso que tem por cabeça o Papa.
As marcas distintivas do Papado podem ser estabelecidas como segue:
a) Papas
b) Cardeais
c) Monges
d) Padres
e) Celibato
f) Missa
g) Adoração da Virgem Maria
h) Infalibilidade Papal
i) Uso de imagens
j) Uso de incenso
k) Água benta
l) Confissão Auricular
m) Batismo por aspersão como meio de salvação
n) Penitência
o) Transubstanciação
p) Purgatório
Qual a igreja evangélica que adota esse corpo doutrinário e ritualístico? Um verdadeiro Papado pode ser encontrado na Igreja Adventista do 7º Dia, quando :
a) Admite Ellen Gould White como tendo escrito com infalibilidade igual a infalibilidade Papal nos seus escritos com revelações e visões no mesmo sentido inspiracional dos escritores bíblicos:
“Os que são repreendidos pelo Espírito de Deus não devem insurgir-se contra o Seu humilde instrumento. É Deus, e não um falho mortal, quem fala para salvá-los da ruína! Não agrada à natureza humana ser alvo de uma repreensão, tampouco é possível ao coração humano, que não for iluminado pelo Espírito de Deus, reconhecer a necessidade dessa repreensão ou o benefício que está destinada a trazer-lhe”(Testemunhos Seletos Vol. II, p.292).
b) Admite a salvação pela guarda do sábado, ou seja, salvação por obras, como o faz a Igreja Católica (Ef. 2:8-10 (vide p. 1);
c) Se utiliza de imagens de Jesus, apóstolos, anjos etc. nas suas publicações, invalidando o próprio decálogo que declaram observar (Ex. 20:24). Enchem seus livros de imagens de Cristo, iguaizinhas às que fazem e adoram os católicos:
Não éisso uma real e verdadeira quebra do 2º Mandamento do Decálogo? Não é uma violação palpável da lei que eles (ASD) pregam e defendem? Dt. 27:15: “Maldito o homem que fizer imagem de escultura, ou fundição, abominação é ao Senhor”.
d) Afirma que a guarda do sábado foi substituída pela do domingo em decorrência do decreto de Constantino em 321 A.D., quando aceitam que esse mesmo Constantino – Imperador Romano – presidisse o Concílio de Nicéia, em 325 A. D. e, se a guarda do domingo é uma imposição Papal, não estaria a própria Igreja Adventista na mesma situação das Igrejas protestantes, ao reconhecer a natureza divina de Jesus igual a do Pai?
“No dia 7 de março de 321, o Imperador Constantino promulgou a seguinte lei, relativa a um dia de descanso:
Que todos os Juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices, descansem no venerável dia do sol (domingo)…” CODEX JUSTINIANUS, lib. 3, tit. 12, par. 2-3 (p. 17).
7ª OBSERVAÇÃO – A guarda do sábado como selo de Deus
“Sim, o santo sábado é o SELO DE DEUS, e é também o sinal entre Deus e o Seu povo: “E também lhes dei os Meus sábados, para que servissem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica” (Ez. 20:12). Ainda o verso 20: “E santificai os Meus sábados, e servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus” p.39).
Comentário: O Adventismo é mais perigoso do que muitos cristãos imaginam, porque se ensinam que a guarda do sábado é receber o selo de Deus, e guardar o domingo é receber o sinal da besta, implica isto em negar sagazmente a salvação por meio da graça do Senhor Jesus Cristo. Assim, os ASD admitem que alguém pode aceitar a Cristo de todo o coração, e viver uma vida absolutamente limpa e, contudo perder-se, porque em não guardar o sábado não teve o selo de Deus, e ao guardar o domingo, recebeu o sinal da besta, pois os que receberem esse sinal estarão perdidos eternamente (Ap. 14:9-11). E existem ingênuos que dizem não haver diferença entre os evangélicos e os ASD. Pura ignorância! Ledo engano!
Perguntamos aos srs. ASD: quando Cristo ensinou, ou alguns dos seus apóstolos disseram que o selo de Deus é a guarda do sábado? Porque Paulo e demais escritores do Novo Testamento nunca ensinaram isso? E Paulo disse ter ensinado todo o conselho de Deus (At. 20:27). Sem dúvida que tal ensino é um evangelho diferente, pregado pelos ASD (Gl. 1:8-9).
E qual é o verdadeiro selo de Deus para os nossos dias, perguntará o ASD? É a obra do Espírito Santo na vida de um cristão, promovendo a sua santificação:
Ef. 1:13: “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”.
- 4:30: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”.
Como é obra do Espírito Santo a santificação do cristão, Paulo fez mais esta declaração:
2Tm. 2:19: “Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo, aparte-se da iniquidade”.
Quão oportuno é ensinar, com o apoio da Palavra de Deus, que a obra do Espírito Santo na vida do cristão, promovendo a sua santificação mediante a fé no Cristo crucificado e ressurreto é, na verdade, receber o selo de Deus.
Mas, se os ASD querem se apegar ao sábado como selo de Deus com o seu povo, devem lembrar-se também que a circuncisão era um sinal entre Deus e o seu povo (Gn. 17:11-12) e, no entanto, os ASD não a praticam. Por que? Quantos são os que, segundo os ASD, recebem o selo de Deus?
Em Apocalipse capítulo 7, é descrita essa obra de assinalamento. Os versos 2 e 3 dizem: “E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus” (p.38).
Como vemos acima, o capítulo 7:2-3 trata dos 144mil, de acordo com os versículos seguintes (4-6). Então verifica-se um problema, pois os ASD somam hoje milhões no mundo, e todos se dizem selados com o selo de Deus, quando o número total dos assinalados é de 144 mil.
É interessante observar mais, que os que morreram depois de se ter identificados com a mensagem do 3º anjo são contados entre os 144 mil:
“(1) Os que morrem depois de se ter identificado com a mensagem do terceiro anjo são evidentemente contados como uma parte dos 144 mil, porque esta mensagem é a mesma que a do assinalamento de Apocalipse 7, e por essa mensagem só foram selados 144 mil. Mas há muitos que tiveram toda a sua experiência religiosa sob esta mensagem, mas caíram na morte. Morreram no Senhor, e por isso foram contados como selados; porque serão salvos. Mas a mensagem resulta no assinalamento só de 144 mil” (As Profecias do Apocalipse, p.302).
E não é só, mas ainda os 144mil serão os trasladados na vinda de Cristo, o que demonstra que abrange os ASD de todos os tempos. Se já agora os ASD são milhões, como ficarão os que passarem dos 144 mil, visto que apenas 144 mil serão selados com o selo de Deus?
“Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência — e nunca ninguém teve experiência semelhante. “Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai”. “Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro”. Apocalipse 14:1-5 (O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 654).
