Escola Dominical Ataca o Quarto Mandamento?
Um resposta ao Blog adventista Criacionismo
A construção de espantalhos teóricos mediante a distorção de informações não deveria me surpreender mais. Afinal, já são décadas no labor apologético. Contudo, quando achei que podia tomar fôlego, eis que uma nova provocação envolvendo a minha denominação veio me surpreender.[1] Me refiro ao artigo, “Escola Dominical ataca o Quarto Mandamento”, de autoria do senhor Michelson Borges, articulista do blog Criacionismo, onde o mesmo mediante esse texto ataca as proposições teológicas do pastor Esequias Soares na Lição Bíblica do 1º Trimestre de 2015, intitulada “Os Dez Mandamentos: valores divinos para uma sociedade em constante mudança”, especificamente a lição 6 que trata sobre o quarto mandamento.
O artigo inteiro nada mais é do que uma série de proposições, a meu ver, falaciosas, articuladas ao redor de uma tentativa de defesa do sábado recheado com os mesmos argumentos que estamos cansados de refutar. O artigo joga com a hipótese de “ataque” e cria um espantalho do outro lado para depois se gabar de ter destruído “o monstro”.
O desfile de inverdades sem fundamentação ao principiar os pequenos excertos selecionados pelo autor é considerável. Por diversas vezes aparece no texto frases como “Outra mentira”, “outra leviandade”, “Outro absurdo:”, “Mais uma mentira” e “mente uma vez mais.”, o que forçosamente leva ao descrédito não somente o texto, mas a idoneidade da pessoa que o escreveu.
Em parte minha resposta se baseia em “notícias de jornal velho”. É verdade, confesso. Infelizmente só tomei conhecimento deste artigo um ano após o mesmo ter sido escrito.
Vejamos até que ponto o opúsculo da lavra do pastor Esequias “mentiu” de fato. A “Escola Dominical” atacou o sábado ou o reconduziu ao seu devido lugar?
A estrutura da refutação seguirá a seguinte ordem: primeiro a citação do blog em itálico e em seguida a devida refutação ao seu arrazoado.
“Neste trimestre, os irmãos da igreja Assembleia de Deus estão estudando em suas escolas dominicais o tema “Os Dez Mandamentos: Valores divinos para uma sociedade em mudança”. Até agora, tudo vinha muito bem. Estudaram o primeiro mandamento. O segundo e o terceiro. Mas eis que chega o quarto, e o esperado acontece: dizem que esse mandamento não é bem assim; é “controverso”. Temos que amar a Deus sobre todas as coisas? Sim, claro. Não devemos adorar imagens? Sem dúvida. Não tomar o nome de Deus em vão? Jamais. Lembre-se do dia de sábado – o sétimo dia da semana – para santificá-lo? Aí, não. Esse mandamento era apenas para os judeus e foi “cravado na cruz” – as desculpas de sempre. Lamentável! Será que o autor (ou autores) desse guia de estudo tem noção do estrago que está fazendo ao desencaminhar tantas pessoas? Afinal, a Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do Brasil. Se ele (ou eles) estiver errado, estará atacando um dos dez mandamentos da sagrada e imutável (Mt 5:17-19) lei de Deus, escrita com o dedo dEle (Êx 31:18). Imagine se considerássemos o “não matarás” ou o “não adulterarás” também controversos, passíveis de interpretação? Abriríamos mais ainda a porta ao pecado e à transgressão. Então por que apenas um mandamento, o quarto, é considerado “controverso”? Vamos analisar essa questão, em benefício dos irmãos assembleianos e de todos os interessados no assunto. Para isso, é muito importante que você confira os textos bíblicos citados e acesse todos os links abaixo. E que faça isso com oração, pedindo orientação dAquele que inspirou a Palavra de Deus, o Espírito Santo.”
Refutação
O tom fortemente emocional, e o verniz pietista para com os “irmãos” assembleianos esconde a verdadeira intenção para com aqueles que discordam de sua posição. A questão não é “as dez palavras”, mas unicamente o sábado, a pedra de toque dos adventistas. O autor se sente melindrado e até ressentido com as declarações da revista e prontifica-se a analisar a questão “em benefício dos “irmãos” assembleianos, pois os tais, segundo seu raciocínio, estão sendo “desencaminhados” com os “ataques” ao quarto mandamento. Que gentil! Todavia, dispensamos a benevolência enviesada e a falsa preocupação que o artigo demonstra. Não se preocupe, os assembleianos estão muito bem encaminhados pela graça de Deus.
A lição nº 6 da Escola Dominical deste trimestre (que pode ser lida aqui) começa afirmando que “o sábado é um presente de Deus para o povo de Israel” e que “a fé cristã é isenta de toda forma de legalismo”, já dando o tom do que vem a seguir. Para começo de conversa, o sábado foi dado “por causa do homem [ser humano]” (Mc 2:27), no Éden, para Adão e Eva, antes de existirem judeus ou quaisquer outros povos sobre a Terra (Gn 2:1-3). Aliás, esse texto menciona que Deus fez três coisas muito especiais e irrevogáveis no sétimo dia da criação: Ele descansou (cessou Sua obra e deu exemplo do que fazer no sábado), santificou (separou para um propósito especial) o sétimo dia e o abençoou (o que Deus abençoa ninguém pode “desabençoar”). Guardar o sábado, portanto, não tem nada a ver com legalismo, muito pelo contrário, tem a ver com celebração e adoração.
Refutação
A análise crítica além de antibíblica é completamente estapafúrdia. Julgamos que só pode ser fruto de uma profunda dependência da literatura da mentora do movimento, senão, demonstra pura e simplesmente ignorância dos fatos.
A afirmação de que o sábado foi dado no Éden não passa de uma grande bobagem. A noção de que os dez mandamentos foram dados a Adão é idiossincrasia adventista, especificamente coisa da senhora Ellen White. Ela acreditava que o sábado era observado desde o Éden, para forçar o nexo entre causa e efeito, ensinou que os dez mandamentos havia sido revelado a Adão. Observe o que ela disse:
“Adão e Eva, ao serem criados, tinham conhecimento da lei de Deus… Adão ensinou a seus descendentes a lei de Deus, e esta foi transmitida de pai a filho através de gerações sucessivas.” (Patriarcas e Profetas, 3a. edição, p. 32 – EGW)
“Santificado pelo descanso e bênção do Criador, o sábado foi guardado por Adão em sua inocência no santo Éden; por Adão, depois de caído, mas, arrependido, quando expulso de sua feliz morada. Foi guardado por todos os patriarcas, desde Abel até o justo Noé, até Abraão, Jacó.” (O Grande Conflito pág. 453 – EGW)
Entretanto, a Lição da Escola Sabatina da IASD, primeiro trimestre de 1980, edição para professores, p. 7 desmente Ellen White ao declarar:
“É certo que antes do Sinai a raça humana não tinha mais que uma limitada revelação de Deus. Sem dúvida, Abraão e seus descendentes tinham conhecimento muito maior, mas este conhecimento representava apenas fração diminuta do mundo anterior ao Sinai. Contudo, as pessoas nesse período também morriam, como Paulo salientou. A morte passou a todos os homens. Embora eles não tivessem pecado contra uma ordem expressamente dada, como no caso de Adão, haviam pecado também. Tiveram a revelação de Deus na Natureza, mas não responderam a esta revelação, sendo deste modo tidos como culpados.”
