Disse a Sra. White, profetisa da Igreja Adventista do Sétimo Dia:
“O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram me dadas asas e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar fulgurante e glorioso. A relva era de um verde vivo e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais formosos que os da Terra. A resposta foi: ‘Vivemos em estrita obediência aos mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da Terra’… Vi, então, duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado comer de uma. Então, meu anjo assistente me disse: ‘Ninguém aqui provou da árvore proibida; se, porém, comessem, cairiam…”. (White, E. G. Primeiros Escritos, p. 40; ed 1995)
A sra. White diz que os habitantes desse lugar, evidentemente um planeta, cujo nome ela achou melhor e convincentemente não revelar, guarda um os mandamentos do Decálogo.
Façamos, agora, um rápido estudo do conteúdo da visão, comparando-o com alguns dos preceitos do Decálogo. Seja o quinto, para iniciar: “para que se prolonguem seus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”. Pois bem, Tem cabimento um mandamento nestes termos, onde os habitantes não vivem em ambiente pecaminoso? (como falar em prolongar a Vida em um Iugar onde a morte não existe? Outra coisa: eles por lá tinham, também, uma terra a conquistar’? Refiro-me a expressão “. . . na terra que o Senhor teu Deus te dá”. Já não tinham a posse do lugar? Que conquistas precisariam fazer? Tudo isto é muito infantil.
Note, em seguida, o quarto mandamento que, segundo a autora da visão, está em vigor nesse lugar ou planeta: “Lembra-te do dia de sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque . . .(Ex 20.8-11).
Quer me parecer assaz estranha a existência de um mandamento, nestas condições, assim redigido, em um planeta onde o pecado não é conhecido. Façamos uma análise rápida sobre a questão:
a) Nesse planeta, visto em visão, a semana é de sete dias, pois o texto diz que o sábado é sétimo dia. Que coincidência! Um outro planeta, girando em torno do sol, igualzinho a Terra. E de se estranhar, pois a natureza prima pela diversificação!
b) “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra”. Este tipo de trabalho, nos moldes em que é apresentado, é árduo e cansativo, com a finalidade de ganhar a vida. Isto não se coaduna com a Vida em um planeta onde o pecado é inexistente.
c) “Não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro”. Parece-me surpreendente que em um planeta onde o pecado é desconhecido, existam servos, servas e forasteiros. E difícil para um homem que pensa com sua própria mente aceitar conceitos tão chocantes e absurdos.
A única lei que poderia reger os habitantes de um planeta, sem pecado, é a lei do amor. O que mais seria necessário?
(O Adventismo, Ubaldo Torres, Páginas 77 e 78, Edição de 1981)
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