É uma pergunta que fazemos e gostaríamos de ter a resposta.
8ª OBSERVAÇÃO – A ‘mulher’ é a Igreja Católica
“A ‘mulher’ aqui éa IGREJA CATOLICA ROMANA, que em Apoc. 17 é simbolizada por uma grande meretriz. Quem não sabe que a sede da Igreja papal se localiza em Roma? Quem não sabe que Roma é conhecida no mundo inteiro como a “CIDADE DAS SETE COLINAS?” (p. 20).
Comentário: Com isso concordamos: que a ‘mulher’ de Ap. 17:9-10 seja a Igreja Católica Romana ou, melhor dizendo, a religião falsa. Sim, toda a religião falsa, e não só a Igreja Católica Romana. Discordamos de que a Besta de Ap. 13:1-2 seja a mesma Igreja Católica Romana, pois caso o fosse, teríamos de concluir o absurdo seguinte:
a) besta de Ap.13:1-13 é o Papado ou a Igreja Católica Romana, e
b) a ‘mulher’ de Ap. 17:9-10 é a Igreja Católica Romana, então,
c) desde que amulher estava sentada sobre a besta, conclui-se que
d) a Igreja Católica Romana estava sentada sobre si mesma (Ap. 17:3).
Como pode Roma Papal cavalgar sobre Roma Papal?
9ª OBSERVAÇÃO – Estados Unidos – A Segunda Besta
“Sendo a primeira besta o Papado e a segunda, os Estados Unidos, este verso quer dizer que os Estados Unidos vão obrigar o povo a adorar o Papado. Unicamente obrigando o povo a guardar o domingo, podem os Estados Unidos fazê-lo adorar o Papado, pois o domingo existe como dia santo por autoridade deste” (p.31).
Comentário: Em Ap. 13:12-15 lemos que a segunda besta, que no entender dos ASD são os Estados Unidos faz que os que habitam na terra adorem a primeira besta.
Perguntamos: quando foi que os Estados Unidos fizeram que todo o mundo adorasse o Papa? Caso se responda que isto é ainda para o futuro, perguntamos:
a) se é assim, como é então que o Papado começou em 533 A.D. e terminou em 1798 AD?
b) os versículos 16 e 17 afirmam que a segunda besta (e não a primeira), faz que todos “ponham um sinal na sua mão direita ou nas suas testas”, e quem não tiver tal sinal não poderá comprar nem vender. Pois bem, se esse sinal é a guarda do domingo, pois é a segunda besta que faz com que tal sinal seja posto, quando os Estados Unidos fizeram isso?
c) os ASD dizem que é a primeira besta, o Papa, é quem impõe o sinal e a Bíblia diz que é a segunda besta, em quem acreditar? Acreditar na interpretação dos ASD ou na Bíblia?
10ª OBSERVAÇÃO – Os Servos de Deus Advertem o Mundo
“Os Adventistas do Sétimo Dia surgiram no cenário mundial exatamente no tempo indicado pela profecia, para anunciar a Verdade ao mundo, advertir contra a adoração da besta e preparar um povo a fim de estar pronto para o retorno de Cristo nas nuvens do Céu” (p. 35).
Comentário: O Adventismo é originário de uma falsa profecia de William Miller, fundador do Movimento Adventista na América do Norte, quando interpretando erroneamente Dn. 8:14 fixou a data da segunda vinda de Cristo para 22 de outubro de 1844. Isto demonstra que o Adventismo começou em bases antibíblicas. A Bíblia é clara quando adverte contra o surgimento de falsos profetas:
Mt. 7:15-16: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”
Ora, os frutos dos profeta são as suas profecias. Desde que W. Miller profetisou a segunda vinda de Cristo para 22 de outubro de 1844, e ela não se deu, o que concluir? Temos a resposta em Dt. 18:20-22:
“Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrera. E, se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou: com soberba a falou o tal profeta, não tenhas temor dele”.
Embora declarem ter surgido no cenário mundial no tempo indicado pela profecia, com o propósito de advertir o povo para o segundo advento de Cristo, a mensagem que o Adventismo oferece ao mundo é muito diferente daquela que Cristo ordenou que se pregasse ao mundo:
Mc. 16:15-16: “E disse-lhes: ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.
O Adventismo prega o evangelho que Paulo pregou?
1Co.15:3-4: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.
O que constitui a mensagem dos ASD ao mundo? Apresentam interpretações sobre certas figuras bíblicas, datas e períodos, que com o tempo têm-se mostrado contraditório pelos próprios ASD. Verifiquemos algumas das “verdades” ensinadas pelos ASD ao mundo:
A) SERIA VERDADE QUE A OBRA REDENTORA DE CRISTO NÃO FOI CONCLUÍDA NA CRUZ?
“Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir” (O Conflito dos Séculos, p.492).
E ainda dizem:
“Antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de Sua solene obra – purificar o santuário” (O Conflito dos Séculos, p.420).
Comentário: A Bíblia ensina que Jesus penetrou no lugar santo dos santos ao ascender ao céu e não no ano de 1844:
Hb 6:19–20: “A qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até no interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque”.
Basta comparar o texto acima com Ex. 26:33: “Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e meterás a testemunha dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo”.
Por outro lado, a obra da redenção foi completada na cruz:
Jo. 19:30: “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”.
Hb. 9:11-12: “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes, e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”.
B) SERIA VERDADE QUE NOSSOS PECADOS ESTÃO PERDOADOS E NÃO CANCELADOS?
“Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai, contudo, ainda permaneciam seus pecados no livro de registro! Como na serviço típico havia uma expiaçãoao fim do ano, semelhantemente” (O Conflito dos Séculos, p.420).
Como, srs. ASD, sua ‘verdade’ ensina que os pecados dos cristãos estão apenas perdoados e não cancelados?
“A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os mortos são julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído o juízo em que seu caso deve ser investigado” (O Grande Juízo de Investigação, p.489).
Quando Jesus disse ao paralítico: “Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados” (Mt. 9:2) Jesus queria dizer “teus pecados estão perdoados mas não cancelados?” Por outro lado, a ideia que o trabalho do Cristo no céu, a partir de 22 de outubro de 1844 é um Juízo Investigativo no santuário celestial, não tem apoio bíblico. Otrabalho de Cristo no céu é de intercessão, e não de juízo investigativo. Isto está claramente ensinado em Hb. 7:25: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por eles se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”.
Afirmar que Cristo está no céu, julgando e examinando o registro, para determinar quem é digno de salvação ou não, é completamente estranho ao ensino bíblico:
Rm. 8:34: “Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem resuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”.