Temos em maior confiança o testemunho dado pelo apóstolo Paulo ao afirmar que a lei foi dada 430 anos depois de Abraão e não antes (Gl. 3.17). Não há um só versículo em Gênesis insinuando que os patriarcas guardavam o sábado. Essa afirmação é gratuita e desprovida de base escriturística.
Honrar pai e mãe sempre foi um princípio seguido pelas civilizações antigas, assim como a noção de um repouso hebdomadário. Mas não há registro histórico entre essas civilizações quanto à guarda do sábado do sétimo dia apesar de preservarem uma semana que variava de sete até dez dias. Os denominados “dias para os deuses”, quando alguns povos determinavam os dias pelo sistema lunar, possivelmente devido à sua veneração dos corpos celestes.
Alguns povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses, dedicando o dia de sábado ao deus Saturno, o que originou em inglês a denominação Saturn’s day, posteriormente abreviada para Saturday, e no holandês Zaterdag, com o significado de “Dia de Saturno”. Entre os romanos, por exemplo, este dia era dedicado a Saturno, deus da agricultura, e representava um dia de descanso na semana pela boa colheita.
O fato é que o sábado judaico do decálogo foi dado a Israel somente, “Deus lhes fez conhecer o seu sábado,” que ocorre em Neemias 9.6-15 e em Ezequiel 20.9-12. O princípio existia, a lei não. Simples assim.
Leia mais aqui https://www.cacp.app.br/o-sabado-foi-instituido-no-eden-ex-16-28/
O guia prossegue: “Deus celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei.” Essa separação entre o sábado institucional e o legal é inteiramente artificial. Prova disso é que em Êxodo 16, antes de terem sido dadas as tábuas com os dez mandamentos, o povo hebreu já estava sendo orientado a guardar o sábado. Neste momento, é muito importante que você leia este texto (“O sábado antes do Sinai”) e assista a este vídeo (clique aqui), com o mesmo título. Leia e assista com atenção, porque mais adiante o guia de estudos assembleiano chegará ao ponto de afirmar que os patriarcas não guardaram o sábado!
Refutação
É óbvio que a divisão feita pelo pastor é artificial, assim como é artificial a divisão da lei em cerimonial e moral. É apenas um recurso didático que ele usou para mostrar algo que é evidente a qualquer pessoa que possua um conhecimento mediano das Escrituras: o sábado de Gênesis não possuía força prescritiva, portanto, diferente do sábado dado no Sinai. Aliás, nem ao menos a palavra sábado aparece no original em Gn 2.2,3. A expressão usual é sétimo dia e não há de se falar em descanso, mas apenas cessação de trabalho. Para reforçar a teoria do sábado como lei moral eterna, o artigo indica um site para “provar” suas argumentações. Pois bem, fui verificar os estudos complementares indicados e não é que o tal estudo conseguiu ser pior do que a insinuação do blog Criacionismo? Na verdade a tentativa de provar “o sábado antes do Sinai” é um texto de um “livro on-line intitulado “O Selo de Deus na Lei”. Confesso que fiquei decepcionado, os argumentos são de debilidade evidente. Senão, vejamos: A prova que o “livro” apresenta para fundamentar a alegação de que os patriarcas guardavam os dez mandamentos e de resto o sábado hebdomadário é citar entre outros textos, o de Genesis 26.5 “Porque Abraão obedeceu à Minha Palavra, e guardou os Meus Mandamentos, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas Leis.”. O raciocínio para eles parece óbvio: já que o verso fala em “lei”, forçosamente deve ser “a lei moral” – os dez mandamentos. Como num passe de mágica elimina-se qualquer possibilidade de outra interpretação. Essa confusão semântica sofrida pelas seitas, mormente as “restauracionistas” tais como os Testemunhas de Jeová é compreensível à luz do tipo de hermenêutica praticada por esses movimentos. Os TJ, quando encontram a palavra “nome” no NT, conseguem ler “Jeová”, mesmo sabendo que nenhum manuscrito original conhecido traz o tetragrama. Assim fazem os adventistas com o termo “mandamentos” no NT. Essa leitura anacrônica é fruto da dislexia hermenêutica presente na estrutura teológica dessa gente.
Seja por ignorância ou omissão deliberada o texto adventista não informa ao leitor que o termo, “Lei” e “Mandamentos” é uma das muitas palavras polissêmicas encontradas no Livro Sagrado. Dependendo do contexto, ela pode assumir diversos significados. Observe que a palavra lei pode ter um sentido genérico tal como “toda a lei dada pelo ministério de Moisés” (Jo 1.17) ou específico como mandamentos do próprio decálogo (Rm 7.7; Cf. Êx 20.17 – Tg 2.11 Cf Dt 5.17,18). Preceitos fora do decálogo são chamados lei (Tg 2.8; Cf. Lv 19.18), assim como rituais e cerimonias ( Lc 2.23; Cf. Êx 22.29 – Hb 9. 19; Cf. Êx 24.1-7), todo o Pentateuco (Jo 1.45) ou parte dele, como Gênesis (1 Co 14.34; Cf. Gn 3.16) e até Salmos é denominado “a lei” (Jo10.34; Cf. Sl 82.6). Existe outras acepções de “lei”, “lei do pecado” (Rm 7.25), “lei do Espírito de Vida” (Rm 8,2).
Este simples fato já é suficiente para neutralizar a interpretação capciosa que a IASD faz em cima de Gênesis 26.5, mesmo porque, o texto não diz que esses preceitos, estatutos e leis fossem os Dez Mandamentos. Vejamos alguns dos mandados, preceitos e estatutos que Deus deu a Abraão:
- Que saísse da sua terra – Gn 12.1;
- Que andasse na sua presença e fosse perfeito Gn 17.1-2
- Que guardasse o concerto da circuncisão Gn 17.9-11;
- Que ouvisse Sara, sua mulher, para deitar fora sua serva Gn 21.12;
- Que sacrificasse seu filho Isaque – Gn 22.2;
- Que permanecesse na terra que Deus lhe dissesse – Gn 26.2-3.
Lei pode significar apenas “a vontade de Deus”, só isso. Lembre-se: a lei mosaica foi dada 430 anos DEPOIS de Abraão (Gl 3.17).
É até compreensível a objeção adventista que aponta a menção do sábado e o maná juntos, portanto, antes do Sinai. Até aí tudo bem, é válido tal pensamento. Mas daí inferir que “antes do Sinai” quer dizer “desde a criação” é manipular escandalosamente o raciocínio. A palavra “lei” e “estatutos” também aparece no contexto do Sinai, se bem que antes dele é só cotar os versos de Êx 12.49,13.9 e 15.25. E não é honesto apelar ao argumento da divisão da lei, pois os textos dão a entender uma lei completa, incluindo as chamadas “cerimoniais” e “civis”. Percebeu? Nem por isso ousamos afirmar que a Lei como um todo é “desde a criação”, por aparecer “antes do Sinai”.
Não obstante, temos fortes e boas razões para acreditar que o sábado judaico aparece notadamente e, sobretudo, dentro do contexto da Antiga Aliança sinaítica.
