Dilma armou a falcatrua de Pasadena

“Dilma sabia”

Em minuta de delação, Cerveró diz que a presidente tinha conhecimento das falcatruas em Pasadena e TCU cogita pedir indisponibilidade dos bens dos conselheiros envolvidos, inclusive de Dilma

A gravação em áudio produzida por Bernardo Cerveró para detonar o plano que vinha sendo articulado para evitar a delação premiada do pai, Nestor Cerveró, antecipa trechos da colaboração que o ex-diretor internacional da Petrobras tem prestado ao Ministério Público Federal – o acordo foi firmado na quarta-feira 18. Ao longo de pouco mais de uma hora e meia de conversa, os interlocutores falam sobre negócios escusos envolvendo a estatal. Um deles, em especial, tira o sono do Palácio do Planalto: a aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas. Nos diálogos, há uma referência desairosa a presidente Dilma Rousseff. “Dilma sabia de tudo de Pasadena. Ela me cobrava diretamente. Pá Pá Pá. Fiz várias reuniões”, diz um trecho da minuta da delação de Cerveró lido pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Ou seja, Cerveró diz que Dilma não apenas sabia como acompanhou diligentemene a negociação da refinaria. A compra de Pasadena é considerada um dos negócios mais desastrosos da Petrobras e foi firmado em 2006, quando Dilma presidia o Conselho de Administração da estatal. A versão de Cerveró apresentada ao MPF contesta a versão do Palácio do Planalto de que Dilma e outros integrantes do colegiado não teriam tido acesso a todos os dados sobre Pasadena, antes da tomada de decisão.


A VERSÃO PALACIANA
Ao aprovar a compra de Pasadena, Dilma disse que se
embasou em parecer ‘técnico e juridicamente falho’

Extraído da Revista ISTOÉ em 28/11/2015 – autor: Marcelo Rocha

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