O julgamento que Cristo fará será depois da sua vinda e não antes. É o que se lê em “E quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória, e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará outro uns dos outros como o pastor aparta dos bodes as ovelhas” (Mt. 25:31-32).
Como pode agora, fazer Jesus um trabalho duplo e antagônico de Juízo Investigativo, e ao mesmo tempo de advogado de seu povo? É preciso uma boa dose de boa vontade para interpretar que Ap. 14:6-7 – a mensagem do 3º anjo – tenha algo a ver com o Juízo investigativo apregoado pelos ASD, decorrente de um erro profético de William Miller (Dt. 18:20-22; Is. 9:16).
Por que Deus teria necessidade de efetuar um Juízo Investigativo acerca daqueles que Ele já tem conhecido desde a fundação do mundo?
Rm. 8:29-30: “Porque aos que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”.
O mesmo pode dizer-se de Cristo:
Jo. 10:27-28: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem. E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão”.
C) SERIA VERDADE QUE SATANÁS VAI LEVAR OS PECADOS DOS CRISTÃOS?
“O bode emissário tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão finalmente colocados. Quando o sumo sacerdote, por virtude do sangue da oferta pela transgressão, removia do santuário os pecados, colocava-os sobre o bode emissário. Quando Cristo, pelo mérito de Seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de Seu povo, ao encerrar-se o Seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, para nunca mais voltar á congregação de lsrael. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado e dos pecadores” (O Conflito dos Séculos, p.421).
Comentário: Como se lê na página anterior, Satanás é comparado ao bode emissário para carregar com o pecado do povo de Deus. Isto é clara negação da doutrina fundamental da expiação feita por Cristo. Torna Satanás nosso Salvador em lugar de Cristo, ou, para ser mais brando, reparte com Cristo a honra da redenção. E isto não é ensino bíblico, senão ensino Adventista, pois lemos:
H. 9:28: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecera segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação”.
Jo 1.29: “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.
1Pe. 2:24: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos vier para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”.
Agora, de acordo com Lv. 16:5: “E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para expiação do pecado e um carneiro para holocausto”.
É impossível interpretar que o segundo bode (o bode emissário) represente Satanás, pois Satanás não é oferta pelo pecado. O sentido de ambos os bodes é que eles representam a propiciação efetuada por Cristo:
1) O bode expiatório representa o fato de que Cristo derramou seu sangue para redimir-nos dos nossos pecados;
2) O bode emissário, enviado ao deserto representa o fato do que, pela morte de Jesus, nossos pecados são removidos de nós para nunca mais nos alcançar;
3) Satanás será punido pelos seus pecados, isto é ensino da Bíblia, mas que nossos pecados ou os pecados ao mundo serão colocados sobre ele, em nenhum lugar da Bíblia é isso ensinado. E tenha-se presente que Satanás não será aniquilado, o que implica que se o ensino dos ASD é verdadeiro, então ninguém ficará livre dos seus pecados:
Mt. 25:41: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.
Ap. 20:10: “E o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”
Então, a “verdade” que os ASD anunciam ao mundo como seu evangelho, resume-se nos seguintes pontos:
1) Que nossos pecados ainda não estão cancelados, só perdoados;
2) Que nossos pecados serão cancelados somente quando Cristo voltar;
3) Que a obra redentora de Cristo na cruz não está concluída;
4) Que Satanás é uma vítima, forçada para carregar definitivamente nossos pecados;
Se esse ensino não é outro evangelho (Gl 1.8,9) então não existe o perigo de “outro” evangelho (2Co. 11:4).
D) SERIA VERDADE QUE EM RAZÃO DA OBRA REDENTORA DE CRISTO NÃO ESTAR CONCLUÍDA, NO INTERVALO ENTRE A MORTE E A RESSURREIÇÃO, DEVE O CRISTÃO DORMIR NA SEPULTURA, INCONSCIENTEMENTE?
“Se fosse verdade que a alma passa diretamente para o Céu na hora do falecimento, bem poderíamos então anelar a morte em lugar da vida” (OConflito dos Séculos, p.545).
Comentário: Para o ASD não existe alternativa, pois desde que seus pecados não estão cancelados, mas só perdoados, em vista da obra de Cristo não estar concluída, só resta mesmo admitir que na morte o cristão vai dormir na sepultura, até à segunda vinda de Cristo.
1) Perguntamos aos ASD: o que nos diz o texto de Hb. 12:22-23? “Mas chegastes ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; e à universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” onde se mencionam várias pessoas no céu, destacando-se “os espíritos dos justos aperfeiçoados”? Estão eles inconscientes no céu?
2)Disse Paulo esperar entrar num estado de inconsciência quando declarou preferir estar com Cristo? Fp. 1:21-24: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor, mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne”.E também quando disse:
2Co. 5:6-8: “Pelo que estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor, mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor”.
3)Quando Moisés encontrou-se com Elias no Monte da Transfiguração, estava ele num estado de inconsciência?
Dt. 34:5-6: “Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme o dito do Senhor, e o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém tem sabido ate hoje a sua sepultura”.
Mt. 17:3: “Eis que lhes apareceram Moisés, e Elias, falando com ele”.
4)Estava o rico de Luc. 16.19-31 inconsciente, quando no Hades, clamou: “E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo, e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”.
5)Não diz a Bíblia que, quando o corpo desce ao pó, o espírito sobe a Deus? Ec. 12:7: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”.
6) Quando Jesus disse ao ladrão na cruz: “Hoje estará comigo no Paraíso” e logo depois disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E havendo dito isso, expirou” Logo o que aconteceu foi:
a) Seu espírito foi estar no paraíso e o espírito do ladrão foi com ele;
b) O espírito de Jesus e o espírito do ladrão arrependido não foram dormir na sepultura, pois na sepultura, dormem apenas os corpos:
Mt. 27:52: “E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados”.
E) SERIA VERDADE RECUSAR AS ÁGUAS DO BATISMO A UMA PESSOA QUE NÃO ACREDITA NO ‘ESPÍRITO DE PROFECIA’ DE ELLEN WHITE?
“18. Crê no Espírito de Profecia? ………….. Quantos livros já leu? ………………….
Deve-se aceitar que os escritos de Ellen White têm o mesmo grau de inspiração dos escritores bíblicos?
“Cremos que: 6. O ministério e os escritos de Ellen White foram uma manifestação do dom de profecia. 7. Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos. O produto dessa inspiração têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia.
Negamos que: 1. A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas” (Revista Adventista, fevereiro 1984, p. 37).