Não podemos perder de vista o fato de que o sábado fazia parte de um calendário novo. Deus havia lhes dado um novo ano e um novo princípio de meses (Êx.12.2). O vrs.30 é digno de nota, pois diz: “Assim repousou o povo no sétimo dia” (o texto da entender que o povo nunca o tinha feito antes).
O fato de saírem alguns israelitas para apanhar maná no sétimo dia, apesar da instrução direta ao contrário, indica que a observância do sábado era algo novo. (Êx 16.11-30) Que havia incerteza de como tratar o primeiro caso registrado de um violador do sábado, depois de se ter dado a Lei no Sinai, também mostra que o sábado só fora instituído pouco antes. (Núm 15.32-36) Por essa razão, Israel a partir daquele momento passou a descansar no sétimo dia, e não desde a época de Adão como querem os sabatistas. Outras passagens confirmam essa ideia:
“Desceste sobre o monte Sinai, do céu falaste com eles, e lhes deste juízos retos e leis verdadeiras, bons estatutos e mandamentos; o teu santo sábado lhes fizeste conhecer; e lhes ordenaste mandamentos e estatutos e uma lei, por intermédio de teu servo Moisés” (Ne 9.13-14).
E mais: “E os tirei da terra do Egito, e os levei ao deserto. E dei-lhes os meus estatutos, e lhes mostrei os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem viverá por eles. E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles…” (Ez 20.10-12,20).
“Falarás também aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis os meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós pelas vossas gerações.” (Êxodo 31.13)
“ele revela a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e as suas ordenanças a Israel. Não fez assim a nenhuma das outras nações; e, quanto às suas ordenanças, elas não as conhecem.” (Sl 147. 19,20)
Encorajo a IASD a fazer as perguntas certas a respeito do lugar, do tempo e do povo a quem o sábado foi dado. A expressão “fizeste conhecer” é clara, inequívoca. Ezequiel não está jogando com as palavras. Ela indica o momento em que o sábado foi conhecido: “no deserto”, no episódio do “maná” e no “Monte Sinai”. Nem Ezequiel, nem Neemias, nem o salmista e nem Moisés afirma que o sábado foi dado “desde a criação”.
Sobre isso um teólogo adventista, mesmo acreditando que Gênesis dá base para a guarda do sábado, foi honesto em admitir que: “Se Deus houvesse apenas descansado no sétimo dia da criação, dúvidas poderiam haver; pois o ato de Deus descansar não implica necessariamente no descanso do homem” (O Sábado nas Escrituras, pág. 14 – Alberto R. Timm)
Outra: os pronomes “ele” e “vós” significam “toda a humanidade” ou está se referindo apenas a Israel?
“ ‘O sábado institucional, portanto, não se refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de descanso’, afirma o guia. Como assim? De ponta a ponta, no Antigo e no Novo Testamento, a Bíblia é clara em afirmar que o sábado da lei moral (tanto o “institucional” quanto o “legal”, para usar a linguagem artificial do guia) é o sétimo dia da semana. De acordo com Êxodo 20:8-11, o sábado é o memorial da criação e deve ser guardado/celebrado justamente porque Deus criou em seis dias literais de 24 horas. Os adventistas são criacionistas exatamente (e principalmente) por esse motivo, e pregam o que está escrito em Apocalipse 14:6 e 7, ou seja, que devemos adorar ‘Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas’ (numa alusão clara ao texto de Êxodo 20:8-11). Se o sábado pode ser qualquer dia da semana, por que os evangélicos insistem, então, no domingo? Não deveriam guardar nem defender qualquer dia santo, e simplesmente riscar da Bíblia deles o quarto mandamento.”
Refutação
Ora, é justamente porque pode ser “qualquer dia da semana” que os evangélicos escolheram o primeiro dia da semana – o domingo. “Qualquer dia” não exclui “um dos dias”. Capite?
Mas não se trata de uma escolha aleatória. Não. Existem suficientes e boas razões para isso, tais como, o dia da ressurreição (a nova criação), os persistentes encontros dominicais de Jesus com os apóstolos e o bom costume da igreja pós-apostólica em separar esse dia para adoração ao Senhor ressurreto. Por que deveríamos “riscar da Bíblia” o quarto mandamento? O princípio nele embutido cabe perfeitamente no primeiro dia da semana, já que a igreja está desobrigada de guardar o sétimo dia judaico (Cl 2.16).
“Como eu havia dito há pouco, o guia afirma que “os patriarcas não guardaram o sábado. O livro de Gênesis não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado”. Se isso fosse critério para a nossa vida, poderíamos adotar a poligamia, já que alguns patriarcas tiveram mais de uma esposa, e dispensar de vez o dom de línguas dos pentecostais, já que nenhum patriarca (aliás, nenhum dos servos de Deus na Bíblia) jamais falou as tais “línguas estranhas” (na verdade, Deus concede Seu Espírito àqueles que Lhe obedecem: At 5:32). Apesar de seus deslizes, os patriarcas procuraram ser fieis à lei de Deus (conforme você já deve ter visto nos links acima), e a lei de Deus inclui o sábado. (Sobre o sábado através dos séculos, leia este texto [aliás, leia todo o conteúdo desse site].)”
Refutação
Neste momento o texto do blog parece ter se enfiado numa tremenda confusão, misturando “alhos com bugalhos”, numa demonstração explícita da falta de conhecimento dos fatos. O que tem a ver o “dom de línguas”, aliás, bíblico e muito atual com poligamia, sábado e lei? Nada. Se levarmos às últimas consequências o argumento sabatista a coisa fica complicada. Ao dizer, “Se isso fosse critério para a nossa vida, poderíamos adotar a poligamia, já que alguns patriarcas tiveram mais de uma esposa” ele não percebe a tremenda contradição em que se mete.
Ora, se o que os patriarcas praticaram ou deixaram de praticar não é critério para nossa vida, por que então o sábado seria? Quer dizer, se eu não preciso praticar a poligamia apesar deles a terem praticado, o mesmo raciocínio não vale para a guarda do sábado? Não há um só mandamento de Adão a Moisés que ordena a guardar do sábado. Isso é fato. Pergunto: nós vamos crer no que está ou no que não está escrito na Bíblia? E agora José?
Quanto às “línguas estranhas”, o que é estranho de verdade é a capacidade de certos indivíduos ignorar fatos tão basilares, tanto das Escrituras, quanto da sua própria denominação, já que tanto o Novo Testamento, a história da Igreja e até de sua denominação dão evidências do dom da glossolalia.
Sugiro estudar um pouco melhor as profecias de Joel 2., Atos 2, I Co 12 -14, e tomar conhecimento do artigo, “Os Adventistas do Sétimo Dia e as Experiências Carismáticas” escrito por Arthur L. White, onde relata a manifestação das “línguas estranhas” entre os adventistas. (Confira aqui http://centrowhite.org.br/perguntas/perguntas-sobre-ellen-g-white/os-adventistas-do-setimo-dia-e-as-experiencias-carismaticas/)
Se tem uma coisa que a fábula do “sapo e o escorpião” nos ensina é a de que certos indivíduos não conseguem esconder por muito tempo suas reais intenções. Pois bem, no primeiro parágrafo o artigo tenta ludibriar o leitor com uma falsa piedade ao demonstrar uma certa “preocupação” com os “irmãos” (sic) assembleianos. Entretanto, nesse parágrafo a máscara cai e revela sua verdadeira natureza adventista. Observe o que ele deixa escapar “(aliás, nenhum dos servos de Deus na Bíblia) jamais falou as tais “línguas estranhas” (na verdade, Deus concede Seu Espírito àqueles que Lhe obedecem: At 5:32).” Já diz o ditado: “Para quem sabe ler, um pingo é uma letra”. O que se pode ler nas entrelinhas não é outra coisa senão a que os “irmãos” assembleianos não possuem o Espírito Santo porque desobedecem a Deus não guardando o sábado, portanto, as línguas faladas por eles são falsas.
