Doutrinação ideológica na PUC-Rio

Doutrinação ideológica na PUC-Rio: professora troca aula por monólogo de feministas e MST

Recebi o seguinte email de desabafo de um aluno da PUC-Rio, onde fiz meu curso de Economia:

Sou um aluno de 18 anos de Direito da PUC-RJ, onde curso desde o ano passado uma das faculdades mais conceituadas do ramo. Não é a primeira, nem a segunda, e infelizmente também não será a última vez em que fico enojado com alguns fatos que lá ocorrem. São muitas (para não dizer a maioria) as aulas que tendem ao lado negro da sociedade, o esquerdo, que nunca deu certo em local algum e infelizmente ainda é inocentemente acreditado por certos indivíduos. Porém, ao longo da última semana, refleti e, com base no que aconteceu no dia de hoje, coloquei em prática a minha vontade de escrever para o blog.

Na terça-feira passada, na aula da Professora Mariana Trotta, que leciona a matéria “Sociologia do Direito/Administração da Justiça”, ao chegar à sala de aula, me deparo com um aviso de mudança de local da classe. Naquele dia especificamente, teríamos que ir assistir a uma palestra que abordava os movimentos feministas, negros, homossexuais, transexuais, entre outros do gênero. Nada tenho contra esses movimentos e suas causas; porém, aula é aula e palestra é palestra. Fui à faculdade para ter aula e fui obrigado a assistir a um “debate” (assim chamado por elas), que nada mais era que um cafezinho entre colegas. Cinco pessoas que tinham vontades e discursos no mínimo semelhantes, com base no xingamento ao “machista opressor” (expressão completamente banalizada e ridicularizada). Não foram todas as integrantes da bancada que utilizaram o termo, mas ele foi empregado, como sempre. Porém, apesar de ao final termos direito a perguntas, eu nada podia fazer e interferir.  Todos os integrantes daquela sala (e não eram poucos) tinham que ouvir apenas as ideias delas, sem possibilidade de confrontos ou debates, já que partilhavam de opiniões similares. Não havia ninguém na bancada que viesse a contestar algo dito por alguma delas; repito a expressão: era um cafezinho entre amigas ou algo parecido com isso, mas jamais um debate.

Além disso, para que possamos passar de período na PUC-RJ, devemos comparecer a pelo menos 75% das aulas. No caso específico dessa matéria, que só temos uma vez por semana (totalizando dois créditos), quatro é o número máximo de ausências ao longo de todo o período. Logo, não posso me fazer ausente delas, pois se faltar três outras quaisquer aulas, estou reprovado. Dessa forma, interessado em aprender a respeito da sociologia do direito e a administração da justiça, sou coagido a ver um fraquíssimo “debate” desse nível. Inclusive, a primeira prova dessa matéria ocorre na semana que vem e nas duas aulas anteriores, debates ideológicos e parciais foram infelizmente realizados, prejudicando o aprendizado.

Porém, o pior ainda estava por vir, e aconteceu no dia de hoje. Depois da triste experiência da 3ª feira passada, cheguei à faculdade achando que não teríamos um novo “debate”, mas, enfim, uma aula. Ao subir o elevador, descubro que novamente não teríamos uma aula, mas sim outra palestra.

O tema seria o “Novo Código Florestal e a Reforma Agrária” (link do evento no Facebook) . Além de professores da casa na bancada, representantes do MST também palestraram. Alguns dos clássicos bonés vermelhos também podiam ser vistos dentro da sala. Novamente, não sou contra a defesa das causas que acham justas, pois todos temos liberdade de defender o que achamos que deve ser defendido, mas sou contrário ao modus operandi do “exército de Stédile”, como dito por Lula. É curiosa a existência desse “exército”, que é defendido e válido no processo revolucionário, mas desencorajado pelo próprio Stédile, militante do desarmamento, no futuro. É mais uma das tantas hipocrisias da esquerda. Por fim, novamente, só um lado teve a possibilidade de se manifestar, o que não caracteriza um debate. Além de professores da casa e um técnico do INCRA, pelo menos dois membros do MST tiveram voz ativa para que suas ideias pudessem ser expostas sem confrontos ou questionamentos. Por fim, ainda defenderam a trágica e lamentável ocupação em Itapetininga (SP) em uma fábrica de papel e celulose.

É triste ver esse processo de ideologização tomando conta das escolas e faculdades do país. Órgãos golpistas como o MST, financiados pelo governo, além de ideias pré-históricas como as de Luciana Genro, Jean Wyllys e o partido auxiliar do PT que promete socialismo aliado à liberdade vão cada vez ganhando mais força entre os jovens, assim como Gramsci pregava. A escola é para instruir os alunos, não para educar. A educação se dá em casa, com os pais, e é justamente um dos maiores empecilhos que os governos ditatoriais encontram e tentam de qualquer forma “ideologizar”, como está acontecendo em nosso país. É preciso dar um basta nessa situação: nossas crianças e jovens não merecem e não devem ter influências partidárias. Cada um deve ter a liberdade de ler, adquirir conhecimento e se descobrir política e ideologicamente.

Não há como discordar do rapaz. É preciso dar um basta. Os pais pagam uma grana para seus filhos aprenderem economia ou direito e eles saem da faculdade decorando slogans marxistas e sendo obrigados a ver palestras de feministas e dos invasores do MST. Isso é um acinte. Felizmente temos cada vez mais gente como esse aluno, cientes de seus direitos e revoltados com o abuso que os professores praticam ao se transformarem em militantes ideológicos. Chega!

Rodrigo Constantino do http://veja.abril.com.br/ em 08/04/2015

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