Comentário: Como aceitar-se o “Espírito de Profecia” de uma mulher que se intitula profetiza, cujas profecias não se cumpriram? Algumas das profecias de Ellen White são:
a) o fechamento da por t a da graça em 1844;
b) indicação do dia e da hora para a volta de Cristo, posteriormente esquecidos após sair da visão, segundo ela?
c) declaração de que a guerra da secessão americana envolveria a Inglaterra e daí haveria guerra mundial.
Embora condenada por Dt. 18:20-22, Ellen White afirmava que “É Deus e não um falho mortal quem fala para salvá-los da ruína” (Testemunhos Seletos, vol. II, p. 292). Os ASD foram “impelidos” a ler os escritos inspirados dela em seus lares:
Os livros do “Espírito de Profecia” e também os “Testemunhos”, devem ser introduzidos em toda família observadora do sábado; e os irmãos devem conhecer-lhes o valor e ter impelidos a lê-los” (Testemunhos Seletos, vol. II, p.290).
Essa posição dos ASD, para com os escritos de Ellen White, não os leva ter uma adição da Bíblia, da forma como os mórmons com o Livro de Mórmon e Doutrina e Convênios?
F) SERIA VERDADE ACEITAR QUE JESUS EM SUA HUMANIDADE POSSUÍSSE UMA NATUREZA PECAMINOSA, CAÍDA, COMO A NOSSA?
“Em Sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa, caída. Senão, não seria então “em tudo semelhante aos irmãos”, não seria como nós, em tudo… De sua parte humana, Cristo herdou exatamente o que herda todo filho de Adão – uma natureza pecaminosa” (ESTUDOS BÍBLICOS, 140141).
Comentário: Esse não é o Jesus da Bíblia, é um Jesus estranho, pois do Jesus da Bíblia está dito: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os seus” (Hb 7:26). Como podia Jesus ser “santo, inocente, imaculado” e participar da nossa natureza pecaminosa, caída? Se fosse verdade o ensino dos ASD, teríamos a monstruosidade da natureza divina habitar numa natureza pecaminosa, pois lemos em Cl. 2:9: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Se fosse verdade ter Jesus uma natureza caída, pecaminosa, como poderia ter dito Jo. 14:30: “Já não falarei muito convosco; porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim”. Como podia João dizer dele ”E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados e nele não há pecado” (1Jo. 3:5).
Negamos com isso a humanidade de Jesus Cristo? Não, pois lemos em Hb. 4:15: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nos, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.
10ª OBSERVAÇÃO – As Três Mensagens dos Anjos
“Apocalipse 14:6-12 compara o trabalho dos Adventistas com três anjos voando rapidamente pelo meio do céu, com mensagens solenes para anunciar ao mundo. São três as mensagens:
PRIMEIRA MENSAGEM:
“Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Apoc. 14:7.
Aqui vemos um chamado para temer a Deus e adorá-lo, em vista de estar se aproximando o juízo. Como tememos a Deus? – “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”. Eclesiastes 12:13-14.
Vemos aqui um chamado para a humanidade voltar a guardar os mandamentos da Lei de Deus, originais, e não os do Catecismo, falsificados” (p.35).
Comentários: Gostaria de perguntar aos ASD, inicialmente, onde se encontra em Apocalipse 7 qualquer referência à guarda do sábado? É possível desculpar-se um modesto capitão de navio, como João Bates, tirar do texto uma dedução para essa interpretação, mas que uma denominação inteira tenha visto em Apocalipse 7 uma referência à guarda do sábado, é negócio sério. Por esse tipo de interpretação irresponsável qualquer um pode chegar às mais disparatadas interpretações. Mas, o escritor do livreto faz uma ginástica exegética e aponta Ec.12:13-14 como sendo os “mandamentos” mencionados os do decálogo, e como o sábado está incluído entre os dez, logo o sábado deve ser observado. Naturalmente não se ignora que o autor do livro de Eclesiastes é Salomão. Pois bem, diz Ec. 12:13-14 que os “mandamentos” ali mencionado se refere exclusivamente aos 10 mandamentos ou o texto de Ec. 12:13-14 é mais abrangente? Salomão, como escritor e como rei de Israel sabia que:
a) Deus ordenou aos reis de Israel que tivessem consigo uma cópia do livro, da lei e que o consultasse diariamente (Dt 17.15-19);
b) o livro da lei abrangia mais do que os 10 mandamentos. Abrangia os cinco livros primeiros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Eis o que diz o SI. 119.128: “Por isso tenho em tudo como retos todos os teus preceitos”.
c) Mas os ASD ensinam que o livro da lei, colocado ao lado da arca, continha preceitos inteiramente cerimoniais e abolidos.
O CAMINHO MARAVILHOSO (p.164)
LEI CERIMONIAL
Deus a falou a Moisés – Dt. 1:1-6.
Moisés a escreveu num livro – Dt. 31:26.
Foi guardada ao lado da arca – Dt. 13:26.
Não aperfeiçoou coisa alguma – Hb. 7:19.
É “sombra” do sacrifício de Cristo – Hb. 10:1.
Era um jugo de escravidão – Gl. 5:1.
É a lei que consistia em ordenanças – Ef. 2:15.
Foi pregada na cruz – Cl. 2:14.
Cristo a aboliu – Ef. 2:14-15.
d) Logo, não seremos julgados por uma lei abolida, no meio da qual estavam duas vezes os 10 mandamentos (Ex. 20 e Dt. 5 escrito por Moises), mas seremos julgados pelo que Cristo ensinou:
Jo. 12:48: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia”.
E, prestem atenção Srs. ADVENTISTAS, JESUS NUNCA MANDOU GUARDAR OSÁBADO, mas mandou que guardássemos tudo o que ele havia ensinado (Mt 28:18-20).
SEGUNDA MENSAGEM:
“Caiu, Caiu Babilônia, aquela grande Cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição” Apoc. 14:8.
A palavra BABILÔNIA aqui significa confusão religiosa. A Grande Babilônia é a Igreja Católica. O vinho da ira da sua prostituição são suas doutrinas falsas, que ela ensina ao mundo, doutrinas estas que nasceram da sua prostituição com o paganismo.
Mas Babilônia tem as suas “filhas” que lhe seguem o exemplo, crendo e ensinando doutrinas falsas que vêm de Roma. Estas são as igrejas protestantes, que têm caído devido à rejeição da verdade e das advertências que Deus lhes envia.
Deus faz um convite aos sinceros para saírem da Babilônia, antes de começarem a cair as “SETE PRAGAS”, quando será muito tarde. Apoc. 18:1-4” (p.36).
Comentários: Não é de estranhar que os ASD nos tachem de ” ilhas da prostituta”, pois os Judeus não fizeram por menos com Jesus, que foi acusado de violador do sábado por ter curado um cego de nascença no dia de sábado:
Jo 9.16: “Então alguns dos fariseus dizem: Este homem não é de Deus; pois não guarda o sábado”.