“Outra mentira: “Nenhum outro povo na história recebeu a ordem para guardar esse dia [o sábado]; é exclusividade de Israel (Êx 31.13,17 [esse texto menciona os filhos de Israel, e eu me considero um deles]).” Que falta faz ler a Bíblia com atenção. Veja isto: “Bem-aventurado o homem [aqui não diz judeu] que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal. E não fale o filho do estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do Seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. Porque assim diz o Senhor a respeito dos eunucos, que guardam os Meus sábados, e escolhem aquilo em que Eu Me agrado, e abraçam a Minha aliança: Também lhes darei na Minha casa e dentro dos Meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. E aos filhos dosestrangeiros, que se unirem ao Senhor, para O servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte, e os alegrarei na Minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no Meu altar; porque a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (56:1-8; os grifos em “estrangeiro” e “todos” são meus, justamente para destacar o fato de que Deus deseja que todas as pessoas guardem Seus mandamentos, inclusive o sábado.)”
Refutação
Realmente, quanta falta faz ler a Bíblia com atenção! Aliás, por falta de atenção foi que o artigo passou por cima de fatos relevantes que coloca o versículo em sua correta perspectiva. Falta mais que atenção, falta coragem para deixar as regras de uma boa hermenêutica leva-los ao verdadeiro significado do texto.
Esta não é uma profecia para a igreja de Cristo como querem os adventistas. O texto fala de gentios que se juntariam ao povo de Israel, não como cristãos, mas como prosélitos do judaísmo(At 13.43). Tanto é assim que o texto condiciona essas bênçãos somente àqueles que “abraçam o meu pacto”. Para provar que este pacto não se refere ao Novo Pacto inaugurado por Cristo, mas antes, ao Velho Pacto israelita, o profeta cita “meu santo monte”, sem dúvida o monte Sião onde ficava o templo (casa de oração) que era o coração da religião judaica. Menciona também “holocaustos”, “sacrifícios” e “altar”. Não há dúvidas que estes “estrangeiros” do qual fala o texto são aqueles que aceitavam o pacto israelita e se juntavam ao povo de Israel debaixo do Antigo Concerto. Eles não só guardariam o sábado, mas todos os 613 preceitos da Aliança do Sinai. Eis a prova: “Uma mesma lei e uma mesma ordenança haverá para vós e para o estrangeiro que peregrinar convosco.” (Nm. 15.16).
O artigo trouxe grifadas as palavras “estrangeiro” e “todos” para “destacar o fato de que Deus deseja que todas as pessoas guardem Seus mandamentos, inclusive o sábado”. Ora, se essa passagem prova que os gentios devem guardar o sábado, da mesma maneira prova que devem guardar todo o “concerto” que Deus fez com Israel, oferecendo “holocaustos” e “sacrifícios” no altar, no “santo monte” em Jerusalém. É isso que devemos entender? É assim que o adventista faz como gentio ou “estrangeiro”? Ou usa de parcialidade e, sem raciocinar, apenas adotando o ponto de vista de Ellen White, engole sem mastigar o que lhe ensinam? Onde está a lógica do raciocínio que só enxerga o sábado? De quem é realmente a falta de atenção?
“Outro ponto: “O sábado e a circuncisão são os dois sinais distintivos do povo judeu ao longo dos séculos (Gn 17.11).” Igualar o sábado (estabelecido antes do pecado) com a circuncisão (depois do pecado) é outra leviandade. Como vimos, o sábado foi dado para a humanidade e é eterno, pois será guardado inclusive na nova Terra (Is 66:22, 23). Já a circuncisão, de fato, foi dada aos descendentes de Abraão e foi revogada pelos apóstolos (At 15:1-31). Em Romanos 2:25-29, Paulo chega a dizer que é inútil ser circuncidado e não guardar a lei de Deus.”
Refutação
Igualar o sábado com a circuncisão é leviandade? Por que, se o próprio Cristo assim o fez? Ora, tanto o sábado quanto a circuncisão eram sinais entre Deus e o povo de Israel (Ex 31.15-17; Gn 17.13). Mas, não deixou de ser um preceito cerimonial, que, ao lado de outros preceitos cerimoniais apontados por Is 1.13 causava abominação a Deus.
“Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembléias; não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene.”
“As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer.” (Is 1.14)
Jesus considerou que a circuncisão era mais valiosa para o povo judeu do que propriamente a guarda do sábado. É só ler.
“Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés, mas dos pais), no sábado circuncidais um homem.” (Jo 7.22)
“Se o homem recebe a circuncisão no sábado, para que a lei de Moisés não seja quebrantada, indignais-vos contra mim, porque no sábado curei de todo um homem?” (Jo 7.23).
Se o sábado fosse um preceito moral, como poderia estar subordinado a um preceito cerimonial? A circuncisão não era um preceito cerimonial que, também, constituía o selo ou sinal entre Deus e o povo de Israel? Tanto um como o outro estão no mesmo patamar de preceitos cerimoniais e abolidos (Cl 2.16).
Outro erro gravíssimo cometido pelo texto é afirmar que Isaías 66.22,23, advoga a guarda do sábado na nova terra. Ora, se essa passagem prova que o sábado será observado na nova terra, da mesma maneira prova que também estará em vigor a lua nova. Se alguém dissesse que iria visitar sua noiva de sábado a sábado isto implicaria que esse noivo iria visitá-la diariamente – de sábado a sábado – e não apenas no dia de sábado. Logo a interpretação correta é que, no futuro, não iremos adorar a Deus em épocas especiais – de sábado ou de lua nova, mas que, permanentemente, sem interrupção, estaremos adorando a Deus.
Por fim, gostaria de explicações de como o sábado será observado na nova terra se Apocalipse 21.1-4,23-24, mostra que no novo céu e nova terra não haverá necessidade de sol, e a observância adventista é de pôr-do-sol a pôr-do-sol. Já que as nações andarão à luz do cordeiro, será que Jesus vai acender e apagar de doze em doze horas para os adventistas observarem seu sábado?
“A expressão ‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar’ (Êx 20.8) remete a uma reminiscência histórica e, sem dúvida alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião. Mas parece [parece?] não ser referência ao sábado da criação.” Simplesmente absurdo! Como não se trata de referência ao sábado da criação, se o próprio texto dá o motivo pelo qual o sábado deve ser lembrado e guardado? “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (v. 11).
Refutação
Moisés apenas toma o texto de Gênesis onde afirma que Deus “cessou” (não descansou) de seu trabalho criativo e o coloca como exemplo maior do descanso dos israelitas no decálogo. Assim como lembrar-se do cativeiro no Egito, não faz do Egito o momento em que o sábado foi dado (Dt 5. 15), tampouco lembrar da criação faz com que o mesmo tenha origem (como mandamento) ao término da semana criativa.
