Dizem alguns calvinistas:
“… Eu digo isso, se isso é tudo o que se entende por ser o autor do pecado, e não nego que Deus é o autor do pecado” ( Edwards, The Works Of Jonathan Edwards, P. 76)
“… Portanto, devemos concluir que Deus preordenou o pecado”. (Sproul, Eleitos de Deus, Pg 22)
“Deus não só viu de antemão a queda do primeiro homem e nela a ruína de sua posteridade, mas também por seu próprio prazer a ordenou.” (CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã. Livro III, cap. 23, Seção 7).
“Embora sua perdição de tal maneira dependa da predestinação divina, a causa e a substância dela (perdição) estão ambas neles (homens) […]. Portanto, o homem cai porque assim o ordenou a providência de Deus; no entanto, cai por falha sua.” (CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã. Livro III, cap. 23, Seção 8).
“Claramente foi da vontade de Deus que o pecado entrasse neste mundo, caso contrário não teria entrado, pois nada acontece, exceto o que Deus eternamente decretou. Além disso, houve mais do que uma simples permissão, pois Deus só permite coisas que realizam o seu propósito.” (PINK, A.W. The Sovereignty of God, p. 162).
“Nem mesmo a obra do pecado parte de qualquer outra pessoa a não ser Deus.” (ZWINGLIO, Ulrich. On the Providence of God).
O pecado é um dos eventos “quaisquer” que “acontecem”, os quais são todos “decretados”. [W.G.T. Shedd, Calvinism: Pure and Mixed, p. 32]
Nada acontece contrário ao seu decreto. Nada acontece por acaso. Até o mal moral, que ele abomina e proíbe, ocorre “pelo determinado conselho e presciência de Deus.” [W.G.T. Shedd, Calvinism: Pure and Mixed, p. 38-39]
Todas as coisas, incluindo até mesmo as ações malévolas dos homens perversos e dos demônios – são trazidas à existência de acordo com o propósito eterno de Deus. [JG Machen, conforme citado por Laurence Vance em O Outro Lado do Calvinismo, p.254 – www.arminianismo.com/index.php/categoria…to-de-deus#_ftnref29]
É até bíblico dizer que Deus preordenou o pecado. Se o pecado estivesse fora do plano de Deus, então nem uma única questão importante da vida seria governada por Deus. [[15] Edwin H. Palmer, The Five Points of Calvinism, p. 82]
Predeterminação significa o plano soberano de Deus, pelo qual Ele decide tudo o que está a acontecer em todo o universo. Nada neste mundo acontece por acaso. Deus está por trás de tudo. Ele decide e faz com que todas as coisas aconteçam. Ele não está sentado à margem pensando, e talvez temendo, o que vai acontecer a seguir. Não, Ele predeterminou tudo “segundo o conselho da sua vontade” (Efésios 1:11): o movimento de um dedo, a batida de um coração, o riso de uma menina, o erro de um datilógrafo – até mesmo o pecado [Edwin H. Palmer, The Five Points of Calvinism, p. 24-5]
Willian Lane Craig, no entanto, critica esta lógica calvinista:
“O Determinismo calvinista faz de Deus o autor do pecado e impede a responsabilidade humana. Na visão determinista até o movimento da vontade humana é causado por Deus. Deus move as pessoas a escolherem o mal, e eles não podem fazer o contrário. Deus determina suas escolhas e os faz cometer injustiças. Se é mau constranger outra pessoa a fazer o mal, então, sob esta visão, Deus não é apenas a causa do pecado e do mal, mas torna-se o próprio mal, o que é absurdo. Da mesma forma, toda a responsabilidade humana pelo pecado foi removida, pois, nossas escolhas não são realmente nossas: Deus nos leva a fazê-las. Nós não podemos ser responsáveis por nossas ações, pois nada daquilo que pensamos ou fazemos é realizado por nós.”
A conclusão do calvinismo sobre “Deus e o pecado” é um contrassenso, pois Deus não pode ser o autor do pecado. Isto colide diretamente com a Escritura (Sl. 92.15; Tg. 1.13; 1 Jo. 1.5), a lei de Deus e Sua santidade, que se opõem totalmente a todo pecado.