Se fizeram isso com Jesus, alcunhando-o de “pecador”, não se deve esperar menos dos que se dizem hoje judeus e não o são, mas pertencem à sinagoga de Satanás (Ap. 3:9) fazer o mesmo.
Sabemos que estamos fazendo uma acusação grave, mas o escritor do livreto é tão sectário, que não teme blasfemar contra o Espírito Santo (Mt. 12:31-32), ao chegar a declarar sem rodeios:
“Meu amigo, se o espírito que você recebe não o ensinou a guardar o sábado, afaste-se dele imediatamente, pois o espírito que ensina o erro será jogado no “lago de fogo” no juízo final, e você seguindo os seus falsos ensinos, será como ele ali jogado. Apocalipse 20:10” (p. 34).
Observe leitor a palavra “espírito” grafada com minúscula, dando a entender aos pentecostais que o “espírito” que receberam não é o Espírito Santo, mas “espíritos demoníacos (ou anjos) que acompanharão o Diabo ao lugar de fogo eterno (Mt. 25:41; Ap. 20:10).
Mas, deixando de lado a interpretação estapafúrdia, comparemos a interpretação do livreto:
a) BABILÔNIA – representa a Igreja Católica;
b) BESTA (mensagem do 3º anjo) – representa o Papado.
Então, desde que a mulher estava assentada sobre uma besta, temos o papado montado sobre si mesmo, pois a mulher (Igreja Católica, montava sobre a besta (Papado). Pode alguém montar sobre si mesmo? Ou será então que a mulher (Igreja Católica) montada sobre a Besta (o Anticristo a surgir das 10 nações que formarão o futuro Império Romano – Dn. 7:25 comparado com Ap. 13:1-5), dirigirá o Anticristo pois quem monta dirige quem é montado, ou seja, o sistema religioso aliado ao poder político futuro?
Tenha-se presente mais, que de acordo com Ap. 13:16-18, quem impõe a marca da besta (666) é a segunda besta (Estados Unidos) e não a primeira. Quando – repetimos os Estados Unidos impuseram a guarda do domingo?
Assim, a fantasia interpretativa dos ASD não encontra apoio na Bíblia, pois:
a) não há prova histórica de que algum Papa tenha mudado o sábado para o domingo. Isto foi feito por Deus mesmo:
Dn. 2:20-21: “Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força. Ele muda os tempos e as horas”.
Os. 2:11: “E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, assuas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades”.
Is. 1:13: “Não tragais mais ofertas debalde; o incenso é para mim abominação e as luas novas e os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade, nem mesmo o ajuntamento solene”.
b) o sábado judaico foi abolido por Cristo (Hb. 7:12; Cl. 2:14-17; Ef. 2:11-14), tomando o domingo o seu lugar como dia de adoração a Deus: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos. Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos nele” (Sl.118:22-24).
Logo, a pedra é Jesus (At. 4:11) que foi rejeitada pelos judeus na sexta-feira (Mt. 26.63-68; Jo. 19:17-23) e que ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc. 16:9). “Este é o dia que fez o Senhor…”
c) o verdadeiro selo de Deus não é a guarda do sábado, mas o batismo com o Espírito Santo (Ef.1:13; 4:30; 2Tm.2: 19).
d)a mensagem de Ap. 14 representa, então, a pregação do Evangelho a todas as nações começando com Jerusalém (Lc. 24:44-46) e para aqueles que rejeitaram a mensagem do Evangelho (1Co. 15.31) começa o juízo de Deus (Ap. 14:10; 16:19; 18:2).Compare com Ap. 6:9-11, onde as almas dos que foram mortos clamavam por vingança e foi-lhes dito que repousassem até que os demais fossem mortos e começasse o juízo de Deus sobre os ímpios.
e)os mandamentos de Ap. 14:12 são os mandamentos de Cristo (Mt. 7.24; 28:20; At. 1:2; 1Co. 14:37; 1Ts. 4:2; Jo. 14:15,21; 15:10; Gl. 6:2; 1Jo. 3:23, 4:21; 2a. Jo. 5) e nada, absolutamente nada, sobre o sábado.
f) como poderiam os ASD continuar a obra da Reforma Protestante, se os Protestantes são “as filhas da prostituta” e entre os reformistas estavam Lutero, Calvino, Wesley e todos eles eram guardadores do domingo?
11ª OBSERVAÇÃO – RESPONDENDO A OBJEÇÕES
“E fato inegável que todos os cristãos concordam com nove dos mandamentos. Unicamente com o quarto, a guarda do sábado, não concordam. E para desculpar sua negligência na observância do quarto mandamento, inventam toda sorte de argumentos sutis, que vamos analisar:” (p. 41).
Comentários: Não é verdade o que está dito, que concordamos com 9 mandamentos e não com o 4º mandamento. Quem disse para o autor do livreto que os mandamentos da lei de Deus são 10? Foram os próprios ASD que criaram uma divisão da lei de Deus em duas partes, afirmando que os 10 mandamentos são a lei moral e que o restante da lei é chamado lei cerimonial. Fizeram essa divisão espúria, para poder, com isso, argumentar a favor do 4º mandamento, mas isso sem base bíblica. Tanto é assim, que dizem:
“Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em várias categorias: 1) lei moral; 2) lei cerimonial; 3) lei civil; 4) estatutos e juízos; 5) leis de saúde. Esta classificação é em parte artificial. Na realidade, algumas dessas categorias estão interligadas, e há bastante coincidência. Os antigos não as viam como separadas e distintas” (Lição 2, terça-feira 8 de janeiro de 1980, p.18).