Outra dificuldade, que a meu ver, encontra a tese do “lembra-te” atrelado a criação é que o mesmo é um imperativo e, como tal, possui força de legalidade. Portanto, esse termo só pode estar se referindo ao episódio do maná (Êx 16.29), quando Deus “manda” observá-lo, já que na criação (Gn 2.2,3) não há nenhuma ordem específica para isso.
Vamos raciocinar um pouco: se Faraó ficou irado com o pedido de descanso por apenas três dias, quanto mais se os israelitas tivessem tentado descansar num dia em cada sete!
Se Israel já estivesse guardando o sábado, antes de Êxodo 16, como afirmam os adventistas, não teria sentido algum a expressão “lembra-te” em conexão com a libertação do Egito, conforme consta em Deuteronômio. No Egito Israel não descansava.
“O guia passa a usar Jesus com o objetivo de continuar descaracterizando o mandamento que o próprio Mestre guardou (Lc 4:16): ‘O Senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4).’ Nada a ver! Jesus comparou a atitude dos discípulos de matar a fome no sábado (o que, definitivamente, não é pecado) com a dos homens de Davi, que só tinham os pães da proposição para comer e lhes foi permitido fazer isso. A lição é clara: Deus ama os seres humanos e criou a lei para eles e não eles para a lei. Os fariseus legalistas distorceram muitos mandamentos de Deus, inclusive o sábado, e Jesus veio ensinar a correta observância de Sua lei. Imagine o Cristo do Sinai (o Eu Sou de João 8:58) dizendo algo assim: “No monte Sinai Eu lhes dei Meus mandamentos, agora venho lhes dizer que aboli somente o quarto.” Faz sentido? Mas faz muito sentido o próprio Legislador ter vindo para ensinar como devemos guardar Sua lei. Só Ele tem autoridade para isso.”
Refutação
Em nenhum lugar Jesus ordena as pessoas a se apegarem ao sábado, pelo contrário, ele mostra que no sábado os sacerdotes quebrantam-no e ficam sem culpa. Jesus observou o sábado porque nasceu sob a lei, para cumpri-la. Guardou a circuncisão, o que não fazem os adventistas; deu oferta segundo a lei, um par de rolas ou dos pombinhos. (Lc 2.21-23); guardou a festa da páscoa aos doze anos (Lc 2.42); guardou o sábado (Lc 4.16) e assim cumpriu toda a lei. (Lc 24.44; Gl 4.4-6).
Eis uma pergunta que não quer calar: qual dos outros nove mandamentos do decálogo poderia ser violado e o violador ainda ficar sem culpa? Imagina essa situação com os outros nove mandamentos, quais deles poderiam ser violados dentro do templo e ainda assim o sacerdote ficar sem culpa? Nenhum. No entanto, com o sábado podia.
O arrazoado continua: “No monte Sinai Eu lhes dei Meus mandamentos, agora venho lhes dizer que aboli somente o quarto.” Faz sentido? Mas faz muito sentido o próprio Legislador ter vindo para ensinar como devemos guardar Sua lei.”
Ora, as pessoas esquecem que a “faca” corta pelos dois lados: Imagine Jesus dizendo “No monte Sinai Eu lhes dei Minhas leis, agora venho lhes dizer que aboli apenas parte dela”. Faz sentido? Claro que não. Como não faz sentido manter o sábado do sétimo dia simplesmente por estar no decálogo.
“Veja mais esta: “Se o oitavo dia da circuncisão do menino coincidir com um sábado, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e nem depois. Assim, Jesus mais uma vez declara o quarto mandamento como preceito cerimonial e coloca a circuncisão acima do sábado.” Típico argumento non sequitur, ou seja, uma ideia não tem nada a ver com a outra e não se segue a ela. Se preferir, pode chamar também de “balaio de gato”. Sinceramente, quem escreveu essas coisas terá que dar contas a Deus! Circuncisão era uma atividade religiosa, assim como o culto de sábado, a visita aos doentes, etc. Que pecado há em se praticar essas coisas no sábado? Onde está escrito isso? Pelo contrário, a Bíblia diz que “é lícito fazer bem aos sábados” (Mt 12:12). Essas coisas não são atividades seculares nem são remuneradas. Por que Deus “trabalha” no sábado? (Jo 5:17). Porque a atividade dEle consiste unicamente em manter-nos a todos com vida. A atividade de Deus é essencialmente “religiosa” e plenamente de acordo com o espírito do sábado. Francamente, não usemos Deus o Pai nem o Filho para sancionar nossas transgressões! Isso é grave!”
Refutação
Francamente, digo eu. Se a circuncisão fosse apenas uma benevolência religiosa Jesus não teria afirmado que os sacerdotes quebrantavam o sábado. Preste atenção: “Ou não lestes na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa?” (Mt 12.5)
Agora, como os sacerdotes violavam o sábado? Jesus responde em Jo 7.23, “Ora, se um homem recebe a circuncisão no sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, como vos indignais contra mim, porque no sábado tornei um homem inteiramente são?”
Destes dois textos tiramos duas conclusões importantes: a) a lei de Moisés da circuncisão (cerimonial?) NÃO PODE SER VIOLADA, enquanto b) o sábado (moral?) PODE SER VIOLADO. Qual das duas leis é a maior: aquela que pode ou aquela que não pode ser violada? Alguém aí pode responder?
Que diferença faz circuncidar uma criança no sábado ou no domingo? Nenhuma. Estritamente falando não é obra de caridade. Mesmo assim a tal “lei cerimonial” se impôs sobre a alegada “lei moral”. A conclusão é inevitável.
Outra pérola: “A atividade de Deus é essencialmente ‘religiosa’”. Verdade? Não sabia. Então Deus é religioso???
É evidente que tudo o que Deus faz, em última instância é para nosso bem! Mesmo os seis dias de trabalho da criação era para o nosso bem, portanto, um trabalho religioso segundo o ponto de vista exposto no artigo.
É interessante notar que o sétimo dia da criação não possui tarde e manhã. É um “dia” diferente.
Deus não descansou no sétimo dia. O descanso de Deus é um descanso eterno. Deus não descansou no sábado para depois trabalhar mais seis dias e no sétimo descansar de novo. O descanso de Deus que Adão e Eva desfrutou encerrou-se com o pecado deles. Após a queda saíram deste descanso. Apesar de Deus ter descansado, no sentido de cessar sua obra da criação, ele voltou a trabalhar por causa do pecado.
Ah, Ele trabalhou sim, veja, “E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu.” (Gn 4.21). Ah, mas claro, isso não foi trabalho porque Deus não foi remunerado. Foi, digamos, obra de caridade!
Ele continua trabalhando na sustentação do universo inteiro (Hb 1.3). Ele está trabalhando livrando Israel a todo o momento de seus inimigos nas páginas do Antigo Testamento.
Quando Jesus diz “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também”, não está espiritualizando as palavras. É trabalho literal. Caso não fosse, os judeus não tinham argumentos para acusar Jesus.
