Educação sexual é função da família

Educação sexual é função da família, não das escolas! Ou: Não neguem a biologia dessa forma, “progressistas”

Bispo Edmilson Caetano. Fonte: Folha

Ser homem ou ser mulher, tudo uma construção social, nada mais. É assim que os “progressistas” enxergam as coisas. Direito deles, assim como é direito de alguns criacionistas negar Darwin. Mas não venham impor essa visão de mundo aos nossos filhos nas escolas! Isso já é absurdo, uma invasão dos nossos direitos como pais. E é exatamente o que querem fazer os “progressistas”, em nome do combate ao preconceito e à violência: enfiar goela abaixo das crianças uma “ideologia de gênero” que nega a biologia e diz que devemos ser “neutros”, pois cada um deve ser o que quiser e não existe essa coisa de “menino” e “menina”.

Foi por conta disso que houve confusão em Guarulhos, pois a prefeitura, sob o comando petista,resolveu distribuir livros de educação sexual para crianças, com claro viés ideológico:

Para vereadores evangélicos e católicos, a gestão do prefeito Sebastião Almeida (PT) quer implantar a ideologia de gênero nas escolas municipais, que atendem crianças de até 11 anos.

Segundo essa corrente de pensamento, os gêneros sexuais são construções sociais e culturais, e não biológicas. Assim, as crianças devem ser educadas de forma neutra, para que elas próprias escolham seu gênero no futuro.

“Não sou homofóbico, mas essa ideologia pode levar a criança a achar que pode ser menino com menino, menina com menina, três juntos, aí banaliza”, disse o vereador Romildo Santos (PSDB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

No último dia 20, o encontro na Casa foi quente, com gritos de todos os lados. O bispo Edmilson Caetano, da diocese da cidade, não conseguiu terminar seu discurso por causa do protesto de grupos LGBT (que representam lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

“Não sou psicólogo, mas e essa questão do neutro? O que significa para a pessoa essa espécie de dúvida de identidade que venha desde a infância? Acho que a educação sexual deve ser uma questão tratada na família”, disse o bispo à Folha.

O juiz Antonio Pimenta, que mora na cidade, também falou: “Você querer colocar na cabeça de um ser humano que ele pode ser mulher se ele nasceu com corpo masculino é negar a biologia”.

O vereador do PSDB está certo em condenar a banalização do sexo, como se fosse a coisa mais normal do mundo hoje o menino gostar de meninas, amanhã resolver que gosta mesmo é de meninos, e no dia seguinte decidir que gosta de ambos. O bispo também está certo ao temer essa coisa de “neutralidade”, e lembrar que educação sexual, ou orientação sobre valores morais, é função da família.

Os “progressistas” odeiam esse obstáculo ao totalitarismo, e por isso atacam as famílias tradicionais de todas as formas possíveis. Querem substituí-la pelo estado, pelo poder dos burocratas “ungidos”, por eles mesmos, os arrogantes que acham que entenderam melhor o mundo e desejam impor sua visão aos demais, aos “alienados”, “reacionários”, “conservadores”, “caretas” e “coxinhas”.

“O gênero não veio para destruir famílias. Tratar da questão de gênero é trabalhar com uma política de erradicação da violência contra homossexuais, contra a mulher”, disse a professora Sílvia Moraes, coordenadora educacional da cidade, que defende o uso dos livros. Não sei de onde ela tirou isso! Ninguém precisa agredir um homossexual por levar em conta a biologia. Isso é desculpa esfarrapada de quem quer, sim, impor uma ideologia.

Achar que sexualidade ou comportamentos masculino e feminino não passam de “construções sociais” exige uma cegueira e tanto em relação ao mundo e à história. Que algumas pessoas resolvam acreditar nessa besteira, vá lá, direito delas. Mas não venham tentar doutrinar os filhos dos outros com essa ideologia besta, pois isso já é demais; é puro autoritarismo. Deixem nossos filhos em paz, “progressistas”! Escola não é laboratório para experiências humanas nem extensão de diretório partidário. Educação sexual é função da família!

Rodrigo Constantino do blog da Revista Veja em 30/05/2015

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