Se os ASD reconhecem que tal divisão é “artificial”, porque a sustentam? E por que fazem tal divisão? Porque reconhecem que se não a fizessem teriam que guardar mais que o decálogo, e isso seria impossível para eles. Assim é que dizem sobre essa divisão:
O CONTRASTE ENTRE AS DUAS LEIS
A LEI MORAL A LEI CERIMONIAL
É chamada ‘lei real’ Tg.2:8 É chamada a ‘lei que consiste em ordenanças’ Ef.2:15
Foi proferida por Deus Dt. 4:12-13 Foi ditada por Moisés (Lv. 1:1-3)
Foi escrita por Deus em tábuas de pedra Ex.24:12 Era uma “cédula de ordenanças” Cl.2:14
Foi escrita pelo dedo de Deus Foi escrita por Moisés num livro 2Cr.35:12
Foi posta na arca Foi posta ao lado da arca Dt.31:21-26
É perfeita Nenhuma coisa aperfeiçoa Hb. 7:19
Deverá permanecer firme para todo sempre Foi cravada na cruz Cl.2:14
Não foi destruída por Cristo Foi ab-rogada por Cristo Ef.2:15
Devia ser engrandecida por Cristo Foi tirada por Cristo Cl. 2:14
Comunica conhecimento do pecado Rm.3:20; 7:7 Foi instituída em consequência do pecado Lv.8:7
Dizem pois, que a lei cerimonial (olhe acima no lado direito ) era assim chamada pelas seguintes razões:
a) foi ditada por Moisés
b) era uma cédula de ordenanças
c) foi escrita por Moisés
d) foi posta ao lado da arca
e) foi cravada na cruz
f) foi ab-rogada por Cristo
g) foi tirada por Cristo
O que se deve fazer para saber o que foi cravado na cruz e ab-rogado por Cristo? Devemos examinar o “livro da lei” colocado ao lado da arca e escrito por Moisés e verificar se suas leis são inteiramente cerimoniais, e portanto abolidas, como os ASD afirmam. Vejamos, por exemplo:
Gl. 3:10: “Todos aqueles pois que são das obras da lei, estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei para fazê-las”.
O que abrangia o livro da lei? A resposta é óbvia e os ASD não a desconhecem: o Pentateuco, ou seja, os livros de Gênesis, Êxodo Levítico, Números e Deuteronômio. Se fosse válida a argumentação dos ASD, de que o livro da lei escrito por Moisés, colocado ao lado da arca, continha leis inteiramente cerimoniais que foram “cravadas na cruz” ou “ab-rogadas por Cristo”, como está declarado na divisão acima “O CONTRASTE ENTRE AS DUAS LEIS”, teríamos que consultar esses livros e verificar se suas leis são inteiramente cerimoniais e abolidas, como afirmam os ASD: Vejamos:
Dt. 27:26: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei , não as cumprindo. E todo o povo dirá Amém”.
Partindo agora do v. 15 desse capítulo, podemos ver que tipo de leis faziam parte do livro da lei para opinar se tratam-se de lei s inteiramente cerimoniais e abolidas:
Dt. 27:15: “Maldito o homem que fizer imagem de escultura, ou de fundição, abominação ao Senhor, obra da mão do artífice, e a puser em um lugar escondido. E todo o povo responderá, e dirá: Amém.”
Diriam os ASD que se trata de uma lei cerimonial e abolida porque foi escrita por Moisés, colocada ao lado da arca? Respondam senhores ASD!
Dt. 27:16: “Maldito aquela que desprezar a seu pai ou a sua mãe. E todo o povo dirá: Amém”.
Seria outro preceito inteiramente cerimonial e abolido por estar escrito por Moisés num livro, colocado ao lado da arca? Respondam senhores ASD!
Seguindo nosso exame do livro da lei, escrita por Moisés e colocada ao lado da arca, teríamos outros mandamentos inteiramente abolidos segundo a divisão da lei em duas partes como o fazem os ASD:
Ex. 23:1 “Não admitirás falso rumor, e não porás a tua são com o ímpio, para seres testemunha falsa”.
Lv. 19.11: “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo”.
Será um preceito inteiramente cerimonial e abolido???
Lv. 19:13: “Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até a manhã”.
Será um preceito cerimonial e abolido??? Está no livro da lei colocado ao lado da arca, escrito por Moisés.
Lv. 19:18: “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo; eu sou o Senhor”.
Será um preceito cerimonial e abolido? Eis que foi escrito por Moisés e colocado ao lado da arca.
Logo, não se trata de guardar 9 mandamentos e desprezar o 4ºmandamento, como insinuam os ASD, pois eles mesmos indicam, dentro dessa divisão artificiosa da lei em duas leis que “a lei cerimonial foi cravada na cruz” (Cl. 2:14) e entre os preceitos cravados na cruz estão os dias de festa (sábados anuais ou cerimoniais), luas novas (os dias sagrados mensais) e os sábados (dias sagrados semanais):
“Cl. 2:16–17: “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”.
Mas, como acreditar no que os ASD ensinam, se hoje já mudaram de opinião quanto à essa divisão da lei em duas leis e dizem:
‘Note que “A Lei de Moisés” (Atos 15:5), nas Escrituras, refere-se a todas as leis dadas por meio do Moisés — cerimonial, moral e civil (Ver Deut. 31:9-11; 33:1-4; Neem. 8:1-3 e 14; 9:13 e 14; 10:29-31; Dan. 9:11; S. Mar. 7:10; S, João 7:19-23). “A Lei de Moisés” (Heb. 10:28) incluía os Dez Mandamentos”. Lição dos Adultos/Professor, Abril—Junho, 1990, p.11).
12ª OBSERVAÇÃO – Dizem “Cristo aboliu a Lei”
“1 – Dizem Cristo aboliu a Lei. Mas o que disse Jesus?
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo, que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido” Mt.5:17-18 (p. 41).
Comentário: Perguntamos aos ASD: Quem disse que Mt 5:17-18 se refere exclusivamente aos 10 mandamentos? Não dizem os ASD que os 10 mandamentos são os maiores mandamentos da lei ? Como então admitir que Mt. 5:17-18 se refira aos 10 se está dito:
Mt. 5:19: “Qualquer pois que violar um desses mais pequenos mandamentos, e assim ensinar, será chamado menor no reino dos céus; aquele porém que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”.
Ao ler, com cuidado, Mt. 5:17-18, se observa que Jesus não está falando estritamente aos 10 mandamentos, mas que abrange a Lei de Moisés na sua inteireza, ou seja, a lei moral e cerimonial dos ASD. Vejamos os casos ilustrativos:
a) no v.21 Jesus refere-se ao homicídio, evidência ao decálogo (Ex. 20:13);
b) nos vs. 23-24 Jesus, refere-se à oferta trazida ao altar, não corresponde ao decálogo, mas à lei cerimonial dos ASD (Dt. 16:16-17);
c) no v.27 Jesus refere-se ao adultério, que corresponde ao decálogo;
d)no v.31 Jesus refere-se ao divórcio, também não corresponde ao decálogo, mas à lei cerimonial dos ASD (Dt. 24:1);
e) no v.31, Jesus refere-se aos juramentos, proibidos em Lv. 19:12 – lei cerimonial dos ASD;
f) no v.38:43 Jesus refere-se à lei do talião (Ex. 21:24) – lei cerimonial dos ASD.
Se Mt. 5:17-18 pode ser interpretado como significando os preceitos do decálogo, por referir-se trêsvezes aos mesmos e como tais obrigatórios na dispensação cristã, então não podemos deixar de reconhecer que também a lei chamada cerimonial pelos ASD segue exercendo igual autoridade obrigatória para todos os cristãos. Certamente não concordam com essa interpretação os ASD, poisafirmam que a lei foi “ab-rogada por Cristo” (Ef.2:15).