“Com isto eu tenho que concordar: ‘Jesus é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição.’ E Ele em momento algum, em versículo nenhum sequer sugeriu que o sábado devesse ser substituído pelo domingo. Na verdade, em Mateus 24:20, Ele antevê Seus seguidores ainda guardando o sábado, quatro décadas no futuro. Se Ele fosse transferir o dia de guarda ou abolir o sábado, certamente teria feito algum comentário a respeito disso.”
Refutação
Se os Judeus procurassem fugir da cidade de Jerusalém no dia de sábado, para escapar com suas vidas, estariam transgredindo o sábado? (O texto de Lc 6.9 diz que não). Certamente que os adventistas não admitem isso, mas ao citar esse texto para defender sua doutrina sabática estão afirmando justamente isto. Jesus não estava falando da eventual santidade do dia. Deve-se observar que o assunto principal da mensagem profética de Cristo não tem nada a ver com a santidade do sábado e sim com os perigos e tribulações desse tempo futuro que se deu 40 anos depois com a destruição de Jerusalém. Jesus aponta quatro perigos: 1) – as grávidas; 2) – as que tinham crianças pequenas; 3) fuga no inverno; 4) fuga no sábado. Jesus se refere aos perigos da fuga da cidade. Ademais, se por afirmar que deveriam orar para que sua fuga não ocorresse no sábado isto implicaria na santidade desse dia, então, quando se refere a fuga no inverno, significaria santificar esse tempo de inverno? Concordam os adventistas com esse raciocínio? A fuga no sábado, logo, implicaria em incompreensão pelos próprios judeus de dentro da cidade (Jo 5.16-18) e o inverno traria dificuldades de locomoção e abrigo.
Mas nosso amigo é insistente e pondera: “Se Ele fosse transferir o dia de guarda ou abolir o sábado, certamente teria feito algum comentário a respeito disso”.
Isso não passa de uma falácia, pois qual dos mandamentos da lei Jesus afirmou explicitamente que iria mudar?
Onde está em todo o NT a abolição da páscoa? Estabelecida como prática perpétua (Ex. 12.14), foi cumprida por Jesus Cristo (Lc. 22.8), por que os cumpridores do sábado não a observam? Se quiserem recorrer á explicação de sua mudança para a ceia do Senhor, pergunto-lhes ainda: onde está o mandamento determinando semelhante mudança? Os adventistas aceitam a abolição da páscoa não porque encontram no NT uma determinação expressa nesse sentido. Aceitam tal abolição pela inferência ou conclusão a que nos leva o exame de passagens bíblicas afins.
É exatamente isso que ensina o livro oficial da CPB “Nisto Cremos” na página 267 ao tratar a Santa Ceia: “Naquele momento, Jesus instituiu, em lugar da Páscoa, o serviço que seria o memorial do Seu grande sacrifício: a Ceia do Senhor” Página 271: “A Ceia do Senhor ocupou o lugar da Páscoa praticada no Antigo Testamento.”
“A Páscoa encontrou seu cumprimento quando Cristo, o Cordeiro pascal, ofereceu Sua vida. Antes de Sua morte, foi o próprio Cristo quem efetuou a substituição, que significava o grande festival do Israel espiritual sob o novo concerto. Portanto, as raízes de grande parte do simbolismo da Ceia do Senhor estendem-se para o passado, para a comemoração dos serviços da Páscoa.”
Mas cadê a ordem específica de Jesus para essa transferência? É configuração de transferência indevida?
E a circuncisão e as festas? Novamente não. Então por que o argumento é válido somente para o sábado? Isso é desonestidade intelectual!
“Outro absurdo: ‘O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19, 26).’ O quê? Aqui é melhor citar o texto na íntegra: ‘Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco’ (v. 19). Eles estavam fazendo culto? Onde é dito isso? Estavam era com medo de ser mortos como o Mestre havia sido. Como podiam estar celebrando a ressurreição, se ainda nem criam nesse evento? E o verso 26 diz que Jesus tornou a aparecer oito dias depois, ou seja, numa segunda-feira.”
Refutação
O quê? A expressão “Oito dias depois” é o mesmo que segunda-feira? Você só pode estar brincando! Isso sim é um verdadeiro absurdo. De onde tiraram tal ideia? Evidentemente, não da Bíblia e muito menos da História da Igreja. O caso é que aquele era o primeiro dia da semana e também o oitavo da ressurreição.
O articulista não deve desconhecer um recurso cultural/literário chamado “hebraísmo”. Bem, hebraísmos também acontecem com termos usados para contar o tempo. Veja um exemplo: Marcos usa essa mesma expressão ao dizer que depois de três dias Cristo ressuscitaria: “depois de três dias ressurgisse.”(Marcos 8:31). Isso quer dizer que Jesus ressuscitaria na segunda-feira? Claro que não. Mateus diz que Cristo iria ressuscitar no Terceiro dia (Mateus 16:21). Ressuscitando no domingo segue-se que a contagem começou na sexta-feira (1), sábado (2) e domingo (3). O que corrobora com nossa posição é o fato de que Jesus voltou justamente por causa de Tomé que não estava na reunião do domingo anterior, nada mais lógico do que Cristo voltar na outra reunião oito dias depois, no próximo domingo. Os escritores patrísticos se valeram muito desta expressão, pois considerava que esse era um símbolo de eternidade, uma prefiguração do mundo que estava por vir – o oitavo dia.
“Mais uma mentira: ‘O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). É o ‘sábado’ cristão! O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14).’
Refutação
O texto de 1 João 2:4 parece servir como uma luva em quem afirma coisas como essas. Os primeiros cristãos, a começar por Maria, mãe de Jesus (Lc 23:56; texto escrito 30 anos depois), e os apóstolos guardavam o sábado (At 16:13). João, no Apocalipse, lá pelo ano 100 d.C., disse ter sido arrebatado em visão no “dia do Senhor” (Ap 1:10), que, na Bíblia, é o sábado (Lc 6:5; leia também isto). Quem ousou mudar o dia de repouso foi o imperador pseudocristão/pagão Constantino, em 7 de março 323 d.C., tendo depois o aval da Igreja Católica Apostólica Romana. Essa igreja, pelo menos, tem um argumento “lógico” para o que fez: a autoridade do papa, que eles consideram até superior à da Bíblia. Mas como ficam os evangélicos, ao perceber que não existe base bíblica para se guardar o domingo? Têm que admitir que obedecem a um mandamento católico…”
O uso extensivo e abusivo tanto de versículos bíblicos quanto de fatos históricos deslocados de seu eixo contextual é algo assustador nesse movimento. A interpretação dada aos versículos de “1 João 2:4, Lc 23:56; At 16:13; Ap 1:10 e Lc 6:5” é grosseira e inaceitável não só do ponto de vista hermenêutico, mas até lógico e gramatical. Sem falar na incoerente correlação histórica feita entre Constantino e a suposta “mudança” dominical.
1) Responder Lc 23.56 é muito fácil. Deve-se ter presente que o Sábado em que as mulheres santas descansaram foi antes da ressurreição de Jesus. Se o fato de ter Lucas relatado o evento 30 anos mais tarde, não invalida o argumento, pois, estas mesmas mulheres judias estavam observando a Festa de Pentecostes (At 1.14; 2.1). Uma festa judaica que nem mesmo os adventistas observam.
