Erros cronológicos do Adventismo do 7 dia

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No já citado livro, “Fundadores da Mensagem”, pp. 21-23, Guilherme Miller fixou, com base em Dn 8.14, a data da volta de Cristo para o ano de 1843, estabelecendo a seguinte doutrina com relação a esta vinda:

Nada acontecendo no dia marcado (22-3-1843), foi mudada a data para 22-10-1844 (“Fundadores da Mensagem”, p. 39). Tal data (22-10-1844) passou e não se deu a volta de Cristo. Ora, é possível imaginar o escárnio dos opositores contra os seguidores de Miller diante desse fracasso profético? Não é preciso conhecer muito a Bíblia para saber-se que ninguém está autorizado a marcar data para o dia da volta de Cristo (Mt 24.36; Mc 13.31-32; At 1.7).

Como então Guilherme Miller chegou àquela data de março de 1843?

Pelo estudo de Dn 8.14 chegou ele à seguinte interpretação:

  1. Interpretou que o santuário a ser purificado era a terra;
  2. Que a purificação se fazia pelo fogo, concluindo que a terra seria purificada pelo fogo da vinda de Jesus 2 Pe 3.9-10;
  3. Interpretou que as 2300 tardes e manhãs seriam dias, mas não literais e sim dias proféticos, valendo cada dia por um ano com base em Nm 14.34; Ez 4.6;
  4. Fixou como ponto de partida o ano 457 a.C. para a restauração da cidade de Jerusalém com base em Dn 9.25 citando como base bíblica Ed 7.11-26;
  5. Quando não se deu a volta de Jesus em 1843 aumentou um ano considerando que tinham decorrido apenas 2299 anos a partir de 457 a.C. até 1843, ficando assim assentado 22-10-1844 como a data fatal. Essa sugestão foi de Samuel Snow, um seguidor de Miller.

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Entendemos que a interpretação correta de Dn 8.14 E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado é a seguinte:

Entretanto, tal interpretação não quiseram aceitar os seguidores de Miller com o texto de Dn 8.14 e, então, surgiu Hirã Edson que disse ter tido uma visão: Vi distinta e claramente que o nosso sumo sacerdote, em vez de sair do lugar santo do santuário celeste, para vir à terra no dia do sétimo mês, ao fim dos dois mil e trezentos dias, entrava naquele dia pela primeira vez no segundo compartimento do santuário e tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes de voltar a terra (“Administração da Igreja”, p. 20, CPB). Com esta explicação foi contornada a tormenta, e os Adventistas do Sétimo Dia prosseguem sua existência religiosa. Esta interpretação do santuário celestial, onde Cristo entrou em 22 de outubro de 1844, iniciando a obra do Juízo Investigativo e do Santuário Celestial, não passa de duas heresias para uma Igreja que se ufana de ser a Igreja Remanescente.

Extraído da Série Apologética, Vol 3.

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