Desde que no Sermão do Monte (Mateus 5 a 7) não seencontra preceito para se guardar o sábado, não há transgressão de um mandamento que não é repetido no Novo Testamento.
Sustentam ainda a ideia ASD de que a lei vai permanecer até que o céu e a terra passem e desde que não passaram o céu e a terra, devemos continuar a guarda da lei, que para eles são os 10 mandamentos. Entretanto, Jesus não está afirmando isso que a lei vai permanecer até que o céu e a terra passem, mas que a lei não passaria sem que tudo nela fosse cumprido. E Jesus a cumpriu integralmente (Jo. 19:30; Ef. 2:15; Cl. 2:14-17; Hb. 7:12), logo passou (Rm. 10:4).
13ª OBSERVAÇÃO – A lei se resume em dois mandamentos
“A lei se resume em dois mandamentos: Amar a deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Esta passagem, ao invés de dispensar a guarda do sábado, a reforça. Os quatro primeiros mandamentos se referem ao dever do homem para com Deus. Os seis últimos, as nossas obrigações e respeito para com o próximo” (p. 42).
Comentário: Os dois mandamentos a que se refere o escritor estão registrados em Mt. 22:36-40: “Mestre , qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas”.
Como vimos na declaração do escritor os dois mandamentos citados por Jesus resumem em dois os 10 mandamentos do decálogo: 1) Amor a Deus, os 4 primeiros mandamentos; 2) Amor ao próximo, os 6 restantes. Mas, segundo a divisão da lei feita pelos ASD, Lei Moral e Lei Cerimonial, os doismaiores mandamentos assim reconhecidos por Jesus se encontram no livro da lei que Moisés escreveu, e foi posto ao lado da arca, que continha preceitos inteiramente cerimoniais e abolidos (Cl. 2:14 “Foi cravada na cruz”). Vejamos: onde encontramos o amar a Deus de todo coração ? Em Dt. 6:5: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder”.
Quem escreveu o livro de Deuteronômio? Certamente que os ASD não ignoram que foi Moisés. Onde encontramos registrado o segundo mandamento citado por Jesus em importância? Em Lv. 19:18: “Não te vingarás nem guardarás ira contra os Filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo; eu sou o Senhor”.
Quem escreveu o livro de Levítico? Certamente que os ASD não ignoram que foi Moisés. Tanto o livro de Deuteronômio como o de Levítico faziam parte do livro da lei escrito por Moisés e colocado ao lado da arca. Segundo ainda a divisão da lei feita pelos ASD, o livro da lei continha leis inteiramente cerimoniais e abolidas; e se fosse correta essa divisão, estaríamos hoje desobrigados de amar a Deus sobre todas as coisas e de amar o próximo como a nós mesmos. Concordam com isso osASD? Concordam que a sua Lei Moral depende da sua Lei Cerimonial? Melhor explicando, os 10 mandamentos são dependentes da Lei Cerimonial (os livros escritos por Moisés e colocados ao lado da arca)? Que dilema! Que dilema!
14ª OBSERVAÇÃO – O Sábado Foi Dado para os Judeus, Não para Nós
“O sábado foi dado para os judeus, não para nós. Perguntamos aqui: Adão e Eva eram judeus? Pois Deus fez o sábado na criação, quando só existia esse casal recém-criado” (p.42).
Comentário: Afirma a Bíblia que Deus descansou e santificou o sábado antes da queda da raça humana não prova que a observação do sábadoseja um mandamento obrigatório para toda a humanidade, desde que consideremos que o sábado da criação foi interrompido pela entrada do pecado no mundo. Assim que Deus descansou somente um sábado e não veio a descansar outro.
Esta declaração pode parecer ridícula, mas Cristo mesmo confirmou a verdade da referida declaração: Jo. 5:17: “E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.
Assim que, dessa declaração de Jesus Deus não guarda mais o sábado. Sem dúvida, outra vez quis Deus deleitar-se na observância do sábado, depois de libertar Israel da servidão do Egito repetiu esse desejo, mas depois que o povo entristeceu o coração de Deus, por causa da sua rebeldia, Deus disse: Is. 1:13: “Não tragais mais ofertas debalde; o incenso é para mim abominação e as luas novas, e os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade, nem mesmo o ajuntamento solene”.
Pode ser dito de um preceito moral como não matar, não roubar, não adulterar que a falta de tal prática é abominação? Entretanto, Deus disse sobre o sábado que a guarda desse dia por Israel tornou-se para Ele uma abominação, que não suportava mais a iniquidade.
E que o sábado não foi dado aos gentios se torna claro de no SI. 147:19-20: “Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos a Israel. Não fez assim a nenhuma outra, nação e, quanto aos seus juízos, não os conhecem”.
15ª OBSERVAÇÃO – O Sábado Foi Feito Por Causa do Homem
“A Bíblia diz que “o sábado foi feito por causa do homem” S. Marcos 2:27. Só os judeus é que podem ser classificados como homens? Você não?” (p. 42).
Comentário: O texto em apreço (Mc. 2:27) é um texto fora do contexto, pois lemos no v.28 seguinte: “Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor”.
Jesus não disse que o sábado é o dia do Senhor, mas disse que é “Senhor do sábado” (2:28). Ora, se o sábado foi feito por causa do homem, então deve estar-lhe sujeito e com esse entendimento foi que Jesus defendeu os discípulos da acusação de transgredirem o dia (Mt. 12:1-10), afirmando na conclusão: “Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes” (Mt. 12:7).
Logo, Jesus, como “Senhor do sábado”, com autoridade sobre o dia, declarou qual o pecado de quem trabalha no sábado: “INOCENTE”.
E não se diga que a guarda do sábado não foi um jugo pesado para os próprios judeus, pois até acender fogo era considerado transgressão digna de morte: “Não acendereis fogo em nenhuma das vossa s moradas no dia de sábado” (Ex. 35:3).
E aqui fica o repto para os ASD: mostrarem um único adventista que não acenda fogo no dia do sábado!!! Por ventura estarão esquecidos que “a justificação pelas obras da lei” vinha da guarda de toda a lei, em todos os seus pormenores? “Todos aqueles pois que são das obras da lei, estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei para fazê-las” (Gl. 3:10).
Qual a penalidade imposta pela lei para quem acendesse fogo na sua casa no dia de sábado? Hb. 10:28: “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas”.
A confirmação disso está em Nm. 15:32-36, quando morreu um homem apedrejado simplesmente porque foi encontrado apanhando lenha no dia de sábado.