A propósito, a revista da Escola Sabatina, de 1o trimestre de 1980, p.19, afirma: “O NT não dá nenhuma indicação que se tenha pedido aos judeus que abandonassem imediatamente a prática da circuncisão ou que ignorassem as festividades judaicas”.
2) Em 1 João 2.4 ele comete um erro anacrônico absurdo, pois a expressão “os seus mandamentos” não tem absolutamente nada a ver com o “decálogo”. Aqui sim ele cometeu uma verdadeira falácia non sequitur. João separa cuidadosamente a lei dos mandamentos de Jesus, nunca os confundindo quer em seu evangelho, quer em suas epístolas. Os mandamentos de Jesus estão dentro do contexto da nova aliança. Só uma mente desprovida de bom senso enxergaria o sábado em 1 João 2:4.
3) Em At 16.13, o erro encontra-se por trás da dedução “brilhante” de que Paulo foi até Lídia para juntamente guardarem o sábado. De modo algum. Paulo tinha propósitos evangelísticos e só. Nada de guardar o sábado.
4) Em Ap 1:10 temos outro non sequitur, pois não há a mínima ligação com Lc 6.5.
Domingo é um vocábulo exclusivo do cristianismo. Essa palavra, bem como as suas análogas, não existia em nenhuma língua do mundo até o final do século 1º, quando o apóstolo João criou a expressão grega: kyriake hemera (Ap 1.10), vertida para o latim como: dominica die. Para uma explicação melhor sobre esse assunto acesse aqui https://www.cacp.app.br/apocalipse-110-domingo-o-dia-cristao/.
Jesus não estava afirmando que o sábado era o dia do Senhor, mas dizia que ele era Senhor do dia. Logo, como Senhor do sábado, isto é, superior ao dia, podia colocá-lo de lado.
A IASD precisa mostrar em que parte o Novo Testamento chama o sábado de “Dia do Senhor”. Me recordo que a expressão no Antigo Testamento é uma referência a vinda do Senhor para julgamento e não ao sétimo dia da semana.
5) Quanto a determinar quem mudou o sábado para o domingo a confusão é reinante entre essa gente. Dizer que Constantino mudou o dia de adoração é um exemplo claro da pura e simples aplicação do princípio segundo o qual um fato histórico, mesmo que distorcido, quando repetido várias vezes, adquire valor de verdade, que diga-se de passagem, uma verdade bem particular do povo adventista.
O artigo adventista não é honesto em mostrar o caos que impera entre eles: Ellen White dizia que era o papa, depois mudaram para algo mais genérico como o papado (é claro, não conseguiam provar quem foi o papa que mudou tal dia), depois “descobriram” que foi Constantino e mais recentemente as pesquisas do historiador adventista Samuel Balchiochi levaram-no a identificar o imperador Adriano (135 d. C) como o autor da mudança. Que confusão!
O caso é que Constantino não mudou nada, ele apenas deu liberdade a todos para seguirem o dia que bem quisessem na adoração. Observe o que ele disse: “que qualquer divindade e poder celestial que possa existir seja propício a nós…é assim que podemos conceder aos cristãos e a todos igualmente a livre escolha de seguir o tipo de adoração que quiserem”
Se alguém aceita gratuitamente que a Igreja Católica teve o poder de mudar o sábado para o domingo, deverá também, para ser coerente, aceitar as demais reivindicações que ela faz em outras áreas tais como: o Papa é o sucessor de Pedro, que a igreja romana é a única verdadeira, que foi ela quem deu a Bíblia ao mundo, etc. Mas duvido que nossos amigos adventistas estariam dispostos a aceitar tais alegações sem questionamentos. Então, por que só o domingo? Isso chega a ser imoral!
E por irônico que pareça, os únicos que acreditam que o mandamento do papa é verdadeiro são os adventistas, porque nós evangélicos não aceitamos tal mentira.
E por fim, deixo uma citação da Revista Adventista e uma pergunta:
“Como instituição religiosa, o Natal não tem fundamento na Bíblia, e sim no paganismo. Nem Jesus Cristo nem os apóstolos instituíram o Natal. Como costume, ele veio do paganismo, e foi introduzido na Igreja Católica por volta do século IV, baseando-se, portanto, na autoridade dessa igreja e não da Palavra de Deus”.(Revista Adventista, dezembro de 1984 – pag. 14)
Há alguém aí na Igreja Adventista que comemora o Natal?
“Quanto a Colossenses 2:16 e 17, ali lemos o seguinte: “Ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” O sábado da lei moral, estabelecido na criação do mundo, não era sombra de coisas futuras, pois, como já vimos, foi dado à humanidade antes do pecado. As cerimônias do santuário (a chamada “lei cerimonial”), essas, sim, foram abolidas na cruz, pois apontavam para Jesus, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Leia novamente Colossenses 2:16 e 17. Algum mandamento do Decálogo menciona comidas, bebidas ou dias de festas? Claro que não. Isso pertence às cerimônias do santuário. As festas judaicas – como Páscoa, Primícias, Dia da Expiação – eram feriados nacionais, dias de descanso, por isso também chamadas de sábados, mas eram distintas do sábado semanal do quarto mandamento.”
Refutação
A expressão de Cl 2.16 “dias de festa’ se relaciona com os feriados anuais ou sábados cerimoniais que eram denominados dias de festa, São estas as festas fixas do Senhor, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao SENHOR… (Lv 23.37). Logo os sábados cerimoniais ou anuais já estão incluídos nessa frase, restando à palavra sábados o sentido diferente de sábados semanais, Além dos sábados do SENHOR…(Lv 23.38).
A fórmula ‘dias de festa, luas novas e sábados’ é a fórmula consagrada para indicar os dias sagrados anuais, mensais e semanais ou inversamente, semanais, mensais e anuais.
Em Números 28 encontramos os holocaustos para os dias de sábados (semanais), para as luas novas (mensais) e dias de festa (anuais) nos seguintes versículos”: “… no dia de sábado dois cordeiros de um ano, sem mancha… Holocausto é do sábado em cada semana…” (v. 9,10)
“E as suas libações serão a metade dum him de vinho para um bezerro… este é o holocausto da lua nova de cada mês, segundo os meses do ano.”(v. 14) e “Porém no mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a páscoa do Senhor; E aos quinze dias do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães asmos.” (v. 16,17)
Se a interpretação adventista estivesse correta, os dias de sacrifícios anuais, então, seriam apresentados duas vezes: uma sob a palavra FESTA e a outra sob o nome de SÁBADOS, tropeçando num vexatório pleonasmo em desacordo com Levítico 23:3.
Para piorar, parece que o diapasão do artigo não afina com a literatura recente de sua igreja: Observe o que escreveu o teólogo adventista Samuel Balchiochi sobre o assunto: “Um outro significativo argumento contra os sábados cerimoniais ou anuais é o fato de que estes já estão incluídos nas palavras ‘dias de festa…’Esta indicação positivamente mostra que a palavra SABBATON como é usada em Cl 2.16 não pode se referir aos sábados festivais, anuais ou cerimoniais.” (FROM SABBATH TO SUNDAY, p. 358-360)
E agora, a Revista Adventista que o articulista conhece muito bem declara:
“Ao que parece, o texto de Colossenses 2.16 refere-se a quaisquer tipos de sábados: anuais, mensais ou semanais. Expressão similar à de Colossenses 2.16 (só que ao inverso) é encontrada em Gálatas 4.10: “Guardais dias [dias santos semanais], e meses [dias santos mensais], e tempos e anos [ dias santos anuais]” (Revista Adventista, janeiro de 2009, p. 18).