Se a lei estivesse em vigor, quantos ASD continuariam vivos, apesar da insistência com que falam que se deve guardar o sábado, quando eles próprios não o fazem. Rm 2:21: “Tu, pois, que ensinas o outro, não te ensinas a ti mesmo?”
16ª OBSERVAÇÃO – COLOSSENSES 2:16-17
“6 – Os versos da Bíblia mais usados pelos protestantes, para combaterem o sábado, são os de Colossenses 2:14-17. O verso 16 diz: “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa ou da lua nova, ou dos sábados’. O que eles se esquecem, ou não conhecem, é que esses sábados aqui mencionados não são o sábado do quarto mandamento da lei de Deus, mas os sábados da lei cerimonial, chamada de “a lei de Moisés”.
Existiam como parte dessa lei vários tipos de sábados festivos, cerimoniais, que cessaram a sua existência com a morte de Cristo na cruz. Ler sobre esses sábados em Levítico 23, todo o capítulo, e em Levítico 25:1-7”.
Comentário: Será que nos esquecemos ou não conhecemos que esses sábado mencionados em Cl. 2:16 não são do 4º mandamento, mas que se tratam de sábados cerimoniais? Ou será que os ASD propositadamente procuram que assim entendamos?
Por que conhecemos é que vamos refutar essa interpretação que a palavra “sábados” de Cl. 2:16 se refere ao sábado do 7º dia do 4º mandamento: Expomos trêsrazões para nossa interpretação:
1ª Razão: Os sábados festivos, cerimoniais, eram chamados “festas” e já estão incluídos na frase “dias de festas” de Cl. 2:16. Esses dias de festas ou “sábados festivais” eram designados “dias de festas” como segue:
1º dia de festa: Festa da Páscoa – Lv. 23:5-7;
2º dia de festa: Festa dos Asmos – Lv. 23:8;
3º dia de festa: Festa de Pentecoste – Lv. 23:15-16;
4º dia de festa: Festa das Trombetas – Lv. 23:23-25;
5º dia de festa: Festa da Expiação – Lv. 23:26-32;
6º dia de festa: 1º dia da Festa dos Tabernáculos;
7º dia de festa: Último dia da Festa dos Tabernáculos – Lv. 23:24-36
2ª Razão: A fórmula “dias de festa, luas novas e sábados” é a fórmula consagrada para indicar osdias sagrados anuais, mensais e semanais: Nm. 28:9-10,14,16 ; 1Cr. 23:31; 2Cr. 2:4, 8:13; Ez. 45:17; Os. 2:11.
3ª Razão: As palavras “sábados”, “sábado” e “dias de sábado” (singular ou plural) ocorrem 60 vezes no Novo Testamento. Em 59 casos os ASD reconhecem tratar-se do sábado semanal e em apenas 1 caso entendem tratar-se dos sábados festivos. E por que? Porque teriam de reconhecer que os sábados semanais do 4º mandamento estava entre as coisas passageiras da lei e que foram cravados na cruz (Cl. 2:14):
“Os termos sábado, sábados e dia de sábado acorrem sessenta vezes no Novo Testamento, e em cada caso, exceto um, refere-se ao sétimo dia. Em Col. 2:16–17, faz-se referência aos sábados anuais relacionados com as três festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de Cristo” (ESTUDOS BÍBLICOS, p.378).
Assim, se dermos na passagem de Cl. 2:16, à palavra “sábados” que lá ocorre, o sentido de sábado semanal, temos em apoio da nossa interpretação 59 casos, e os ASD dando à mesma palavra o sentido de “sábados festivais ou cerimoniais” não tem em apoio nenhum caso fora o mesmo em que se firmam. Se é uma das regras de hermenêutica interpretar a Bíblia com a própria Bíblia, então os ASD estão incorretos na sua interpretação da Bíblia, como de fato estão. E, para que não se diga que o nosso entendimento é isolado, vamos recorrer a uma autoridade bíblica indiscutível. Trata-se de Samuele Bacchiocchi, professor na Universidade de Andrews (USA) e escritor do livro “FROM SABBATH TO SUNDAY”, pp. 358, 359, 360:
“O SÁBADO EM C0LOSSENSES 2:16. O tempo sagrado prescrito por falsos mestres referem-se como sendo “um sábado festival ou a lua nova ou um sábado “cortes e neomnia e sabbaton” (2:16). O consenso unânime de comentaristas é que estas três expressões representam uma lógica e progressiva sequência (anual, mensal, e semanal).
Este ponto de vista é válido pela ocorrência desses termos… Um outro significativo argumento contra os sábados cerimoniais ou anuais é o fato de que estes já estão incluídos nas palavras “dias de festa”. Esta indicação positivamente mostra que a palavra SABBATON, como é usada em Cl. 2:16, não pode se referir aos sábados festivais, anuais ou cerimoniais”.
Reforçando a interpretação acima e refutando as palavras do escritor do livreto que afirma:
“O sábado do quarto mandamento, o sétimo dia, não é “sombra de coisas futuras”, como os sábados cerimoniais, mas um memorial do passado, a criação do mundo por Deus, em seis dias. Este dia santo vai existir enquanto existirem os céus, a terra e homens criados por Deus, isto é, por toda a eternidade” (p. 43).
“Determinar o sentido de uma palavra baseando-se exclusivamente em conceitos teológico, em prejuízo do de evidências linguísticas e contextuais é estar contra as regras de hermenêutica bíblica.
Ademais, a interpretação que o Comentário Adventista dá à palavra “sábados” de Cl. 2:16 é difícil de ser sustentada, desde que temos visto que o sábado pode legitimamente ser tido como “sombra” ou símbolos preparatórios de bênçãos da salvação presente e futura”.
17ª OBSERVAÇÃO – O sábado na Vida Futura
“Na vida futura, na Nova Terra, onde os remidos terão morada eterna, “ENTÃO SERÁ QUE DE SÁBADO EM SÁBADO… VIRÁ TODA A CARNE A ADORAR PERANTE MIM, DIZ O SENHOR”. Apoc. 21:1-22, todo o capítulo, e Isaías 66: 22 e 23”.
Comentário: Admitir que o texto de Is. 66.22-23 ensina que o sábado será observado na nova terra é uma conclusão absurda dos ASD, pois o que o texto está declarando é contínua adoração a Deus, sem intermitência, o que não acontecia no Judaísmo.
O que Is. 66: 22-23 quer transmitir é contínua adoração e não só adoração a Deus em dias determinados: de lua nova a lua nova, e de sábado a sábado.
Mas, tenha-se presente que os ASD não se preocupam com a lua nova, que se valesse sua argumentação quanto ao sábado, teriam de aceitar também, sobre o quê nada dizem. E por que? Por que não lhes convém.