“E a conclusão do guia da Assembleia de Deus é a seguinte: ‘A palavra profética anunciava o fim do sábado legal (Jr 31.31-33; Os 2.11). Isso se cumpriu com a chegada do novo concerto (Hb 8.8-12). Exigir a guarda do sábado como condição para a salvação não é cristianismo e caracteriza-se como doutrina de uma seita.’ Aqui fica claro a quem eles querem atacar. Nenhum adventista do sétimo dia esclarecido crê ou ensina que a salvação se conquista pela guarda do sábado. Isso seria absurdo, e o guia mente uma vez mais. Cremos que a salvação é pela graça (Ef 2:8), inteiramente pelos méritos de Cristo. Obedecemos à lei de Deus porque entendemos que Ele sempre quer o melhor para nós (Sl 119:97); porque ela é como um espelho que mostra o pecado em nós mesmos (Tg 1:23-25) e aponta para Jesus como a solução. A lei diagnostica o pecado; Jesus perdoa. Amamos a Cristo e por isso obedecemos aos Seus mandamentos (Jo 14:15). Se isso é ser “seita”, prefiro pertencer a essa seita. Os primeiros cristãos também enfrentaram esse tipo de acusação (At 24:14).”
Refutação
Agora, o absurdo mais patente: O artigo chega ao cúmulo de afirmar que “Nenhum adventista do sétimo dia esclarecido crê ou ensina que a salvação se conquista pela guarda do sábado.”
Pelo visto o texto desconsidera mais uma vez a literatura da IASD. E ninguém menos que a principal voz da Igreja Adventista é que se incumbe de contrariar mais uma vez O Blog. Observe o que disse Ellen White:
“Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna.” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 23 – destaque nosso)
E outro: “Embora não haja salvação em guardar a lei, há condenação em não guardá-la.” (Objeções Refutadas, Francis D. Nichol, p. 21)
Ubaldo Torres, ex-adventista, explica muito bem esse complexo dilema no meio deles:
“Acerca do sábado há uma versão moderna, muito difundida atualmente. Costuma-se dizer: ‘O sábado não salva; ninguém, todavia, pode ser salvo se não o guardar.’ Como fiel legalista que sempre fui, meus lábios se abriram, e incontáveis vezes, para pronunciar esta impropriedade. Ela encerra um significativo erro de colocação, por ser exclusivista e arrogante, já que considera perdidos todos os não guardadores do sábado.” (“Pecador Eu Sou. Transgressor, Não.” p. 29)
Fica assim consignado que, nos termos do artigo, portanto, Ellen White não é tão “esclarecida” assim, uma vez que ela e outros líderes adventistas, no frigir dos ovos, acreditavam que a salvação estivesse atrelada a guarda do sábado.
“O guia de estudos da Assembleia de Deus deste trimestre acusa na capa a sociedade de estar em mudança, mas se esquece de que os evangélicos aceitaram uma mudança muito pior que a da sociedade: a mudança na lei de Deus, promovida pelo poder descrito em Daniel 7:25 e Apocalipse 13. Oro para que muitas pessoas sinceras, ao estudar esse guia da Escola Dominical, sejam despertadas pelo Espírito Santo, façam perguntas, questionem a si mesmas e a seus líderes, e tenham a humildade de reconhecer o verdadeiro Deus Criador e Seu memorial eterno da criação.”
Refutação
Até que enfim, o fim. O artigo termina como começou: com palavras carregadas emocionalmente; uma piedade ancorada por um pretenso desejo de despertamento da doutrina sobre o sábado na Assembléia de Deus, quiçá, nos evangélicos em geral.
Se existe algo que precisamos saber sobre a solicitude, esse algo é que embora a “boca fale do que o coração está cheio”, expressão proverbial que denota apreço pela sinceridade, ainda assim, corre-se o risco deste órgão ter sido alimentado por um raciocínio falacioso a respeito da Palavra de Deus. Seja como for, os crentes da Assembleia de Deus e de resto a comunidade evangélica, estão bem com a liberdade com que Cristo os libertou, não queremos e nem pretendemos voltar ao jugo da lei com suas múltiplas regras religiosas a respeito de como agradar a Deus. Obrigado.
Estamos deveras felizes observando o verdadeiro descanso em Deus que se encontra na pessoa bendita de Jesus Cristo, o antítipo do sábado. Ele sim é o nosso verdadeiro descanso (Mt 11.28,29).
Não nos preocupamos com o dia, mas com o Senhor de todos os dias. Ao contrário dos adventistas o crente assembleiano não olha para “as dez palavras”, mas para a “Palavra de Deus” – Jesus (Jo 1.1). Infelizmente os adventistas ainda não aprenderam isso.
[1] Estou no final de um trabalho de refutação sobre as inverdades e distorções de um livro adventista que utiliza teólogos da Igreja Assembléia de Deus como se estes apoiassem a teologia adventista sobre a lei. O artigo você pode conferir aqui: https://www.cacp.app.br/a-assembleia-de-deus-a-lei-e-o-sabado-parte-1/
Ótimas refutações. Espero que os cristãos leiam e reflitam sobre o assunto. Gratificante o estudo.
A análise crítica além de antibíblica é completamente estapafúrdia. Julgamos que só pode ser fruto de uma profunda dependência da literatura da mentora do movimento, senão, demonstra pura e simplesmente ignorância dos fatos
Nossa cara… quando então Deus abencou o setimo dia???
Deus abencou no antigo testamento lógico, no novo testamento, principalmente no sermão do monte em nenhum momento Jesus citou o mesmo, falou sobre jejum, esmola mas nada de sabado, nenhuma menção, será que ele esqueceu. ah mas a e.g.w lembrou o esquecidinho do setimo dia???
Caindo em transe a mocinha e.g.w teve uma visão. onde “Jesus lhes permitiu ver as tábuas nas quais estavam escritos os Dez Mandamentos. Bem no centro, NUM HALO DE LUZ, achava-se o Quarto Mandamento, que requer a observância do sétimo dia. dizendo que o sábado deve ser guardado”
nossa cara … quando Jesus discursou no sermão do monte ele esqueceu o setimo dia ???
mas só foi lembrar em 1844 e mostrando isso para ele fazendo um sinal com um farolete divino?
Carlos, adventista, vai se catar rapaz está doido, vc e a sua suposta profetisa. a velha gringa .
eu respondo a sua pergunta se responder a minha primeira. alias r.dias conversar com voce é mesma coisa conversar com o diabo, não chega a uma conclusão nunca.
medroso, covarde tem até mede de Escrever Espírito SAnto.
Tenho a impressão de ter lido esse texto adventista num blog polêmico adventista. Na época já notei a real intenção deles em “converter” assembleianos. Por isso foi bom as refutações. Debates sadios e imparciais são válidos. Só não vale ofensas gratuitas.
Muito conveniente separar apenas o quarto mandamento para os Hebreus, como Deus cometeu tamanha segregação!
Excelente os comentário e bem Esclarecedor refutando
Os falsos encino dese grupo sectária